Conheça alguns procedimentos cirúrgicos mais comuns em aparelho digestivo

O aparelho digestivo é um complexo sistema responsável pela digestão e absorção dos alimentos. Quando surgem problemas de saúde nesta área, muitas vezes, procedimentos cirúrgicos são necessários para tratar as condições de forma eficaz. 

Neste artigo, vamos explorar as principais cirurgias realizadas nessa área e fornecer informações essenciais.

Cirurgia bariátrica: uma opção para tratar a obesidade

A cirurgia bariátrica é uma intervenção médica eficaz para pacientes com obesidade mórbida que não conseguem alcançar resultados satisfatórios com métodos convencionais de perda de peso. 

Existem diferentes tipos de procedimentos bariátricos, sendo hoje os principais o  bypass gástrico e a  gastrectomia vertical, cada um com seus próprios mecanismos para promover a perda de peso significativa e melhorar condições de saúde associadas, como diabetes tipo 2 e hipertensão.

Tipos de cirurgia bariátrica

Bypass gástrico: Reduz o tamanho do estômago e desvia parte do intestino delgado, limitando a ingestão de alimentos e a absorção de calorias.

Gastrectomia vertical: Remove uma grande parte do estômago, reduzindo sua capacidade e alterando os hormônios que controlam a fome.

Muitos pacientes experimentam melhorias em condições como apneia do sono, doença hepática gordurosa não alcoólica e problemas articulares.

Para saber mais sobre quem pode se beneficiar da cirurgia bariátrica, os passos envolvidos no processo pré-operatório e os cuidados pós-operatórios essenciais, explore nosso blog com artigos sobre a cirurgia bariátrica e demais cirurgias do aparelho digestivo que iremos abordar por aqui.

Cirurgia de hérnia: correção de uma protuberância no abdômen

A cirurgia de hérnia é um procedimento realizado para corrigir a protrusão de órgãos ou tecidos através de uma abertura na parede abdominal. 

Hérnias podem ocorrer em várias partes do corpo, sendo as mais comuns na região inguinal (virilha), umbilical (ao redor do umbigo) e incisional (pos cirúrgicas). 

Métodos de reparação da hérnia

Cirurgia aberta: Este método tradicional envolve fazer uma incisão direta sobre a área da hérnia para reposicionar os órgãos e fechar a abertura na parede abdominal com suturas ou uma tela sintética para reforço.

Laparoscopia: Também conhecida como cirurgia minimamente invasiva, a laparoscopia utiliza pequenas incisões através das quais um laparoscópio (uma pequena câmera) e instrumentos cirúrgicos são inseridos. 

Esta técnica permite ao cirurgião realizar a reparação da hérnia com menos trauma nos tecidos circundantes, o que geralmente resulta em uma recuperação mais rápida e menos dor pós-operatória.

Colectomia: remoção cirúrgica do cólon

Mais uma das cirurgias do aparelho digestivo que merece destaque é a colectomia. Um procedimento cirúrgico realizado para remover total ou parcialmente o cólon, também conhecido como intestino grosso. 

Esta intervenção é necessária para tratar uma variedade de condições, incluindo câncer de cólon, doença de Crohn, colite ulcerativa e outras doenças inflamatórias intestinais que não respondem ao tratamento médico convencional.

A colectomia segmentar envolve a remoção de uma parte específica do cólon afetada pela condição médica, preservando o restante do órgão. Este procedimento é frequentemente realizado quando o câncer de cólon está localizado em uma área específica ou quando a doença inflamatória está restrita a uma parte do cólon.

Já a colectomia total consiste na remoção completa do cólon e, às vezes, também do reto. Isso pode ser necessário em casos avançados de câncer de cólon ou na retocolite ulcerativa .

Tradicionalmente, a colectomia era realizada através de uma incisão abdominal maior. Isso permite ao cirurgião uma visão clara e direta do cólon e das estruturas circundantes.

Outra forma de abordagem e a cirurgia por via laparoscopica, menos invasiva, que utiliza pequenas incisões na parede abdominal através das quais um laparoscópio e instrumentos cirúrgicos são inseridos. 

Gastrectomia: tratamento cirúrgico do câncer de estômago

A gastrectomia consiste na remoção parcial ou total do estômago, dependendo da localização e estágio do câncer diagnosticado. 

Quando o tumor está localizado em uma parte específica do estômago, os cirurgiões optam pela gastrectomia parcial para remover apenas a área afetada, preservando o máximo possível da função estomacal. 

Por outro lado, em casos mais avançados ou quando o câncer está difundido por todo o órgão, pode ser necessária a gastrectomia total para garantir a eliminação completa do câncer e prevenir a disseminação para outros órgãos.

Pancreatectomia: cirurgia para tratar doenças do pâncreas

Esta intervenção envolve a remoção parcial ou total do pâncreas, dependendo da natureza e da extensão da condição diagnosticada.

Quando o câncer está localizado em uma parte específica do pâncreas ou quando há um tumor benigno que não pode ser tratado de outra maneira, os cirurgiões optam pela pancreatectomia parcial. 

Neste caso, apenas a parte afetada do pâncreas é removida, permitindo a preservação de parte do órgão e, idealmente, da função pancreática.

Em situações mais graves, como câncer avançado que se espalhou por todo o pâncreas, ou em casos de pancreatite crônica que comprometem todo o órgão, pode ser necessária a pancreatectomia total. 

Neste procedimento, o pâncreas inteiro é removido, impactando significativamente a produção de enzimas digestivas e a regulação dos níveis de açúcar no sangue.

A pancreatectomia é uma cirurgia altamente complexa devido à localização do pâncreas no abdômen e suas conexões íntimas com outros órgãos, como o duodeno, o estômago e a vesícula biliar.

Ressecção hepática: remoção cirúrgica de parte do fígado

A ressecção hepática é um procedimento cirúrgico fundamental utilizado para remover uma parte do fígado, frequentemente indicado no tratamento de câncer de fígado primário ou metástases hepáticas originárias de outros órgãos. 

O fígado é um órgão notável por sua capacidade única de regeneração, o que significa que, mesmo após a remoção de parte dele, o fígado restante pode se expandir e recuperar sua funcionalidade ao longo do tempo.

A decisão de realizar uma ressecção hepática depende de vários fatores, incluindo o tamanho e a localização do tumor, bem como a condição geral do paciente. 

Em muitos casos, especialmente quando o câncer está localizado em uma parte específica do fígado e não se espalhou para outras áreas do corpo, a ressecção hepática parcial pode ser uma opção curativa.

O procedimento pode ser realizado por via aberta ou laparoscópica, dependendo da complexidade do caso e das preferências do cirurgião. 

A ressecção hepática por via aberta envolve uma incisão maior na região abdominal para permitir acesso direto ao fígado, enquanto a abordagem laparoscópica utiliza pequenas incisões através das quais um laparoscópio e instrumentos cirúrgicos são inseridos. 

Conclusão: cuidados e orientações pós-cirúrgicas para um bom resultado

Após qualquer procedimento cirúrgico no aparelho digestivo, é essencial seguir as orientações médicas para garantir uma recuperação adequada. 

A colaboração com uma equipe médica especializada e o acompanhamento regular são fundamentais para alcançar um bom resultado pós-cirúrgico e melhorar a qualidade de vida do paciente. Entenda e tire suas dúvidas sobre essas e outras cirurgias do aparelho digestivo acessando o Gastroblog.

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