Apendicectomia: tudo o que você precisa saber sobre a cirurgia de apendicite

Cuidar da saúde nunca foi tão importante como nos dias atuais, principalmente quando falamos do aparelho digestivo, um sistema muito afetado por um modo vida sem moderação.

Se você já passou, está prestes a passar por essa cirurgia ou apenas deseja adquirir mais conhecimentos para ficar por dentro do assunto, fique tranquilo porque você está no lugar certo.

Preparamos um conteúdo completo para que você conheça tudo o que precisa saber e as informações mais importantes sobre a cirurgia de apêndice.

Nos acompanhe…

O que é apendicectomia e quando é necessária?

A apendicectomia ou cirurgia de apêndice é um procedimento cirúrgico que consiste na retirada do apêndice que, na maioria das vezes, é causado  por inflamação ou infecção.

Antes de mais nada, é preciso saber que o apêndice é um órgão parecido com uma pequena bolsa localizada do lado direito da parte inferior do intestino grosso (ceco),  não sendo essencial para o organismo.

No entanto, mesmo ele não sendo tão necessário assim, a sua inflamação pode causar sérios problemas de saúde. Por isso que nesses casos de inflamação ou infecção é necessário a apendicectomia, que se trata da remoção do apêndice cecal ou vermicular.

É claro que a cirurgia pode ser feita por outros motivos também ligados a algum problema intestinal. Só que o principal fator ainda são as inflamações ou as infecções, normalmente ocasionadas pelo acúmulo de fezes no interior do órgão.

Conheça alguns dos sintomas mais comuns:

  • apatia;
  • dor abdominal (um dos primeiros sintomas);
  • febre;
  • inchaço abdominal;
  • náusea, seguida de vômito;
  • perda de apetite.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre a cirurgia de apêndice, vamos dar um novo passo nos aprofundando?

Então vamos lá que tem muita coisa bacana para vermos…

Como é feita a cirurgia de apêndice?

A apendicectomia é um processo cirúrgico que, para ser realizado, segue alguns passos, como em outros tipos de cirurgia, mas possui algumas peculiaridades.

Vamos ver um pequeno resumo do processo?

Primeiro passo

Assim como em outras operações, tudo se inicia com a aplicação da anestesia, que pode ser a geral ou a regional (raquidiana).

Para não deixar dúvidas, a anestesia geral é aquela que deixa o paciente totalmente adormecido e sem nenhuma consciência, sendo geralmente utilizada exatamente nas cirurgias do abdômen, cérebro e coração.

Já a anestesia regional ou de bloqueio é mais simples e é aquela em que a anestesia é aplicada apenas no local do corpo que será operado, com o paciente podendo permanecer acordado ou não.

Segundo passo

Depois que o paciente está anestesiado, se faz a incisão ou corte exatamente na direção do órgão, na região da fossa ilíaca, ou seja, a parte mais baixa do abdômen a direita, sendo esta incisão de aproximadamente 12 mm, com abertura da pele e dos músculos do local, acessando a cavidade abdominal, localização do apêndice e sua apreensão, para iniciar então sua remoção.

Esse momento é a preparação para a retirada do apêndice, onde os vasos são seccionados , e o apêndice então retirado.

Terceiro passo

Após realizada a remoção do apêndice usa-se um instrumento parecido com um grampeador para fechar o local da sua retirada no intestino (ceco).  

Por fim é realizada uma limpeza do local do apêndice, para retirada de líquidos e secreções, fechamento dos músculos e da pele, finalizando a cirurgia.

Lembrando que esta cirurgia também pode ser realizada por laparoscopia (com câmeras), com ligeiras mudanças, mas mantendo a mesma sequência descrita.

Existem outras ações que são feitas nesse momento, mas procuramos apenas descrever um resumo básico de como a cirurgia é realizada.

Não fique preocupado. Essa cirurgia é um procedimento simples, seguro e com baixo índices de complicações graves. 

Sem estresse, tudo bem?

Quais são os riscos e as complicações da apendicectomia?

Como em qualquer outro procedimento cirúrgico, na apendicectomia alguns riscos e algumas complicações podem acontecer logo após a sua realização, sendo o tipo mais comum a abertura dos pontos cirúrgicos e as infecções da pele.

Porém, podem aparecer outras irregularidades, como: abscessos, fístula, hemorragia e peritonite.

Saiba um pouco mais sobre elas…

Abscessos

Trata-se do surgimento ou de um pequeno acúmulo de pus que, na maioria das vezes, é resultado natural das infecções bacterianas. No entanto, o aparecimento do pus pode também representar outra doença cutânea ou da pele.

Fístula

A fístula é uma comunicação irregular entre duas partes do corpo que, normalmente, não se comunicam, por exemplo entre o intestino onde foi retirado o apêndice e a pele do abdômen. Trata-se basicamente de uma anomalia proveniente da cirurgia, e normalmente sua correção também exige outra cirurgia

Hemorragia

A hemorragia é uma perda de sangue ocasionada pelo local da abertura para a realização da cirurgia, em geral com pouca gravidade e de resolução mais simples.

Peritonite

A peritonite é uma inflamação do tecido residual do apêndice, que acaba se espalhando pela  cavidade abdominal, que também pode ser corrigida com os medicamentos apropriados.

Como é o pós-operatório da cirurgia de apêndice?

No período pós-operatório da cirurgia de apêndice podem surgir algumas dores e até hematomas no local do corte abdominal imediatamente ou nos primeiros dias depois da operação, podendo ser contidos com o uso de analgésicos prescritos pelo médico especialista.

Uma boa notícia é que o paciente pode ser liberado para deixar o hospital até 24 horas depois da realização da operação, mas mesmo recebendo a tão esperada alta hospitalar, certos cuidados devem ser tomados.

E o principal deles é obedecer ao período de recuperação que, nesses casos, pode ser um pouco mais longo, ainda mais para atividades mais rigorosas e que exigem esforço físico.

Então, atenção redobrada nesse momento, ok?

Quais são as precauções e os cuidados necessários após a apendicectomia?

Os cuidados após qualquer procedimento médico, em sua grande maioria, são os mesmos e dizem respeito à volta ao cotidiano gradativamente.

Isso mesmo que você leu.

Voltar à vida normal depois dessa cirurgia vai depender muito do comportamento consciente do paciente, que deve seguir rigorosamente alguns dos cuidados listados a seguir:

  • repouso moderado nas primeiras semanas;
  • tratar a ferida para rápida cicatrização;
  • beber bastante água e líquidos leves como chás;
  • alimentação saudável e equilibrada;
  • evitar exercícios físicos, salvo por indicação do médico;
  • ficar atento aos sinais de inflamação como a febre repentina.

Sabendo disso e seguindo essas orientações, a recuperação será rápida e sem maiores transtornos.

Conclusão

É incrível aprender mais sobre o nosso organismo e descobrir como um órgão tão pequeno tem tamanha importância para nossa sobrevivência e, às vezes, até precisa de uma cirurgia como a apendicectomia, não é verdade?

E que bom que você chegou até aqui, porque sempre temos novidades no nosso site. Então, continue acompanhando nossos posts que sempre temos uma surpresa para você.

Até breve!




Apendicectomia: entendendo melhor

Quando inflamado (ou infeccionado), o apêndice tende a causar dores severas (entre outros sintomas) e problemas que podem ocasionar uma apendicite aguda.



O que é apendicite?

Apendicite é uma condição decorrente da inflamação ou infecção de uma parte do intestino também conhecida como apêndice, localizada na região baixa do abdômen, ao lado direito do corpo.

Um dos principais sinais de que há uma inflamação no apêndice é o surgimento de dor forte no local, que pode ou não vir acompanhada de febre, vômito, náuseas, falta de apetite e outros sintomas que mencionamos a seguir.

Quais são as principais causas?

A inflamação do apêndice acontece quando há acúmulo de fezes (e bactérias) no interior do órgão. As causas específicas seguem desconhecidas até o presente momento, porém é sabido que a apendicite pode ocorrer em qualquer momento da vida.

Sintomas comuns

Os principais sintomas da inflamação no apêndice são:

  • Apatia;

  • Calafrios;

  • Constipação;

  • Dor intensa na região abdominal;

  • Febre;

  • Náuseas e vômitos;

  • Perda de apetite;

  • Rigidez e inchaço abdominal.

Fatores de risco

Não há fatores de risco específicos para o desenvolvimento de apendicite. O que se sabe é que os casos são mais frequentes em pessoas dos 10 aos 30 anos de idade.

Aos primeiros sinais e sintomas, é fundamental procurar um médico. No caso de crianças, os pais devem ficar ainda mais atentos, já que, muitas vezes, elas podem ter dificuldade em descrever o que estão sentindo.

Apendicectomia como tratamento

Se o apêndice estiver infeccionado, configurando apendicite, é necessário realizar a remoção cirúrgica, ou apendicectomia, o mais rápido possível, visando evitar problemas mais graves, como perfuração no apêndice e peritonite (disseminação da infecção por todo o espaço abdominal).

Para o procedimento, o paciente fica totalmente anestesiado (anestesia geral) e é feito um pequeno corte na parte inferior direita do abdômen. O apêndice, então, é removido.

No caso de presença de pus (ou abscesso) no local da infecção, é realizada a lavagem completa da região, e um pequeno tubo é acoplado para ajudar na eliminação de líquidos e secreções.

Há prevenção contra a apendicite?

A apendicite é uma condição decorrente do funcionamento do intestino, ou seja, não há uma ação específica que consiga evitar a inflamação do apêndice.

Por outro lado, recomenda-se a ingestão de alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes e verduras, além de água, que ajudam no bom funcionamento do intestino, diminuindo o trânsito intestinal das fezes, o que pode reduzir as chances de elas se acumularem no apêndice.

Saiba mais sobre apendicectomia e outros tratamentos pelo EndoBlog

O EndoBlog reúne informações sobre apendicectomia e outros tratamentos importantes para a saúde e o bem-estar de pacientes de todas as idades.

O EndoBlog foi idealizado por uma equipe de profissionais de saúde que visa sanar todas as dúvidas dos pacientes, além de fornecer conteúdo completo sobre doenças, exames e tratamentos, principalmente relacionados ao sistema digestivo.

Navegue pelo EndoBlog e acompanhe as matérias para mais informações, assim como esse sobre: ligadura elástica riscos

Leia também: Endoscopia Digestiva Alta | Balão Intragástrico | Disfagia