10 sinais de doenças intestinais que você não pode ignorar

Neste artigo, apresentamos 10 sinais de doenças intestinais que você não pode ignorar. Leia mais aqui!

Desde problemas digestivos persistentes, como diarreia e constipação, até dores abdominais inexplicáveis e sangue nas fezes, esses sintomas podem indicar problemas mais graves no seu intestino.

Dor abdominal persistente e desconforto

A dor abdominal persistente e o desconforto são sintomas comuns, mas muitas vezes negligenciados, que podem sinalizar uma variedade de problemas intestinais.

É importante diferenciar entre dor ocasional, que pode ser resultado de algo simples como gases ou indigestão, e dor persistente, que pode indicar uma condição mais séria.

A dor abdominal persistente pode ser causada por várias condições intestinais, sendo a Síndrome do Intestino Irritável (SII) uma das mais frequentes. 

A SII é uma desordem funcional do intestino que causa dor abdominal recorrente, juntamente com alterações nos hábitos intestinais, como diarreia ou constipação. 

Embora a causa exata seja desconhecida, fatores como estresse, dieta e infecções podem desencadear os sintomas. 

Outra possível causa é a Doença de Crohn, uma doença inflamatória crônica que pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, causando inflamação, dor abdominal intensa, diarreia e perda de peso. 

A dor é frequentemente localizada na parte inferior direita do abdômen, mas pode variar.

A colite ulcerativa é outra doença inflamatória intestinal que pode causar dor abdominal severa. Essa condição afeta o cólon e o reto, levando à inflamação contínua e formação de úlceras, resultando em dor, sangramento retal e diarreia. 

A diverticulite é uma condição em que pequenas bolsas no revestimento do intestino (divertículos) ficam inflamadas ou infectadas, causando dor intensa, geralmente na parte inferior esquerda do abdômen, acompanhada de febre, náusea e alterações nos hábitos intestinais.

Além dessas condições, a dor abdominal persistente pode ser um sintoma de câncer colorretal, especialmente se acompanhada de outros sinais, como perda de peso inexplicada, alterações nos hábitos intestinais e sangramento retal. 

Mudanças no hábito intestinal

Mudanças no hábito intestinal podem ser um sinal de alerta importante para doenças intestinais. 

É normal que as evacuações variem ocasionalmente devido à dieta ou estresse, mas alterações persistentes ou drásticas no padrão habitual podem indicar problemas de saúde subjacentes.

Diarreia persistente

Diarreia que dura mais de alguns dias ou que ocorre com frequência pode ser um sintoma de infecção, intolerância alimentar ou doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn e a colite ulcerativa. 

A diarreia crônica pode levar à desidratação e perda de eletrólitos essenciais, além de indicar que o intestino não está absorvendo nutrientes de maneira adequada.

Constipação crônica

A constipação, caracterizada por dificuldade para evacuar ou evacuações pouco frequentes, pode ser causada por uma dieta pobre em fibras, desidratação ou falta de atividade física. 

No entanto, a constipação persistente também pode ser um sintoma de condições mais sérias como, obstrução intestinal, câncer colorretal ou distúrbios neurológicos que afetam o trato digestivo.

Alterações na consistência das fezes

Alterações na consistência das fezes, como fezes muito duras, secas ou excessivamente líquidas, podem indicar problemas intestinais. 

Fezes finas e estreitas, por exemplo, podem sugerir uma obstrução parcial do cólon, enquanto fezes gordurosas ou flutuantes podem indicar má absorção de nutrientes, como ocorre na doença celíaca ou na insuficiência pancreática.

Mudança na frequência das evacuações

Uma mudança significativa na frequência das evacuações, seja para evacuar mais frequentemente (diarreia) ou menos frequentemente (constipação), pode ser um sinal de que algo não está funcionando corretamente no sistema digestivo. 

Essas mudanças podem estar associadas a condições como a síndrome do intestino irritável, infecções gastrointestinais ou desequilíbrios hormonais.

Necessidade urgente de evacuar

Sentir uma necessidade urgente e incontrolável de evacuar, especialmente se acompanhada de dor abdominal ou desconforto, pode ser um sintoma de doença inflamatória intestinal ou infecção. 

Esta urgência pode ser debilitante e impactar significativamente a qualidade de vida.

Presença de muco nas fezes

A presença de muco nas fezes pode ser um sinal de inflamação intestinal ou infecção. Pequenas quantidades de muco podem ser normais, mas grandes quantidades, especialmente se acompanhadas de sangue ou pus, devem ser investigadas.

Sangramento retal

A presença de sangue nas fezes ou no papel higiênico após a evacuação pode variar em aparência, desde um vermelho vivo até uma cor marrom escura ou preta, dependendo da origem do sangramento.

Uma das causas mais comuns de sangramento retal são as hemorroidas. 

As hemorroidas são veias  no ânus ou no reto que podem sangrar durante a evacuação, geralmente resultando em sangue vermelho vivo no papel higiênico ou na superfície das fezes. 

Embora dolorosas e desconfortáveis, as hemorroidas não são uma doença grave.. 

Outra causa comum é a fissura anal, que é uma pequena ruptura ou corte no revestimento do ânus, frequentemente causada por evacuações difíceis ou constipação. As fissuras anais podem causar dor intensa durante e após a evacuação, acompanhada de sangramento vermelho vivo.

Além dessas condições, o sangramento retal também pode ser um sintoma de doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa. 

Essas doenças causam inflamação crônica do trato gastrointestinal, resultando em diarreia, dor abdominal e sangramento retal. O câncer colorretal é uma causa mais grave de sangramento retal. Nesse caso, o sangue nas fezes pode ser mais escuro, indicando que vem de partes superiores do intestino.

Diverticulite, que é a inflamação ou infecção de pequenas bolsas chamadas divertículos que se formam nas paredes do intestino, também pode causar sangramento retal. 

Outras causas menos comuns de sangramento retal incluem pólipos intestinais, que são crescimentos benignos que podem se tornar cancerosos, e angiodisplasia, uma condição em que vasos sanguíneos anormais no trato gastrointestinal causam sangramento.

Perda de peso inexplicada

A perda de peso inexplicada pode ser um sinal preocupante de doença no intestino. 

Quando ocorre sem mudanças na dieta ou no nível de atividade física, pode indicar que o corpo não está absorvendo nutrientes adequadamente. 

Condições como a doença celíaca, a doença de Crohn e a colite ulcerativa podem afetar a absorção de nutrientes, levando à perda de peso significativa. 

O câncer colorretal também pode causar perda de peso inexplicada devido ao aumento da demanda metabólica do corpo para combater a doença. 

Fadiga e Fraqueza

Sentir-se constantemente cansado ou fraco pode ser um sintoma de várias doenças intestinais. Anemia, causada pela perda crônica de sangue no trato gastrointestinal ou pela má absorção de nutrientes como ferro e vitamina B12, é uma causa comum de fadiga e fraqueza. 

Condições como a doença inflamatória intestinal e a doença celíaca podem levar a uma diminuição na capacidade do corpo de absorver nutrientes essenciais, resultando em energia insuficiente e cansaço constante. 

Fora isso, a inflamação crônica associada a essas doenças pode levar a uma sensação geral de fraqueza.

Inchaço e distensão abdominal

O inchaço é frequentemente causado por acúmulo de gases no trato digestivo, resultado de má digestão, intolerâncias alimentares, como à lactose ou ao glúten, e de distúrbios como a síndrome do intestino irritável (SII). 

A distensão abdominal, que é o aumento visível do abdômen, pode ser sinal de condições mais graves, como doença inflamatória intestinal ou obstrução intestinal. Esses sintomas podem causar desconforto significativo e afetar a qualidade de vida. 

Importância de procurar ajuda médica

Procurar ajuda médica ao notar sinais de problemas intestinais é crucial para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. 

Ignorar os sinais abordados no decorrer do texto pode levar ao agravamento de doenças tratáveis e ao desenvolvimento de complicações graves. 

Um profissional de saúde pode realizar exames clínicos, laboratoriais e de imagem para identificar a causa dos sintomas e recomendar o tratamento adequado, melhorando significativamente o prognóstico e a qualidade de vida do paciente.

Reconhecer e prestar atenção aos sinais de doenças intestinais é essencial para manter a saúde digestiva e geral. Não ignore esses sinais; sua saúde intestinal é vital para o bem-estar geral.

Imagem de 8photo no Freepik




Colonoscopia: Tudo o que você precisa saber sobre esse procedimento crucial para a sua saúde

Na busca pela preservação da saúde, certos procedimentos médicos desempenham um papel fundamental, e a colonoscopia figura entre eles. Por isso, é importante desvendar todos os aspectos relacionados ao tema.

Neste artigo vamos explorar todos os detalhes sobre o exame, desde o que é o procedimento, até como se preparar para ele e o que esperar durante e após a realização do exame.

O que é uma colonoscopia?

Esse exame é muito mais do que um simples exame médico; é uma ferramenta vital na detecção precoce e na prevenção de uma série de condições intestinais, incluindo o câncer colorretal, sendo um dos tipos mais comuns de câncer em todo o mundo. 

Este procedimento minucioso permite que os médicos examinem o interior do intestino grosso e do reto em detalhes, identificando quaisquer anomalias que possam estar presentes.

A técnica é realizada por meio de um instrumento altamente especializado conhecido como colonoscópio. 

Este dispositivo flexível, equipado com uma pequena câmera na extremidade, é delicadamente inserido pelo ânus do paciente e navegado cuidadosamente ao longo do cólon chegando até ao íleo terminal (parte final do intestino delgado que se junta ao intestino grosso).

O colonoscópio transmite imagens em tempo real para um monitor, permitindo que o médico tenha uma visão clara e abrangente do revestimento interno do intestino.

Durante o exame, o médico pode identificar uma variedade de problemas, desde pequenas lesões como pólipos (crescimentos benignos) até áreas de inflamação ou até mesmo sinais iniciais de câncer. 

Essa capacidade de visualizar diretamente o interior do intestino grosso é crucial para o diagnóstico precoce e a intervenção oportuna, o que pode ter um impacto significativo na eficácia do tratamento e no prognóstico do paciente.

Portanto, não se resume a um procedimento diagnóstico; é um instrumento necessário na manutenção da saúde intestinal e na prevenção de doenças graves. 

Ao permitir uma visão detalhada do cólon, esse exame desempenha um papel crucial na promoção da saúde e no bem-estar geral dos pacientes, destacando-se como um dos pilares da medicina preventiva moderna.

Por que a colonoscopia é importante para sua saúde?

A importância desse exame para a saúde é inegável, uma vez que esse procedimento não apenas detecta, mas também previne uma série de condições intestinais, entre as quais se destaca o câncer colorretal. 

Considerado um dos tipos mais comuns de câncer no mundo, o câncer colorretal é altamente tratável quando detectado em estágios iniciais, e é aí que esse procedimento ganha destaque.

Ao permitir que os médicos examinem o interior do íleo terminal,  intestino grosso e do reto em detalhes precisos, o exame possibilita a identificação precoce de anomalias, como pólipos, inflamações e até mesmo tumores malignos incipientes. 

Essa detecção precoce é fundamental, pois oferece a oportunidade de intervenção médica antes que a condição progrida para estágios mais avançados, nos quais o tratamento pode ser mais desafiador e os resultados menos promissores.

Além disso, a colonoscopia não se limita ao diagnóstico; ela desempenha um papel ativo na prevenção de problemas intestinais

Durante o procedimento, os médicos conseguem remover pólipos benignos, que têm o potencial de se tornar cancerosos com o tempo. 

Essa abordagem preventiva reduz o risco de desenvolvimento futuro de câncer colorretal e outras condições, oferecendo aos pacientes uma oportunidade valiosa de proteger sua saúde a longo prazo.

Quem deve fazer uma colonoscopia?

Determinar quem deve se submeter a esse exame envolve uma avaliação cuidadosa dos fatores de risco individuais e das diretrizes médicas. 

Embora seja verdade que, em geral, a recomendação padrão seja que indivíduos comecem a fazer o exame a partir dos 50 anos (alguns estudos já indicam a partir dos 45!), como parte do rastreamento de câncer colorretal, existem algumas nuances importantes a serem consideradas.

Um dos principais fatores que podem influenciar a recomendação para realizar o exame em uma idade mais jovem é o histórico familiar de câncer colorretal ou de condições intestinais. 

Se um parente de primeiro grau, como pai, mãe ou irmão, teve câncer colorretal ou pólipos intestinais, isso pode aumentar significativamente o risco de desenvolver a doença. Nesses casos, os médicos podem recomendar iniciar o rastreamento em uma idade mais precoce, geralmente 10 anos antes da idade em que o parente foi diagnosticado.

Existem certas condições médicas e fatores de estilo de vida que podem aumentar o risco de desenvolver câncer colorretal e outras doenças intestinais. 

Estes incluem condições como doença inflamatória intestinal (como a doença de Crohn ou colite ulcerativa), síndromes genéticas hereditárias, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool.

Portanto, a decisão de realizar o procedimento deve ser individualizada e baseada em uma avaliação completa do histórico médico e dos fatores de risco de cada pessoa. 

Preparação para a colonoscopia

A etapa de preparação para esse exame tem um papel crítico no sucesso do procedimento, garantindo que o cólon esteja completamente limpo e que o médico possa realizar uma avaliação precisa. 

Este processo geralmente envolve uma combinação de dieta especial e a ingestão de soluções de limpeza intestinal.

A dieta especial prescrita alguns dias antes do exame é projetada para minimizar a quantidade de resíduos no cólon, facilitando assim a visualização durante a colonoscopia. Isso normalmente inclui a exclusão de certos alimentos, como alimentos ricos em fibras, grãos integrais, vegetais crus e sementes.

É comum que os médicos prescrevam uma solução para limpeza intestinal, que pode ser tomada na forma de líquido ou comprimidos. 

Essa solução é destinada a esvaziar completamente o cólon, eliminando qualquer resíduo remanescente e proporcionando uma visão clara durante o procedimento.

Seguir rigorosamente as instruções de preparação fornecidas pelo médico garante o sucesso do procedimento. Não seguir as instruções pode resultar em resíduos no cólon, o que pode comprometer a qualidade do exame e exigir sua repetição em uma data posterior.

Cuidados posteriores e recuperação de uma colonoscopia

Após o exame, é normal sentir-se sonolento devido à sedação utilizada durante o procedimento. Além disso, algumas pessoas podem experimentar gases, cólicas abdominais leves ou desconforto passageiro. 

Esses sintomas geralmente desaparecem rapidamente e podem ser aliviados com repouso e hidratação adequada.

É importante seguir as orientações fornecidas pelo médico, por exemplo, sobre quando retomar a dieta normal e as atividades rotineiras. 

Em alguns casos, o médico pode recomendar evitar atividades físicas intensas por um curto período de tempo para permitir uma recuperação completa.

Se houver algum sintoma incomum ou persistente após o procedimento, é essencial entrar em contato com o médico imediatamente. Embora complicações sejam raras, é importante estar atento a qualquer sinal de alerta e buscar assistência médica, se necessário.

Em resumo, cuidar de si após uma colonoscopia envolve descansar adequadamente, seguir as orientações médicas e estar atento a qualquer sintoma incomum. 

Com os cuidados apropriados, a maioria das pessoas se recupera rapidamente e pode retomar suas atividades diárias normalmente.

A colonoscopia é um procedimento fundamental para a manutenção da saúde intestinal e a detecção precoce de condições graves, como o câncer colorretal. Embora possa parecer intimidante, os benefícios de realizar o exame superam os possíveis desconfortos temporários. 

Se você está na faixa etária recomendada ou possui fatores de risco, não hesite em conversar com seu médico sobre a necessidade de realizar esse exame. Sua saúde vale a pena o cuidado preventivo!

Imagem de brgfx no Freepik




O que é retossigmoidoscopia?

Já ouviu falar sobre a retossigmoidoscopia? Se está busca por informações detalhadas sobre esse exame, veio ao lugar certo!

Neste artigo do EndoBlog, entenda todos os aspectos da retossigmoidoscopia: propósito, como é realizada e como se preparar para o procedimento.

A retossigmoidoscopia é um exame médico que desvenda informações valiosas sobre o seu intestino e a saúde do seu cólon. Ao compreender o que esse exame envolve, por que é realizado e os passos na preparação, você se equipará com o conhecimento necessário para enfrentar o procedimento com confiança.

Boa leitura.

O que é a retossigmoidoscopia e para que serve

A retossigmoidoscopia é um procedimento médico que envolve a utilização de um tubo flexível iluminado, conhecido como sigmoidoscópio, para examinar a porção inferior do intestino, também chamado de intestino grosso.

Esse tubo é introduzido pelo reto e avança gradualmente, até atingir a região do cólon sigmoide. Desse modo, o médico visualiza a parte final do cólon.

Para que serve

Esse exame é fundamental na detecção precoce do câncer de cólon ou reto, especialmente útil para rastrear essa condição em indivíduos que não apresentam sintomas, mas que possuem fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Além disso, a retossigmoidoscopia também auxilia no diagnóstico de sintomas como diarreia, sangramento, dor ou inflamação no reto.

Quando o exame é necessário?

O exame de retossigmoidoscopia é recomendado pelo coloproctologista ou gastroenterologista nas seguintes situações:

  • Avaliação de algumas condições pontuais, como hemorroidas, fissuras e fístulas anais;
  • Busca pela causa subjacente de uma colite fulminante, uma inflamação grave do cólon;
  • Identificação de divertículos e pólipos;
  • Investigação de possíveis massas ou tumores na região retal;
  • Localização da fonte de sangramentos intestinais;
  • Monitoramento de doenças inflamatórias que afetam o reto;
  • Rastreamento de câncer colorretal.

O médico também pode recomendar a retossigmoidoscopia para observar possíveis alterações associadas a mudanças nos hábitos intestinais.

Em cada uma dessas circunstâncias, a retossigmoidoscopia serve como uma ferramenta valiosa no diagnóstico, acompanhamento e na tomada de decisões clínicas, no intuito de preservar a saúde digestiva e o bem-estar do paciente.

Como é feito?

Pela inserção de um instrumento (sigmoidoscópio rígido ou flexível) pelo ânus, é possível a visualização detalhada das regiões intestinais: o reto e o cólon sigmoide.

Como se preparar para a retossigmoidoscopia

Antes da retossigmoidoscopia, não é obrigatório um período de jejum ou adotar uma dieta específica. No entanto, é aconselhável fazer refeições leves no dia do procedimento, a fim de minimizar qualquer desconforto estomacal.

Para uma preparação adequada, é recomendável realizar uma limpeza da porção final do intestino grosso, com a introdução de um supositório de glicerina ou por um enema, aproximadamente quatro horas antes do exame. 

É importante repetir esse processo novamente, duas horas antes do horário agendado, para a retossigmoidoscopia, conforme as orientações fornecidas pelo médico.

Essas etapas de preparação são essenciais para a visualização, com clareza, durante o exame e obter resultados precisos.

Conheça o EndoBlog 

Agora que se familiarizou com a retossigmoidoscopia, as aplicações e os passos de preparação, explore mais informações valiosas sobre saúde do aparelho digestivo no site do EndoBlog.

Nosso portal é dedicado a fornecer conhecimento confiável e embasado, com insights diretamente de uma equipe médica especializada em gastroenterologia.




Preparando-se para uma endoscopia digestiva alta: veja o que você precisa saber

Veja tudo o que você precisa saber sobre a preparação para uma endoscopia digestiva neste guia informativo. Esse procedimento valioso proporciona visão interna para diagnosticar diversas condições gastrointestinais.

Descubra os passos essenciais que antecedem a endoscopia, garantindo resultados precisos e uma experiência tranquila.

O que é uma endoscopia digestiva alta?

A endoscopia digestiva alta é um procedimento médico não invasivo e altamente eficaz que permite a avaliação direta do trato gastrointestinal. 

Esse procedimento é realizado por meio de um endoscópio flexível – um tubo fino e flexível equipado com uma câmera na ponta – que é inserido pela boca do paciente e navegado suavemente através do esôfago, estômago e duodeno, permitindo que o médico visualize imagens em tempo real do interior desses órgãos.

Essa técnica é fundamental para diagnosticar uma variedade de condições gastrointestinais, incluindo úlceras, inflamações, pólipos, tumores e lesões.

Além disso, possibilita a coleta de amostras de tecido por biópsias, auxiliando na determinação da natureza das alterações observadas. 

A precisão do procedimento minimiza a necessidade de outros mais invasivos, reduzindo os riscos e o desconforto para os pacientes.

Graças aos avanços tecnológicos, a endoscopia digestiva também pode ser utilizada para realizar procedimentos terapêuticos, como a remoção de pólipos, hemostasia para controlar sangramentos e a dilatação de estreitamentos do trato digestivo. 

Com essa abordagem direta e detalhada, oferece aos médicos informações essenciais para um diagnóstico objetivo e a elaboração de planos de tratamento personalizados, contribuindo para a saúde gastrointestinal e o bem-estar geral dos pacientes.

Por que a preparação é importante?

A preparação é um componente fundamental na realização desse exame, desempenhando um papel crucial no sucesso e na eficácia do procedimento.

A etapa de preparação visa proporcionar um ambiente ideal para que o médico possa obter imagens claras e precisas do trato gastrointestinal, garantindo uma avaliação minuciosa e confiável.

Durante a preparação, os pacientes são instruídos a seguir uma série de orientações específicas, que podem incluir jejum por um determinado tempo antes do procedimento. 

Isso é importante para garantir que o estômago e os intestinos estejam vazios, permitindo uma visão desobstruída das estruturas internas, além disso, evitam que resíduos do estômago possam refluir para as vias aéreas, prejudicando o paciente.

Fora isso, a preparação muitas vezes envolve a limpeza do trato gastrointestinal, a fim de remover qualquer resíduo alimentar ou fezes que possam interferir na qualidade das imagens capturadas.

A adesão rigorosa às instruções de preparação é fundamental para evitar resultados imprecisos devido a obstruções ou interferências. 

Quando os pacientes seguem as diretrizes de jejum e limpeza, o médico pode explorar o trato gastrointestinal com maior facilidade e eficácia, identificando quaisquer anormalidades com precisão, o que pode resultar em diagnósticos mais precisos e em intervenções terapêuticas direcionadas, se necessário.

Sendo assim, a preparação antes de uma endoscopia digestiva é uma etapa vital que maximiza a qualidade das informações obtidas durante o procedimento. 

Ao seguir rigorosamente as instruções de preparação, os pacientes contribuem para a obtenção de resultados confiáveis e para a segurança e eficácia global do procedimento.

Quais são as etapas da preparação para uma endoscopia digestiva alta?

A preparação para esse procedimento é uma série de etapas estratégicas que visam garantir uma avaliação bem-sucedida e informações confiáveis sobre a saúde gastrointestinal. A colaboração entre pacientes e a equipe médica desempenha um considerável papel para alcançar resultados positivos e proporcionar uma experiência segura e eficaz.

A primeira etapa da preparação geralmente envolve informações detalhadas fornecidas aos pacientes pelo médico ou equipe médica . 

Geralmente, os pacientes são aconselhados a não comer nem beber nada por um período específico de tempo antes da endoscopia. Isso é feito para garantir que o estômago e os intestinos estejam vazios, permitindo uma visualização clara das estruturas internas.

A equipe médica fornecerá instruções detalhadas sobre como realizar essa limpeza de maneira eficaz. Os pacientes também são aconselhados a informar a equipe médica sobre quaisquer medicamentos que estejam tomando, especialmente anticoagulantes ou outros que possam afetar o procedimento ou a sedação durante o exame.

Quais são as restrições alimentares antes do procedimento?

Antes de se submeter a uma endoscopia digestiva, é essencial seguir restrições alimentares específicas para garantir que o procedimento seja realizado com sucesso e que as imagens obtidas sejam seguras. 

As restrições alimentares são projetadas para preparar o trato gastrointestinal, permitindo uma avaliação precisa do sistema digestivo.

Durante o período de preparação, os pacientes são orientados a aderir rigorosamente ao jejum prescrito, o que no geral significa não consumir nenhum alimento sólido ou líquido por um determinado período antes da endoscopia. 

O jejum é determinante para esvaziar o estômago e os intestinos, evitando obstruções que possam prejudicar a visibilidade das estruturas internas. Há ainda restrições relacionadas à ingestão de medicamentos e líquidos coloridos antes do procedimento. 

Isso ocorre para evitar qualquer interferência nas imagens capturadas pelo endoscópio. Pacientes podem ser instruídos a evitar líquidos coloridos ou alimentos que possam manchar o trato gastrointestinal.

Lembrando ainda que o jejum também visa a segurança do paciente durante o exame, evitando que o conteúdo do estômago possa refluir para as vias aéreas, prejudicando a sua respiração.

Quais são os cuidados pós-procedimento?

Após a conclusão de uma endoscopia digestiva, é importante seguir cuidados pós-procedimento para garantir uma recuperação tranquila. Todos esses cuidados visam promover o conforto do paciente e minimizar qualquer desconforto decorrente do procedimento.

Nos momentos imediatamente após a endoscopia, é normal que os pacientes possam sentir um leve desconforto na garganta ou no abdômen, devido ao procedimento realizado. Os sintomas vão diminuindo rapidamente e são temporários. Também ainda podem apresentar sonolência e confusão, normais devido à sedação realizada durante o exame.

Evitar a ingestão de alimentos sólidos ou líquidos muito quentes logo após o procedimento pode ajudar a aliviar a sensação de desconforto na garganta. Os pacientes podem receber instruções específicas sobre quando retomar a alimentação normal, dependendo da natureza do procedimento e das orientações médicas. 

Hidratação adequada é fundamental para uma recuperação saudável, então beber líquidos claros e leves, como água, chá ou caldo, é recomendado. Fora isso, é aconselhável evitar atividades físicas extenuantes no dia do procedimento, permitindo que o corpo descanse e se recupere. 

Se algum desconforto persistir ou se houver sintomas preocupantes, como sangramento excessivo ou dor intensa, é importante entrar em contato imediatamente com a equipe médica.

Os cuidados pós-procedimento também podem requerer o cumprimento das instruções médicas quanto ao uso de medicamentos prescritos e o acompanhamento necessário. 

Em caso de biópsias ou outros procedimentos terapêuticos, os médicos fornecerão informações sobre como proceder com os resultados e as próximas etapas.

Fundamental que o paciente seja acompanhado durante todo o dia após o exame, por um adulto responsável, visando garantir que se alguma intercorrência ocorrer, ele seja rapidamente socorrido. Também é importante salientar que o paciente não deve trabalhar ou realizar atividades que exijam atenção após o exame, devido a sedação realizada.

Diante disso, seguir os cuidados pós-procedimento é essencial para garantir uma recuperação calma e sem complicações após uma endoscopia digestiva. O cumprimento das orientações médicas ajuda a maximizar os benefícios do procedimento e a assegurar a saúde e o bem-estar contínuo do paciente.

Em resumo, a preparação adequada para a endoscopia digestiva é significativa para resultados precisos. O cumprimento das diretrizes médicas de jejum, limpeza intestinal e suspensão de medicamentos é essencial para garantir a eficácia do procedimento.

Portanto, a compreensão dos passos necessários e a colaboração com profissionais de saúde garantem uma experiência mais tranquila e resultados confiáveis na avaliação gastrointestinal.

Imagem de macrovector no Freepik




O que é Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada (CPRE)?

Com os avanços da medicina é possível diagnosticar, prevenir e tratar várias doenças que há décadas não haveria essa possibilidade.

Continue conosco na leitura deste artigo e aprenda sobre a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) e como ela é usada para diagnosticar e tratar doenças do sistema biliar e pancreático.

O que é a CPRE?

A CPRE, sigla que se refere à colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, é um procedimento médico feito para diagnosticar e tratar uma série  de doenças das via biliares, tanto dentro (ductos hepáticos) como fora do fígado (ducto coleddoco) e das vias do pâncreas (ducto de Wirsund e Santorini).

As doenças que atingem os ductos do pâncreas e das vias biliares apresentam sintomas como dores na região do abdômen, pele pálida, febre, olhos com aparência amarelada e alterações nas enzimas pancreáticas e hepáticas.

Esses sintomas podem aparecer por conta de tumores biliares, pancreatite crônica, cistos e tumores pancreáticos, estenose inflamatórias, complicações de cirurgias feitas em vias biliares, enfermidades no fígado e principalmente por impactação de cálculos (pedra) que migraram da vesícula biliar.

Como é realizada a CPRE?

O exame de CPRE é realizado com anestesia venosa ou sedação, sob o acompanhamento de um profissional qualificado, com o objetivo de relaxar e adormecer o paciente. 

É utilizado um aparelho flexível introduzido na boca do indivíduo, levado até chegar na segunda porção duodenal do seu organismo durante o procedimento.

O aparelho possui uma iluminação e câmera lateral, permitindo que seja visualizada a papila duodenal, local onde os ductos biliares e pancreáticos terminam juntos, lançando suas secreções no duodeno.

Um material especial é colocado dentro da papila duodenal,  que fará a avaliação radiológica da anatomia  do ducto de Wirsung e das vias biliares. 

Isso é possível graças a uma injeção de contraste radiopaco juntamente com as radiografias seriadas feitas sobre o abdômen.

As imagens obtidas pelo CPRE são analisadas pelo médico endoscopista que decidirá no mesmo momento pelo melhor  tratamento ao paciente,  que pode incluir procedimentos como papilotomia, drenagem dos estreitamentos inflamatórios ou tumorais, através de uma prótese endoscópica ou por uma sonda, retirada de cálculos que estão obstruindo a via biliar e outros procedimentos  que forem necessários.

Indicações da CPRE

Como já dito, a CPRE é um procedimento endoscópico indicado para avaliar e tratar de diversas condições relacionadas à patologia biliar e pancreática. Algumas das situações em que a CPRE pode ser recomendada incluem:

  • obstrução biliar secundária a coledocolitíase;
  • estenoses benignas e malignas do ducto biliar;
  • fístulas biliares;
  • disfunção do esfíncter de Oddi;
  • pancreatites agudas recorrentes de causa desconhecida;
  • pancreatite crônica com estenoses sintomáticas;
  • litíase sintomática do canal pancreático;
  • tratamento de pseudoquistos pancreáticos sintomáticos;
  • diagnóstico de neoplasias malignas do pâncreas.

Riscos e complicações da CPRE

A CPRE é um procedimento invasivo, assim , há uma pequena possibilidade de riscos ao paciente.

Alguns problemas podem ocorrer durante o procedimento por reações do organismo do indivíduo à sedação ou anestesia, ou pelas reações relacionadas aos procedimentos terapêuticos e pelos exames diagnósticos. 

Os medicamentos usados para sedação podem causar reações no indivíduo, como flebite no local da punção venosa, e sistêmicas, afetando o sistema cardiorrespiratório, incluindo redução da oxigenação do sangue e do ritmo cardíaco, além de alterações na pressão arterial.

Durante o exame, caso haja a ocorrência de efeitos colaterais, eles serão continuamente monitorados por meio do controle da frequência cardíaca e da pressão arterial do paciente e também, com o uso de aparelhos como um monitor de oxigenação sanguínea.

A equipe médica está capacitada para tratar imediatamente qualquer uma dessas complicações.

As possíveis complicações ligadas ao exame CPRE incluem sangramento digestivo, dores abdominais, pancreatite, perfuração duodenal e distensão abdominal.

A complicação mais comum de acontecer é a pancreatite aguda, que aparece entre 1% a 7% dos casos. Perfuração e sangramento são eventos mais raros, com ocorrência de 0,3% a 0,6% e 0,8% a 2% dos casos, respectivamente, principalmente em pacientes submetidos à papilotomia. 

A infecção das vias biliares (colangite) pode aparecer em aproximadamente 1% dos casos, especialmente no indivíduos que possuem estenoses (estreitamentos) benignas ou malignas.

Esses problemas aumentam o tempo da internação do paciente e podem requerer cuidados que envolvem o uso de antibióticos ou até mesmo cirurgia terapêutica, porém, como mostrado, são de baixa incidência, e o médico que realiza a CPRE também é treinado para identificar e tratar estas complicações.

Recuperação após a CPRE

Após realizada a CPRE, o paciente terá que ficar em repouso total por até meia hora, para que os efeitos provocados pelos medicamentos sedativos sumam. É possível que a garganta dele apresente irritações, acompanhada por um discreto desconforto no estômago. 

Em determinadas situações, se o paciente tiver recebido oxigênio suplementar ao realizar o procedimento, ele poderá sentir uma congestão nasal ou ter alguns espirros.

Se requisitado, ele poderá receber medicações analgésicas. 

Depois do procedimento é recomendado ficar em jejum por 8-12 horas. No entanto, se nenhum procedimento terapêutico foi realizado, é possível que uma dieta mais leve ou a base de líquidos seja liberada.

No dia seguinte após realizar a CPRE, ou se não acontecer intercorrências, o médico concederá a alta hospitalar. 

Nesse momento, o paciente poderá voltar a se alimentar normalmente e tomar suas medicações de rotina, a menos que tenha recebido instruções específicas do médico em contrário. 

O profissional que requisitou o exame é o mais indicado para fornecer orientações sobre o que foi visualizado. Informações adicionais sobre o problema diagnosticado e o tratamento serão fornecidas em uma consulta posterior.

Caso tenham sido feitas biópsias durante o procedimento, a análise será realizada por um laboratório especializado em anatomia patológica de sua escolha, e os resultados serão entregues no prazo estabelecido pelo laboratório. 

Se você tiver passado por alguma terapia médica, o profissional endoscopista fornecerá informações adicionais relevantes.

É importante estar acompanhado por uma pessoa adulta que possa prestar auxílio, uma vez que a medicação usada pode alterar momentaneamente a sua capacidade de raciocinar e  tomar decisões.

A CPRE deve ser realizada por uma equipe de profissionais capacitados para atender o paciente com excelência, com o objetivo de evitar possíveis complicações e também para ajudar o indivíduo a se recuperar após o fim do procedimento. Por isso, procure sempre um especialista.

Imagem de rawpixel.com no Freepik




O que é papilotomia endoscópica?

Se você procura por informações completas sobre a papilotomia, acompanhe este artigo do EndoBlog.

A papilotomia endoscópica é um procedimento médico realizado no tratamento de diversas condições do sistema biliar e pancreático.

Neste artigo, exploraremos todos os aspectos do exame, definição e os cuidados durante o procedimento. Aproveite a leitura.

O que é papilotomia endoscópica?

A papilotomia endoscópica, procedimento realizado durante a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), consiste na abertura do ducto biliar comum.

Essa intervenção tem em vista ampliar a abertura da papila duodenal, facilitando o escoamento da bile e a remoção de cálculos que porventura estejam obstruindo a saída dessa secreção.

Além disso, trata estreitamentos na via biliar, possibilitando o uso de instrumentos de dilatação, como próteses plásticas ou autoexpansíveis.

Ao conhecer mais sobre a papilotomia endoscópica, você compreenderá os benefícios desse procedimento e suas aplicações clínicas.

Para que serve?

A papilotomia é amplamente empregada para cortar a papila de Vater e remover cálculos na via biliar, no ducto colédoco.

O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, com anestesia geral, por um médico endoscopista experiente e habilidoso. A duração da papilotomia varia conforme a complexidade do caso.

É importante destacar que esse procedimento requer um profissional especializado para segurança e eficácia.

Quando o procedimento é indicado?

A papilotomia endoscópica é indicada principalmente para:

  • Colangite obstrutiva aguda;
  • Colocação de próteses biliares;
  • Detecção de problemas decorrentes de cirurgias de vesícula e da árvore biliar;
  • Estenoses (estreitamentos) malignos e benignos das vias biliares e pancreáticas;
  • Estudo das doenças pancreáticas crônicas;
  • Icterícias com suspeita de obstrução;
  • Litíase pancreática;
  • Pancreatites agudas de causa biliar;
  • Papilites (inflamação da papila de Vater);
  • Remoção de cálculos biliares residuais;
  • Tumores da papila de Vater;
  • Tumores de vias biliares.

Como é realizado o procedimento?

Durante o procedimento, o paciente é anestesiado para o conforto e a segurança. Um instrumento, chamado duodenoscópio, é cuidadosamente inserido pela boca até alcançar a segunda porção do duodeno, na qual a papila de Vater está localizada.

Para auxiliar na intervenção, um cateter específico é passado através da papila, permitindo a realização de radiografias para o planejamento preciso do procedimento. Em seguida, o papilótomo, por meio de sua alça metálica, corta precisamente a papila.

Outros acessórios são introduzidos, dependendo da natureza dos procedimentos necessários. Esses acessórios permitem que o médico proceda às etapas necessárias para tratar a condição específica, seja a remoção de cálculos biliares, dilatação da via biliar ou outros fatores associados à papila de Vater.

Todo o processo é conduzido por um médico especializado em endoscopia e com experiência nessa intervenção. A segurança do paciente e a eficácia do procedimento são prioridades durante a papilotomia.

Papilotomia endoscópica: complicações

Embora a papilotomia por endoscopia seja considerada menos invasiva, em comparação com a cirurgia, é importante estar ciente de que o procedimento apresenta alguns riscos.

Algumas das possíveis complicações são o sangramento e a perfuração do intestino delgado:

  • Em caso de sangramento, durante ou após a papilotomia, o médico endoscopista está preparado para lidar com a situação e pode realizar intervenções adicionais para controlar a hemorragia. No entanto, em situações mais graves, talvez seja necessário recorrer à cirurgia;
  • A perfuração do intestino delgado é uma complicação mais rara, mas possível durante a papilotomia endoscópica. Se ocorrer, o médico pode tentar corrigir a perfuração por meio de técnicas endoscópicas durante o próprio procedimento. No entanto, uma cirurgia para reparar a perfuração e garantir a recuperação adequada será provavelmente indicada.

Saiba mais no EndoBlog

Fique por dentro de tudo o que envolve a saúde do aparelho digestivo no Endoblog.

O EndoBlog está repleto de informações valiosas sobre exames, doenças e tratamentos relacionados ao aparelho digestivo. Se você está em busca de conhecimento e de atualizações constantes sobre os avanços médicos nessa área, não deixe de conferir todos os nossos conteúdos exclusivos.

No blog, você encontrará artigos detalhados sobre os mais diversos temas, desde exames endoscópicos até doenças comuns e tratamentos inovadores. Queremos ser o seu guia confiável para entender melhor o funcionamento do seu corpo e cuidar da sua saúde conscientemente.




Março Azul: como prevenir o câncer colorretal

O câncer colorretal é um problema de saúde que afeta muitas pessoas. Manifesta-se quando células anormais se desenvolvem no cólon ou no reto, podendo se espalhar para outras partes do corpo.

Infelizmente, é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, perdendo apenas para o de próstata, e a segunda causa de morte em ambos os sexos, depois do câncer de pulmão.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que mais de 41 mil novos casos de câncer de cólon e reto ocorram a cada ano no Brasil durante o triênio de 2020-2023.

Por isso, foi lançada a campanha Março Azul, que visa conscientizar a população acerca dos sintomas, hábitos preventivos e da importância do diagnóstico precoce.

O que é o Março Azul?

O Março Azul é uma campanha que ocorre durante o mês de março, visando conscientizar a população sobre a importância da prevenção do câncer colorretal.

A campanha de 2023 é organizada pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e outras nove sociedades médicas especializadas.

A iniciativa tem a finalidade de educar e alertar a população acerca dos sintomas do câncer colorretal e a importância do diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento.

Principais sintomas do câncer colorretal

Os sintomas do câncer de intestino podem demorar a aparecer, começando por:

  • Alteração da atividade intestinal sem explicação aparente;
  • Alteração na forma das fezes (muito finas, por exemplo);
  • Dor ou desconforto abdominal;
  • Fraqueza e anemia;
  • Massa abdominal (ponto de enrijecimento na região);
  • Perda de peso repentina;
  • Sangue nas fezes.

Como prevenir o câncer do intestino?

Prática regular de atividades físicas

Uma das maneiras de prevenir o câncer colorretal é pela prática regular de atividades físicas.

Exercícios físicos promovem a proteção do organismo de duas formas: reduzindo a resistência à insulina, que estimula o crescimento de células cancerígenas, e liberando endorfina, um hormônio que fortalece o sistema imunológico.

Consumo de frutas e vegetais

Adotar uma dieta rica em frutas e vegetais é uma das dicas para prevenir o câncer colorretal. Segundo especialistas, uma alimentação saudável, baseada em alimentos naturais, pode reduzir o risco de desenvolver a doença.

Ao incluir mais frutas e vegetais na dieta, o paciente também pode diminuir o consumo de gorduras e carnes processadas, que constituem fatores de risco para o câncer colorretal.

Além disso, seguir uma dieta equilibrada auxilia no controle do peso e na diminuição da resistência à insulina.

Dieta rica em fibras

Além das frutas e vegetais, incluir alimentos ricos em fibras na dieta pode ser uma medida eficaz para prevenir o câncer colorretal.

Cereais, grãos e alguns vegetais, como brócolis, couve e espinafre, são ricos em fibras, ajudando a acelerar o trânsito intestinal e reduzir a agressão às células da mucosa do intestino, diminuindo o risco de desenvolvimento da doença.

Além disso, a ingestão adequada de fibras também pode melhorar a digestão e prevenir a constipação, promovendo a saúde intestinal de maneira geral.

A importância dos exames preventivos para o diagnóstico precoce

Realizar exames preventivos regularmente é fundamental para diagnosticar o câncer colorretal em estágios iniciais e reduzir o risco de metástase, aumentando significativamente as chances de cura.

Recomenda-se que pacientes com mais de 50 anos (ou menos, se houver histórico familiar da doença), façam o acompanhamento regular com médico e a realizem exames, como colonoscopia.

A colonoscopia utiliza um aparelho endoscópico para visualizar o interior do intestino e fazer biópsias de lesões suspeitas.

Além disso, outros exames clínicos, laboratoriais (como o exame de sangue oculto nas fezes) ou radiológicos também podem ser solicitados a pacientes com sintomas sugestivos da doença.

Conheça o EndoBlog

No EndoBlog, você acessa as principais informações sobre aparelho digestivo, tratamentos, campanhas de conscientização, como o Março Azul, e exames diagnósticos, como colonoscopia e endoscopia.

Continue no site para ler tudo em primeira mão.




Sedação ou anestesia para endoscopia: entenda

A endoscopia é um exame bastante comum, simples e rápido, porém incômodo para a maioria das pessoas.

Assim, é necessário fazer uma sedação para realizar o exame.

Conheça, neste artigo do EndoBlog, os tipos de sedação para endoscopia, a medicação administrada, por que é necessária e o que acontece com o paciente após o procedimento.

Sedação para endoscopia: qual o tipo utilizado?

A sedação escolhida para a endoscopia é a de sedação profunda. Isso significa que a substância age diretamente na consciência e no estado de sono do paciente.

Para ser mais eficiente, o medicamento é aplicada na veia e age no organismo imediatamente, de duas formas:

  • Amnésia: o paciente não costuma se lembrar de muitos detalhes do exame.
  • Sono profundo: o paciente adormece profundamente, e o exame pode ser realizado com tranquilidade pelo médico.

Medicação utilizada

A medicação escolhida para a endoscopia varia conforme o local de realização do exame, mas costuma ser Propofol ou Benzodiazepínico (como Midazolam).

Utiliza-se também eventualmente um Opioide (Fentanil ou Meperidina). A medicação precisa ser indicada pelo médico, conforme as peculiaridades do paciente (idade, presença de comorbidades, fatores de risco, etc.).

Ademais, a dosagem da sedação para endoscopia é calculada pelo médico, para durar apenas o tempo que o exame demanda. Assim, o paciente pode retomar a consciência e seguir para casa após o procedimento. Lembrando que não é permitido dirigir após a sedação.

Os medicamentos utilizados para a sedação da endoscopia são controlados e proporcionam uma sensação agradável ao paciente; por isso, não há com o que se preocupar.

Por que a sedação para endoscopia é necessária?

A sedação é muito importante para o exame. A endoscopia envolve a inserção do endoscópio pela garganta, causando náuseas, sensação de vômito e muito desconforto.

Em vista disso, a sedação é extremamente necessária, para que o paciente relaxe, durma e não sinta ânsia e desconforto.

Quem aplica a anestesia para endoscopia?

Em síntese, o próprio médico endoscopista pode realizar uma sedação venosa, porém não é permitido ao profissional realizar o exame e a anestesia em simultâneo, conforme orientação do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Por isso, a sedação que antecede o exame de endoscopia geralmente é feita por um médico anestesista, profissional formado em Medicina e com residência médica na área da anestesia, de modo a manter o paciente sedado adequadamente, segundo todas as especificidades do caso.

O que acontece após o procedimento de sedação?

O procedimento de sedação e realização do exame, no caso da endoscopia diagnóstica, tende a ser rápido, entre 10 e 15 minutos. Já no caso da endoscopia terapêutica, feita com fins de tratamento (como retirada de tumores ou pólipos), a duração dependerá do tipo de lesão.

Em todo caso, a complexidade é considerada pelo anestesista, ao aplicar a medicação, e, após o término do procedimento, recomenda-se que o paciente repouse por até 30 minutos para se recuperar dos principais efeitos da sedação.

Visando auxiliar a recuperação, o paciente pode consumir algum alimento leve, como uma fruta, e é fundamental um acompanhante para levá-lo para casa, já que não é permitido dirigir.

Caso a pessoa sinta algum mal-estar, como dores abdominais, febre ou vômito, é preciso procurar o médico para cuidar do caso.

Saiba tudo sobre endoscopia no EndoBlog

O EndoBlog é um canal de comunicação com pacientes idealizado por uma equipe de médicos que se preocupa em promover conteúdos verídicos e de qualidade.

Aqui, você pode saber tudo sobre endoscopia e aparelho digestivo, em geral. Continue navegando pelo site e confira todos os conteúdos gratuitamente.




O que são as varizes de esôfago? Entenda a causa, os sintomas e como tratar

As varizes de esôfago são uma condição em que vasos sanguíneos do esôfago se encontram muito dilatados, causando uma série de sintomas desagradáveis e, até mesmo, sangramento pela boca.

Entenda o que são essas varizes, as potenciais causas, quais os principais efeitos colaterais e como se dá o diagnóstico e tratamento.

Aproveite também para conhecer o EndoBlog e acessar diversos conteúdos sobre aparelho digestivo, desenvolvidos por profissionais no assunto.

Varizes de esôfago: o que são?

Basicamente, as varizes esofágicas podem ser compreendidas como veias inchadas localizadas nas paredes do esôfago – tubo responsável por interligar a garganta ao estômago.

Tais veias são chamadas varizes justamente por terem um tamanho acima do considerado normal, ocasionado pelo aumento de pressão local. 

Em razão desse aumento de pressão, as paredes podem romper, causando sangramento súbito. Devido ao risco de sangramento intenso e grave, as varizes de esôfago demandam tratamento imediato quando se rompem.

Principais causas

As principais causas das varizes do esôfago envolvem condições que levam à obstrução do fluxo sanguíneo no fígado, aumentando a pressão nas veias do local – quadro conhecido como hipertensão portal.

O aumento da pressão faz com que as veias das paredes do esôfago se dilatem, causem acúmulo de sangue e, em casos graves, sangramentos intensos.

As principais causas de hipertensão portal que podem levar ao aparecimento de varizes esofágicas são:

  • Cirrose hepática de qualquer origem (alcoólica, viral, esteatohepatite, etc.);
  • Trombose das veias ou artérias hepáticas.

Sintomas das varizes de esôfago

As varizes de esôfago não possuem sintomas específicos, mas, quando se rompem, podem levar a hemorragia e alguns sintomas, como:

  • Inchaço abdominal;
  • Fezes mais escurecidas e com cheiro muito forte;
  • Fraqueza;
  • Palidez ou pele mais amarelada;
  • Presença de vômitos com sangue;
  • Respiração ofegante;
  • Sensação de mal-estar;
  • Tontura.

Importante ressaltar que a presença de sangramento é um sintoma grave das varizes esofágicas. É preciso procurar auxílio hospitalar para evitar a perda considerável de sangue e problemas decorrentes disso.

Como é realizado o diagnóstico e o tratamento

A endoscopia digestiva alta é o principal exame para diagnóstico das varizes de esôfago. É por meio da endoscopia que o médico poderá observar a presença de varizes e possíveis pontos de sangramento.

Em relação ao tratamento, há algumas opções. Uma das principais é via medicamentos que aliviam a pressão no interior das veias, diminuindo ou evitando os sangramentos.

Para o tratamento do sangramento, o médico, através da endoscopia, poderá optar pela utilização de bandas elásticas ao redor das varizes para conter sangramentos detectados.

Em casos mais graves, se for realmente necessário, há a opção de intervenção cirúrgica vascular.

Conheça o EndoBlog e saiba mais sobre condições que afetam o aparelho digestivo

Além das varizes de esôfago, há outras condições que podem afetar o aparelho digestivo. Está interessado no assunto? O EndoBlog veicula uma série de artigos supervisionados por médicos gastroenterologistas, e você pode acessar todos os conteúdos gratuitamente pelo site.

Acompanhe o EndoBlog e tenha acesso a informações verdadeiras acerca do aparelho digestivo, doenças, exames e como ter mais qualidade de vida.




Endoscopia com biópsia: saiba mais detalhes

A endoscopia com biópsia é um exame bastante solicitado pelos médicos gastroenterologistas por ser uma forma segura de auxiliar no diagnóstico de doenças e condições que podem afetar o aparelho digestivo superior, como:

  • úlceras esofágicas;
  • câncer do esôfago;
  • infecções causadas por fungos;
  • gastrites;
  • câncer de estômago;
  • doença celíaca;
  • câncer do duodeno;
  • úlcera duodenal, etc.

O que é endoscopia com biópsia?

A endoscopia digestiva alta com biópsia, também chamada de citologia nas pesquisas de Helicobacter pylori, pode ser realizada nas estruturas superiores do aparelho digestivo, como esôfago, estômago e duodeno.

Foi originalmente desenvolvida para retirar pequenas amostras do tecido do estômago para diagnosticar a presença da Helicobacter pylori – ou H. Pylori, como também é conhecida.

Para que serve a endoscopia com biópsia?

Hoje, a endoscopia digestiva com biópsia, ou citologia, é utilizada na medicina visando diagnosticar uma série de doenças e condições que afetam o aparelho digestivo, tais como úlceras, gastrite, refluxo e tipos de câncer.

No caso de úlceras e gastrites, o principal objetivo do exame é encontrar traços da H. pylori, já que essa bactéria pode colonizar o estômago e causar diversos sintomas, além de ser um cofator no desenvolvimento do câncer de estômago.

O médico costuma solicitar a realização de endoscopia com biópsia mediante queixas como dor de estômago, dor abdominal, queimação, azia e refluxo.

Como a endoscopia com biópsia é realizada?

O exame pode ser realizado em hospitais, clínicas e consultórios. O paciente precisa estar em jejum e levar um acompanhante para ajudá-lo após a realização da endoscopia, já que é aplicado um sedativo intravenoso.

O médico aplica o sedativo na veia e utiliza um tipo de anestésico em spray na garganta. O paciente é acomodado de lado em uma maca, e os profissionais se certificam de que a posição esteja confortável.

Um tubo flexível, chamado de endoscópio, é introduzido pela boca do paciente e percorre o esôfago até chegar ao estômago e ao duodeno, permitindo a captura de uma amostra de tecido.

Além da coleta de tecido, imagens são capturadas e transmitidas para um monitor de alta definição, para que o médico possa fazer uma análise clínica do caso.

A necessidade de biópsia

A biópsia é necessária quando é preciso retirar uma pequena amostra de tecido para análise. Na endoscopia digestiva alta, a biópsia é feita por meio de uma pinça muito fina presente no endoscópio.

A amostra de tecido coletada vai para um laboratório especializado em anatomopatologia para uma investigação histológica. Posteriormente, o resultado é encaminhado de volta ao médico, geralmente após 15 dias.

Por mais que as biópsias endoscópicas sejam feitas após a desconfiança de presença da bactéria H. pylori, o exame também serve para estudar a mucosa do esôfago e do estômago com o intuito de diagnosticar quaisquer alterações e, até mesmo, a diferenciação de lesões benignas e malignas.

Confira outros conteúdos sobre endoscopia com biópsia no EndoBlog

A equipe do EndoBlog é formada por médicos gastroenterologistas e outros profissionais de saúde que entendem tudo sobre endoscopia com biópsia.

Por isso, ao acessar o EndoBlog, você tem que a certeza de que estará consumindo um conteúdo com informações verídicas, isto é, checadas por profissionais confiáveis.

Acompanhe o EndoBlog e tenha acesso gratuito aos artigos sobre endoscopia e outros exames importantes realizados no aparelho digestivo.