Se você procura por informações completas sobre a papilotomia, acompanhe este artigo do EndoBlog.
A papilotomia endoscópica é um procedimento médico realizado no tratamento de diversas condições do sistema biliar e pancreático.
Neste artigo, exploraremos todos os aspectos do exame, definição e os cuidados durante o procedimento. Aproveite a leitura.
O que é papilotomia endoscópica?
A papilotomia endoscópica, procedimento realizado durante a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), consiste na abertura do ducto biliar comum.
Essa intervenção tem em vista ampliar a abertura da papila duodenal, facilitando o escoamento da bile e a remoção de cálculos que porventura estejam obstruindo a saída dessa secreção.
Além disso, trata estreitamentos na via biliar, possibilitando o uso de instrumentos de dilatação, como próteses plásticas ou autoexpansíveis.
Ao conhecer mais sobre a papilotomia endoscópica, você compreenderá os benefícios desse procedimento e suas aplicações clínicas.
Para que serve?
A papilotomia é amplamente empregada para cortar a papila de Vater e remover cálculos na via biliar, no ducto colédoco.
O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, com anestesia geral, por um médico endoscopista experiente e habilidoso. A duração da papilotomia varia conforme a complexidade do caso.
É importante destacar que esse procedimento requer um profissional especializado para segurança e eficácia.
Quando o procedimento é indicado?
A papilotomia endoscópica é indicada principalmente para:
- Colangite obstrutiva aguda;
- Colocação de próteses biliares;
- Detecção de problemas decorrentes de cirurgias de vesícula e da árvore biliar;
- Estenoses (estreitamentos) malignos e benignos das vias biliares e pancreáticas;
- Estudo das doenças pancreáticas crônicas;
- Icterícias com suspeita de obstrução;
- Litíase pancreática;
- Pancreatites agudas de causa biliar;
- Papilites (inflamação da papila de Vater);
- Remoção de cálculos biliares residuais;
- Tumores da papila de Vater;
- Tumores de vias biliares.
Como é realizado o procedimento?
Durante o procedimento, o paciente é anestesiado para o conforto e a segurança. Um instrumento, chamado duodenoscópio, é cuidadosamente inserido pela boca até alcançar a segunda porção do duodeno, na qual a papila de Vater está localizada.
Para auxiliar na intervenção, um cateter específico é passado através da papila, permitindo a realização de radiografias para o planejamento preciso do procedimento. Em seguida, o papilótomo, por meio de sua alça metálica, corta precisamente a papila.
Outros acessórios são introduzidos, dependendo da natureza dos procedimentos necessários. Esses acessórios permitem que o médico proceda às etapas necessárias para tratar a condição específica, seja a remoção de cálculos biliares, dilatação da via biliar ou outros fatores associados à papila de Vater.
Todo o processo é conduzido por um médico especializado em endoscopia e com experiência nessa intervenção. A segurança do paciente e a eficácia do procedimento são prioridades durante a papilotomia.
Papilotomia endoscópica: complicações
Embora a papilotomia por endoscopia seja considerada menos invasiva, em comparação com a cirurgia, é importante estar ciente de que o procedimento apresenta alguns riscos.
Algumas das possíveis complicações são o sangramento e a perfuração do intestino delgado:
- Em caso de sangramento, durante ou após a papilotomia, o médico endoscopista está preparado para lidar com a situação e pode realizar intervenções adicionais para controlar a hemorragia. No entanto, em situações mais graves, talvez seja necessário recorrer à cirurgia;
- A perfuração do intestino delgado é uma complicação mais rara, mas possível durante a papilotomia endoscópica. Se ocorrer, o médico pode tentar corrigir a perfuração por meio de técnicas endoscópicas durante o próprio procedimento. No entanto, uma cirurgia para reparar a perfuração e garantir a recuperação adequada será provavelmente indicada.
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Residência em Endoscopia Digestiva no Hospital das Clínicas da USP (HCFMUSP)
Residência em Gastroenterologia no Hospital Universitário da UFSC
Presidente da SOBED / SC na gestão 2018-2020
Médico da clínica Endogastro em Florianópolis e ProGastro em Joinville