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Os perigos da desidratação: Saiba como evitar problemas de saúde!

por Guilherme Sauniti
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A água é essencial para a vida. Nosso corpo depende dela para funcionar adequadamente. No entanto, muitas vezes negligenciamos a importância de manter-nos adequadamente hidratados. 

A desidratação pode parecer uma condição simples, mas seus efeitos podem ser sérios e até mesmo colocar em risco a sua saúde. Descubra neste artigo completo como evitar problemas de saúde, conhecendo os perigos de não estar hidratado e como evitá-los! 

A importância de se manter hidratado

Nosso corpo é composto por aproximadamente 60% de água e, portanto, seu papel é fundamental para o funcionamento adequado de todos os sistemas e órgãos. Desde as funções mais básicas até as mais complexas, a água desempenha um papel crucial em nosso bem-estar geral.

Em primeiro lugar, a água é essencial para regular a temperatura corporal. Quando nos exercitamos ou estamos expostos a altas temperaturas, suamos para dissipar o calor do nosso corpo. 

A transpiração é um mecanismo de resfriamento natural, e para funcionar eficientemente, precisamos estar bem hidratados. A água ajuda a manter a temperatura corporal dentro de limites seguros, evitando a hipertermia, uma condição perigosa causada pelo superaquecimento do corpo.

Além disso, a água desempenha um papel fundamental na digestão, ajudando a decompor os alimentos, facilitando a absorção de nutrientes pelo organismo. 

Sem água suficiente, o processo digestivo pode ser prejudicado, levando a problemas como constipação e indigestão.

Outra função vital da água é o transporte de nutrientes e oxigênio para as células do nosso corpo. 

Ela atua como um veículo, garantindo que vitaminas, minerais e oxigênio cheguem onde são necessários para sustentar as funções celulares e manter a saúde em geral.

A água é um solvente universal, o que significa que ela é capaz de dissolver uma ampla variedade de substâncias. Isso inclui toxinas e resíduos metabólicos que precisam ser eliminados do corpo. 

Ela ajuda nos processos de filtração do sistema urinário, garantindo a remoção eficiente de resíduos e toxinas do corpo.

Quando não bebemos água suficiente, nosso corpo começa a sentir os efeitos da desidratação.

Portanto, é fundamental manter-se hidratado ao longo do dia, bebendo água regularmente. 

Não devemos esperar sentir sede para beber água, pois a sede é muitas vezes um sinal de que nosso corpo já está desidratado. 

Ao priorizar a ingestão adequada de água, estamos promovendo a saúde e o bem-estar de todo o nosso corpo, garantindo seu funcionamento eficiente e prevenindo uma série de problemas de saúde.

Sinais e sintomas da desidratação

Um dos primeiros sinais é a boca seca e a sensação intensa de sede. 

Quando nossos níveis de hidratação estão baixos, as glândulas salivares produzem menos saliva, resultando em uma boca seca e pegajosa. A sede intensa é o mecanismo de alerta do corpo para nos incentivar a repor os fluidos perdidos.

Urina escura e com odor forte é um sinal de que estamos desidratados, pois indica uma concentração maior de resíduos e toxinas que estão sendo eliminados pelo corpo. 

A urina de uma pessoa saudável deve ser clara ou de cor amarela clara.

A desidratação também pode causar fadiga e fraqueza, pois nosso corpo não está recebendo a quantidade adequada de líquidos para sustentar suas funções. 

A falta de água afeta o transporte de nutrientes e oxigênio para as células, levando à sensação de cansaço constante.

Tontura e confusão mental são sintomas comuns, especialmente em casos mais graves. A falta de líquidos afeta o fluxo sanguíneo para o cérebro, resultando em desorientação, dificuldade de concentração e até mesmo lapsos de memória.

Outros indicativos incluem diminuição da produção de urina e pele seca e enrugada. 

Quando estamos desidratados, nossos rins conservam água, resultando em uma diminuição na frequência e volume da urina. 

A pele também pode ficar seca e perder sua elasticidade, tornando-se mais propensa a rugas e ressecamento.

Problemas de saúde causados pela desidratação

Se não tratada adequadamente, ela pode desencadear uma variedade de problemas de saúde que variam de leves a graves. 

Entre os problemas causados estão as dores de cabeça. A falta de hidratação pode levar a uma redução no volume de sangue e oxigênio que chega ao cérebro, resultando em dores de cabeça frequentes e intensas.

A constipação também é um sintoma comum associado à situação devido à dificuldade na passagem das fezes, causando desconforto abdominal.

A irritabilidade e a diminuição da capacidade cognitiva são sintomas frequentes. A falta de água afeta o funcionamento do cérebro, levando a mudanças de humor, dificuldade de concentração e lapsos de memória.

A formação de pedras nos rins também pode ser desencadeada pela falta de hidratação, causando dor intensa e outros sintomas urinários.

As infecções do trato urinário também são mais comuns em pessoas desidratadas. A urina concentrada devido à falta de água pode criar um ambiente favorável para o crescimento de bactérias, aumentando o risco de infecções no trato urinário.

Em casos extremos, pode-se levar à insuficiência renal, uma condição grave que pode resultar na perda da função dos rins, que não recebem fluxo sanguíneo suficiente devido à falta de hidratação prolongada, levando a danos nos órgãos e comprometendo sua capacidade de filtrar resíduos e toxinas do sangue.

É importante ressaltar que a falta de hidratação pode ser fatal se não tratada adequadamente, especialmente em casos graves.

A desidratação e doenças gastrointestinais

As doenças gastrointestinais, como diarreia e vômitos, representam uma das principais causas de desidratação em todo o mundo. 

Nessas condições, o corpo perde grandes quantidades de líquidos e eletrólitos, resultando em um desequilíbrio hidroeletrolítico que pode se tornar perigoso se não tratado adequadamente.

A diarreia é caracterizada pela evacuação frequente de fezes líquidas, muitas vezes acompanhada de cólicas abdominais e desconforto gastrointestinal.

Essa condição pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo infecções virais ou bacterianas, intoxicação alimentar, intolerâncias alimentares e condições inflamatórias intestinais. 

Independentemente da causa, a diarreia pode levar a uma rápida perda de líquidos e eletrólitos, aumentando o risco de desidratar.

Os vômitos também podem resultar em uma perda significativa de fluidos corporais, perdendo não apenas o conteúdo do estômago, mas também líquidos e eletrólitos essenciais para o funcionamento adequado do nosso organismo.

É essencial repor essas perdas líquidas e eletrólitos quando estamos enfrentando doenças gastrointestinais. 

Siga uma dieta leve e de fácil digestão durante esses períodos, evitando alimentos gordurosos, picantes ou muito pesados que possam irritar ainda mais o trato gastrointestinal. 

Em casos de diarreia ou vômitos graves, é necessário procurar orientação médica para avaliar a gravidade da falta de hidratação e receber tratamento adequado, que pode incluir a administração de líquidos intravenosos em casos mais severos. 

A desidratação é um problema de saúde sério que pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade. É essencial reconhecer os sinais e sintomas para tomar medidas para preveni-la. 

Mantenha-se hidratado, bebendo água regularmente ao longo do dia, e esteja atento à sua saúde. Lembre-se, a água é vida!

Imagem de Freepik

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Doutor em Gastroenterologia pela FM-USP.
Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo (HCFMUSP), Endoscopia Digestiva (SOBED) e Gastroenterologia (FBG).
Professor do curso de Medicina da Fundação Educacional do Município de Assis - FEMA.
Médico da clínica Gastrosaúde de Marília.


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