Divertículos intestinais: causas, sintomas e tratamentos
Quando se formam, nas fibras musculares das paredes do intestino grosso, pequenas bolsas ou herniações na musoca intestinal, a medicina denomina como divertículos, existindo um quadro de diverticulose.
Porém, a partir daí, pode surgir a diverticulite, caso essas pequenas bolsas venham a ficar inflamadas.
Esse quadro requer atenção e uma série de cuidados para que o paciente seja tratado e a condição seja solucionada a fim de evitar complicações.
Mas, como funciona essa doença e como pode ser feito o tratamento?
Confira, abaixo, as principais informações sobre a diverticulite, sintomas e prevenção, e entenda as possibilidades de tratamento.
Diverticulite e diverticulose: o que são?
A presença de divertículos intestinais, por si só, caracteriza a diverticulose, como visto acima.
Nesse momento, ainda não existe o quadro inflamatório e estima-se que um terço das pessoas com mais de 50 anos e dois terços com mais de 80 têm diverticulose, geralmente assintomáticas.
Porém, caso o paciente apresente dor ou desconforto abdominal, prisão de ventre ou alterações no hábito intestinal, pode ser que haja complicações da doença diverticular.
Por outro lado, a diverticulite é caracterizada não só pela presença de divertículos intestinais, mas também pela inflamação deles.
Sintomas da diverticulite
Muitas vezes a diverticulite é assintomática, isto é, o paciente possui a doença, mas não sente nenhum sintoma.
Porém, em outras ocasiões ela pode causar vários sintomas, como:
- Cãibras ou dor no lado inferior esquerdo do abdome;
- Diarreia e constipação;
- Febre;
- Calafrios;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Sangue nas fezes;
- Gases;
- Sensibilidade abdominal;
- Fístulas;
- Ausência de apetite;
- Dificuldade para urinar.
Porém, esses sintomas só costumam aparecer nos casos de maior gravidade.
O que causa a diverticulite?
Embora não haja consenso médico do que realmente causa a diverticulite, é possível que seu início aconteça quando bactérias ou fezes são retidas nos divertículos, causando um processo inflamatório local.
Acredita-se que a principal causa possa ser a baixa ingestão de fibras, pois favorece o quadro de constipação, forçando mais os músculos para evacuar.
Esse esforço extra faz com que os pontos fracos no cólon inchem e se tornem divertículos.
Outros fatores que podem contribuir para o quadro inflamatório são:
- Tabagismo;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Perda da elasticidade dos músculos do intestino, o que acontece naturalmente com o envelhecimento;
- Elevação da pressão no cólon;
- Fatores genéticos.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de diverticulose pode ser obtido com colonoscopia ou tomografia de abdome. O tratamento da diverticulose geralmente está ligado ao aumento do consumo de fibras, ou seja, cereais integrais, frutas, legumes e verduras.
Já a diverticulite pode ser diagnosticada por meio de tomografia de abdome e exames de sangue, além de exame clínico e a análise do histórico do paciente.
Tratamento de casos leves
O tratamento depende da gravidade de cada caso. Nos casos considerados leves, o tratamento pode envolver uma dieta leve e líquida, bem como o uso de medicamentos como antibióticos e analgésicos.
Quando essa for a gravidade do quadro, 80% dos pacientes conseguem a cura em cerca de 72 horas.
Dependendo da situação pode ser necessária a hospitalização e a hidratação por via intravenosa.
Tratamento em casos graves
Em crises graves e frequentes, a cirurgia pode ser recomendada. Geralmente realiza-se a remoção da área infectada do cólon, na qual estão os divertículos intestinais, e a costura das extremidades remanescentes do cólon.
Inclusive, quando a diverticulite é aguda e os episódios de reincidência são frequentes, o médico pode programar cirurgias de retirada de acordo com a conveniência e com as condições clínicas de cada paciente.
Além disso, como forma de evitar a cirurgia nos casos que existirem abscessos, pode ser indicada a realização de drenagem dos abscessos maiores e que não tiverem sumido após utilização de antibióticos.
Esse procedimento, atualmente, já pode ser feito por meios menos invasivos, com o uso de uma agulha guiada por ultrassonografia endoscópica ou por tomografia computadorizada. Porém, se esse procedimento não resolver o problema, a cirurgia é a opção.
Ainda, em casos de ruptura intestinal, deve ser feita uma cirurgia de emergência.
Ou seja, o procedimento mais adequado sempre vai depender das condições de gravidade e dos sintomas que o paciente apresentar, bem como da resposta que o organismo tiver às tentativas de tratamentos.
Como prevenir diverticulite e diverticulose?
Para prevenir uma doença relacionada aos divertículos intestinais, seja diverticulite ou diverticulose, alguns pontos são importantes, como:
- Adotar uma alimentação saudável e rica em fibras;
- Praticar exercícios físicos para acelerar o metabolismo e o trânsito intestinal;
- Ingerir muita água;
- Observar alterações no padrão intestinal;
- Observar se alguns alimentos estão causando dor abdominal.
- Não utilizar laxantes sem orientação médica com intenção de solucionar crises de obstipação do intestino;
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