Polipectomia

A polipectomia é um procedimento médico essencial quando se trata da remoção de pólipos, pequenas saliências ou protuberâncias que se formam em algumas partes do corpo, como o intestino ou o colo do útero. Esses pólipos podem ser benignos, mas em alguns casos, podem se tornar cancerígenos se não forem tratados adequadamente.

Esse procedimento é geralmente realizado por meio de uma endoscopia, um exame que permite visualizar o interior do órgão afetado através de um tubo flexível equipado com uma câmera. Através da endoscopia, o médico pode identificar os pólipos e realizar a polipectomia com precisão.

A remoção dos pólipos é importante, especialmente quando se trata de pólipos no cólon, uma vez que alguns deles podem se transformar em câncer ao longo do tempo. A polipectomia pode ser uma medida preventiva eficaz, ajudando a reduzir o risco de desenvolver câncer colorretal.

Após a polipectomia, é comum que o paciente tenha um breve período de recuperação, durante o qual podem ser recomendados cuidados especiais, como dieta leve e repouso. No entanto, na maioria dos casos, a recuperação é rápida e a pessoa pode retomar suas atividades normais em pouco tempo.

A polipectomia é um procedimento seguro e eficaz, mas deve ser realizada por um profissional de saúde experiente e qualificado. O médico avaliará cada caso individualmente e determinará a melhor abordagem para a remoção dos pólipos, garantindo assim a saúde e o bem-estar do paciente.

É importante ressaltar que a polipectomia é um procedimento médico e deve ser realizada por profissionais qualificados. Cada caso é único, e a escolha do método de polipectomia e a necessidade de acompanhamento de longo prazo serão determinadas pelo médico, levando em consideração as características individuais do paciente e a natureza dos pólipos.

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Dilatação do Piloro

O que é o piloro ?

Piloro é o esfincter que fica na poção final do estômago, na sua transição com o duodeno. Com os movimentos de contração do estômago o piloro se abre a permite que o conteúdo estomacal passe para o duodeno.

Estenose de piloro

Estenose do piloro é o estreitamento parcial ou total do mesmo que impede a progressão do conteúdo do estômago para o duodeno.

Estenose do piloro pode acontecer por 3 causas principais:

1- Estenose hipertrófica do piloro: condição que acontece em alguns recém nascidos onde o músculo do esfíncter fica muito “apertado” e impede que o conteúdo estomacal passe para o intestino. Nestas casos as crianças tem crises de vômitos e ficam desnutridas. A resolução deste problema é feita por cirurgia através do procedimento de piloroplastia.

2- Tumores do estômago: alguns tumores do estômago podem crescer ao ponto de causar a obstrução do piloro impedindo a progressão do conteúdo estomacal. Nestes casos geralmente realiza-se cirurgia para se retirar a parte do estômago acometida. Nos casos muito avançados pode-se passar através de endoscopia uma prótese autoexpansível para desobstrução.

Alguns casos onde a colocação da prótese não é possivel realiza-se o procedimento de derivação gástrica, ligando o estômago com o intestino.

3- Estenose benignas: algumas úlceras do estômago ou do piloro podem ao cicatrizar levar a retração da parede do órgão e fechamento do piloro. Nestes casos realiza-se a dilatação endoscópica da região com balão do tipo hidrostático.

Nos casos onde não há melhora com as dilatações realiza-se o tratamento cirúrgico do problema.

Complicações

A dilatação do piloro geralmente é realizada de forma eficaz e sem problemas. Algumas complicações que podem ocorrer são:

  • Uma pequena quantidade de sangramento quase sempre acontece quando a dilatação é realizada. Se este sangramento for excessivo pode exigir um tratamento mais agressivo.
  • Outra complicação é a perfuração (buraco na parede do órgão). Se isso acontecer, uma operação pode ser necessária para reparar o problema.
  • Raramente uma pequena perfuração pode levar a infecção, que pode ficar apenas no local ou até mesmo se espalhar para os órgão vizinhos.



Próteses Autoexpansíveis

Desobstrução de tumores avançados do aparelho digestivo

As neoplasias do trato gastrointestinal podem as vezes crescer ao ponto de não poderem ser mais operadas levando a obstrução do tubo digestivo. Nestes casos são realizado tratamentos para prolongar e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Com este propósito pode-se realizar a passagem de próteses autoexpansíveis. Estas são próteses metálicas que são passadas através do tumor e quando liberadas se abrem aumentando assim o canal do tubo digestivo obstruído.




Gastrostomia

O que é Gastrostomia?

Gastrostomia é um procedimento médico no qual é criada uma abertura no estômago para permitir a alimentação direta. É geralmente indicada quando um indivíduo é incapaz de se alimentar adequadamente pela boca devido a problemas de deglutição ou outras condições médicas.

Como ocorre?

Durante o procedimento, é criada uma abertura no abdômen e no estômago, através da qual um tubo de alimentação é inserido. Esse tubo é então conectado a uma bolsa de alimentação ou a uma bomba de alimentação para fornecer os nutrientes necessários diretamente no estômago.

Quando é necessária?

A gastrostomia é indicada em situações nas quais o paciente não consegue se alimentar adequadamente pela boca ou apresenta dificuldades no processo de deglutição. Alguns dos motivos comuns para a realização da gastrostomia incluem:

  • Disturbios neuromusculares, como paralisia cerebral, esclerose lateral amiotrófica (ELA) ou acidente vascular cerebral (AVC), que podem comprometer a capacidade de deglutição.
  • Lesões ou doenças que afetam o trato gastrointestinal, como câncer de esôfago, estenose esofágica ou fístulas esofágicas.
  • Desnutrição severa ou perda de peso significativa devido a condições médicas.
  • Indivíduos com câncer de cabeça e pescoço que estão passando por tratamentos como quimioterapia e radioterapia, e que podem ter dificuldade para se alimentar normalmente.
  • Pacientes com distúrbios alimentares, como anorexia nervosa, que não conseguem ingerir quantidade adequada de nutrientes por via oral.

Como é feito o procedimento?

A gastrostomia pode ser realizada por diferentes métodos, dependendo das necessidades do paciente. Alguns dos métodos comuns incluem:

  • Gastrostomia endoscópica percutânea (PEG): Nesse procedimento, uma sonda é inserida no estômago através da parede abdominal utilizando orientação endoscópica. É uma técnica minimamente invasiva e amplamente utilizada.
  • Gastrostomia cirúrgica: Em casos mais complexos, pode ser necessária uma abordagem cirúrgica para criar a abertura no estômago e inserir a sonda de alimentação.

Quais são os cuidados necessários após a gastrostomia?

Após a realização da gastrostomia, é essencial seguir as orientações médicas para garantir o cuidado adequado da sonda e evitar complicações. Alguns cuidados comuns incluem:

  • Limpeza e higiene adequadas da área ao redor da sonda.
  • Administração correta de medicamentos e alimentação através da sonda, de acordo com as instruções médicas.
  • Monitoramento regular da posição e funcionamento da sonda, assim como possíveis sinais de infecção ou complicações.
  • Acompanhamento médico regular para avaliar a eficácia do procedimento e realizar eventuais ajustes necessários.

É fundamental que os pacientes e cuidadores recebam instruções detalhadas sobre como administrar a alimentação e realizar a manutenção adequada do tubo de gastrostomia.

A gastrostomia é um procedimento que pode melhorar significativamente a qualidade de vida e a nutrição de pacientes que não conseguem se alimentar adequadamente pela boca. É importante que a decisão de realizar a gastrostomia seja tomada em conjunto com uma equipe médica especializada, considerando os benefícios e possíveis complicações do procedimento.

É importante ressaltar que a gastrostomia é um procedimento invasivo e deve ser realizado por profissionais de saúde qualificados. Cada caso é único, e o tratamento deve ser individualizado de acordo com as necessidades e condições do paciente.




Retirada de Cálculos da Via Biliar

Durante a CPRE, após a cateterização da via biliar e infusão de contraste, realiza-se o RX, que pode mostar cálculos (pedras) que podem estar obstruindo a saída da bile e causando os sintomas no paciente.

Após este diagnóstico realiza-se o procedimento de papilotomia endoscópica, para poder alargar a saída do canal da bile. Com isto pode-se retirar as pedras da via biliar e permitir o retorno normal da drenagem da bile do fígado para o duodeno.

Geralmente a simples abertura da saída do canal da bile não é suficiente para que o cálculo saia. Nestes casos precisamos inserir instrumentos através do duodenoscópico como cestas ou balões para varrer de cima para baixo o canal da via biliar e assim conseguir extrair os cálculos.

Quando o calculo é muito grande, precisamos quebrá-lo para poder retirá-lo, este procedimento é chamado de litotripsia mecânica. Este é realizado através da captura do cálculo com uma cesta, sendo esta fechada até que o cálculo quebre.

Eventualmente se o cálculo não quebrar ou se for de tamanho muito grande, pode-se realizar a passem de prótese através da abertura, para drenar a via biliar e desobstruir a região. Geralmente após realiza-se o exame novamente alguns dias depois para uma nova tentativa de retirada do cálculo por endoscopia. Se as tentativas por endoscopias falharem o paciente é submetido a cirurgia para a resolver definitivamente o problema.




Ligadura Elástica de Varizes de Esôfago

A ligadura elástica é considerado o melhor precedimento para o tratamento das varizes de esôfago. Estas surgem em pacientes que possuem pressão aumentada da veia porta (hipertensão portal) que possui várias causas sendo a principal delas a cirrose hepática.

O procedimento é realizado para a prevenção da ruptura deste vasos evitando assim quadros de hemorragia digestiva. Também é utilizado para cessar um sangramento já causado por uma ruptura de variz.

Todo paciente com varizes deve esôfago deve fazer acompanhamento periódico com seu médico que além de prescrever medicamentos, pode solicitar a ligadura elástica das varizes quando achar necessário.

Durante o procedimento o paciente é sedado como em toda a endoscopia digestiva. Então na ponta do aparelho é acoplado o dispositivo de ligadura elástica, ficando a manopla de disparo dos elásticos na outra extremidade do endoscópio, no local onde o endoscopista realiza as manobras com o aparelho.

Após a introdução do aparelho o endoscopista identifica as veias dilatadas (varizes) e aspira o ponto a ser ligado para dentro do dispositivo. Após isto, gira o dispositivo de ligadura soltando o anel de borracha, que estrangula a porção da variz que foi aspirada.

Este estrangulamento faz a variz diminuir de tamanho até “secar”. Este processo dura cerca de 2 semanas. As sessões são repetidas geralmente a cada 15 dias até o desaparecimento das varizes. Geralmente são necessárias de 3 a 6 sessões para o tratamento completo.

Após o procedimento o paciente pode sentir no primeiro dia um certo desconforto para engolir, que é normal e passa em cerca de 3 dias. Por isto, neste período o paciente deve fazer dieta liquida e depois pastosa. Também deve evitar alimentos e liquidos quentes que podem fazer soltar os anéis de borracha antes do tempo e predispor a sangramento.

Orientações para o exame:

  • A presença de um acompanhante maior de idade desde o momento da chegada até o término do procedimento é uma condição indispensável para a execução da ligadura de varizes. No caso de pacientes com menos de 18 anos, o acompanhante obrigatoriamente precisa ser um responsável legal.
  • Para se submeter à ligadura de varizes, o paciente deve ter resultados recentes de hemograma, tempo de protrombina (TAP) e contagem de plaquetas. Além disso, é necessário apresentar exames de endoscopia anteriores.
  • Medicações com AAS (aspirina) e anticoagulantes, tais como varfarina (Marevan®, Coumadin®), clopidogrel (Plavix®) e ticlopidina (Ticlid®), devem ser suspensas dez dias antes do procedimento, sempre sob supervisão do médico que receitou os mesmos.

Na véspera do procedimento

O paciente deve fazer um jantar leve, evitando comida gordurosa

No dia do procedimento

Jejum de oito horas, até mesmo de líquidos.

Atenção: não é possível realizar outros exames invasivos da região abdominal no mesmo dia (exemplo: colonoscopia).

O procedimento dura, em média, 40 minutos, incluindo o tempo de preparo.

Ao término do procedimento, o paciente precisa de um repouso de cerca de uma hora.

Cuidados pós procedimento:

Devido ao uso de anestesia, não é possível dirigir automóvel nem outros veículos durante todo o dia após a ligadura de varizes esofágicas. Pelo mesmo motivo, durante um período de aproximadamente oito horas depois do procedimento, o indivíduo não pode realizar tarefas que necessitem de atenção, tais como mexer com máquinas e objetos cortantes.

A medicação usada na anestesia pode ocasionar um período curto de amnésia.

O paciente deve repousar no restante do dia, alimentando-se conforme recomendação médica.

Nos 3 dias após o procedimento o paciente deve fazer dieta ingerindo apenas líquidos e pastosos. Também deve evitar alimento e líquidos quentes .

Também não deve realizar atividade física ou carregar peso por no mínimo 3 dia




Tratamento Endoscópico de Varizes do Estômago

O que são as varizes gástricas?

Alguns pacientes com hipertensão portal podem desenvolver veias dilatadas (varizes) no estômago. Estas ficam geralmente próximo da transição do estômago com o esôfago ou na parte inicial do estômago chamada de “fundo gástrico”.

As varizes gástricas são geralmente vasos calibrosos que ao romperem causam sangramento digestivo de grande volume. Por isto a necessidade de tratamento destas.

Por serem volumosas, as substâncias que são utilizadas para a esclerose das varizes do esôfago, não são suficintes para “secar” as varizes do estômago. Por isto, nestes casos precisamos utilizar uma “cola biológica” que quando injetada gruda no tecido do vaso dilatado fazendo com que este seja obstruido.

Esta cola pode ser utilizada durante um episódio de sangramento agudo destas varizes. Em alguns casos também pode ser utilizada para prevenir que isto ocorra.

Após algumas semanas da injeção da cola, o organismo expulsa esta para fora e este processo leva a cicatrização que “seca” a veia dilatada daquela região.

Orientações para o exame:

Este procedimento tem a finalidade de tratar as varizes gástricas por via endoscópica.

A presença de um acompanhante adulto desde o momento da chegada do cliente até o término do procedimento é uma condição indispensável para a execução do exame.

Para se submeter ao procedimento, o paciente deve ter resultados recentes de hemograma, tempo de protrombina e contagem de plaquetas. Além disso, é necessário apresentar endoscopias anteriores.

Medicações com AAS (aspirina) e anticoagulantes tais como varfarina (Marevan®, Coumadin®), clopidogrel (Plavix®) e ticlopidina (Ticlid®), devem ser suspensas de sete a dez dias antes do procedimento, evidentemente sob supervisão do médico assistente.

Na Véspera do procedimento

O paciente deve fazer um jantar leve, evitando comida gordurosa.

No dia do procedimento

Jejum de oito horas, até mesmo de líquidos.

Atenção: não é possível realizar outros exames invasivos da região abdominal no mesmo dia, a exemplo da colonoscopia.

O procedimento dura, em média, 40 minutos, incluindo o tempo de preparo.

Ao término da intervenção, o paciente precisa de um repouso de cerca de uma hora.

Cuidados pós procedimento

Devido ao uso de sedativos, não é possível dirigir automóvel nem outros veículos durante todo o dia após o exame. Pelo mesmo motivo, durante um período de aproximadamente oito horas depois do procedimento, o indivíduo não pode realizar tarefas que necessitem de atenção, tais como mexer com máquinas e objetos cortantes.

A medicação usada na anestesia pode ocasionar um período curto de amnésia.

O paciente deve repousar no restante do dia, alimentando-se conforme recomendação médica.

Nos 3 dias após o procedimento o paciente deve fazer dieta apenas líquidos e pastosos. Deve evitar alimento e líquidos quentes.

Também não deve realizar atividade física ou carregar peso por no mínimo 3 dias




Dilatação de Esôfago

  1. Diagnóstico
  2. Tratamento e processo
  3. Estenoplastia
  4. Complicações

O esôfago é um tubo longo e estreito que transporta comida e líquidos da boca para o estômago.

Dilatação do esôfago é a técnica utilizada para esticar uma parte bloqueada ou estreitada do esôfago. Este procedimento é usado quando uma parte do esôfago tornou-se tão estreita que se torna difícil, ou mesmo impossível e doloroso para engolir.

A dilatação torna a passagem dos alimentos e da água para dentro do estômago mais fácil. Esta é geralmente uma forma simples de tratamento porém se não for bem sucedida, uma cirurgia pode ser necessária. A cirurgia é uma forma muito mais extensa de tratamento, com um tempo de recuperação mais longo.

Algumas das causas mais comuns de obstrução ou estreitamento do esôfago são:

  • Inflamação da parte inferior do esôfago. Isto acontece geralmente pela exposição constante da parte inferior do esôfago ao ácido que retorna a partir do estômago. Com o tempo, isso causa cicatrizes e estreitamento do esôfago inferior.
  • Anel Schatzki é um fino anel benigno (não-cancerosos) de tecido fibroso que contrai o esôfago inferior. A razão para isto não é bem conhecida.
  • Acalasia é uma alteração da inervação da parte final do esôfago e do esfíncter esofágico inferior. O esfíncter esofágico inferior é um músculo entre o esôfago e o estômago que relaxa para permitir que o alimento passe para dentro do estômago. Depois de deixar o alimento passar, este contrai para manter a comida no estômago. Esta alteração da inervação pode ser congênita (presente desde o nascimento) ou adquirida pela Doença de Chagas. Isto pode causar contrações irregulares da parte inferior do músculo esofágico fazendo com que o esfíncter não se abra e assim não permitindo que alimentos e líquidos passem. O resultado é um bloqueio persistente da passagem do conteúdo esofágico para o interior do estômago.
  • Estenoses podem acontecer pela ingestão de substâncias que danificam o esôfago. Alguns exemplos são os ácidos ou bases, tais como soda cáustica.
  • Tumores, sejam benignos (não cancerosos) e malignos (cancerosos) também podem bloquear o esôfago.

Diagnóstico

O seu médico, muitas vezes desconfia deste problema através da história clínica. Ele pode provar sua suspeita usando raios-X e principalmente a endoscopia.

Tratamento e Processo

Estenose do esôfago é geralmente um problema mecânico, que pode ser tratada com o alongamento (dilatação). Isto pode ser feito de diferentes maneiras.

Dilatadores flexíveis: uma série de sondas graduadas (espessura crescente) chamadas de sondas termoplásticas podem ser usadas. Estes são tubos que passam através do esófago para o estômago. Os tubos utilizados tornam-se progressivamente maior, até que o tamanho desejado seja atingido

Balões dilatadores: a dilatação do esôfago pode ser feita usando balões durante a endoscopia. A endoscopia flexível permite ao examinador visualizar diretamente a estenose. Um balão é introduzido pelo canal do aparelho até a zona de estreitamento. Ele é então insuflado com água até uma certa pressão, que é pré-ajustada para uma dada circunferência. Quando insuflado, torna-se em forma de salsicha, esticado, e faz com que a estenose se abra.

Tratamento da Acalasia

A Acalasia requer um tipo de balão específico, mais longo e maior, chamado de balão pneumático. Nesta situação, as fibras musculares espásticas na parte inferior do esôfago são esticadas.

Em alguns casos de acalásia pode-se tentar o tratamento com injeção de toxina botulínica (botox).

No casos de acalásia que não melhoram com dilatações por endoscopia o tratamento cirúrgico é indicado através do procedimento chamado de miotomia.

Estenoplastia

Em algumas ocasiões, o estreitamento (estenose) é tão grande que nem os instrumentos de dilatação conseguem passar. Nestes casos e em algumas outras situações, realiza-se o procedimento de estenoplastia. Este consiste na realização de pequenos cortes na região da estenose com auxílio de um estilete que é passado pelo canal de trabalho do endoscópio. Estes pequenos cortes ajudam abrir o estreitamento facilitando a passagem dos dilatadores e acelerando o processo do tratamento. Em alguns casos após a realização dos pequenos cortes algumas substâncias, como corticóides, são injetadas na região para prevenir que o estreitamento feche novamente com facilidade.

Complicações

A dilatação do esôfago geralmente é realizada de forma eficaz e sem problemas. Algumas complicações que podem ocorrer são:

Uma pequena quantidade de sangramento quase sempre acontece quando a dilatação é realizada. Se este sangramento for excessivo pode exigir um tratamento mais agressivo.

Outra complicação é a perfuração (buraco na parede do órgão). Se isso acontecer, uma operação pode ser necessária para reparar o problema.

Raramente uma pequena perfuração pode levar a infecção, que pode ficar apenas no local ou até mesmo se espalhar para os órgãos vizinhos.




Colonoscopia

  1. O que é a colonoscopia?
  2. Quando é usado?
  3. Qual o preparo para o exame?
  4. O que acontecerá durante o exame ?
  5. Quais os riscos do procedimento ?
  6. O que devo fazer após o procedimento ?

O que é a colonoscopia?

Colonoscopia é o exame endoscópico do cólon (intestino grosso) e muitas vezes também do íleo terminal (porção final do intestino delgado). Além da inspecção da superfície intestinal, a colonoscopia permite também a realização de biópsias que podem ser úteis no estabelecimento do diagnóstico. Procedimentos terapêuticos também podem ser realizados durante a colonoscopia, entre eles o mais frequente é a remoção de pólipos (polipectomia).

Quando é usado?

A colonoscopia é a forma mais direta e completa para verificar a mucosa do cólon inteiro. Geralmente é feito por uma das seguintes razões:

Prevenção e detecção precoce do câncer:

Uma colonoscopia pode ajudar a encontrar pequenas verrugas (pólipos), que podem se tornar câncer. Os pólipos podem ser removidos antes de se tornarem câncer. O exame também pode permitir que seu médico encontre tumores cancerosos precocemente, quando o câncer é mais fácil de curar.

Se você tem mais de 50 anos de idade, você deve fazer uma colonoscopia. Se você tem uma história pessoal ou familiar que aumenta o seu risco, o seu médico pode recomendar que você comece a fazer o exame em uma idade mais precoce.

Diagnóstico de uma doença:

Se você tiver sintomas e ainda não tem o diagnóstico, você pode ter que realizar este exame para tentar encontrar a causa. Por exemplo, se você estiver tendo dor abdominal, diarreia crônica, alteração do hábito intestinal ou sangramento pelas fezes. Através da colonoscopia seu médico pode verificar se existe alguma irritação da mucosa ou divertículos na parede do intestino que podem justificar estes sintomas.

Qual o preparo para o exame?

Para a realização da colonoscopia é muito importante que se faça um preparo intestinal para que os resíduos sejam removidos do interior do cólon e assim o exame pode ser feito com o máximo de segurança e eficácia. Habitualmente, para o preparo intestinal é recomendado dieta nos dias que antecedem o exame, laxativos e eventualmente lavagens. Certifique-se de completar o preparo intestinal. O exame pode não ser realizado se o cólon tiver fezes ainda. Além disto se o preparo estiver inadequado, pequenos pólipos ou lesões podem não serem vistos pelo médico, prejudicando assim a qualidade do exame e consequentemente a sua saúde também.

Beba bastante líquidos claros durante a preparação intestinal para evitar a desidratação. É útil beber líquidos que ajudam a repor eletrólitos que você perde durante a preparação. Por exemplo, você pode beber “bebidas esportivas” em qualquer cor, menos vermelho ou roxo.

O exame demora cerca de 20 a 30 minutos. No entanto, você terá que planejar ficar na clínica cerca de 2 horas para o cadastro, realização do exame e recuperação. É obrigatória a presença de um acompanhante maior de idade.

O que acontecerá durante o exame ?

Após o preparo do cólon, o paciente é levado à sala de exame onde será sedado. A sedação é realizada por via endovenosa e ajuda o paciente a dormir e relaxar. O colonoscópio é então introduzido pelo reto até o ceco (porção inicial do cólon) ou até o íleo terminal (porção final do intestino delgado). Durante a retirada do aparelho é feita uma minuciosa inspeção identificando as eventuais alterações.

Se necessário, pequenas amostras de tecido (biópsias) podem ser colhidas durante o exame para análise microscópica detalhada. Não se preocupe, não dói.

Na presença de lesões elevadas (pólipos), o médico poderá realizar, dependendo do caso, a retirada da lesão (polipectomia) durante o exame. As amostras retiradas durante o exame (biópsias ou pólipos) são enviadas ao laboratório de patologia para análise. O resultado da análise deve ser retirado diretamente no laboratório onde o material foi analisado e fica pronto geralmente em sete dias.

Quais os riscos do procedimento ?

As complicações relacionadas à colonoscopia podem decorrer do preparo do colon, da sedação, do exame propriamente dito ou de procedimentos complementares realizados. O preparo pode gerar intolerância gástrica que se refletirá em nauseas, vômitos e distensão abdominal. Como o preparo induz a diarréia, pode ocorrer desidratação e desequilíbrio dos eletrólitos do organismo. As complicações relativas à sedação variam de uma irritação da veia puncionada (flebite) até situaçõses de maior gravidade com hipotensão arterial, bradicardia, depressão respiratória, broncoaspiração e até parada cardiorrespiratória. Pode ocorrer perfuração intestinal durante a introdução do colonoscópio. Porém esta complicação ocorre apenas em cerca de 0,05% das colonoscopia com finalidade diagnóstica. Ressecção de pólipos podem acarretar em duas complicações: a perfuração e a hemorragia.Tais eventos relacionam-se principalmente ao tamanho dos pólipos ressecados. A perfuração pode ocorrer com freqüência de 0,03 a 1% das polipectomias e a hemorragia em cerca de 0,02% dos procedimentos, podendo acontecer no momento da ressecção do pólipo ou até dias após.

O que devo fazer após o procedimento ?

Após o exame, você pode descansar até que você esteja acordado e alerta o suficiente para ser levado para casa (não pode dirigir veículos). Você deve planejar continuar a descansar por algumas horas depois de chegar em casa. É normal ter gás e cólicas leves por algumas horas após o exame. Depois de descansar, você deve sentir vontade de comer. A dieta volta ao normal novamente, mas recomenda-se alimentação leve. Certifique-se de beber muitos líquidos após o exames. Se pólipos ou outro tecido for removido, você pode notar um pouco de sangue nas fezes por um tempo curto. No caso de mal estar, náuseas e vômitos, sangramento intestinal ou dor abdominal de grande intensidade o paciente deve entrar em contato com serviço de endoscopia ou procurar um serviço de emergência com o laudo do exame em mãos.




Endoscopia Digestiva Alta

  1. O que é Endoscopia Digestiva Alta
  2. Quando ela é necessária?
  3. Quais são os cuidados que devo tomar para realizar o exame?
  4. Qual o preparo para o exame Endoscopia Digestiva Alta ?
  5. O que é Endoscopia Digestiva Alta
  6. Endoscopia Digestiva Alta: Quais os riscos do procedimento:
  7. O que devo fazer após o procedimento de Endoscopia Digestiva Alta

O que é?

É um exame indicado para avaliação diagnóstica e tratamento das doenças da parte superior do tubo digestivo, incluindo o esôfago, o estômago e a porção inicial do duodeno.

Realizado introduzindo-se pela boca um aparelho flexível com iluminação central que permite a visualização de todo o trajeto examinado.

O exame é realizado sob sedação, utilizando medicação administrada por uma veia para permitir que você relaxe e adormeça, sem ter dor ou desconforto.

Quando ela é necessária?

Uma endoscopia pode ser feita se você tiver problemas como:

Azia

Problemas para engolir

Dor abdominal

Dor no peito tipo queimação

Anemia

Diarréia

Hemorragia gastrointestinal

Vômito

Este procedimento ajuda a seu médico a fazer um diagnóstico mais preciso

Quais são os cuidados que devo tomar para realizar o exame?

Trazer acompanhante maior de idade. Planeje para o seu cuidado, encontrar alguém para lhe dar uma carona para casa após o procedimento. É proibido dirigir após o exame.

Trazer documentação solicitada no momento da marcação do exame. Por exemplo: carteira de identidade (RG); cartão e autorização do convênio; pedido do médico (solicitação do exame)

Alguns medicamentos (como aspirina e anticoagulantes) podem aumentar o risco de sangramento durante ou após o procedimento. Pergunte ao seu médico se você precisa evitar tomar qualquer medicamento antes do procedimento.

Informe o seu profissional de saúde sobre todos os medicamentos e suplementos que você toma.

Faça todas as perguntas que você tem antes do procedimento. Você deve entender o que o médico vai fazer e quanto tempo irá demorar para se recuperar.

Qual o preparo para o exame ?

Para realização do exame é necessário que seu estômago esteja vazio pois se ainda tiver resíduos de alimentos, este podem voltar e entrar para o pulmão, uma condição muito séria. Por isto você deverá permanecer em jejum completo por 8 horas.

O uso da maioria das medicações de uso contínuo pode ser postergado para após o exame. Porém se houver necessidade do uso de alguma medicação prescrita antes do exame (por exemplo anti-hipertensivos), você deve tomá-la com pequenos goles de água. Não faça uso de leite ou de antiácidos.

Caso você seja diabético, marque o exame para o horário mais cedo possível e deixe para fazer uso de insulina ou dos hipoglicemiantes orais após o exame e próximo à primeira refeição do dia.

Evite comparecer com unhas pintadas, porque o esmalte prejudica a leitura da oxigenação sanguínea feita pelo oxímetro digital.

O médico estará disponível para explicar o procedimento e responder as suas perguntas.

Por favor, informe se você já realizou outro exame de endoscopia, se teve alergias ou reações a qualquer medicação.

Você precisará remover seus óculos e próteses dentárias.

Antes do exame, é necessário o preenchimento da ficha de admissão e do termo de consentimento informado.

O que acontecerá durante o exame ?

Você não sentirá dor, as vezes apenas um leve desconforto na garganta durante a passagem do aparelho e no estômago durante a insuflação do órgão com ar.

A medicação sedativa pode ainda causar sensação de ardência no local da infusão e no trajeto da veia puncionada (flebite).

Se necessário, pequenas amostras de tecido (biópsias) podem ser colhidas durante o exame para análise microscópica detalhada. Não se preocupe, não dói.

Na presença de lesões elevadas (pólipos), o médico poderá realizar, dependendo do caso, a retirada da lesão (polipectomia) durante o exame.

As amostras retiradas durante o exame (biópsias ou pólipos) são enviadas ao laboratório de patologia para análise. O resultado da análise deve ser retirado diretamente no laboratório onde o material foi analisado e fica pronto geralmente em sete dias.

Caso não haja intercorrências, a duração média do procedimento é de 10 minutos.

Quais os riscos do procedimento:

A endoscopia digestiva alta é um exame seguro. No entanto, como todo ato médico, ela não é isenta de riscos.

A complicação mais frequente é a flebite (dor e inchaço no trajeto da veia puncionada) que pode acontecer em até 5% dos casos, dependendo da medicação utilizada para sedação.

Complicações mais sérias são muito raras ocorrendo em menos de 0,2% dos casos, podendo estar relacionadas ao emprego de medicamentos sedativos ou ao próprio procedimento endoscópico.

As medicações utilizadas na sedação podem provocar reações locais e até sistêmicas de natureza cardiorrespiratória, incluindo depressão respiratória com diminuição na oxigenação sanguínea e alterações no ritmo cardíaco (bradicardia e taquicardia) e na pressão arterial sistêmica (hipotensão e hipertensão).

Esses efeitos colaterais são constantemente monitorizados durante o exame com o uso de monitor da oxigenação sanguínea e de controle da frequência cardíaca, estando a equipe habilitada para o tratamento imediato de qualquer uma dessas complicações.

Outras complicações da endoscopia digestiva alta, tais como perfuração e sangramento são excepcionais em exames diagnósticos, podendo ocorrer no entanto em exames terapêuticos.

Nos procedimentos terapêuticos como a retirada de corpo estranho (espinha de peixe, osso, etc), dilatação de estenoses (estreitamentos), ligadura elástica ou esclerose de varizes, retirada de pólipos (polipectomia) ou de lesões planas (mucosectomia) o risco de sangramento ou de perfuração varia de cerca de 0,5% a 5%.

O seu médico endoscopista está habilitado a realizar todas as medidas cabíveis para a prevenção e tratamento desses eventos adversos bem como esclarecê-lo melhor.

O que devo fazer após o procedimento ?

Você irá permanecer na sala de repouso por cerca de 10-30 minutos, até que os efeitos principais das medicações empregadas para a sedação desapareçam.

Sua garganta pode ficar adormecida ou levemente irritada e você pode sentir um discreto desconforto no estômago. Espirros ou sensação de congestão nasal podem ocorrer caso você tenha recebido oxigênio durante o exame.

Para você poder fazer o exame com sedação, um acompanhante maior de idade deve estar obrigatoriamente disponível para ajudá-lo de volta para casa.

Devido aos efeitos da medicação, você não deve dirigir carros, operar máquinas, beber álcool ou fumar, até o dia seguinte ao exame, quando você será capaz de retornar às suas atividades rotineiras.

Após o exame, você pode voltar a sua dieta normal e a fazer uso de suas medicações rotineiras, a menos que tenha sido instruído do contrário por seu médico.

O resultado do exame deve ser interpretado de acordo com sua história clínica e exame físico. O médico que solicitou o exame é o profissional mais habilitado para orientá-lo em relação ao diagnóstico encontrado. Instruções adicionais a respeito de seu problema e tratamento serão dadas na sua próxima consulta clínica.

Se foram obtidas biópsias, a análise será realizada pelo laboratório de anatomia patológica, sendo o resultado entregue pelo mesmo laboratório geralmente em sete dias úteis.

Caso você tenha sido submetido a um procedimento terapêutico, informações adicionais serão prestadas pelo médico endoscopista.