Entendendo a colostomia: o que você precisa saber sobre este procedimento?

Saúde é coisa séria e passar por certos procedimentos clínicos ou cirúrgicos em alguma fase, faz parte de nossa vida. Seja por rotina em um check-up ou por alguma eventualidade específica, visando constatar ou reparar alguma irregularidade, a visita ao médico pode acontecer em algum momento ou outro.

Tais procedimentos vão dos mais simples aos mais complexos, da forma mais básica à mais avançada, como, por exemplo, uma colostomia que é um procedimento bem comum apesar do nome.

Após ouvir esse nome, que talvez seja a primeira vez que esteja escutando, você deve se perguntar: mais o que é uma colostomia?

Vamos-te ajudar a descobrir a partir de agora. Vem comigo…

O que é colostomia?

A colostomia é um procedimento cirúrgico utilizado para ligar uma parte do intestino grosso à parede do abdômen, com o intuito de permitir a saída das fezes por meio de uma bolsa externa.

Mais claramente, consiste na exteriorização de um pedaço pequeno do intestino, através da parede do abdômen, para que o intestino funcione normalmente.

Este tipo de procedimento é efetuado quando existe algum problema que impede a evacuação das fezes naturalmente, pelo ânus.

Geralmente, essa técnica é usada como parte do tratamento cirúrgico de  alguns problemas de saúde, como diverticulite, obstruções e até em cânceres do sistema gastrointestinal.

Sendo bem mais direto, é um recurso que serve para desviar o trânsito das fezes que, como dito a pouco, não pode ser eliminado realizando o processo de digestão e evacuação natural.

Apesar de ser frequente em uma situação vista como delicada, a colostomia, é utilizada em casos também de menos complexidade por um período curto de tempo. Ou seja, o paciente apenas utiliza a bolsa no período de recuperação pós-cirurgia na região anal ou intestinal.

No entanto, em uma ocorrência mais grave, como em casos de obstrução de parte do intestino, a bolsa é mantida por um período maior.

Os tipos mais comuns de colostomias

Existem, no entanto, outros tipos de colostomias, entre eles destacando-se os seguintes:

  • Colostomia simples ou terminal: Quando somente o segmento de intestino que leva as fezes e exteriorizado. 
  • Colostomia em duplo cano ou em alça: Os dois segmentos do intestino (o que leva as fezes e o que receberia) são exteriorizados juntos pelo mesmo local, ficando a colostomia com “duas bocas”.

Quando esse procedimento é indicado?

Apesar de estar, na maior parte das vezes, diretamente ligada a problemas intestinais, a colostomia pode ser necessária em outras situações.

Recapitulando, primariamente, é usada em situações que impeçam a pessoa de evacuar naturalmente, mas, anota aí os demais casos:

  • Abertura anal inexistente;
  • Ânus bloqueado;
  • Bloqueio intestinal parcial ou total; 
  • Câncer colorretal;
  • Feridas e fístulas no períneo;
  • Infecção intestinal grave;
  • Inflamação grave do cólon;
  • Polipose adenomatosa familiar;
  • Retocolite ulcerativa.

Quais são os riscos e benefícios da cirurgia de colostomia?

Mesmo se tratando de um procedimento cirúrgico que de certa forma tira um pouco a nossa vida da normalidade, com mais visitas que o normal ao hospital, passar por momentos assim pode salvar nossas vidas.

E toda a mudança traz consigo riscos e benefícios, ainda mais quando estamos nos referindo à saúde que é um tema que não pode passar despercebido, mesmo sendo de menor complexidade.

A colostomia, por exemplo, assim como qualquer outro procedimento cirúrgico, tem o seu grau de risco a ser considerado, no entanto, também existe o seu lado do benefício.

Benefícios

O seu principal benefício é viabilizar a volta à normalidade do dia a dia. Possibilita que o paciente possa realizar todas as atividades que necessita, sejam as pessoais ou mesmo as profissionais. 

Significa, literalmente, voltar a viver como antes. Obviamente, sempre dando uma atenção especial aos cuidados que todo o estado de saúde pós-cirúrgico exige.

Porém, é necessário direcionar certa atenção aos riscos que todo o procedimento cirúrgico traz, não porque estamos falando de colostomia, mas em qualquer tipo de intervenção cirúrgica.

Riscos

Os riscos devem-se a complicações que eventualmente ocorrem após o procedimento, quase sempre no local da abertura ou corte do estômago, sendo as complicações mais recorrentes:

  • Sangramentos;
  • Infecções;
  • Necrose;
  • Retração;
  • Dermatite;
  • Prolapso;
  • Hérnia.

Quais complicações podem ocorrer com a colostomia?

As complicações originadas após o procedimento da colostomia podem ser de duas formas, precoces ou tardias. 

As complicações precoces normalmente ocorrem imediatamente no período pós-cirúrgico, sendo as irritações na pele, bem como a formação dos hematomas que infelizmente surgem no local da abertura, ou ostomia como é conhecida.

Já as complicações tardias geralmente se apresentam em um período um pouco maior após a cirurgia. As mais frequentes são: 

  • Estenose: é o desenvolvimento de um excesso de pele após a cicatrização do estoma;
  • Prolapso da ostomia: quando parte do intestino fica para fora, ocasionada por má fixação do estoma;
  • Hérnia paraestomal: inchaço do intestino sob a pele em função da abertura do tecido muscular;
  • Retração da ostomia: quando o estoma é puxado para dentro do abdômen em função de tensão;
  • Necrose: é a morte de tecidos do local;
  • Hemorragia: perda de sangue em função de rompimento de vasos sanguíneos próximo do local.

Cuidados após as cirurgias

Os cuidados são os mesmos normalmente empregados em outros procedimentos cirúrgicos, isto é, desde o uso de medicamentos e higienização do local visando sua rápida cicatrização à proteção do estoma. Além disso, sempre que possível, exponha a pele ao sol por no máximo 20 minutos ao dia.

Quer saber mais, entre no site da Associação Brasileira de Ostomizados (https://www.ostomizados.com/associacoes/associacoes.html).

Essas medidas contribuem significativamente para o retorno gradativo à normalidade.

Uma dica extra é sempre estar de olho nas orientações disponibilizadas em alguns veículos de informação, principalmente na internet que podem nos dar uma pequena ajuda em qualquer hora, e sobre isso, aproveite para seguir o Gastroblog.

Acompanhe nossos posts e tire as suas dúvidas com as melhores orientações possíveis.

Será um prazer te receber.

Até breve!




Colostomia: o que é, quais os tipos e quando deve ser indicada

A colostomia é um procedimento realizado para ligar parte do intestino grosso à parede do abdômen. O principal objetivo é permitir a saída das fezes diretamente para uma bolsa em situações em que a evacuação natural é impedida.

O procedimento é, geralmente, indicado após cirurgias no intestino ou quando há problemas de saúde mais graves, como câncer ou diverticulite complicada e que o trânsito das fezes precisa ser desviado.

Na maior parte dos casos, a colostomia é temporária, e a pessoa permanece com a bolsa o tempo suficiente para que a região anal e/ou o intestino se recupere de alguma cirurgia.

Por outro lado, algumas colostomias são mantidas, principalmente quando foi preciso remover grande parte do intestino.



Quando a colostomia é indicada?

Há diversas situações em que uma colostomia pode se fazer necessária. Basicamente, qualquer condição que impeça o paciente de evacuar naturalmente demanda o procedimento. Entre as principais causas, é possível citar:

  • ânus imperfurado (abertura anal inexistente ou bloqueada);
  • bloqueio intestinal parcial ou total;
  • câncer colorretal;
  • fístulas ou feridas no períneo;
  • inflamação grave no cólon;
  • lesão traumática no reto ou cólon;

Quais são os tipos de colostomia?

Os tipos de colostomia são:

Colostomia transversa

  • Realizada no cólon transverso;
  • As fezes são semilíquidas e podem causar irritações na pele ao redor da ostomia;
  • Costuma ser temporária.

Colostomia ascendente

  • Tem esse nome pois é feita no cólon ascendente;
  • É um tipo de ostomia menos comum;
  • O paciente permanece evacuando fezes líquidas ou semilíquidas, podendo sofrer de irritações na pele.

Colostomia descendente

  • Leva esse nome porque ocorre no cólon descendente;
  • As fezes são consideradas semiformadas e causam menos irritação quando em contato com a pele;
  • É o tipo mais comum de colostomia.

Colostomia sigmoidea

  • Feita na parte inferior do abdômen, no local em que o intestino grosso já se aproxima do reto;
  • As fezes evacuadas são consideradas formadas e não irritam a pele em torno da ostomia.

Quais são os benefícios e os riscos?

Benefícios

Os principais benefícios envolvem possibilitar a evacuação das fezes e permitir que o paciente leve uma vida normal, realizando todas as suas atividades diárias.

Riscos

Há algumas complicações que podem ocorrer após o procedimento, a maioria no local onde o estoma é aberto. Na maioria dos casos, essas complicações envolvem:

  • dermatite;
  • estenose;
  • hérnia;
  • infecção em torno do estoma;
  • necrose;
  • prolapso;
  • retração;
  • sangramento.

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