Ileostomia: entenda o que é e quais os cuidados necessários

Você já ouviu falar em ileostomia? 

Trata-se de um procedimento cirúrgico que pode parecer desconhecido para muitos, mas que tem um impacto significativo na vida de diversas pessoas. 

Se você está buscando compreender melhor o que é a ileostomia e quais os cuidados necessários, está no lugar certo!

Neste artigo vamos desvendar os mistérios dessa cirurgia e fornecer informações fundamentais para quem vive ou convive com a ileostomia. 

Abordaremos desde o procedimento em si, até os cuidados essenciais para garantir uma vida saudável e confortável após a cirurgia.

Se você quer entender mais sobre a ileostomia, um procedimento cirúrgico que cria uma abertura no abdômen para a eliminação de fezes, seus benefícios e como cuidar adequadamente dessa condição, continue lendo este artigo! 

Se você tiver que fazer, ou já fez essa cirurgia, descubra tudo o que você precisa saber sobre a ileostomia.

O que é ileostomia?

A ileostomia é um procedimento cirúrgico que envolve a criação de uma abertura artificial chamada de estoma no abdômen, por meio da qual o intestino delgado é conectado à superfície da pele. 

Essa abertura permite a eliminação do conteúdo intestinal diretamente para fora do corpo, em um dispositivo coletor especial.

A necessidade de uma ileostomia pode surgir em situações em que parte do intestino grosso do reto ou intestino delgado precisam ser removidos devido a doenças, como câncer colorretal, doença de Crohn, colite ulcerativa ou lesões traumáticas. 

Nesses casos, a ileostomia é realizada para permitir que os resíduos do sistema digestivo sejam eliminados de forma segura.

Embora a ileostomia possa parecer assustadora ou desconfortável, ela pode trazer uma melhoria significativa na qualidade de vida de pacientes que enfrentam condições intestinais graves. 

Com os avanços da medicina e dos dispositivos médicos, os sistemas de coleta de bolsas para ileostomia tornaram-se mais seguros, discretos e fáceis de gerenciar, permitindo que os pacientes retomem suas atividades diárias com confiança.

Como é feita a cirurgia de ileostomia?

O procedimento cirúrgico começa com a administração de anestesia geral, garantindo que o paciente esteja confortável e sem dor durante todo o processo. 

Em seguida, o cirurgião faz uma incisão no abdômen. Avalia o tipo de cirurgia necessária para o caso (tumores, hérnias ou outras condições) e então, decidindo  ser necessária a realização da ileostomia, acessa o intestino delgado e localiza uma parte mais ao fim deste, chamado de  íleo, responsável pela absorção dos nutrientes.

Nesse ponto, é feita a abertura do íleo sendo trazido à superfície da pele, criando o estoma.

O estoma é fixado na pele e é coberto por uma bolsa coletora, que é especialmente projetada para se encaixar confortavelmente e aderir à pele ao redor do estoma. 

Após a conclusão da ileostomia, o cirurgião verifica cuidadosamente o estoma e a bolsa coletora para garantir que não haja vazamentos e que tudo esteja funcionando corretamente. 

O paciente é então levado para a recuperação, onde a equipe médica fornecerá as instruções necessárias para cuidar do estoma e da bolsa coletora.

Na maioria dos casos, a ileostomia é temporária, e após a melhora do quadro que levou a necessidade de realizá-la, ela pode ser fechada com segurança, levando o paciente a sua vida habitual.

Cuidados necessários com a ileostomia

Para garantir o conforto e a saúde do paciente, é essencial adotar alguns cuidados específicos após a realização da cirurgia de ileostomia.

A higiene adequada do estoma e da pele circundante é fundamental. 

Utilize produtos suaves e não irritantes para limpar a área, e esteja atento a qualquer sinal de alterações, comunicando ao médico imediatamente.

A escolha da bolsa coletora também é crucial para o bem-estar do paciente.

Verifique o encaixe correto da bolsa, esvazie-a regularmente e siga as instruções médicas para a substituição adequada.

É essencial manter acompanhamento médico regular para monitorar a saúde geral e receber orientações específicas sobre a ileostomia. 

O médico poderá responder as perguntas, fornecer informações atualizadas e ajudar a lidar com possíveis complicações.

Lembre-se de que cada paciente é único e as necessidades podem variar. 

Seguir corretamente as orientações médicas e estar atento ao próprio corpo são medidas importantes para uma vida normal e saudável após a ileostomia.

Alimentação adequada para quem fez o procedimento

A alimentação adequada após o procedimento de ileostomia é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar do paciente. 

Com algumas mudanças simples de hábitos, é possível seguir uma dieta equilibrada e fácil de se manter.

É essencial consumir alimentos de fácil digestão, como frutas cozidas, vegetais bem cozidos, carnes magras, peixes e ovos. 

Divida as refeições em porções menores e mastigue bem os alimentos. Isso ajudará na digestão e na absorção dos nutrientes.

Beba bastante líquido para evitar a desidratação. Opte por água, sucos naturais e chás, evitando bebidas gaseificadas e alcoólicas.

Algumas pessoas podem precisar evitar certos alimentos, como alimentos condimentados, picantes e alimentos que produzem gases, como feijão e repolho. 

É necessário seguir uma orientação nutricional adequada para obter um plano alimentar personalizado que irá atender às suas necessidades específicas após a ileostomia.

Como lidar com as mudanças na rotina após a cirurgia?

Após a cirurgia, é natural enfrentar mudanças na rotina, exigindo um período de adaptação para garantir uma recuperação bem-sucedida. 

A chave para lidar com essas mudanças reside na adoção de uma abordagem equilibrada, composta por cuidados físicos e emocionais. 

Inicialmente, é primordial seguir rigorosamente as orientações médicas, respeitando os tempos de repouso, medicamentos prescritos e sessões de fisioterapia. 

Além disso, é essencial promover uma alimentação saudável, com nutrientes adequados para acelerar a cicatrização e fortalecer o sistema imunológico. 

Ao mesmo tempo, é fundamental cuidar do bem-estar emocional, buscando apoio familiar e de amigos, bem como explorar terapias complementares, como meditação e relaxamento, por exemplo. 

É importante ter paciência consigo mesmo durante esse período de transição, mantendo uma atitude positiva e buscando um retorno gradual às atividades cotidianas. 

Essa jornada de recuperação proporcionará uma oportunidade de crescimento pessoal e um renascimento de hábitos saudáveis, levando a uma qualidade de vida aprimorada e a um melhor relacionamento consigo mesmo após a cirurgia.

Conclusão

A ileostomia, uma cirurgia que cria uma abertura no abdômen para a eliminação de fezes, desempenha um papel vital no tratamento de doenças intestinais graves, e na maioria das vezes é temporária.

No entanto, cuidar de uma ileostomia requer atenção e conhecimento específico. 

É essencial adotar medidas de higiene rigorosas, como a limpeza regular da bolsa coletora, a fim de evitar infecções e vazamentos indesejados. 

Além disso, uma alimentação balanceada e um acompanhamento nutricional são fundamentais para evitar complicações e manter um estado geral de saúde adequado.

Também, lembre-se de buscar apoio emocional e educacional para enfrentar as mudanças no estilo de vida e se adaptar à nova realidade. 

Com cuidados adequados, é possível viver uma vida plena e saudável após uma ileostomia.

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Ileostomia: entenda o que é e quais os cuidados necessários

A ileostomia é uma categoria de ostomia realizada para gerar uma ligação entre o intestino delgado e a parede do abdômen, permitindo que fezes e gases sejam eliminados diretamente para uma bolsa.

É um procedimento eventualmente realizado quando o intestino é afetado por doenças que precisam de cirurgia para que as fezes não passem pelo intestino grosso.

Saiba quando a ileostomia é necessária e quais são os principais cuidados após esse procedimento.

Quando a ileostomia é necessária?

A ileostomia é uma ostomia que recebe o prefixo “íleo” por ser realizada no fim do intestino delgado.

No procedimento, um médico faz uma abertura na parede abdominal para que organismo consiga eliminar as fezes sem passar pelo intestino grosso.

Um paciente pode precisar de ileostomia nos seguintes casos:

  • Obstrução intestinal;
  • Câncer de cólon;
  • Trauma abdominal com cirurgia de urgência;
  • Doença inflamatória intestinal grave.

Quais são os cuidados com a ileostomia?

É fundamental que o paciente receba orientações e um aconselhamento prévio, ou seja, antes mesmo do procedimento, visando reduzir complicações futuras.

O profissional de saúde deve conversar sobre aspectos importantes, como os custos envolvidos na manutenção de uma ileostomia, vida sexual, aceitação do paciente e apoio familiar.

No mais, o médico responsável pela cirurgia precisa entregar um plano apresentando tudo o que deve ser feito após a alta hospitalar, de que forma é feita a reabilitação do paciente e quais serão os próximos passos. Tudo para que o paciente tenha saúde e consiga controlar a ansiedade.

Com a ileostomia, as fezes ficam mais ácidas e mais líquidas, isso porque percorrem apenas o intestino delgado, contribuindo para a irritação da pele. Por esse motivo, realizar o esvaziamento contínuo da bolsa coletora é essencial.

Ademais, os cuidados com a ileostomia envolvem:

  • Retirar a bolsa e fazer a limpeza da pele toda vez que sentir algum desconforto ou coceira;
  • Aplicar os medicamentos orientados pelo médico, como spray de barreira, para proteger a pele e mantê-la saudável;
  • Evitar que bolsa encha até a capacidade total;
  • Se for preciso dispensar as fezes, é importante limpar o interior da bolsa com um pouco de água;
  • Não usar roupas apertadas sobre o estoma e bolsa;
  • Ficar atento à durabilidade da bolsa, informada pelo próprio fabricante;
  • Testar modelos de bolsa para descobrir qual será melhor.

Como deve ser a alimentação após esse procedimento?

Após o procedimento de ileostomia, é muito importante manter uma alimentação saudável e seguir as orientações do médico.

Alimentos muito ricos em fibras, por exemplo, devem ser evitados nas primeiras 6 a 8 semanas, para evitar obstruções. Em geral, as principais instruções são:

  • Beber muita água e líquidos em geral;
  • Mastigar muito bem os alimentos.

No mais, é recomendável limitar o consumo de determinados alimentos, como:

  • abacaxi;
  • cascas de frutas e vegetais;
  • castanhas e sementes;
  • coco;
  • cogumelos;
  • ervilhas;
  • pipoca;
  • saladas verdes;
  • uva-passa, ameixa seca e frutas secas;
  • vegetais como brócolis, repolho, couve-flor, couve e couve-de-bruxelas.

Importante: a restrição é temporária, e o paciente pode reintroduzir esses alimentos aos poucos, conforme orientação do médico.

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