Divertículos intestinais: causas, sintomas e tratamentos

Quando se formam, nas fibras musculares das paredes do intestino grosso, pequenas bolsas ou herniações na musoca intestinal, a medicina denomina como divertículos, existindo um quadro de diverticulose.

Porém, a partir daí, pode surgir a diverticulite, caso essas pequenas bolsas venham a ficar inflamadas.

Esse quadro requer atenção e uma série de cuidados para que o paciente seja tratado e a condição seja solucionada a fim de evitar complicações.

Mas, como funciona essa doença e como pode ser feito o tratamento?

Confira, abaixo, as principais informações sobre a diverticulite, sintomas e prevenção, e entenda as possibilidades de tratamento.

Diverticulite e diverticulose: o que são?

A presença de divertículos intestinais, por si só, caracteriza a diverticulose, como visto acima.

Nesse momento, ainda não existe o quadro inflamatório e estima-se que um terço das pessoas com mais de 50 anos e dois terços com mais de 80 têm diverticulose, geralmente assintomáticas.

Porém, caso o paciente apresente dor ou desconforto abdominal, prisão de ventre ou alterações no hábito intestinal, pode ser que haja complicações da doença diverticular.

Por outro lado, a diverticulite é caracterizada não só pela presença de divertículos intestinais, mas também pela inflamação deles.

Sintomas da diverticulite

Muitas vezes a diverticulite é assintomática, isto é, o paciente possui a doença, mas não sente nenhum sintoma.

Porém, em outras ocasiões ela pode causar vários sintomas, como:

  • Cãibras ou dor no lado inferior esquerdo do abdome;
  • Diarreia e constipação;
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Sangue nas fezes;
  • Gases;
  • Sensibilidade abdominal;
  • Fístulas;
  • Ausência de apetite;
  • Dificuldade para urinar.

Porém, esses sintomas só costumam aparecer nos casos de maior gravidade.

O que causa a diverticulite?

Embora não haja consenso médico do que realmente causa a diverticulite, é possível que seu início aconteça quando bactérias ou fezes são retidas nos divertículos, causando um processo inflamatório local.

Acredita-se que a principal causa possa ser a baixa ingestão de fibras, pois favorece o quadro de constipação, forçando mais os músculos para evacuar.

Esse esforço extra faz com que os pontos fracos no cólon inchem e se tornem divertículos.

Outros fatores que podem contribuir para o quadro inflamatório são: 

  • Tabagismo;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Perda da elasticidade dos músculos do intestino, o que acontece naturalmente com o envelhecimento;
  • Elevação da pressão no cólon;
  • Fatores genéticos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de diverticulose pode ser obtido com colonoscopia ou tomografia de abdome.  O tratamento da diverticulose geralmente está ligado ao aumento do consumo de fibras, ou seja, cereais integrais, frutas, legumes e verduras.

Já a diverticulite pode ser diagnosticada por meio de tomografia de abdome e exames de sangue, além de exame clínico e a análise do histórico do paciente.

Tratamento de casos leves

O tratamento depende da gravidade de cada caso. Nos casos considerados leves, o tratamento pode envolver uma dieta leve e líquida, bem como o uso de medicamentos como antibióticos e analgésicos.

Quando essa for a gravidade do quadro, 80% dos pacientes conseguem a cura em cerca de 72 horas.

Dependendo da situação pode ser necessária a hospitalização e a hidratação por via intravenosa.

Tratamento em casos graves

Em crises graves e frequentes, a cirurgia pode ser recomendada. Geralmente realiza-se a remoção da área infectada do cólon, na qual estão os divertículos intestinais, e a costura das extremidades remanescentes do cólon.

Inclusive, quando a diverticulite é aguda e os episódios de reincidência são frequentes, o médico pode programar cirurgias de retirada de acordo com a conveniência e com as condições clínicas de cada paciente.

Além disso, como forma de evitar a cirurgia nos casos que existirem abscessos, pode ser indicada a realização de drenagem dos abscessos maiores e que não tiverem sumido após utilização de antibióticos.

Esse procedimento, atualmente, já pode ser feito por meios menos invasivos, com o uso de uma agulha guiada por ultrassonografia endoscópica ou por tomografia computadorizada. Porém, se esse procedimento não resolver o problema, a cirurgia é a opção.

Ainda, em casos de ruptura intestinal, deve ser feita uma cirurgia de emergência.

Ou seja, o procedimento mais adequado sempre vai depender das condições de gravidade e dos sintomas que o paciente apresentar, bem como da resposta que o organismo tiver às tentativas de tratamentos.

Como prevenir diverticulite e diverticulose?

Para prevenir uma doença relacionada aos divertículos intestinais, seja diverticulite ou diverticulose, alguns pontos são importantes, como:

  • Adotar uma alimentação saudável e rica em fibras;
  • Praticar exercícios físicos para acelerar o metabolismo e o trânsito intestinal;
  • Ingerir muita água;
  • Observar alterações no padrão intestinal;
  • Observar se alguns alimentos estão causando dor abdominal.
  • Não utilizar laxantes sem orientação médica com intenção de solucionar crises de obstipação do intestino;

Diverticulite e diverticulose no EndoBlog

O EndoBlog conta com uma ampla rede de médicos. Por isso, o site apresenta conteúdos informativos e de fácil compreensão, sempre desenvolvidos e revisados por profissionais.

No EndoBlog, você vai encontrar mais informações sobre diverticulite e diverticulose, além de muitas outras, como os cuidados antes e depois do exame endoscopia e de uma colonoscopia.

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O que são divertículos do cólon? O que preciso saber sobre eles?

Uma das partes mais importantes numa rotina de cuidados com a saúde é a realização de exames específicos. E muito disso, devido às possíveis anormalidades que podem ser identificadas nessas análises.

Exames de imagem como a ressonância magnética, a tomografia computadorizada,  ultrassom e colonoscopia são muito utilizados para constatação de irregularidades diversas, e às vezes estes exames podem demonstrar o achado de  divertículos do cólon.

Mesmo com esse nome diferente do habitual, essa anormalidade é bem comum e com o intuito de te inteirar de todas as informações sobre esse tema, preparamos um conteúdo muito interessante para você.

Continue aqui… 

Entendendo os divertículos do cólon

Os divertículos do cólon são pequenas bolsas ou saculações formados ao longo do tempo na parede do intestino grosso. Basicamente, são anormalidades anatômicas que  ocorrem devido ao enfraquecimento de uma das camadas da parede intestinal.

O aparecimento dos divertículos no intestino é chamada de diverticulose ou, como muitos a denominam, de moléstia diverticular do cólon.

Causas e fatores de risco dos divertículos do cólon

A principal causa do aparecimento dos divertículos ainda são desconhecidas pela medicina, apesar dos avanços na área da saúde e das constantes pesquisas.

Mas mesmo sem uma definição específica quanto à sua origem, acredita-se que sejam secundários a uma fraqueza na camada muscular do intestino grosso (que proporciona o movimento do intestino), que aliado a fatores que aumentam a pressão intraluminal (de dentro do intestino), levam a camada mais interna do cólon a sair através da camada muscular, criando as saculações vistas externamente nos exames de imagem. 

Os fatores que determinam a fraqueza da musculatura podem ser relacionados a idade, fator mais comum, ou doenças que geram a degeneração dos tecidos, estas mais raras.

Já em relação às causas do aumento da pressão dentro do intestino, podem estar diretamente ligadas a irregularidades na alimentação levando a constipação e até na ausência de uma rotina mais ativa.

Dentre as irregularidades que falamos, destacam-se:

  • Dieta pobre em fibras;
  • Excesso de consumo de carne vermelha;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Uso prolongado de anti-inflamatórios.

Outro motivo que deve ser considerado é o histórico familiar. Assim como em outras patologias, o fator genético também pode originar alterações na estrutura/parede do intestino grosso.

Os espasmos conhecidos como as contrações musculares involuntárias, também podem originar esses divertículos, uma vez que ocorrendo na parede do intestino, ele pode gerar protuberância em pontos fracos em locais do intestino.

O certo é que mesmo com todas essas possíveis causas, não há ainda um consenso na fonte causadora e ela continua sendo estudada.

Sintomas dos divertículos do cólon

Quando sentimos alguma coisa diferente em nosso organismo, é indicativo que há algo de errado conosco, certo?

E na maioria das vezes percebemos essas alterações em nosso corpo por meio de anormalidades não habituais que visualizamos no dia a dia, como exemplo, as dores de cabeça, febre, etc.

No caso da divertirticulose , não há um sintoma específico, e por esta razão, nem sempre seu diagnóstico  é confirmado apenas por essas alterações. Mas alguns sintomas são comuns a outras doenças, como:

  • Alteração do hábito ou rotina intestinal;
  • Desconforto abdominal;
  • Flatulência;
  • Sangramentos.

Se pararmos um pouco para pensar, todos esses sintomas são característicos de doenças gastrointestinais, não é mesmo?

No entanto, o correto é procurarmos o médico a qualquer sinal de irregularidade em nosso organismo, uma vez que só a opinião de um especialista pode nos trazer segurança.

Diagnóstico de divertículos do cólon

Visitar o médico regularmente é a melhor maneira de cuidar da saúde e consequentemente nos prevenirmos contra algo mais sério, ainda mais no caso dos divertículos do cólon, quando não existe um sintoma que os caracterize.

Como os sintomas são bem similares a outros problemas de saúde e relacionados ou não ao aparelho gastrointestinal, como já falamos por aqui, alguns exames são imprescindíveis para a confirmação, como os dois destacados abaixo.

Colonoscopia

É o exame principal para o diagnóstico da diverticulose, já que avalia diretamente o intestino grosso, visualizando os divertículos.

Tomografia computadorizada / Ultrassonografia / Ressonância Magnética

Normalmente utilizadas para avaliar outros quadros ou doenças abdominais, acabam de forma indireta identificando a presença dos divertículos.

Complicações dos divertículos do Cólon

Como vimos, os divertículos basicamente são uma alteração anatômica do intestino grosso, porém, esta alteração pode facilitar algumas complicações, sendo as duas mais comuns a diverticulite e o sangramento retal.

Na diverticulite, há um acúmulo de resíduos dentro do divertículo, que geram uma inflamação local e infecção da parede do intestino neste local.

Como o divertículo é formado pela herniação (saída) da camada mucosa pela camada muscular do intestino, há maior chance de lesão dos vasos neste local, gerando um sangramento importante, caracterizado como sangramento retal.

Opções de tratamento para divertículos do cólon

A verdade é que os divertículos não possuem tratamento.

O que se propõe, é o controle das alterações que podem propiciar o aumento do aparecimento deste quadro, principalmente com o controle da constipação.

Prevenção de divertículos do cólon

A melhor maneira de prevenir qualquer problema de saúde é sem dúvida alguma a informação e conhecimento correto das doenças.

No caso dos divertículos que se originam na região do intestino grosso, o ideal é estabelecer e cumprir uma dieta saudável, seguida de uma rotina ativa de atividades físicas regulares e sem estresse.

Optar por alimentos menos condimentados, somado a uma hidratação frequente e acompanhado de atividades físicas diárias, vai minimizar não apenas a incidência desse problema que afeta muitos brasileiros, mas também vai evitar outras doenças

Uma dieta equilibrada também ajuda!

Olha só os alimentos fundamentais para essa dieta…

  • Fibras;
  • Frutas;
  • Legumes;
  • Verdura.

Não deixe de considerar essa mudança em sua vida, pois são pequenas ações que podem mudar completamente a sua história.

Após ficar por dentro de muitas informações importantes sobre os sintomas, diagnóstico e controle mais adequado dos divertículos do cólon, compreendemos que o acesso a informações seguras nos auxilia na melhor tomada de decisão.

Porém, ter acesso a informações seguras não é tão fácil em meio tantas fake news distribuídas na internet a cada minuto, não é verdade?

Por isso que a Gastroblog é referência quando o assunto é credibilidade no fornecimento de conteúdos que dispensam comentários quando se trata de segurança e responsabilidade com as pessoas que buscam conhecimento.

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Conta conosco.

Um abraço.




Dispepsia: um guia completo sobre a indigestão crônica

Você está cansado de sofrer com azia, desconforto abdominal e indigestão? Neste guia completo sobre a dispepsia crônica, vamos explorar os sintomas, as causas e as opções de tratamento dessa condição irritante.

Esses sintomas podem ser indicativos desta condição de saúde comum que afeta muitas pessoas em todo o mundo. Continue lendo e saiba mais.

O que é a dispepsia?

A dispepsia, também conhecida como indigestão crônica, é um termo médico que descreve uma condição caracterizada por um conjunto de fatores que afetam a parte superior do trato digestivo. 

Embora esses sintomas possam variar de pessoa para pessoa, a dispepsia é comumente associada a desconforto abdominal, uma sensação de queimação no estômago, plenitude após as refeições e eructação (arroto) frequente.

Essa condição é  incômoda devido à sua capacidade de perturbar o bem-estar e a qualidade de vida daqueles que sofrem com ela. 

Além disso, a dispepsia crônica persiste por um período prolongado. 

Ela pode se manifestar de diversas formas e intensidades, e a identificação das causas subjacentes e dos sintomas específicos é essencial para determinar o tratamento apropriado.

Causas comuns de indigestão crônica

A indigestão crônica é uma condição multifacetada cujas causas podem ser diversas e, em alguns casos, interligadas. 

Uma das principais causas está ligada aos hábitos alimentares.

Eles desempenham um papel significativo na manifestação da condição.

Consumir alimentos em excesso, particularmente aqueles ricos em especiarias, gorduras ou ácidos, pode alterar  o sistema digestivo, da mesma forma que fazer refeições de maneira apressada e engolir grandes porções pode contribuir para a sensação de plenitude e desconforto abdominal após comer.

Certas infecções bacterianas, notavelmente a Helicobacter pylori, podem gerar inflamação no revestimento do estômago. 

Essa inflamação, por sua vez, pode levar ao desenvolvimento de sintomas de dispepsia. 

É importante salientar também que o estresse crônico e a ansiedade exercem uma influência notável na função do sistema digestivo. 

Em situações de estresse, o corpo pode reagir anormalmente, afetando a capacidade de digestão e contribuindo para o surgimento de indicativos de indigestão crônica. 

A conexão complexa entre o cérebro e o sistema gastrointestinal pode resultar em perturbações na digestão de alimentos devido a fatores emocionais.

É possível citar no rol de fatores que geram a condição da indigestão alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e certos medicamentos para problemas cardíacos , já que estes podem desencadear irritação na mucosa do estômago quando usados por longos períodos. 

Essa irritação pode levar ao desenvolvimento dos sintomas, especialmente se esses medicamentos não forem administrados conforme as orientações médicas ou não forem tomados com alimentos.

Entre essas causas comuns, a dispepsia está frequentemente associada a outras condições gastrointestinais, como o refluxo gastroesofágico (DRGE) e úlceras.

Nestes casos, o tratamento da condição subjacente é essencial para controlar e aliviar os sintomas associados.

Sintomas da dispepsia

Os sintomas da condição podem variar, mas geralmente incluem:

  • Dor ou desconforto na parte superior do abdômen.
  • Sensação de queimação no estômago.
  • Eructação frequente.
  • Plenitude após as refeições.
  • Náusea.
  • Vômitos.

Eles podem ocorrer ocasionalmente ou se tornar crônicos, afetando a qualidade de vida como todo. 

Por isso, é fundamental saber reconhecer esses sintomas e procurar orientação médica quando necessário.

Diagnóstico da dispepsia

Diagnosticar essa condição é um processo cuidadoso que requer a avaliação detalhada dos fatores, histórico médico e, em alguns casos, a realização de testes específicos. 

Se você está vivenciando sintomas de indigestão crônica, é fundamental buscar orientação médica para obter um diagnóstico preciso. 

O primeiro passo na avaliação da dispepsia é uma conversa abrangente com um médico. 

Durante a consulta, o profissional de saúde fará perguntas detalhadas sobre o que está sentindo, hábitos alimentares, estilo de vida e histórico médico. 

Essa troca de informações é necessária para compreender a causa e determinar as possíveis fontes da doença.

A partir daí pode ser realizado algum exame para identificar sinais físicos que podem estar associados. Isso inclui a verificação de sinais de desconforto abdominal, inchaço ou qualquer outro sinal que possa indicar problemas no sistema digestivo. 

No entanto, é importante observar que o exame físico por si só não é suficiente para confirmar o diagnóstico.

Em alguns casos, exames de sangue podem ser solicitados para avaliar a presença de infecções ou problemas relacionados ao sistema digestivo. 

Esses exames podem identificar marcadores específicos que sugerem a presença de uma condição subjacente, como uma infecção por Helicobacter pylori, como já citada acima.

Em situações em que os sintomas são persistentes ou há suspeita de condições secundárias mais sérias, como úlceras ou câncer gástrico, o médico pode recomendar testes de imagem, como a endoscopia

É essencial reconhecer que o diagnóstico da dispepsia pode ser um processo abrangente, uma vez que a condição pode ter diversas causas. 

Portanto, a combinação de análises detalhadas é fundamental para se chegar a um diagnóstico preciso. Com base nesse diagnóstico, o médico poderá direcionar o tratamento adequado para aliviar todos os sintomas gerais.

Opções de tratamento para indigestão crônica

O tratamento depende das causas e da gravidade dos sintomas. 

As opções de tratamento comuns envolvem fazer alterações nos hábitos alimentares, como evitar alimentos desencadeantes, comer refeições menores e mais frequentes, e reduzir o consumo de álcool e tabaco, para ajudar a aliviar os incômodos.

Se a dispepsia for causada por úlceras ou infecções, o médico pode prescrever medicamentos apropriados, como antiácidos, inibidores da bomba de prótons (IBPs) ou antibióticos.

Caso a indigestão crônica esteja relacionada a outras condições médicas, como DRGE, por exemplo, essas condições devem ser tratadas como prioridade para, finalmente, aliviar o problema principal.

Mudanças no estilo de vida para controlar os sintomas da dispepsia

Fazer mudanças no estilo de vida desempenha um papel muito fundamental no controle dos sintomas da indigestão crônica.

Aqui estão algumas dicas de hábitos diários simples que podem te ajudar a reduzir os incômodos:

  • Evite alimentos picantes, gordurosos, ácidos e muito condimentados, que podem irritar o estômago;
  • Coma refeições menores e mais frequentes ao longo do dia para reduzir a pressão sobre o sistema digestivo;
  • Mastigue bem os alimentos para facilitar a digestão;
  • Evite deitar-se imediatamente após as refeições;
  • Reduza o consumo de álcool e tabaco;
  • Gerencie o estresse por meio de técnicas de relaxamento, como meditação e exercícios.

A dispepsia, ou indigestão crônica, é uma condição desconfortável que afeta muitas pessoas, sendo essencial reconhecer os fatores que desencadeiam e procurar orientação médica quando necessário. 

O tratamento adequado, incluindo mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, medicamentos, pode ajudar a aliviar os sintomas, como azia, desconforto abdominal e indigestão, além de melhorar a qualidade de vida de quem sofre com essa condição.

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Síndrome do intestino irritável: causas, sintomas e tratamentos

A Síndrome do Intestino Irritável é um distúrbio crônico do intestino que causa dor abdominal, inchaço, constipação e diarreia. Neste artigo, exploraremos suas causas, sintomas e opções de tratamento, fornecendo informações essenciais para lidar com a condição.

A sensibilidade intestinal, as mudanças na microbiota intestinal e fatores psicológicos desempenham um papel importante para compreender o problema. Esta condição é comum em todo o mundo, e entender seus aspectos é fundamental para melhorar a qualidade de vida e encontrar tratamentos eficazes.

O que é a Síndrome do Intestino Irritável (SII)?

A Síndrome do Intestino Irritável, frequentemente abreviada como SII, é uma condição crônica que afeta o trato gastrointestinal. 

Essa síndrome é caracterizada por uma variedade de sintomas desconfortáveis.

A SII é uma condição comum que pode impactar a qualidade de vida das pessoas que a possuem.

O que torna a SII especialmente desafiadora é a sua natureza imprevisível, com os sintomas frequentemente surgindo de forma intermitente. 

Embora ela seja uma condição crônica, não é considerada uma doença grave ou potencialmente fatal. No entanto, pode ser uma condição debilitante para alguns indivíduos, levando a desconforto significativo e interferindo em suas atividades diárias.

O diagnóstico é geralmente feito por um profissional especialista na área, em geral, um gastroenterologista.

Gerenciar a SII muitas vezes envolve ajustes na dieta e estilo de vida, bem como o tratamento dos sintomas específicos que um paciente possa experimentar. É importante buscar orientação médica se você suspeitar do problema, para receber um diagnóstico adequado e um plano de gerenciamento apropriado.

Quanto tempo dura a síndrome do intestino irritável?

A duração da Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um aspecto variável e individual da condição.

Esta síndrome gastrointestinal crônica pode afetar pessoas de maneiras diferentes, resultando em uma ampla gama de experiências em relação à sua duração.

Algumas pessoas podem vivenciar sintomas de SII por um período limitado, enquanto para outras, a condição pode persistir ao longo de muitos anos ou até mesmo durante toda a vida.

A característica notável da SII é sua imprevisibilidade.

Os sintomas podem surgir, desaparecer e retornar intermitentemente. Além disso, a gravidade dos sintomas também pode variar significativamente.

Alguns indivíduos podem passar por longos períodos de remissão, nos quais os sintomas diminuem ou desaparecem por completo. 

No entanto, fatores desencadeantes, como estresse, dieta inadequada ou outros gatilhos, podem provocar a reativação dos sintomas.

Embora a SII seja uma condição crônica, é importante notar que ela  não causa danos permanentes ao intestino e não está associada a um risco aumentado de doenças graves. 

Muitas pessoas conseguem gerenciar com sucesso seus sintomas.

Portanto, a duração da SII em uma pessoa específica pode depender de vários fatores, incluindo a eficácia do tratamento e a adoção de estratégias de manejo adequadas para uma abordagem mais individualizada e eficaz.

Causas e sintomas comuns da SII

A SII é uma condição complexa e multifacetada, cujas causas ainda não foram completamente esclarecidas, mas que apresenta sintomas distintos que afetam o trato gastrointestinal. 

Vamos explorar as causas e os sintomas mais comuns da SII para proporcionar uma visão mais abrangente dessa condição.

As causas da SII são multifatoriais e envolvem uma interação complexa de fatores físicos, psicológicos e ambientais. 

A sensibilidade intestinal é um componente-chave, em que o intestino reage exageradamente a estímulos que normalmente não seriam desconfortáveis para a maioria das pessoas. 

Alterações na microbiota intestinal, que é a comunidade de microrganismos no intestino, também desempenham um papel, influenciando o funcionamento gastrointestinal. 

Além disso, fatores psicológicos, como estresse, ansiedade e depressão, podem agravar os sintomas da SII, como já vimos anteriormente.

Os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável podem variar de uma pessoa para outra, mas alguns são mais comuns. 

A dor abdominal é um sintoma predominante, geralmente aliviada após a evacuação. 

O inchaço é outro sintoma comum, e muitas pessoas com SII dizem sentir uma sensação de distensão abdominal desconfortável. 

As alterações nos hábitos intestinais também são marcantes, com alguns pacientes sofrendo de diarreia frequente, enquanto outros enfrentam constipação persistente

Além disso, muitos indivíduos com SII relatam gases excessivos e uma sensação de urgência para evacuar.

Embora esses sintomas sejam frequentemente associados à condição, é fundamental lembrar que ela é altamente individualizada, e os pacientes podem sentir diferentes combinações e gravidades. 

A duração e a frequência dos episódios de SII também variam amplamente entre as pessoas.

Tratamentos para a SII

O tratamento da SII é um aspecto fundamental para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição gastrointestinal crônica. 

Embora não haja uma cura definitiva para a SII, existem várias abordagens de tratamento que visam aliviar os sintomas e permitir que os pacientes gerenciem melhor a sua condição.

Uma das principais estratégias de tratamento é a modificação da dieta.

A identificação e eliminação de alimentos ou grupos de alimentos que desencadeiam os sintomas podem ser eficazes para muitos pacientes.

A identificação e eliminação de alimentos ou grupos de alimentos que desencadeiam os sintomas podem ser eficazes para muitos pacientes.

Além disso, o manejo do estresse e da ansiedade é crucial no tratamento da SII, como vimos anteriormente.

Muitas pessoas com SII percebem que o estresse emocional pode desencadear ou piorar os sintomas.

Medicamentos também podem desempenhar um papel importante no tratamento dessa condição.

Os medicamentos antiespasmódicos são exemplos que podem ajudar a aliviar a dor abdominal e as cólicas. 

Laxantes ou medicamentos para o controle da diarreia também são comumente prescritos em algumas situações para regular o funcionamento  intestinal.

Em casos mais graves e resistentes ao tratamento convencional, pode haver a recomendação de prescrição de medicamentos específicos que afetam os receptores do sistema nervoso no intestino. 

No entanto, esses medicamentos são geralmente reservados para situações excepcionais, sendo acompanhados de monitoramento médico rigoroso.

É sempre valioso lembrar que o tratamento da SII é altamente individualizado, pois o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. 

Portanto, é essencial trabalhar em estreita colaboração com um profissional de saúde, geralmente um gastroenterologista, para desenvolver um plano de tratamento personalizado que atenda às necessidades e aos sintomas específicos de cada paciente. 

Com a visão correta da condição, muitas pessoas com SII conseguem gerenciar eficazmente seus sintomas e melhorar sua qualidade de vida.

Em resumo, a Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma condição gastrointestinal crônica que demanda abordagens individualizadas para o tratamento. 

A compreensão das causas, sintomas e estratégias de gerenciamento desempenha um papel essencial, e a colaboração com profissionais de saúde ajuda a determinar o plano de tratamento mais eficaz.

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Estenose do esôfago: causas, sintomas e tratamentos efetivos

Você está constantemente enfrentando dificuldades para engolir alimentos ou líquidos? Pode ser um sintoma de estenose do esôfago. Neste artigo, vamos explorar as causas, sintomas e tratamentos efetivos para essa condição.

A estenose do esôfago é que se caracteriza pelo estreitamento no esôfago, prejudicando a passagem adequada de alimentos e líquidos para o estômago. Continue lendo e aprofunde seu entendimento sobre esse problema e conheça as abordagens médicas que proporcionam alívio e melhor qualidade de vida aos pacientes afetados.

O esôfago e sua função

O esôfago é um tubo muscular que desempenha um papel muito importante no processo de digestão e na condução de alimentos do interior da boca até o estômago. 

Sua função primordial é permitir o transporte eficiente de alimentos mastigados e liquefeitos, juntamente com a saliva, através de contrações rítmicas conhecidas como movimentos peristálticos. 

Essa ação peristáltica é responsável por impulsionar o alimento em direção ao estômago, mesmo quando a pessoa está de cabeça para baixo.

No entanto, este órgão não apenas transporta alimentos, mas também participa da fase inicial da digestão. 

A produção de muco nessa estrutura lubrifica o bolo alimentar, tornando mais fácil seu deslocamento. 

O que causa estenose no esôfago?

Essa condição pode ser provocada por uma série de fatores, com origens diversas e que podem variar em gravidade. Abaixo, veja com mais detalhes algumas das causas mais comuns desse estreitamento do esôfago.

Refluxo Gastroesofágico Crônico (DRGE)

O refluxo ácido crônico é uma das principais causas da estenose esofágica. 

Nesse cenário, o ácido gástrico flui de volta para o esôfago com frequência, levando à irritação do revestimento interno do órgão. 

Ao longo do tempo, essa irritação pode causar inflamação e cicatrizes, levando ao estreitamento do órgão.

Ingestão de substâncias cáusticas

A ingestão acidental ou intencional de produtos químicos cáusticos, como ácidos fortes ou soda cáustica, pode causar sérios danos ao esôfago. 

Essas substâncias corroem o revestimento interno do órgão e podem levar à formação de cicatrizes que resultam em estenose.

Esofagite Eosinofílica

Esta é uma condição inflamatória crônica que envolve um acúmulo de células do sistema imunológico conhecidas como eosinófilos no revestimento esofágico. 

A inflamação crônica pode resultar na formação de cicatrizes e, consequentemente, em um estreitamento do esôfago.

Ingerir corpos estranhos

Engolir objetos estranhos, como ossos de peixe, pequenas partes de brinquedos ou outros objetos sólidos, pode causar lesões, o que pode levar à formação de cicatrizes e à estenose.

Procedimentos médicos ou cirurgias anteriores

Alguns procedimentos médicos, especialmente cirurgias no esôfago ou muito próximas a ele, podem causar cicatrizes e estreitamento do órgão como resultado das intervenções cirúrgicas.

Doenças autoimunes

Condições autoimunes, como o lúpus ou a esclerose sistêmica, podem afetar a saúde do esôfago, causando inflamação crônica que, ao longo do tempo, pode levar à formação de cicatrizes e estenose na região.

Tumores

Tumores também podem causar estenose, à medida que crescem e vão obstruindo a passagem (luz) do órgão. As principais causas de tumores de esôfago são a ingestão de bebidas alcoólicas e tabagismo, e consequente a alterações no revestimento do esôfago, causado pelo refluxo ácido crômico. 

Causas idiopáticas

Em alguns casos, a causa da estenose esofágica pode permanecer desconhecida, sendo classificada como idiopática, o que significa que não há uma causa identificável, o que pode ser um desafio no diagnóstico e tratamento médico.

É importante ressaltar que as causas da estenose esofágica podem variar em gravidade e se alguém suspeitar da condição, é necessária a consulta e o acompanhamento médico. 

Sintomas de estenose do esôfago

Os sintomas da estenose esofágica podem ser variados e impactar significativamente a qualidade de vida do indivíduo afetado. 

Essa condição, caracterizada pelo estreitamento anormal do esôfago, pode manifestar-se de várias maneiras, sendo importante reconhecê-las para um diagnóstico e tratamento adequados.

Um dos sintomas mais comuns é a disfagia, que é a dificuldade em engolir alimentos sólidos e líquidos. A disfagia pode variar de leve a grave, e a sensação de que os alimentos ficam presos no esôfago é frequente.

Além disso, muitas pessoas que sofrem com o problema podem relatar dor ou desconforto ao engolir, especialmente ao ingerir alimentos sólidos. Isso ocorre porque o esôfago estreitado pode causar atrito e irritação durante o movimento de deglutição.

Regurgitação também é um sintoma comum, onde o alimento ingerido pode retornar à boca após a refeição, causando desconforto e, às vezes, tosse ou até mesmo engasgo.

Outros sintomas possíveis incluem azia devido ao refluxo gastroesofágico associado, perda de peso não intencional devido à dificuldade em comer normalmente e, em casos graves, vômitos recorrentes.

É fundamental observar como esses sintomas se apresentam e saber que eles podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da causa subjacente e do grau de estreitamento. 

Independentemente dos sintomas, a estenose esofágica requer avaliação médica para determinar a causa e amenizar os sintomas de forma correta e eficaz.

Diagnóstico e exames médicos para estenose do esôfago

O diagnóstico da estenose esofágica requer uma avaliação médica ampla, que geralmente começa com uma revisão minuciosa dos sintomas do paciente e histórico médico. 

Para confirmar a presença da condição e determinar as suas causas, vários exames médicos podem ser necessários. 

Um dos exames mais comuns é a endoscopia digestiva alta, na qual um tubo flexível com uma câmera na ponta é inserido pela boca do paciente para examinar o interior do esôfago e identificar possíveis estreitamentos, inflamações ou outras anormalidades. 

Além disso, a manometria esofágica pode ser realizada para avaliar a função muscular do esôfago e a pressão em diferentes partes do órgão. 

Exames de imagem, como radiografias contrastadas ou tomografia computadorizada, também são normalmente usados para obter informações adicionais sobre a anatomia do esôfago. 

O diagnóstico preciso é fundamental para determinar o tratamento mais adequado para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Tratamentos para estenose do esôfago

Algumas das opções de tratamento mais comuns incluem:

Dilatação esofágica

Este é um procedimento frequentemente utilizado para tratar a condição e envolve o uso de um balão ou um tubo fino (sonda) para alargar suavemente a área estreitada do esôfago. 

A dilatação é realizada durante uma endoscopia digestiva alta e pode ser repetida, se necessário, para manter o órgão aberto.

Medicamentos

Dependendo da causa da estenose, podem ser prescritos medicamentos para tratar condições subjacentes. 

Por exemplo, medicamentos para reduzir o refluxo ácido, como inibidores de bomba de prótons, podem ser utilizados para controlar o refluxo gastroesofágico crônico.

Tratamento cirúrgico

Em casos graves ou quando outros tratamentos não são eficazes, a cirurgia pode ser necessária. 

Existem diferentes procedimentos cirúrgicos que podem ser realizados, como a remoção de tecido cicatricial ou o alongamento do esôfago.

O tratamento adequado depende da causa específica da estenose e deve ser determinado por um médico após avaliação completa do paciente.

Recomendações dietéticas para estenose do esôfago

As recomendações dietéticas visam facilitar a passagem de alimentos pelo esôfago estreitado, minimizando o desconforto durante a alimentação. 

Veja algumas orientações gerais:

Textura dos alimentos

Opte por alimentos com texturas suaves e consistentes, incluindo alimentos bem cozidos, purês, sopas cremosas, papas e alimentos processados, como iogurte natural.

Se possível, corte os alimentos em pedaços pequenos para facilitar a deglutição. Evite alimentos grandes ou duros que possam ficar presos no esôfago.

Mastigue bem

Mesmo com alimentos mais suaves, mastigue-os cuidadosamente para facilitar o processo de digestão e minimizar o risco de bloqueios.

Alimentos líquidos

Bebidas, como água, sucos e leite, podem ser mais fáceis de engolir do que alimentos sólidos. 

Beba lentamente para evitar engasgos.

Evite alimentos secos

Evite alimentos secos, como biscoitos ou torradas, que podem ser difíceis de engolir sem uma quantidade adequada de líquido.

Refeições menores e mais frequentes

Faça refeições menores e mais frequentes ao longo do dia, em vez de refeições grandes. Isso ajuda a reduzir a pressão no esôfago e facilita a digestão.

Evite comer antes de dormir

Evite comer pelo menos 2-3 horas antes de deitar. Isso ajuda a reduzir o risco de refluxo ácido durante o sono.

Alimentos temperados com moderação

Evite alimentos excessivamente picantes, ácidos ou condimentados, pois podem agravar o desconforto no esôfago.

Complicações e efeitos de longo prazo da estenose do esôfago não tratado

A estenose não tratada pode resultar em complicações e efeitos de longo prazo que impactam adversamente a saúde e o bem-estar da pessoa acometida.

Entre essas consequências, destacam-se a desnutrição e a perda de peso involuntária, decorrentes da dificuldade em ingerir alimentos devido ao estreitamento do esôfago. 

A desidratação é outra preocupação, já que a ingestão inadequada de líquidos pode levar a problemas de saúde mais amplos.

A aspiração pulmonar é um risco significativo, pois alimentos ou líquidos podem inadvertidamente entrar nas vias respiratórias durante a deglutição, aumentando a suscetibilidade a infecções pulmonares, como pneumonia por aspiração. 

Fora isso, pode resultar em danos progressivos ao próprio esôfago, incluindo ulcerações, erosões e inflamação crônica.

Outras complicações graves incluem problemas respiratórios crônicos, como asma ou bronquite, devido à irritação contínua das vias aéreas pelo refluxo gastroesofágico.

A qualidade de vida é significativamente prejudicada devido à constante dificuldade de alimentação e ingestão de líquidos, causando desconforto físico e emocional.

Portanto, é sempre recomendável buscar avaliação médica e tratamento adequado ao primeiro sinal, a fim de evitar essas complicações e melhorar a qualidade de vida.

A estenose do esôfago pode ser desencadeada por diversas causas e os sintomas frequentes incluem diversas dificuldades, gerando um estreitamento no esôfago.

O tratamento eficaz depende da gravidade da causa e pode envolver diversos métodos. Por isso, é sempre essencial buscar orientação médica para o diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

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O que é hipertensão portal? Causas e sintomas

Se você está buscando informações detalhadas sobre a hipertensão portal ou deseja saber como essa condição afeta a saúde, acompanhe este artigo do EndoBlog.

Hipertensão portal: o que é?

A hipertensão portal é uma síndrome que se caracteriza pelo aumento da pressão sanguínea na região do sistema porta, que é responsável por transportar o sangue do trato gastrointestinal para o fígado.

Essa condição está intimamente ligada a disfunções hepáticas e a alterações nos vasos sanguíneos que compõem o sistema porta.

Podemos entender a hipertensão portal por meio de uma analogia com os princípios da lei de Ohm, relacionando pressão, fluxo sanguíneo e resistência.

Nesse contexto, os principais fatores que determinam a pressão no sistema portal são o fluxo sanguíneo e a resistência encontrada nos vasos que compõem esse sistema.

Causas

A hipertensão portal é uma condição complexa que pode surgir de várias causas, sendo a cirrose hepática a mais comum nos países ocidentais.

A cirrose hepática, por sua vez, pode ter origem nas hepatites virais B e C, consumo crônico de álcool ao longo da vida e esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado). A cirrose cria um aumento na resistência ao fluxo sanguíneo no fígado, contribuindo para a hipertensão portal.

Além da cirrose, existem outras causas para a hipertensão portal, tais como:

  • Doença hepática policística, que envolve o crescimento anormal de cistos no fígado;
  • Esquistossomose;
  • Fibrose hepática congênita, uma condição de formação anormal do fígado desde o nascimento;
  • Insuficiência cardíaca direita;
  • Síndrome de Budd-Chiari, uma doença que envolve a obstrução das veias hepáticas;
  • Trombose nas veias do fígado e baço.

Sintomas

Os sintomas da hipertensão portal podem variar e, em muitos casos, eles podem não ser imediatamente aparentes. No entanto, indivíduos que possuem uma condição hepática que aumenta o risco de cirrose estão mais suscetíveis a desenvolver hipertensão portal.

Quando ela se manifesta com sintomas visíveis, é possível causar:

  • Ascite (acúmulo de fluído no abdômen);
  • Edema nos membros inferiores (inchaço nas pernas e pés);
  • Hematêmese (vômito de sangue);
  • Melena, que são fezes escuras devido ao sangramento gastrointestinal;
  • Varizes esofágicas, que são veias dilatadas no esôfago.

É importante estar ciente desses sintomas e buscar atendimento médico se você ou alguém que você conhece apresentar sinais de hipertensão portal.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da hipertensão portal envolve várias abordagens, começando pela avaliação médica detalhada. O médico vai examinar o histórico do paciente, prestando atenção a qualquer doença hepática pré-existente, e também vai observar sinais físicos, como inchaço abdominal e veias dilatadas.

A endoscopia digestiva alta deve ser sempre realizada para investigação de variz de esôfago ou estômago.

Exames laboratoriais desempenham um papel essencial no diagnóstico, e eles podem incluir um hemograma completo, coagulograma, análise de creatinina, bilirrubinas, eletrólitos, além das enzimas hepáticas AST e ALT.

Para pacientes com cirrose hepática avançada, a elastografia hepática é uma ferramenta útil para identificar a presença de hipertensão portal clinicamente significativa, e os resultados são interpretados juntamente com a contagem de plaquetas no sangue.

Além disso, exames de imagem, como ressonância magnética, ultrassonografia doppler e tomografia computadorizada, podem ser solicitados para examinar a presença de vários indicadores, como aumento do baço (esplenomegalia), circulação colateral, alterações na morfologia do fígado, acúmulo de líquido no abdômen (ascite) e modificações no fluxo sanguíneo no sistema portal.

Possíveis tratamentos

O tratamento da hipertensão portal é focado na prevenção de danos adicionais ao fígado e no manejo de complicações, como sangramentos de vasos sanguíneos rompidos.

O médico pode prescrever medicamentos para prevenir a ruptura dos vasos sanguíneos, embora seja importante notar que eles podem causar vários efeitos colaterais e nem todas as pessoas toleram seu uso.

Quando ocorre o sangramento de vasos, a ligadura elástica das varizes no esôfago através de endoscopia é frequentemente a escolha de tratamento para interromper o sangramento e prevenir futuros episódios. Esse procedimento também é utilizado como medida preventiva para evitar rupturas vasculares e hemorragias.

Em situações em que o sangramento não está relacionado a varizes no esôfago e sim no estômago, o tratamento endoscópico pode envolver a injeção de uma cola biológica diretamente nos vasos afetados no estômago.

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Diverticulos e Diverticulite: Entendendo as causas, sintomas e opções de tratamento

Algumas pessoas sentem prisão de ventre ou sofrem com diarreia. Muitas não sabem que podem estar apresentando sintomas de diverticulite. Essa doença intestinal pode ser danosa se não for acompanhada de perto. Por isso, preparamos este artigo para que você saiba a origem, causas,  sintomas  e tratamento para ter uma vida mais saudável.

O que é diverticulite?

A diverticulite é uma doença que envolve uma inflamação ou infecção de pequenas bolsas, ou saquinhos, que se formam nas paredes do cólon (intestino grosso), chamados divertículos. 

Há muitas causas que levam a formação dos divertículos do intestino grosso, como constipação e dieta com baixo teor de fibras, sendo mais comuns de aparecer em pacientes acima dos 50 anos.

As fibras estão presentes nos legumes, nas frutas, verduras, grãos integrais e sementes. Esses são os alimentos responsáveis por manter a saúde do cólon, prevenir constipação intestinal, além de outros benefícios.

Causas do divertículos e da diverticulite

Como dito acima, uma importante causa é a dieta pobre em fibras, que leva a constipação. Assim, a medida que mais força é exigida para pressionar o cólon e os intestinos, aparecem falhas na mucosa, propiciando que esta atravesse o músculo do cólon, gerando uma saturação por fora do intestino, sendo que por dentro é visualizado um pequeno orifício. 

Outras causas também podem ser listadas, como fraqueza da musculatura do cólon com a idade, alterações das fibras musculares e outras.

Essa é uma alteração intestinal que mais comumente aparece à medida que a pessoa envelhece. Pelo menos um terço da população acima dos 50 anos, podem ter divertículos no cólon.

Importante entender que os divertículos (diverticulose) é uma alteração, onde pode haver acúmulo de fezes nestes divertículos, levando a inflamação local, gerando então o quadro que chamamos de diverticulite (inflamação do divertículo).

Assim, ter divertículos não é sinônimo de diverticulite. Apenas quando há inflamação é que o quadro de diverticulite se apresenta. 

Infelizmente, ainda é muito pouco compreendido porque a diverticulite ocorre, o que torna sua prevenção difícil.

Sintomas da diverticulose e diverticulite

Na maior parte dos casos, os pacientes com diverticulose (presença  dos divertículos, sem inflamação) não apresentam sintomas, sendo na maioria achados em exames de colonoscopia ou enema.

No entanto, os quadros de diverticulite, por possuírem um carácter inflamatório podem apresentar sinais e sintomas como :

  • Calafrios;
  • Dor abdominal;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia e constipação;
  • Febre.

Se um desses sintomas está presente na sua vida, considere a necessidade de buscar ajuda. No próximo tópico, veremos como a doença pode ser tratada. 

Opções de tratamento para a diverticulose e diverticulite

A diverticulose, ou a simples presença do divertículos não necessita de tratamento. O que é orientado nesses casos é prevenir e tratar a constipação, através da ingestão de fibras e hábitos alimentares.

Entretanto na diverticulite alguns pacientes sentem dores agudas causadas pelo quadro inflamatório. Nestes casos, são utilizados analgésicos e antibióticos, por vezes com necessidade de internação a fim de evitar o quadro de infecção generalizada de maneira mais imediata.

Ainda assim, se o paciente não tiver uma boa resposta ao tratamento, ou o quadro inicial for muito grave, ele poderá receber tratamentos específicos, como drenagem dos abscessos (coleções de pus formadas pela inflamação importante do intestino) por punção cutânea. Essa última é um procedimento médico no qual uma agulha fina é inserida através da pele para acessar estruturas internas do corpo, como tumores, cistos ou coleções de líquido. A técnica é usada para coletar amostras de tecido, drenar fluidos indesejados ou realizar tratamentos específicos.

Por fim, pode haver necessidade de fazer um procedimento mais invasivo: a retirada da porção do intestino afetada pelos divertículos. Nos casos mais graves, quando há perfuração intestinal, é necessário fazer cirurgia de emergência. 

Como lidar eficazmente com a diverticulose?

Quando envelhecemos estamos mais sujeitos a doenças, inclusive doenças no intestino. Além de o organismo funcionar de maneira mais lenta, o sedentarismo é outro fator que pode levar ao aparecimento e aumento da quantidade dos divertículos.

É importante lembrarmos que o exercício físico melhora o trânsito intestinal porque ajuda a estimular os músculos do intestino, promovendo um movimento mais eficiente das fezes através do sistema digestivo. Além disso, o exercício tem o potencial de reduzir a inflamação crônica no corpo, que está associada a várias condições de saúde, incluindo diverticulose.

Mudar alguns hábitos é importante para melhorar o funcionamento do intestino. Afinal, sentir dor depois de um happy hour com os amigos não é nada agradável. Então, a melhor maneira de manter a saúde em dia é fazendo uma atividade física e combinando isso à uma alimentação equilibrada.

Mas não se esqueça de beber água com regularidade. Esse hábito deve  passar a ser uma regra. Além de benefícios para a pele, a ingestão de líquido hidrata o organismo e ajuda na hora de evacuar. É importante lembrar que as fezes endurecidas são sinais de pouca hidratação. Com o tempo, isso vira um problema que, se não for cuidado no início, pode causar consequências drásticas como a retirada de uma parte do intestino.

Se você sente desconforto abdominal e sente dificuldade de evacuar com regularidade, procure um médico para investigar o motivo. Pode ser que o tratamento inicial seja apenas algumas mudanças no seu estilo de vida. Isso já poderá reverter a possibilidade de fazer um tratamento mais invasivo.

São pequenos cuidados que fazem a diferença na saúde intestinal. Na verdade, o intestino acaba revelando como está a saúde integral do seu organismo. Sendo assim, verifique regularmente a frequência da evacuação e a consistência das suas fezes.

A diverticulose, e consequentemente a diverticulite, são doenças que podem acometer qualquer pessoa independentemente se ela tem predisposição genética ou não. 

A melhor maneira de prevenir a diverticulose é adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta rica em fibras, manter-se hidratado, praticar atividade física regular, entre outros hábitos que contribuam para manter seu intestino saudável.

E por fim, se  você suspeitar que está enfrentando sintomas de diverticulite, é importante procurar atendimento médico para um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.

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O que é pedra na vesícula e como tratar? Saiba tudo sobre cálculo biliar!

Quer saber mais sobre pedra na vesícula? Neste post, você encontrará tudo o que precisa saber sobre essa condição e as opções de tratamentos disponíveis. 

A pedra na vesícula, também conhecida como cálculo biliar, é uma ocorrência comum que envolve a formação de depósitos sólidos na vesícula biliar, um órgão  relacionado ao processo digestivo. Esses cálculos podem provocar sintomas incômodos e até dolorosos, sendo importante entender suas causas, os sinais a serem observados e as estratégias para tratar e prevenir essa condição.

O que é pedra na vesícula?

Pedra na vesícula, ou colelitíase, é a formação de pequenos depósitos sólidos na vesícula biliar, órgão localizado junto ao fígado. Essas pedras, também chamadas de cálculos biliares, podem variar em tamanho e composição, sendo compostos principalmente por colesterol ou bilirrubina. 

Ainda que muitas  pessoas possam não apresentar sintomas, em certos casos, as pedras podem obstruir o ducto de saída da bile da vesícula, resultando em dor abdominal intensa, conhecida como cólica biliar. A colelitíase é diagnosticada através de exames de imagem, como ultrassonografia abdominal. 

As causas relacionadas à formação dessas pedras levam em conta, fatores como dieta, genética e níveis de colesterol . Acaba havendo um acúmulo de bilirrubina ou colesterol na vesícula, que acaba deixando a bile com excesso dessas substâncias, que acabam cristalizando e formando cálculos.

Remover a vesícula biliar (colecistectomia), embora seja uma opção de resolver a situação, em casos assintomáticos, o acompanhamento médico regular pode ser recomendado. Sendo assim, a condição requer atenção médica para determinar o curso adequado de ação a ser tomada.

Quais são os sintomas de pedra na vesícula?

Os sintomas dessa condição, podem variar em intensidade e manifestação. Geralmente, essa condição é assintomática em muitos indivíduos, o que significa que eles podem ter pedras na vesícula sem sentir qualquer desconforto. 

No entanto, quando os cálculos biliares causam obstrução nos ductos biliares, podem surgir sintomas característicos.

Uma das manifestações mais comuns é a cólica biliar, uma dor abdominal intensa que geralmente ocorre na parte superior direita do abdômen ou logo abaixo das costelas. Essa dor pode irradiar para as costas ou para o ombro. Em geral, esta dor ocorre cerca de 30 minutos após a alimentação, principalmente quando rica em gorduras.

Além da dor, os pacientes podem experimentar náuseas, vômitos, inchaço abdominal e indigestão. Em alguns casos, os cálculos biliares podem levar a complicações mais sérias, como a inflamação da vesícula biliar (colecistite) ou a obstrução do ducto biliar (colangite e icterícia).

Nestas situações, a dor abdominal pode ser mais intensa e acompanhada de febre e icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos). É importante ressaltar que os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, e nem todos os indivíduos com pedras na vesícula apresentarão sintomas evidentes. 

Portanto, a presença de cálculos biliares só pode ser confirmada por um profissional de saúde através de exames de imagem, mesmo na ausência de sintomas perceptíveis.

Quais são as causas da formação de pedra na vesícula?

A formação das pedras na vesícula resulta de uma interação complexa de fatores que podem levar à cristalização dos componentes da bile, um fluido produzido pelo fígado para auxiliar na digestão de gorduras. 

Contudo, vários elementos contribuem para o desenvolvimento dessas pedras. Um fator significativo é a composição da bile. 

Quando a bile contém um excesso de colesterol, bilirrubina ou sais biliares, pode ocorrer a precipitação dessas substâncias, levando à formação de cristais que, com o tempo, podem se aglutinar e formar cálculos biliares.

A dieta também desempenha um papel importante. Consumir alimentos ricos em gorduras saturadas e colesterol pode aumentar a probabilidade de desenvolvimento do cálculo biliar.

A obesidade também é um fator de risco, pois está associada a desequilíbrios nos níveis de colesterol e bile. Questões genéticas e histórico familiar também podem influenciar a predisposição a cálculos biliares. 

Certas condições médicas, como cirrose, doenças hematológicas e diabetes, também podem aumentar o risco.

A perda de peso rápida e drástica também pode desencadear a formação de pedras na vesícula, pois pode levar à liberação excessiva de colesterol na bile, o que torna comum ocorrer pedras na vesícula de pacientes que foram submetidos a cirurgias bariátricas. Compreender todos esses fatores pode auxiliar na prevenção e no manejo dessa condição com mais segurança e tranquilidade.

Quais são os tipos de tratamento disponíveis para pedra na vesícula?

Existem diferentes abordagens de tratamento disponíveis para lidar com pedra na vesícula, dependendo dos sintomas e da gravidade da condição. 

A opção mais comum é a intervenção cirúrgica, conhecida como colecistectomia, na qual a vesícula biliar é removida. Esse procedimento pode ser realizado por via laparoscópica, minimizando o tempo de recuperação e o desconforto pós-operatório.

Fique tranquilo, a vesícula que foi retirada nesta cirurgia não faz falta ou altera o nosso organismo. Ele se adapta após um curto período e os processos de digestão voltam ao normal.

Fora isso, há tratamentos muito pouco utilizados, como dissolver os cálculos ou ondas de choque (litotripsia) para quebrar os cálculos. Porém, o uso é muito restrito e raro.

A escolha do tratamento dependerá da avaliação médica individual, levando em consideração fatores como a presença de sintomas, o tamanho e a composição das pedras, bem como a saúde geral do paciente. 

É importante, em vista disso, consultar um profissional de saúde para determinar a melhor abordagem para cada caso específico de pedra na vesícula.

Como prevenir a formação de pedra na vesícula?

Prevenir a formação do cálculo biliar requer a adoção de medidas que contribuam para a saúde da vesícula biliar e a composição adequada da bile. Uma das estratégias é manter um peso saudável, uma vez que o excesso de peso está associado a um risco maior de desenvolver cálculos biliares.

Dessa forma, manter uma dieta equilibrada, rica em fibras, grãos integrais, frutas e vegetais, é fundamental para prevenir a formação de pedras. Controlar também a ingestão de gorduras saturadas e colesterol é muito importante.

Optar por fontes saudáveis de gordura, como as encontradas em peixes, nozes e azeite de oliva, pode ajudar a manter a composição da bile em equilíbrio. Evite dietas muito restritivas ou perdas de peso extremamente rápidas, uma vez que isso pode desencadear a liberação excessiva de colesterol na bile.

A hidratação adequada é outra atitude que desempenha um papel relevante na prevenção. Beber água regularmente ajuda a manter a bile em um estado mais líquido, minimizando o risco de formação de cristais.

A prática regular de atividade física é um fator benéfico, visto que auxilia na regulação do peso e no funcionamento do sistema digestivo, contribuindo para a saúde da vesícula biliar.

Todas essas medidas citadas não apenas promovem a saúde da vesícula, mas também contribuem para o bem-estar geral do organismo. E, além disso, consultar um profissional de saúde para orientações específicas é sempre recomendado.

Portanto, o cálculo biliar, ou pedra na vesícula, é uma condição que demanda atenção devido à sua capacidade de causar desconforto e complicações. A prevenção por meio de medidas práticas é fundamental para reduzir o risco de formação de pedras. 

Caso sintomas como dores abdominais intensas surjam, é essencial buscar orientação médica para um diagnóstico preciso e avaliação das opções de tratamento, visando garantir o bem-estar e a qualidade de vida do paciente afetado por essa condição.

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O que é a sensação de bolo na garganta e como aliviá-la?

A sensação de bolo na garganta é uma das queixas mais frequentes das pessoas, principalmente no inverno, aquele período onde as doenças respiratórias aparecem com mais frequência por conta das temperaturas baixas.

E se tratando do aparelho respiratório, além de ser fundamental para o bom funcionamento desse sistema, a garganta é uma região que, ao menor sinal de anormalidade, merece certa atenção.

Isso porque as dores na garganta, mesmo sendo algo muito característico desta estação, pode ser um sinal de alerta de um problema um pouco mais sério, e ficar atento a esses sintomas e estar por dentro das melhores medidas é super válido.

Então conheça a partir de agora, tudo o que você precisa saber para tratar ou mesmo evitar esse transtorno.

Me acompanha?

O que é a sensação de bolo na garganta?

Para entendermos tudo corretamente, precisamos conhecer mais sobre esse assunto parte a parte, desde a sua definição, passando pelas causas até chegar aos principais cuidados para prevenção e tratamento.

Veja cada parte…

Antes de mais nada, a sensação de bolo na garganta é basicamente um desconforto muito comum que às vezes acontece conosco. Apesar de inicialmente não representar nada grave, como qualquer outra novidade em nosso corpo, precisamos ter atenção e até alguns cuidados.

Na maioria das vezes esses desconfortos são causados principalmente pelos pigarros que é uma secreção que ocorre na região das pregas vocais e que provocam certa dificuldade de respirar.

No entanto, também podem aparecer outros sintomas pontuais como as inflamações em decorrência de baixa imunidade, entre outros.

Veja só as principais causas…

Causas da sensação de bolo na garganta

Com exceção dos pigarros, que é a causa mais corriqueira, as causas podem ser inúmeras como: amigdalite, faringite, laringite, alergias, infecções gripais e até o uso excessivo da voz. 

No entanto, entre as causas mais frequentes destacam-se:

Ansiedade e estresse

Sabia que a sensação de bolo na garganta também pode ser o resultado do descontrole emocional?

Pode apostar que sim!

As emoções interferem muito em nossa saúde de uma forma geral e um dos sintomas mais comuns é justamente essa sensação de bolo na garganta.

Além do conhecido aperto no peito e as náuseas que caracterizam instabilidade emocional, a tensão muscular na região da garganta é a consequência mais presente do processo de ansiedade e estresse.

Refluxo gastroesofágico

Bastante citado quando falamos de problemas relacionados à garganta e atingindo aproximadamente ¼ da população brasileira, segundo pesquisas recentes, o refluxo gastroesofágico é uma das principais causas da sensação de bolo na garganta.

Trata-se de um retorno involuntário e às vezes repetitivo do conteúdo gasoso, líquido e sólido do estômago para o esôfago que além dessa sensação de bolo, causa ardência e dores.

Mas, isso pode ser revertido a partir de uma mudança na alimentação e na própria rotina diária, além da avaliação de um especialista.

Problemas na tireoide

Outra causa que pode ser a razão da sensação de bolo na garganta são os problemas na tireoide ou, como são mais conhecidos, o hipotireoidismo e o hipertiroidismo.

Isso porque, esses problemas que são originados pela alteração na glândula tireoide que fica localizada na região do pescoço, ocasionam desconforto nessa região em função do seu aumento.

Nos casos de suspeita de alteração da tireoide o ideal é procurar um especialista para tratar com a terapêutica adequada e inibir problemas mais graves que possam surgir no futuro.

Câncer

E por falar em algo mais grave, o câncer é considerado atualmente como um dos males do século presente, e o câncer localizado na região do pescoço ou esôfago pode ser uma das causas da sensação de bolo ao engolir.

De imediato imaginamos uma inflamação comum que é bastante natural em mudanças de temperatura, porém, o aparecimento de dores seguidas de dificuldade de engolir e a presença de rouquidão pode indicar a presença de nódulos na região do pescoço.

Neste caso, por se tratar de suspeita de câncer, o mais indicado é procurar um médico o quanto antes para a realização dos exames necessários e consequentemente prevenir essa doença, pois quanto mais cedo o diagnóstico, mais chance de reverter o quadro.

E por falar em prevenção, vamos ver as melhores maneiras de começar a tratar a sensação de bolo na garganta mesmo em casa?

Sintomas associados à sensação de bolo na garganta

Como falamos há pouco, essa sensação de bolo na garganta pode estar associada a outros sintomas como: faringite, laringite, alergias, infecções gripais e até o uso excessivo da voz.

Por esta razão que se faz necessário a procura do especialista para uma análise mais profunda.

Tratamentos e remédios caseiros para aliviar essa sensação

As formas caseiras de aliviar a sensação de bolo na garganta são bem simples e super conhecidas por todos nós.

Quem nunca ouviu alguém mais velho dizer: toma um chazinho que passa?

Todos nós, certo?

Não é um mito. Muitas das receitas caseiras que existem e que vamos lhe mostrar agora, são passadas de geração em geração e muito utilizadas antes da procura pelo especialista e isso pode contribuir muito para a recuperação.

Dentre essas alternativas caseiras, destacam-se:

  • Ingestão de água regularmente;
  • Compressa de água morna;
  • Gargarejos com água morna e sal;
  • Chá de camomila;
  • Chá de gengibre;
  • Chá de limão.

Se o seu caso for algo atípico, vale a pena experimentar algumas dessas sugestões, pois ações como esta podem ajudar a aliviar a sensação de bolo na garganta.

Quando procurar ajuda médica para a sensação de bolo na garganta?

Após usar alguma das receitas que falamos e a sensação de bolo na garganta não parar ou mesmo diminuir, o ideal é procurar imediatamente o especialista para uma avaliação mais precisa e detalhada.

Ao procurar um médico (gastroenterologista, pneumologista ou cirurgião de cabeça e pescoço), ele vai fazer alguns exames específicos para conhecer a causa real e sendo constatado o motivo, será prescrito o medicamento necessário para a recuperação.

Mas não precisa ficar preocupado. Às vezes as dores só cessam com o uso do medicamento adequado e seguindo o cronograma correto.

Quando sentimos qualquer anormalidade em nosso corpo é claro que sempre tentamos resolver com nossa experiência ou até com conselhos dos mais próximos, porém é necessário sempre procurar orientação médica.

Isso porque, assim como qualquer outro tipo de alteração, esse transtorno pode ser algo simples, mas também pode ser um alerta que não podemos deixar passar despercebido.

Não deixe a curiosidade passar e acesse.

Um abraço,

Até mais.




Acalásia: causas, sintomas e opções de tratamento

Acalásia é uma situação de saúde que pode afetar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos; por isso, é de fundamental importância ter conhecimento sobre o assunto e saber como lidar com o problema.

Descubra as causas, sintomas e opções de tratamento para a acalásia, um distúrbio do esôfago que causa dificuldade na deglutição. Leia mais aqui! 

O que é acalásia?

A acalásia é uma doença rara do sistema digestivo que afeta a capacidade do esôfago de realizar movimentos peristálticos adequados e relaxar corretamente o esfíncter esofágico inferior (EEI) durante a deglutição. 

Essa condição leva a uma série de problemas no processo de passagem dos alimentos e líquidos do esôfago para o estômago, resultando em sintomas como dificuldade para engolir (disfagia), regurgitação, dor torácica,  azia e perda de peso.

O esôfago é um órgão muscular que transporta o alimento da garganta até o estômago por meio de contrações musculares coordenadas, chamadas peristaltismo. 

No entanto, na acalásia, ocorre uma deterioração das células nervosas que controlam essas contrações, resultando em uma incapacidade do esôfago de empurrar o alimento adequadamente.

O EEI, localizado na extremidade inferior do esôfago, também não relaxa de maneira adequada durante a deglutição, impedindo dessa forma a passagem adequada do alimento para o estômago, que fica acumulado no esôfago, levando a dilatação (aumento) do órgão.

Essa doença é crônica e pode ser progressiva ao longo do tempo. 

Devido a isso, o diagnóstico e tratamento adequados são essenciais para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com a situação.

Causas da acalásia

A acalásia é dividida em primária e secundária. A primária, ou idiopática é aquela em que não se consegue identificar a sua causa. Já na secundária, a acalásia tem uma causa definida, como doenças do colágeno (doenças reumáticas) e no Brasil, principalmente, a doença de Chagas. 

Hoje vamos falar da acalásia primária.

Embora as causas exatas da doença não sejam totalmente compreendidas, os pesquisadores têm feito progressos significativos para identificar os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição.

Uma das principais teorias sobre as causas da acalásia envolve problemas no sistema nervoso. 

Acredita-se que uma desordem autoimune possa estar associada à degeneração dos nervos que controlam os movimentos peristálticos do esôfago e a abertura e fechamento do esfíncter esofágico inferior.

Além disso, estudos sugerem uma possível predisposição genética, o que significa que a doença pode ser herdada de um membro da família afetado.

Outra hipótese é que infecções virais ou bacterianas, como o vírus herpes simplex, possam desencadear uma resposta autoimune que resulte na deterioração dos nervos envolvidos na função esofágica.

Por outro lado, alguns pesquisadores também sugerem que certos fatores ambientais, como exposição a substâncias tóxicas ou poluentes, podem desempenhar um papel na manifestação da doença.

Embora o conhecimento sobre as causas da acalásia tenha avançado, ainda há muito a ser descoberto.

A pesquisa contínua nessa área tem sido fundamental para aprimorar os tratamentos existentes e ajudar a prevenir o desenvolvimento dessa condição debilitante.

Sintomas da acalásia

A acalásia pode causar diversos sintomas desconfortáveis sendo os principais:

Disfagia

A dificuldade em engolir é um dos sintomas mais comuns da doença.

Pacientes podem sentir que os alimentos ou líquidos ficam presos no meio do peito, além da sensação de dificuldade em conduzi-los até o estômago.  

Isso pode levar a engasgos frequentes e uma sensação persistente de obstrução na garganta.

Regurgitação

A regurgitação é uma das características mais comuns de quem lida com a condição, e ocorre quando o conteúdo do esôfago, que está acumulado, retrocede até a boca, gerando um sabor amargo ou ácido. 

Esse refluxo pode ser inconveniente e desagradável, podendo ocorrer especialmente após as refeições.

Dor torácica

Muitos pacientes relatam dor no peito, que pode ser leve ou intensa, e costuma ser sentida logo após as refeições ou durante a ingestão de líquidos.

Perda de peso

Como a dificuldade de engolir pode levar a uma ingestão alimentar reduzida, alguns pacientes experimentam perda de peso significativa e necessitam de atenção nutricional para gerir a situação da perda exagerada.

Sensação de saciedade constante

A sensação de que o alimento fica preso no esôfago pode levar a uma sensação de plenitude constante, mesmo após pequenas refeições, o que pode acarretar a perda de peso do paciente, que deixa de se alimentar adequadamente por causa desse sintoma.

Tosse e pneumonias frequentes

A regurgitação do conteúdo do esôfago pode levar à aspiração de alimentos ou líquidos para os pulmões, resultando em tosse crônica ou pneumonias recorrentes.

Embora não seja um sintoma frequente ou que aparece com exatidão em todos os casos, deve ser levado em consideração já que sua ocorrência não é descartada.

É importante destacar que a acalásia é uma condição que requer atenção médica adequada. 

Os sintomas podem piorar ao longo do tempo, causando impactos significativos na qualidade de vida do paciente. 

Portanto, se alguém apresentar esses sintomas persistentemente, é fundamental buscar orientação de um profissional de saúde para um diagnóstico adequado e tratamento apropriado.

Opções de tratamento para a acalásia

O tratamento da acalásia visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. 

Existem diversas opções terapêuticas disponíveis, cada uma com suas vantagens e limitações, e a escolha do tratamento mais adequado dependerá do perfil e condições individuais do paciente.

Uma das opções é a dilatação esofágica, um procedimento minimamente invasivo realizado através de endoscopia. 

Nesse método, um balão é inflado no esôfago para esticar e alargar a região estreitada, permitindo melhor fluxo de alimentos. 

Outra alternativa é a injeção de toxina botulínica no esfíncter esofágico inferior, que temporariamente relaxa o músculo, facilitando a deglutição.

A miotomia cirúrgica laparoscópica é uma opção mais definitiva, na qual o esfíncter é cortado ou parcialmente removido, melhorando o esvaziamento do esôfago. 

Essa intervenção apresenta bons resultados a longo prazo, mas também envolve riscos cirúrgicos.

Recentemente, surgiu uma abordagem endoscópica inovadora chamada de POEM (Myotomy Endoscópico da Camada Submucosa), em que um túnel é criado na parede esofágica para alcançar o esfíncter e realizar a miotomia, com menor impacto no paciente e recuperação mais rápida.

Em casos de risco cirúrgico elevado, a terapia farmacológica pode ser considerada para reduzir os sintomas e melhorar a passagem de alimentos. 

O uso de bloqueadores de canal de cálcio e nitratos pode ajudar a relaxar o esfíncter esofágico inferior.

Cabe ressaltar que a escolha do tratamento será determinada pela gravidade da doença, condição de saúde geral do paciente e preferências individuais, por isso, é fundamental que o médico avalie cada caso de forma personalizada para garantir o melhor resultado possível. 

É importante, também, que o paciente siga o acompanhamento médico adequado para monitorar a progressão da doença e ajustar a abordagem terapêutica conforme necessário.

Como lidar com a dificuldade na deglutição causada pela acalásia?

Lidar com a dificuldade na deglutição causada pela acalásia pode ser desafiador, mas existem algumas estratégias que podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. 

É importante ressaltar que essas não substituem a orientação e acompanhamento médico adequado. Sempre consulte um profissional de saúde para obter um diagnóstico correto e um plano de tratamento personalizado. 

Aqui estão algumas dicas que podem ser úteis:

Mudanças na alimentação

Comer pequenas porções de alimentos e mastigá-los bem pode ajudar a facilitar a deglutição.

Opte por alimentos macios e fáceis de engolir, evitando aqueles que possam causar obstrução, como alimentos secos ou muito fibrosos.

Beba líquidos

Beber líquidos durante as refeições pode ajudar a empurrar os alimentos para baixo e reduzir a sensação de bloqueio no esôfago.

Postura adequada

Mantenha-se em uma posição vertical durante e após as refeições, pois isso pode facilitar a passagem do alimento pelo esôfago.

Evite comer antes de dormir

Tente fazer suas refeições com um intervalo adequado antes de ir para a cama para evitar que o alimento fique preso no esôfago durante o sono.

Elevação da cabeceira da cama

Se a acalásia causa sintomas noturnos, elevar a cabeceira da cama pode ajudar a reduzir o refluxo ácido e aliviar a sensação de obstrução.

Lembre-se sempre de seguir as recomendações do seu médico e informá-lo sobre quaisquer mudanças nos sintomas ou novos problemas que possam surgir. 

Em suma, embora a acalásia possa ser um desafio tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, a esperança reside nas abordagens terapêuticas atuais e futuras, bem como na conscientização sobre a doença e seu diagnóstico precoce. 

Com esforços contínuos na pesquisa médica e cuidados adequados como estes que você encontrou aqui, podemos proporcionar uma melhor qualidade de vida e um futuro mais tranquilo para aqueles que enfrentam os desafios da doença.

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