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Intolerâncias alimentares: Dicas para lidar com esses problemas no dia a dia

por Guilherme Sauniti
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Falar de uma refeição que dá aquela sensação de água na boca não é um sacrifício para ninguém, visto a quantidade de delícias exóticas, diversificadas e inesquecíveis presentes em todos os estados do nosso país.

Com tantas coisas únicas e incríveis, tomar cuidados com o que comemos é difícil, mas essencial para não perder a linha com a quantidade de gostosuras a nossa disposição, ainda mais com certos tipos de alimentos que podem causar intolerâncias alimentares em algumas pessoas.

E aqueles que sofrem com esta alteração, surge aquela pergunta: Como lidar com esses problemas no nosso dia a dia?

Para responder a essa pergunta, preparamos este super guia com muitas informações e dicas mais do que valiosas e também atualizadas para te ajudar a superar essa dificuldade e conviver tranquilamente.

E o melhor, sem te impedir de saborear muitas outras delícias que a vida tem nos proporcionado. 

Vamos juntos?

O que são as intolerâncias alimentares e suas causas?

As intolerâncias alimentares são simplesmente uma resposta imediata do organismo à ingestão de certos tipos de alimentos, que não são corretamente digeridos no processo digestivo natural do nosso corpo.

Resumidamente, é quando os alimentos não são completamente processados pelo intestino. 

Na maioria das vezes, isto se caracteriza como uma reação adversa ou um distúrbio na ingestão de determinados alimentos, e isso pode estar associado ao mau metabolismo de alguns compostos presentes nestes alimentos.

Os causadores mais comuns dessas reações são:

  • Alimentos com glúten;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Carnes processadas;
  • Conservantes;
  • Embutidos;
  • Leite e derivados.

Tudo isso provoca aqueles temidos sintomas ou reações, principalmente de caráter físico, que alguns podem sentir em decorrência das reações básicas das intolerâncias, como algumas que destacaremos agora.

  • Azia;
  • Diarreia;
  • Distensão abdominal;
  • Dor abdominal;
  • Dor de cabeça ou enxaqueca (às vezes);
  • Dor no estômago;
  • Inchaços;
  • Irritabilidade;
  • Gases;
  • Náuseas;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Vômitos.

Pode ser que em alguns casos a reação da intolerância afete direta ou indiretamente outros órgãos não associados ao aparelho digestivo, porém, geralmente isso ocorre raramente.

Um ponto importante a ser ressaltado é que as intolerâncias alimentares não são o mesmo que alergia alimentar. Diferentemente da intolerância, a alergia alimentar é definida como uma reação do sistema imunológico aos alérgenos, substâncias que provocam hipersensibilidade em alguns organismos.

Geralmente, as alergias ocorrem de forma anormal e imediatamente após o consumo do alimento, mais ou menos entre os primeiros 30 minutos, sendo interessante sempre ficar atento às reações do nosso corpo.

Como detectar intolerâncias alimentares?

As constatações de determinados tipos de doenças são realizadas mediante a observação comportamental do paciente, na maioria das vezes bem peculiares, seguida de algumas reações que podem ocorrer.

Nesse sentido, para detectarmos as intolerâncias alimentares, alguns sintomas típicos e específicos podem ser percebidos ao longo do tempo, como os destacados a seguir:

  • Azia: provocada pelo retorno do suco gástrico ao esôfago, o conhecido refluxo gastroesofágico.
  • Cansaço: ocasionado pelo excesso de açúcar que sobrecarrega o organismo, consequentemente provocando inflamação. Isso desencadeia uma sensação de cansaço quase que constante, mesmo tendo um período de descanso diário e normal. 
  • Coceira: bastante comum em casos de intolerância, uma vez que a saúde da pele está diretamente ligada ao bem-estar do intestino.
  • Dor na articulação: em alguns casos, as dores nas articulações e até nos músculos podem ser sinal de intolerância alimentar.
  • Enjoo: sintoma bastante comum em se tratando de intolerância, os enjoos pode ocorrer, principalmente após as refeições. No entanto, podem também surgir em momentos aleatórios do dia.
  • Dores abdominais: considerando um dos sintomas mais característicos, as dores abdominais são comuns em função da má digestão dos alimentos e essas dores são originadas quase sempre após as refeições.
  • Inchaços: provocado diretamente pela metabolização incompleta no processo de digestão, os inchaços podem ser contínuos dependendo do grau de intolerância.
  • Manchas na pele: assim como no caso das coceiras, as manchas na pele são outro sintoma bem peculiar e pode se manifestar com pequenas bolinhas e manchas vermelhas.

Quais as intolerâncias alimentares mais comuns?

Assim como em qualquer outra patologia, podem existir os mais variados tipos de intolerância de alimentos, no entanto, listamos os mais comuns considerando os diagnósticos mais recorrentes.

  • Intolerância a alimentos de origem animal;
  • Intolerância ao glúten;
  • Intolerância à lactose;
  • Intolerância à sacarose.

Vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma delas.

Intolerância a alimentos de origem animal

Este tipo de intolerância corresponde a pessoas que sofrem algum tipo de desconforto na ingestão de alimentos como carnes vermelhas, frango, ovos e mariscos.

Intolerância ao glúten

Esta é a intolerância à proteína que é um pouco parecida com a doença celíaca, a qual é uma reação ao consumo do glúten.

O seu diagnóstico não é tão simples de ser constatado, pois não pode ser facilmente comprovado através de exames laboratoriais com outros tipos de tolerância. Na maioria das vezes, seu diagnóstico é validado após vários exames. 

Intolerância à lactose

Provavelmente chegamos à intolerância mais comum entre as outras, e ela se dá pela falta parcial ou até total da enzima lactase, responsável por realizar o processo de digestão da lactose no organismo.

Seu diagnóstico pode ser confirmado de várias maneiras, no entanto, a mais comum e indicada é a análise clínica, onde o médico prescreve uma dieta com a exclusão de alimentos que tenham lactose.

Neste tipo de teste, os sintomas desaparecem após alguns dias ou semanas de cumprimento da dieta.

Intolerância à sacarose

Esta forma de intolerância é originada pela dificuldade do organismo de realizar o processo de digestão do açúcar.

O método do controle deste tipo é reduzir ao máximo a ingestão de alimentos ricos em açúcares.

3 dicas para reduzir os impactos no seu dia a dia e melhorar a qualidade de vida

Separamos 3 dicas muito válidas para reduzir os impactos da ação das intolerâncias alimentares no dia a dia e, consequentemente, conquistar qualidade de vida.

Ler o rótulo dos alimentos

É imprescindível se aprofundar nas informações nutricionais dos alimentos que você consome, pois em caso de confirmação de algum tipo de intolerância, essa dica contribui efetivamente para um controle mais preciso dos sintomas.

Utilizar substitutos

Optar por produtos alternativos ficou mais fácil com o avanço da tecnologia, portanto, não perca a oportunidade de escolher alimentos que podem substituir os convencionais. Isso contribuirá muito com seu tratamento.

Procurar orientações do especialista

A última e talvez a mais importante dica é procurar orientação médica ao menor sinal de alteração no seu organismo. Além de eliminar as suas dúvidas, o acompanhamento do profissional contribuirá para um diagnóstico preciso e rápido.

E temos uma dica extra, olha só…

De fato, precisamos ficar atentos ao nosso corpo e aos sinais que ele nos dá, principalmente se o objetivo é confirmarmos a existência ou não das intolerâncias alimentares.

E contar com informações e orientações seguras é uma urgência em tempos com a disseminação de tantas informações. Neste aspecto, a Gastroblog tem o que você procura.

A Gastroblog é um site especializado na produção e disseminação de conteúdos descomplicados, fáceis e totalmente voltados para a saúde do aparelho digestivo de maneira geral.

Nele você encontra informações atuais e completamente embasadas no que há de mais moderno da comunidade científica.

Não fique na curiosidade e acesso já.

Esperamos por você.

Até breve.

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Doutor em Gastroenterologia pela FM-USP.
Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo (HCFMUSP), Endoscopia Digestiva (SOBED) e Gastroenterologia (FBG).
Professor do curso de Medicina da Fundação Educacional do Município de Assis - FEMA.
Médico da clínica Gastrosaúde de Marília.


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