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Para quais condições gastrintestinais o probiótico está indicado?

por Alexandre Carlos
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O uso de probióticos tem sido estudado em diversas doenças gastrintestinais. O racional é que nossa microbiota intestinal possui cerca de 40 trilhões de bactérias e estas quando em equilíbrio podem ser responsáveis por uma “up regulação” de genes anti-inflamatórios e uma “down regulação” de genes pro-inflamatórios. 

Ao analisarmos as evidências científicas atuais nos deparamos com uma grande heterogeneidade (metodologia, cepa, dose) dos estudos e com ausência de comparações diretas entre os probióticos testados.

Atualmente a indicação de probióticos com maior nível de evidência é o uso na prevenção e/ou tratamento da diarreia associada a antibióticos.

Indicações com evidência moderada são: tratamento da diarreia aguda infecciosa principalmente em crianças e casos de bolsite leve na retocolite ulcerativa (RCU).

Condições com evidência fraca são: prevenção da colite por Clostridioide difficile, erradicação do Helicobacter pylori, síndrome do intestino irritável, constipação intestinal funcional, doença inflamatória intestinal, doença hepática gordurosa não alcoólica e prevenção de câncer colorretal.


Referências bibliográficas

  1. Penumetcha SS et al.Cureus. 2021 Dec 17;13(12):e20483.
  2. Zhang T et al. Front Cell Infect Microbiol. 2022 Apr 1;12:859967.
  3. Zhang L et al. BMC Geriatr. 2022 Jul 6;22(1):562.
  4. SU GL et al. Gastroenterology. 2020 Aug;159(2):697-705.

Como citar este arquivo

Carlos A., Para quais condições gastrintestinais o probiótico está indicado?. Gastropedia 2022. Disponível em: https://gastropedia/gastroenterologia/intestino/para-quais-condicoes-gastrintestinais-o-probiotico-esta-indicado

Alexandre Carlos

Médico Coordenador do Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia do Hospital das Clínicas de São Paulo
Membro titular da FBG e SOBED
Membro titular do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB).


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2 comments

Felipe Paludo Salles
Felipe Paludo Salles 29 de novembro de 2022 - 18:55

Olá Alexandre. A eficácia também é depende da dose e cepa utilizada. Pode comentar um pouco sobre isto? Abraço

Alexandre Carlos 29 de novembro de 2022 - 22:26

Opa Felipe. Excelente pergunta. O maior problema quando falamos em evidências científicas relacionadas a probióticos é a grande heterogeneidade dos estudos envolvidos que dificulta conclusões robustas. A impressão é que quanto maior a dose do probiótico maior a relação com efeitos benéficos. Já quanto a cepa é mais complicado. O que sabemos até o momento é que na maioria dos casos os probióticos com únicas cepas são equivalentes aos com multicepas e não há superioridade de um cepa em relação a outra.

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