Saiba tudo sobre a intoxicação alimentar: causas e prevenção.

Esse é um problema que pode afetar qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Desde refeições caseiras até refeições em restaurantes renomados, ninguém está imune a essa condição desagradável. 

Neste artigo, vamos explorar as principais causas da intoxicação alimentar, bem como dicas de prevenção para evitar esse transtorno.

Causas comuns de intoxicação alimentar

As bactérias e vírus são alguns dos principais culpados por desencadear episódios de intoxicação por alimentos.

Entre os mais conhecidos estão a Salmonella, a Escherichia coli (E. coli),  norovírus e o rotavirus.

Esses microrganismos podem contaminar os alimentos em várias etapas, desde o cultivo até o consumo final.

Salmonella

Presente principalmente em alimentos de origem animal, como carne crua, aves, ovos e laticínios não pasteurizados, a Salmonella é uma das principais causas do problema.

Ela pode ser transmitida para os alimentos durante a produção agrícola, processamento ou até mesmo no manuseio inadequado em cozinhas.

E. coli

Certas cepas de Escherichia coli, em particular a E. coli O157:H7, são conhecidas por causar doenças gastrointestinais graves. 

O contato com carne crua contaminada, água não tratada e produtos lácteos não pasteurizados são algumas das principais vias de infecção.

Norovírus e rotavirus

Este vírus altamente contagioso pode se espalhar rapidamente em ambientes onde há manipulação de alimentos. 

Pode ser transmitido através da ingestão de alimentos ou água contaminados, contato direto com superfícies ou objetos infectados e até mesmo pelo ar, quando uma pessoa infectada espirra ou tosse perto dos alimentos.

O manuseio inadequado de alimentos é outra causa a ser citada. A falta de higiene durante o preparo e o consumo de alimentos pode resultar na transferência de germes prejudiciais para os alimentos, aumentando o risco de contaminação. 

Muitas vezes, negligenciamos a importância de lavar as mãos corretamente antes de manipular alimentos. A falta de uma lavagem completa e adequada das mãos pode resultar na transferência de bactérias e vírus para os alimentos, contaminando-os e causando intoxicação.

Já a contaminação cruzada ocorre quando os alimentos crus entram em contato com alimentos prontos para consumo ou superfícies de preparação. 

Por exemplo, cortar legumes em uma tábua, que foi usada para cortar carne crua sem limpar adequadamente, pode transferir bactérias da carne para os vegetais, aumentando o risco de gerar intoxicação.

Armazenar alimentos em temperaturas inadequadas é outra causa importante para ser lembrada.

O armazenamento inadequado pode criar um ambiente propício para o crescimento de bactérias, especialmente em produtos perecíveis como carne, laticínios e ovos.

Deixar alimentos perecíveis fora da geladeira por longos períodos ou armazená-los em temperaturas inadequadas pode permitir que as bactérias se multipliquem rapidamente, aumentando o risco de intoxicação alimentar quando esses alimentos são consumidos. 

É importante manter a geladeira a uma temperatura abaixo de 4 °C e garantir que os alimentos quentes sejam mantidos a uma temperatura acima de 60 °C para evitar o crescimento bacteriano.

Sintomas de intoxicação alimentar 

A intoxicação alimentar pode manifestar uma variedade de sintomas que podem variar em intensidade e duração, dependendo do agente causador, da quantidade ingerida e da saúde geral do indivíduo. 

Alguns dos sintomas incluem:

Náuseas e vômitos

Estes são frequentemente os primeiros sintomas a se manifestarem após a ingestão de alimentos contaminados. 

A sensação de náusea pode ser acompanhada por episódios frequentes de vômito, conforme o corpo tenta se livrar do agente causador da intoxicação.

Diarreia

Geralmente, se desenvolve algumas horas após a ingestão de alimentos contaminados. 

Pode variar em gravidade, indo desde fezes aquosas até diarreia sanguinolenta, dependendo da causa da intoxicação.

Dor abdominal

Muitas pessoas experimentam dor abdominal intensa e cólicas como resultado da intoxicação. 

Pode ser localizada em uma área específica do abdômen ou pode ser difusa.

Febre

A febre é uma resposta natural do corpo a uma infecção e pode acompanhar a intoxicação, especialmente quando a causa é uma bactéria ou vírus. 

Desidratação

A perda de líquidos devido à diarreia e vômitos pode levar à desidratação, especialmente em casos graves de intoxicação por alimentos. 

Os sintomas de desidratação incluem boca seca, diminuição da produção de urina, tonturas, fraqueza e fadiga.

Em casos mais graves, podem ocorrer complicações sérias, como insuficiência renal, que é uma condição potencialmente fatal que requer tratamento médico imediato, ou abranger danos ao sistema nervoso, problemas cardíacos e problemas respiratórios.

Medidas preventivas para a intoxicação alimentar

Prevenir a intoxicação alimentar é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar.

Existem várias medidas que podem ser adotadas para minimizar o risco de contaminação e garantir a segurança dos alimentos, como:

  • Lavar as mãos adequadamente;
  • Higienizar superfícies e utensílios;
  • Separar alimentos crus e cozidos;
  • Cozinhar os alimentos adequadamente;
  • Armazene os alimentos corretamente;
  • Lave frutas e vegetais.

Dicas de segurança alimentar para cozinhar em casa

Cozinhar em casa é uma prática que oferece controle total sobre os ingredientes e métodos de preparação dos alimentos, mas é fundamental garantir a segurança alimentar durante todo o processo. 

Uma das primeiras precauções a serem tomadas é manter as superfícies de trabalho limpas e desinfetadas, especialmente antes e após manipular alimentos. 

Além disso, é importante lavar bem os produtos frescos, como frutas e vegetais, para remover sujeira, resíduos de pesticidas e microrganismos potencialmente prejudiciais.

Ao lidar com alimentos crus, como carne, aves, peixe e ovos, é essencial tomar precauções extras para evitar a contaminação cruzada. 

Fora isso, é necessário descongelar alimentos congelados de forma segura, seja na geladeira, em água fria ou no micro-ondas, evitando descongelá-los em temperatura ambiente para evitar o crescimento bacteriano.

Após o cozimento dos alimentos, é crucial resfriá-los rapidamente para evitar a proliferação de bactérias e, ao armazenar alimentos cozidos na geladeira, certifique-se de que a temperatura esteja ajustada corretamente (abaixo de 4°C) e verifique regularmente com um termômetro.

Seguindo estas dicas de segurança alimentar enquanto cozinha em casa, é possível reduzir significativamente o risco de intoxicação e garantir refeições seguras e saudáveis para você e sua família. 

Quando a procura por atendimento médico é recomendada?

Quando se trata de intoxicação por alimentos, é crucial saber quando procurar atendimento médico. 

Embora muitos casos sejam leves e possam ser tratados em casa, existem situações em que a assistência médica é necessária. 

Se os sintomas forem graves, persistentes ou piorarem com o tempo, é hora de buscar ajuda médica. 

Grupos de risco, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com sistema imunológico enfraquecido, devem procurar ajuda médica se apresentarem quaisquer sintomas de intoxicação.

Além disso, se houver sinais de complicações graves, como convulsões, confusão mental, problemas respiratórios ou neurológicos, é essencial procurar assistência médica imediata. 

Complicações como insuficiência renal, problemas cardíacos ou danos ao sistema nervoso exigem atenção médica urgente.

Confie no seu instinto e não hesite em buscar ajuda médica se estiver preocupado com a gravidade dos sintomas. O tratamento médico oportuno pode prevenir complicações sérias e promover uma recuperação mais rápida e segura. 

Lembre-se sempre: é melhor ser cauteloso e buscar ajuda quando necessário do que arriscar complicações graves.

A intoxicação por alimentos é uma condição desagradável, mas muitas vezes evitável. Ao seguir boas práticas de higiene, armazenamento e preparação de alimentos, você pode reduzir significativamente o risco de intoxicação e desfrutar de refeições seguras e saudáveis em casa e fora dela. 

Não esqueça da importância de lavar as mãos, cozinhar completamente os alimentos e armazenar adequadamente os produtos perecíveis. Sua saúde vale a precaução!

Imagem de Freepik




Sangue nas fezes: conheça as causas e quando procurar ajuda médica

Perceber a ocorrência desse problema pode ser uma experiência alarmante e preocupante para muitas pessoas. Por isso, é importante entender as causas de sangue nas fezes e saber quando é necessário intervenção de um profissional da saúde. 

Você já notou sangue nas fezes? Neste artigo, exploraremos as causas e quando você deve buscar ajuda médica.

Causas comuns de sangue nas fezes

Conhecido tecnicamente como hemorragia digestiva baixa, essa situação pode ser um sintoma multifacetado que reflete uma variedade de condições médicas subjacentes. 

Entre as causas mais frequentemente observadas está o desenvolvimento de hemorroidas. 

Essas veias dilatadas e inflamadas na região anal podem se romper, resultando em sangramento que é muitas vezes notado durante ou após a evacuação.

Além das hemorroidas, fissuras anais também podem ser culpadas. 

Estas são pequenas lacerações ou cortes na pele que reveste o canal anal, muitas vezes causadas por evacuações excessivamente endurecidas  ou traumáticas.

O sangramento associado a fissuras anais é geralmente percebido como vermelho vivo e pode ocorrer tanto durante quanto após a evacuação, em geral, com dor associada.

Doenças inflamatórias intestinais, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn, também são causas comuns. Nessas condições, o revestimento do trato gastrointestinal torna-se inflamado e ulcerado, resultando em sangramento que pode ser misturado nas fezes ou aparecer como manchas vermelhas distintas.

Outras causas incluem a presença de pólipos colorretais, crescimentos anormais na parede do cólon ou reto que podem sangrar quando irritados ou feridos.

O câncer de cólon, embora menos comum, também pode se manifestar como sangramento nas fezes, muitas vezes acompanhado por outros sintomas como mudanças no hábito intestinal, dor abdominal e perda de peso inexplicada.

Por outro lado, hemorragias gastrointestinais superiores, como úlceras pépticas no estômago ou no duodeno e varizes esofágicas (veias dilatadas no esôfago), também podem resultar na ocorrência do problema. 

Nestes casos, o sangramento pode aparecer na forma de fezes escuras e fétidas, conhecidas como melena, devido à digestão parcial do sangue no trato gastrointestinal superior.

Diagnosticar a causa subjacente do sangue nas fezes

Diagnosticar a causa subjacente do sangramento nas fezes é um processo abrangente que geralmente envolve uma avaliação médica minuciosa e uma variedade de testes diagnósticos. 

O médico iniciará o processo de diagnóstico realizando uma história clínica detalhada, durante a qual ele ou ela pode perguntar sobre a frequência e a quantidade de sangue, a presença de outros sintomas associados, como dor abdominal, alterações no hábito intestinal ou perda de peso inexplicada, e o histórico médico do paciente.

Após a entrevista inicial, o médico realizará um exame físico completo, incluindo um exame anal e retal, para avaliar a presença de hemorroidas, fissuras anais ou outras anormalidades no reto e no ânus. 

Dependendo dos achados clínicos e da suspeita do médico, uma série de testes diagnósticos pode ser solicitada.

Exames de sangue podem ser realizados para avaliar a contagem de células sanguíneas, a função hepática e os níveis de ferro, que podem fornecer pistas sobre a causa do sangramento gastrointestinal. 

Além disso, testes específicos, como o teste de sangue oculto nas fezes, podem ser usados para detectar a presença de sangue que não é visível a olho nu.

Para uma avaliação mais detalhada do cólon e do reto, o médico pode recomendar uma colonoscopia ou sigmoidoscopia. 

Durante esses procedimentos, um tubo flexível com uma pequena câmera na ponta é inserido no reto para examinar o interior do cólon e identificar quaisquer anormalidades, como pólipos, inflamação ou tumores.

Para avaliar o trato gastrointestinal superior, como o esôfago, estômago e duodeno, uma endoscopia pode ser realizada. 

Este procedimento envolve a passagem de um endoscópio flexível pela garganta até o trato gastrointestinal superior para visualizar o revestimento interno e identificar possíveis fontes de sangramento, como úlceras ou varizes.

Em alguns casos, uma tomografia computadorizada (TC) ou outros exames de imagem podem ser solicitados para fornecer uma visão mais abrangente do trato gastrointestinal e ajudar a identificar qualquer anormalidade estrutural que possa estar causando o sangramento.

No geral, o diagnóstico da causa subjacente do problema é um processo que requer uma abordagem abrangente e colaborativa entre médico e paciente. 

O objetivo é identificar a condição específica responsável pelo sintoma para que o tratamento adequado possa ser iniciado.

Medidas preventivas para reduzir o risco de sangue nas fezes

Existem diversas medidas preventivas que podem ser adotadas para reduzir o risco de sangramento nas fezes e promover a saúde intestinal. 

Embora nem todas as causas desse sintoma sejam passíveis de prevenção, é possível tomar algumas providências para minimizar o risco e manter o trato gastrointestinal saudável.

Uma das principais medidas preventivas é manter uma dieta equilibrada e rica em fibras. 

Alimentos como frutas, vegetais, grãos integrais e legumes são excelentes fontes de fibras, que ajudam a promover a saúde digestiva, facilitam a passagem das fezes e reduzem o risco de constipação

Uma dieta pobre em fibras pode contribuir para a formação de fezes endurecidas, aumentando assim a probabilidade de irritação do revestimento do cólon e do reto, o que pode levar ao sangramento.

É essencial manter-se adequadamente hidratado, bebendo bastante água ao longo do dia. 

A ingestão adequada de líquidos ajuda a amolecer as fezes, facilitando sua passagem pelo trato gastrointestinal e reduzindo o risco de constipação e esforço durante a evacuação.

Evitar esforços excessivos durante a evacuação também é importante para prevenir o sangramento. Forçar demais durante a defecação pode aumentar a pressão sobre as veias no reto e no ânus, aumentando assim o risco de hemorroidas ou fissuras anais.

Portanto, é fundamental adotar uma postura relaxada durante o ato de evacuar e não prolongar o tempo no banheiro.

Fora essas medidas de estilo de vida, a realização de exames de triagem regular para câncer de cólon é uma estratégia preventiva necessária. 

A detecção precoce e o tratamento oportuno de pólipos colorretais ou outras alterações pré- cancerígenas podem ajudar a prevenir o desenvolvimento de câncer de cólon e reduzir o risco de sangramento associado a essa condição.

Quando procurar ajuda médica para sangue nas fezes?

É fundamental entender quando procurar ajuda médica para uma avaliação completa e um tratamento adequado. Existem certos sinais e sintomas que indicam a necessidade de assistência médica imediata.

Se você notar sangue nas fezes e estiver acompanhado por outros sintomas preocupantes, como dor abdominal intensa, perda de peso inexplicada, fezes escuras e alcatroadas (melena), tontura ou desmaio, é preciso procurar ajuda médica imediatamente. 

Esses sintomas podem indicar uma condição mais grave, como hemorragia gastrointestinal significativa, úlcera péptica ou câncer colorretal, que requer intervenção médica urgente.

Se o sangramento persistir por mais de alguns dias ou se tornar frequente, é importante não adiar a consulta médica, pois pode ser um sinal de uma condição subjacente que requer investigação e tratamento adequados, como doença inflamatória intestinal, pólipos colorretais ou câncer de cólon.

É fundamental ressaltar que o problema nunca deve ser ignorado ou subestimado, mesmo que seja leve ou intermitente. 

Se você notar qualquer mudança em suas fezes, incluindo a presença de sangue, é importante procurar avaliação médica para determinar a causa e receber orientações adequadas.

O sangue nas fezes pode ser um sintoma de várias condições médicas. É crucial não ignorar essa situação e procurar assistência médica adequada para uma avaliação completa. 

Com um diagnóstico precoce e tratamento adequado, muitas das condições subjacentes podem ser gerenciadas com sucesso. Lembre-se sempre de que a detecção precoce é fundamental para um melhor prognóstico!

Imagem de benzoix no Freepik




Compreendendo a incontinência fecal: causas, sintomas e tratamentos

A incontinência fecal ocorre quando há perda involuntária de fezes. Conheça as causas, sintomas e tratamentos neste post completo.

Vamos explorar o que é a incontinência fecal, suas possíveis causas e sintomas, bem como as opções de tratamento disponíveis. É importante abordar essa questão de forma aberta e informada para garantir que você procure sempre o melhor cuidado e suporte.

O que é incontinência fecal?

A incontinência fecal é uma condição debilitante que envolve a perda involuntária do controle sobre as evacuações intestinais, levando à liberação imprevisível e não intencional de fezes.

Esta condição pode variar de pequenos episódios de escape fecal a perdas mais graves e frequentes, impactando significativamente a qualidade de vida e o bem-estar emocional dos afetados.

As causas subjacentes podem ser variadas, incluindo disfunções musculares, danos nos nervos, problemas anatômicos no reto ou ânus, bem como condições médicas subjacentes como doença de Crohn, colite ulcerativa, ou até mesmo o envelhecimento natural do corpo.

Além disso, é importante destacar que a incontinência fecal não é exclusiva de uma determinada faixa etária. 

Embora seja mais comum em idosos devido a fatores como fraqueza muscular, condições de saúde crônicas e uso de medicamentos, também pode afetar jovens e adultos de todas as idades.

As consequências dessa condição vão além do aspecto físico, pois também podem causar impacto emocional significativo, levando a sentimentos de vergonha, isolamento social e até depressão. 

Causas e sintomas da incontinência fecal

A incontinência fecal pode ser causada por uma variedade de fatores que afetam o funcionamento normal do sistema digestivo e os mecanismos de controle das evacuações intestinais. 

Entre as principais causas estão disfunções musculares e nervosas, danos anatômicos no reto ou ânus, bem como condições médicas subjacentes que afetam o trato gastrointestinal.

Uma das causas mais comuns dessa condição é a fraqueza ou lesão nos músculos do esfíncter anal, responsáveis por controlar a liberação das fezes. 

Essa fraqueza pode ser resultado de lesões durante o parto, cirurgias pélvicas, trauma físico ou até mesmo o processo natural de envelhecimento, que pode levar à perda de tônus muscular.

Além disso, danos nos nervos que controlam a função intestinal podem causar esse problema de saúde. 

Esses danos podem ser causados por condições como diabetes, esclerose múltipla, lesões na medula espinhal ou acidentes vasculares cerebrais (AVCs). 

Quando os nervos que regulam as contrações musculares do intestino ou as sensações no reto e ânus estão comprometidos, o controle sobre a evacuação fecal pode ser prejudicado.

Problemas anatômicos no reto ou ânus também podem contribuir para agravar a situação. Isso pode incluir condições como prolapso retal, fissuras anais, hemorróidas avançadas ou lesões traumáticas. 

Esses problemas podem interferir na capacidade do corpo de reter adequadamente as fezes e controlar as evacuações.

Além das causas físicas, certas condições médicas subjacentes podem aumentar o risco de ocorrer o problema da incontinência. Entre elas estão doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e colite ulcerativa, síndrome do intestino irritável, tumores no trato gastrointestinal, distúrbios neurológicos e até mesmo certos tipos de infecções.

Em relação aos sintomas, a doença pode se manifestar de diferentes maneiras, variando de leve a grave. 

Os sintomas comuns incluem escapes fecais involuntários, urgência em evacuar, dificuldade em controlar as evacuações, sensação de evacuação incompleta, bem como vazamentos de gases associados.

Esses sintomas podem ter um impacto significativo na qualidade de vida e no bem-estar emocional dos indivíduos afetados, levando a constrangimento, isolamento social, ansiedade e até depressão. 

É importante reconhecê-los e procurar ajuda médica adequada para identificar as causas implícitas e iniciar o tratamento apropriado.

Diagnóstico da incontinência fecal 

O diagnóstico da incontinência fecal requer uma abordagem abrangente e detalhada, pois envolve a avaliação cuidadosa dos sintomas relatados pelo paciente, bem como a investigação das possíveis causas subjacentes à condição. 

Para isso, os profissionais de saúde utilizam uma combinação de histórico médico completo, exame físico, testes especializados e, em alguns casos, procedimentos específicos.

O primeiro passo no diagnóstico da doença é a realização de uma entrevista detalhada com o paciente para entender a natureza dos sintomas, sua frequência, gravidade e quaisquer fatores desencadeantes. 

Isso pode incluir perguntas sobre a dieta, padrões de evacuação intestinal, histórico médico prévio, cirurgias abdominais ou pélvicas, bem como medicamentos em uso.

Após a avaliação inicial, o médico pode realizar um exame físico completo, incluindo um exame digital retal para avaliar a função muscular do ânus e do reto, bem como a presença de qualquer anormalidade física, como prolapso retal, fissuras anais ou hemorroidas.

Além disso, podem ser solicitados testes especializados para ajudar a diagnosticar a causa por trás do problema da incontinência, como exames de imagem, ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), para avaliar a estrutura do trato gastrointestinal e identificar possíveis anormalidades anatômicas.

Outros testes, como manometria anorretal, que mede a pressão e a função muscular do esfíncter anal, e estudos de eletromiografia, que avaliam a atividade elétrica dos músculos do reto e ânus, também podem ser realizados para ajudar a determinar a causa da incontinência fecal.

Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames de laboratório, como exames de fezes para descartar infecções gastrointestinais ou testes de função tireoidiana, se houver suspeita de distúrbios endócrinos que possam contribuir para a incontinência fecal.

Por fim, em alguns casos mais complexos ou graves, pode ser necessário que sejam feitos procedimentos mais invasivos, como colonoscopia ou sigmoidoscopia, para avaliar diretamente o interior do cólon e identificar possíveis anormalidades, como tumores ou inflamação.

Tratamentos médicos para incontinência fecal

Existem diversas opções de tratamento médico disponíveis para ajudar a gerenciar a incontinência fecal e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

O tratamento adequado depende da gravidade dos sintomas, das causas da condição e das preferências individuais do paciente. 

Abaixo estão algumas das opções de tratamento médico mais comuns:

– Terapia comportamental para modificação dos hábitos intestinais e a adoção de técnicas para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, como exercícios de Kegel, treinamento de biofeedback ou terapia de reabilitação do assoalho pélvico, realizados sob a orientação de um fisioterapeuta especializado.

– Medicamentos, como antidiarreicos para reduzir a frequência das evacuações intestinais, agentes de volume para tornar as fezes mais consistentes e facilitar o controle, ou medicamentos para tratar condições médicas subjacentes que possam estar contribuindo para a incontinência fecal, como infecções intestinais ou distúrbios neurológicos.

– Dispositivos médicos podem ser utilizados para ajudar a gerenciar a situação, como contenção, como almofadas ou fraldas absorventes, para proteger contra vazamentos e garantir conforto e dignidade ao paciente. Também existem dispositivos internos, como esfíncteres artificiais, que podem ser utilizados para ajudar a restaurar o controle sobre as evacuações.

– Injeções de toxina botulínica em casos selecionados, a injeção de toxina botulínica no músculo esfíncter anal pode ajudar a relaxar os músculos e reduzir a urgência e a frequência das evacuações fecais.

– Cirurgia: Em casos graves ou refratários aos tratamentos conservadores, a cirurgia pode ser uma opção. 

É importante ressaltar que o tratamento da condição deve ser individualizado e adaptado às necessidades específicas de cada paciente. O acompanhamento regular com um médico especializado monitora a eficácia do tratamento e ajusta conforme necessário. 

Portanto, a incontinência fecal pode prejudicar a qualidade de vida, mas com tratamento adequado é possível melhorar os sintomas e recuperar o bem-estar. 

A abordagem multidisciplinar, aliada ao suporte contínuo dos profissionais de saúde, é fundamental para os pacientes enfrentarem esse desafio e retomar suas atividades diárias com mais conforto e confiança.

Imagem de jcomp no Freepik




Gastroenterite: um guia completo para lidar com essa doença comum

A gastroenterite é uma condição comum que afeta muitas pessoas em todo o mundo. Ela é caracterizada por inflamação do trato gastrointestinal, causando sintomas desagradáveis. Embora geralmente seja uma doença leve e autolimitada, ela pode ser desconfortável e debilitante, especialmente em casos mais graves.

Neste guia completo, abordaremos tudo o que você precisa saber para lidar com a gastroenterite da maneira correta. Leia o post completo agora mesmo!

O que é gastroenterite?

Esta é uma condição inflamatória que afeta o trato gastrointestinal, incluindo o estômago e o intestino delgado. Ela é comumente conhecida como “infecção estomacal” ou “intoxicação alimentar”. 

Esta condição pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo vírus, bactérias ou parasitas, bem como pela ingestão de alimentos ou água contaminados com toxinas.

Quando alguém desenvolve esse problema, os tecidos do trato gastrointestinal tornam-se inflamados , levando a sintomas como náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e, por vezes, febre. 

Os sintomas podem variar de leves a graves, dependendo da causa subjacente da gastroenterite e da saúde geral do indivíduo afetado.

É importante compreender que a doença em questão não é uma condição única, mas sim um termo genérico usado para descrever a inflamação do trato gastrointestinal. 

Existem diferentes tipos de gastroenterite, cada um com suas próprias causas específicas. 

Nos próximos tópicos, exploraremos mais detalhadamente as causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção da doença.

Causas da gastroenterite 

As causas dessa condição podem variar, mas estão geralmente relacionadas à presença de agentes infecciosos no trato gastrointestinal. 

Os principais agentes causadores incluem vírus, bactérias e parasitas. Aqui estão algumas das causas mais comuns:

Vírus

Os vírus são uma das principais causas, especialmente em casos de gastroenterite viral.

O norovírus e o rotavírus são os vírus mais comuns associados a esse tipo de problema.

Eles são altamente contagiosos e podem se espalhar facilmente de pessoa para pessoa, através do contato direto ou pelo consumo de alimentos, ou água contaminados.

Bactérias

Diversas bactérias podem desencadear gastroenterite bacteriana. 

Entre as mais comuns estão a Salmonella, Escherichia coli (E. coli), Campylobacter e Shigella. 

A contaminação alimentar é uma das principais formas de transmissão dessas bactérias, ocorrendo quando os alimentos são manipulados ou armazenados de forma inadequada.

Parasitas

Alguns parasitas podem causar esta doença quando são ingeridos. 

A Giardia lamblia e o Cryptosporidium são exemplos de parasitas que podem contaminar a água potável e causar infecções intestinais.

Além disso, a condição também pode ser desencadeada por outras causas, como intoxicação alimentar devido à ingestão de alimentos contaminados por toxinas bacterianas, alergias alimentares, medicamentos, toxinas ambientais ou reações adversas a certos alimentos.

É importante notar que este problema pode ocorrer em qualquer pessoa, independentemente da idade ou condição de saúde, embora crianças pequenas, idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido sejam mais suscetíveis a complicações graves. 

Entender as causas é fundamental para prevenir a doença e tomar as medidas adequadas para tratá-la quando necessário. 

Sintomas da gastroenterite 

Os sintomas podem variar em intensidade e duração, dependendo da causa subjacente da doença e das características individuais. 

Aqui estão os sintomas mais comuns associados à doença:

Náuseas e vômitos

A sensação de náusea, muitas vezes seguida de vômitos, é um dos sintomas mais característicos da condição. 

Esses sintomas podem ocorrer devido à irritação do revestimento do estômago e do intestino delgado.

Diarreia

A diarreia é outra manifestação comum do problema.

Ela geralmente se apresenta como fezes líquidas e frequentes, podendo ser acompanhada por cólicas abdominais.

Dor abdominal

Muitas pessoas com gastroenterite relatam ter dor abdominal, que pode variar de leve a intensa. 

Essa dor é geralmente descrita como cólicas ou uma sensação de desconforto na região do estômago.

Febre

Em alguns casos, a condição pode causar febre, especialmente se for causada por uma infecção bacteriana. 

A febre é uma resposta do corpo à presença de agentes infecciosos, e pode variar em intensidade.

Desidratação

A perda excessiva de líquidos devido à diarreia e aos vômitos pode levar à desidratação, especialmente em casos mais graves. 

Os sinais de desidratação incluem boca seca, urina escura e diminuição da produção de urina.

Fraqueza e fadiga

A condição pode causar fraqueza e fadiga devido à perda de líquidos e nutrientes essenciais. Esses sintomas podem afetar a capacidade da pessoa de realizar atividades diárias normais.

É importante notar que nem todas as pessoas com a doença apresentarão todos esses sintomas, e a gravidade dos sintomas pode variar de pessoa para pessoa. 

Em geral, os sintomas costumam durar alguns dias e desaparecem geralmente por conta própria. 

No entanto, em casos de sintomas graves ou persistentes, é importante procurar orientação médica para receber tratamento adequado e prevenir complicações. 

Diagnóstico e tratamento da gastroenterite

O diagnóstico da condição é geralmente  feito com base nos sintomas exame físico e em  casos específicos exames laboratoriais, como análise de fezes e testes de sangue. 

O tratamento inclui hidratação adequada, repouso e, em alguns casos, medicamentos para controlar náuseas, vômitos e diarreia. 

Antibióticos podem ser prescritos se a doença for causada por uma infecção bacteriana, mas seu uso é criterioso devido ao risco de resistência bacteriana, e deve ser sempre indicada por um especialista.

Nos casos graves, a hospitalização pode ser necessária, especialmente em crianças pequenas, idosos ou pessoas com sistema imunológico enfraquecido. 

É fundamental seguir as orientações médicas e procurar ajuda se os sintomas persistirem ou piorarem. 

Dicas de prevenção para gastroenterite

Prevenir a doença envolve práticas simples, mas importantes, para evitar a contaminação por agentes infecciosos. 

Veja algumas dicas úteis para prevenir a condição:

– Lave as mãos regularmente com água e sabão, especialmente antes de preparar alimentos, antes de comer, após usar o banheiro e após cuidar de alguém doente.

– Lave bem os alimentos crus e cozinhe os alimentos completamente, especialmente carnes, aves e frutos do mar. Evite cruzamento entre alimentos crus e cozidos para evitar contaminação cruzada.

– Consuma água potável segura e evite beber água de fontes desconhecidas ou não tratadas. 

– Limpe e desinfete superfícies que entram em contato com alimentos.

Seguindo essas dicas simples, você pode reduzir significativamente o risco de contrair a doença e proteger a saúde sua e de sua família. 

No entanto, caso você desenvolva os sintomas, é importante procurar orientação médica para receber tratamento adequado e prevenir a propagação da doença para outras pessoas.

Quando procurar ajuda médica para gastroenterite?

Quando se trata desse problema, saber quando procurar ajuda médica é essencial para garantir uma recuperação rápida e evitar complicações. 

Existem algumas situações em que é importante buscar orientação médica imediatamente.

Uma delas é a desidratação. Esse quadro é especialmente preocupante em crianças pequenas e idosos, cujos corpos podem ter dificuldade em repor os líquidos perdidos.

Além disso, se os sintomas forem graves, como febre alta, presença de sangue nas fezes, vômitos persistentes, dores abdominais intensas ou fraqueza extrema, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente. 

Esses sinais podem indicar complicações sérias que requerem avaliação e tratamento especializado.

Se os sintomas persistirem por vários dias sem melhora, ou piorarem com o tempo, também é aconselhável procurar orientação médica para garantir uma abordagem adequada à situação. 

Isso é especialmente importante para pessoas em grupos de risco, como aquelas com sistema imunológico enfraquecido, crianças pequenas e idosos, bem como indivíduos com condições médicas subjacentes.

Estar ciente dos sinais de alerta e saber quando procurar ajuda médica são passos essenciais no manejo da gastroenterite. 

Este guia abordou desde as causas e sintomas até o diagnóstico, tratamento e prevenção da doença. Ao adotar medidas preventivas e buscar orientação médica quando necessário, você pode reduzir significativamente o impacto da gastroenterite em sua saúde e bem-estar.

Imagem de storyset no Freepik




Enzimas pancreáticas: quais as suas funções e quando precisamos repor?

Entenda o papel vital das enzimas pancreáticas na digestão, identifique sinais de disfunção e descubra tratamentos eficazes para manter seu bem-estar. 

Neste artigo, exploraremos detalhadamente as funções dessas enzimas, os sinais que indicam a necessidade de reposição e os tratamentos eficazes disponíveis para promover o bem-estar digestivo.

O que são enzimas pancreáticas e suas funções?

As enzimas pancreáticas são substâncias produzidas pelo pâncreas, uma glândula localizada na região abdominal, com importantes funções no processo digestivo. 

O pâncreas é o órgão responsável pela produção de várias enzimas, incluindo a amilase, lipase e proteases, que desempenham papéis essenciais na quebra de macronutrientes presentes nos alimentos que consumimos diariamente.

A amilase é uma enzima responsável pela quebra de carboidratos complexos, como amido e glicogênio, em moléculas menores, como lactose, sacarose e maltose.

Essas moléculas menores podem posteriormente terminar sua digestão e serem absorvidas pelo intestino delgado para fornecer energia ao organismo. 

Já a lipase é fundamental para a digestão de gorduras. 

Ela age sobre os triglicerídeos, decompondo-os em ácidos graxos e glicerol, que são absorvidos pelas células intestinais e transportados pela corrente sanguínea para serem utilizados como fonte de energia ou armazenados no tecido adiposo.

Além disso, as proteases são enzimas responsáveis pela quebra de proteínas em aminoácidos, que são os blocos de construção essenciais para o crescimento, reparo e manutenção dos tecidos do corpo. 

As enzimas que o pâncreas produz são liberadas no intestino delgado durante a digestão, onde atuam em conjunto com enzimas produzidas pelo próprio intestino para garantir a digestão completa dos alimentos e a absorção eficiente de nutrientes.

Como e quando repor as enzimas pancreáticas?

A reposição de enzimas do pâncreas é necessária quando há uma deficiência na produção dessas substâncias pelo pâncreas, resultando em problemas digestivos e má absorção de nutrientes. 

Os sintomas comuns de deficiência dessas enzimas incluem diarreia  com gases frequentemente, fezes gordurosas, distensão abdominal e perda de peso não intencional. Quando esses sinais estão presentes, é importante buscar orientação médica para avaliação e diagnóstico adequados.

O médico pode solicitar exames específicos, como testes de fezes para verificar a presença de gordura não digerida ou exames de imagem para avaliar possíveis alterações pancreáticas para determinar a necessidade de reposição. 

Se a deficiência for confirmada, o médico pode prescrever suplementos para ajudar na digestão dos alimentos e aliviar os sintomas associados à má absorção de nutrientes.

A reposição é geralmente feita antes das refeições, para garantir que as enzimas estejam disponíveis no momento da ingestão de alimentos. 

A dosagem e o tipo de suplemento podem variar conforme a gravidade da deficiência e as necessidades individuais do paciente. 

É importante seguir rigorosamente as instruções do médico quanto à dosagem e ao horário de administração dos suplementos para garantir a eficácia do tratamento.

Fora a reposição dessas enzimas, algumas medidas dietéticas também podem ser recomendadas para melhorar a digestão e a absorção de nutrientes. 

Isso pode incluir uma dieta rica em fibras, fracionamento das refeições em porções menores e redução do consumo de alimentos gordurosos, que podem ser mais difíceis de digerir para pessoas com deficiência de enzimas pancreáticas.

A reposição de enzimas é um componente importante no tratamento de condições como a insuficiência pancreática exócrina e outras doenças que afetam a função do pâncreas. 

Ao seguir o plano de tratamento recomendado pelo médico e fazer ajustes no estilo de vida, é possível melhorar a digestão, aliviar os sintomas e promover o bem-estar geral.

Exames para identificar a disfunção das enzimas pancreáticas

Para identificar a disfunção das enzimas, uma série de exames pode ser realizada para avaliar a função pancreática e diagnosticar possíveis problemas. 

Um dos exames mais comuns é o teste de função pancreática fecal, que envolve a coleta de amostras de fezes para análise laboratorial. 

Neste teste, a presença de gordura não digerida nas fezes pode indicar uma deficiência na produção de enzimas pelo pâncreas, sugerindo uma possível disfunção.

Os exames de sangue também podem ser realizados para medir os níveis de enzimas pancreáticas, como a amilase e a lipase, no sangue. 

A elevação dos níveis dessas enzimas pode indicar inflamação ou lesão no pâncreas, o que pode afetar a produção de enzimas digestivas. 

No entanto, é importante observar que esses exames nem sempre são conclusivos e podem ser afetados por outros fatores, como o tempo desde o início dos sintomas.

Outro exame que pode ser útil é a ultrassonografia abdominal, que permite visualizar o pâncreas e detectar possíveis anormalidades, como tumores ou cistos. 

A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) também podem ser usadas para avaliar o pâncreas com mais detalhes e identificar qualquer problema estrutural que possa estar afetando a função pancreática.

Em alguns casos, procedimentos mais invasivos, como a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) ou a ecoendoscopia, podem ser necessários para obter imagens mais detalhadas do pâncreas e das vias biliares e pancreáticas.

Esses procedimentos podem ajudar a identificar obstruções ou outras anormalidades que possam estar causando disfunção pancreática.

Em resumo, existem vários exames disponíveis para identificar a disfunção das enzimas, cada um com suas próprias vantagens e limitações. 

O médico pode recomendar um ou mais desses exames, dependendo dos sintomas apresentados pelo paciente e da suspeita de uma possível disfunção pancreática.

Por que ocorre a disfunção?

A disfunção das enzimas do pâncreas pode ocorrer por uma variedade de razões, geralmente relacionadas a condições médicas subjacentes que afetam o funcionamento do pâncreas. 

Uma das causas mais comuns é a pancreatite, uma inflamação aguda ou crônica do pâncreas. 

A pancreatite aguda é geralmente desencadeada por cálculos biliares ou consumo excessivo de álcool, enquanto a pancreatite crônica pode resultar de uma variedade de fatores, incluindo alcoolismo crônico, tabagismo, hiperlipidemia ou uma condição genética.

Outra causa de disfunção pancreática é a fibrose cística, uma doença genética que afeta as glândulas exócrinas, incluindo o pâncreas. 

Na fibrose cística, os ductos pancreáticos ficam obstruídos com muco espesso, impedindo a liberação adequada de enzimas digestivas no intestino delgado.

Isso leva à má absorção de nutrientes e pode resultar em desnutrição e outros problemas de saúde.

Outras condições médicas, como diabetes mellitus, câncer de pâncreas, doenças autoimunes e cirurgias abdominais, também podem afetar a função pancreática e levar à disfunção das enzimas. 

O uso prolongado de certos medicamentos, como inibidores da bomba de prótons (IBPs) e antiácidos, também pode interferir na produção ou na liberação das enzimas.

Fatores como idade avançada, obesidade e histórico familiar de doenças pancreáticas também podem aumentar o risco de disfunção nessas enzimas. 

Em muitos casos, a disfunção é multifatorial, resultante da interação complexa entre fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida.

Diante dessas causas potenciais, é fundamental buscar avaliação médica adequada se houver suspeita da disfunção. 

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado das condições subjacentes são essenciais para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Em conclusão, entender o papel das enzimas liberadas pelo pâncreas na digestão é essencial para identificar sinais de disfunção e buscar tratamento adequado. 

Com exames precisos e diagnóstico precoce, é possível enfrentar as causas subjacentes da disfunção, que podem variar desde pancreatite até condições genéticas. Ao seguir o plano de tratamento orientado pelo médico, é possível aliviar os sintomas, promover a saúde digestiva e melhorar a qualidade de vida.

Imagem de brgfx no Freepik




H. pylori: Um guia completo sobre esta bactéria e como combatê-la

Neste guia completo, exploraremos não apenas o que é H. pylori e suas causas, mas também as implicações de não tratar esse problema, os diferentes métodos de tratamento disponíveis e até mesmo os cuidados especiais necessários durante a gravidez.

Descubra estratégias eficazes para tratar a infecção por H. pylori, desde o diagnóstico até o tratamento e prevenção de reinfecções, garantindo assim uma abordagem abrangente para combater a bactéria.

O que é H pylori e quais as suas causas?

A Helicobacter pylori, ou H. pylori, é uma bactéria em forma de espiral que coloniza o revestimento do estômago humano.  Estima-se que no Brasil, cerca de 60% das pessoas são infectadas por essa bactéria.

Essa bactéria desafia o ambiente altamente ácido do estômago, onde pode se alojar e proliferar, causando uma série de distúrbios gastrointestinais. Ela é também reconhecida como a principal causa de condições como úlceras pépticas, gastrite crônica e até mesmo adenocarcinoma gástrico, uma forma de câncer.

As causas da infecção por H. pylori são multifatoriais. 

Embora a via exata de transmissão não seja totalmente compreendida, acredita-se que a infecção ocorra principalmente através do contato oral-fecal, principalmente durante a infância.

Isso significa que a ingestão de água ou alimentos contaminados com as fezes de indivíduos infectados é uma das principais formas de contrair a bactéria. 

Condições socioeconômicas precárias, más práticas de higiene pessoal e falta de acesso à água limpa e alimentos seguros são fatores que aumentam o risco de infecção. 

Além disso, o contato próximo com pessoas infectadas, especialmente em ambientes familiares ou comunitários, também pode contribuir para a disseminação da bactéria.

Essa disseminação pode ocorrer mesmo em países desenvolvidos, porém é mais prevalente em regiões com condições sanitárias deficientes.

O que acontece se não se tratar H pylori?

O não tratamento da infecção pela bactéria pode desencadear uma série de complicações gastrointestinais, algumas das quais podem ser graves e até mesmo potencialmente fatais. 

Uma das consequências mais comuns e significativas do não tratamento da H. pylori é  desenvolver úlceras pépticas. 

Estas são feridas abertas que se formam no revestimento do estômago ou do intestino delgado, resultantes da deterioração da mucosa protetora pelo ácido gástrico. 

Sem tratamento adequado, as úlceras podem se agravar e levar a complicações como perfuração ou sangramento, que requerem intervenção médica urgente.

Além das úlceras pépticas, a infecção persistente pode causar inflamação crônica do revestimento do estômago, conhecida como gastrite crônica. 

Esta condição pode aumentar o risco de desenvolver outras complicações, como gastrite atrófica (uma forma mais grave de inflamação que causa a perda de células gástricas) e metaplasia intestinal (alteração nas células do estômago, aumentando o risco de câncer).

Outra complicação grave associada ao não tratamento da H. pylori é o aumento do risco de desenvolver câncer gástrico.

Estudos mostraram uma forte associação entre infecção crônica por H. pylori e o desenvolvimento de adenocarcinoma gástrico, o tipo mais comum de câncer de estômago. 

A presença prolongada da bactéria pode causar danos ao DNA das células do estômago, levando a alterações malignas e ao desenvolvimento do câncer.

Portanto, não tratar a infecção pode resultar em consequências sérias para a saúde gastrointestinal e geral do paciente. 

É fundamental buscar tratamento adequado assim que a infecção for diagnosticada, a fim de prevenir complicações graves e potencialmente fatais.

Quais tratamentos para a H pylori?

O tratamento da infecção geralmente envolve uma abordagem combinada de medicamentos, visando tanto a erradicação da bactéria quanto o alívio dos sintomas associados à condição. 

A terapia padrão consiste em uma combinação de antibióticos e medicamentos supressores de ácido gástrico, geralmente administrados durante um período de uma a duas semanas.

Os antibióticos mais comumente prescritos para tratar a infecção incluem a amoxicilina, a claritromicina e o metronidazol. 

Esses antibióticos são frequentemente administrados em combinação, geralmente dois de cada vez, para reduzir a chance de resistência bacteriana e aumentar a eficácia do tratamento. 

É importante seguir rigorosamente as instruções médicas quanto à dosagem e à duração do tratamento para garantir a erradicação completa da bactéria.

Além dos antibióticos, os pacientes com infecção por H. pylori também podem receber medicamentos supressores de ácido, como inibidores da bomba de prótons (IBPs) ou antagonistas dos receptores de histamina H2. 

Esses medicamentos ajudam a reduzir a produção de ácido no estômago, aliviando os sintomas associados à infecção, como dor abdominal, azia e refluxo ácido. Eles também ajudam a criar um ambiente menos favorável para o crescimento da bactéria, contribuindo para o sucesso do tratamento.

Fora a terapia medicamentosa, mudanças no estilo de vida, como evitar alimentos irritantes, reduzir o estresse e parar de fumar, também podem ajudar a melhorar os resultados do tratamento e prevenir reinfecções. 

Em casos de infecção resistente a antibióticos ou recorrente, seu médico pode recomendar terapias alternativas ou tratamentos mais intensivos, como terapia de resgate com diferentes combinações de antibióticos.

Importante dizer, que sempre após o tratamento, novo exame é necessário para confirmar a eliminação da bactéria.

Outro fato importante, é que após a comprovação da eliminação da bactéria, é muito difícil a pessoa se reinfectar.

Cuidados no tratamento H pylori na gravidez

O tratamento dessa infecção bacteriana durante a gravidez requer cuidados especiais para garantir a eficácia do tratamento e a segurança tanto da mãe quanto do bebê em desenvolvimento. 

Embora a infecção possa representar riscos para a saúde materna e fetal, a seleção dos medicamentos e a gestão do tratamento devem ser feitas com cautela, levando em consideração os potenciais efeitos adversos dos medicamentos sobre a gravidez.

Em primeiro lugar, é importante consultar um obstetra ou médico especialista antes de iniciar qualquer tratamento durante a gravidez. O profissional de saúde poderá avaliar os riscos individuais e benefícios do tratamento e recomendar a melhor abordagem terapêutica para a situação específica da paciente.

Durante a gravidez, o uso de certos antibióticos pode ser limitado devido aos potenciais riscos para o feto em desenvolvimento. 

Por exemplo, o metronidazol, um antibiótico comumente usado no tratamento da H. pylori, geralmente não é recomendado durante o primeiro trimestre da gravidez devido a preocupações com o desenvolvimento fetal. 

No entanto, em casos de infecção grave por H. pylori, o médico pode considerar o uso do metronidazol se os benefícios potenciais superarem os riscos.

Fora isso, os inibidores da bomba de prótons (IBPs), como omeprazol e pantoprazol, são geralmente considerados seguros durante a gravidez e podem ser prescritos para reduzir a produção de ácido no estômago e aliviar os sintomas associados à infecção, desde que a indicação tenha sido feita por médicos que acompanha e conhece a gestante.

Em síntese, o tratamento da infecção por H. pylori é essencial para evitar complicações graves e proteger a saúde gastrointestinal. Ao seguir rigorosamente as orientações médicas, incluindo a combinação de antibióticos e medicamentos supressores de ácido, é possível erradicar a bactéria e aliviar os sintomas associados à infecção.

É importante também estar ciente dos potenciais riscos e efeitos colaterais dos medicamentos, especialmente durante a gravidez, buscando sempre a orientação de um profissional de saúde qualificado para garantir a segurança e eficácia do tratamento, promovendo uma melhor qualidade de vida.

Imagem de storyset no Freepik




Convivendo com a doença de Crohn: dicas práticas para melhorar a qualidade de vida

O intestino é um dos órgãos mais importantes do nosso corpo, principalmente por ter uma função vital para o organismo, sendo a absorção da maior parte dos nutrientes que ingerimos nas refeições.

Devido a esse detalhe, dar atenção especial ao intestino e tomar certos cuidados é mais que necessário para amenizar várias doenças, entre elas as doenças inflamatórias intestinais como a doença de Crohn.

Essa doença acomete uma parcela pequena de pacientes, mas leva a alterações importantes na qualidade de vida destes. Assim, saber conviver com essa patologia e manter a saúde tem sido uma das buscas dos portadores dessa doença.

Visando ajudar esses portadores, preparamos esse pequeno guia com dicas supervaliosas para te ajudar a ter uma vida normal e de qualidade.

O que é a doença de Crohn?

A doença de Crohn é uma inflamação crônica presente no revestimento de todo o trato gastrointestinal. É uma doença autoimune, ou seja, por algum descontrole ainda não conhecido do sistema imune, ele acaba produzindo uma reação que leva a inflamação característica da doença.

Ela é considerada uma inflamação transmural, que se estende por todas as camadas da parede intestinal, originando complicações como: abscessos, estenoses e as fístulas.

Pode acontecer em qualquer local do intestino, no entanto, é mais comum no cólon e no íleo distal.

Apesar dessas informações, essa doença ainda é muito desconhecida por grande parte da população, porém, a comunidade científica tem intensificado as pesquisas em função do aumento de casos, não medindo esforços para encontrar uma solução.

Uma notícia bastante veiculada é que se trata de uma doença sem cura, porém, com os cuidados necessários, a pessoa pode ter uma vida normal e saudável, com ótimo controle da doença.

Sintomas e complicações da doença de Crohn

Os sintomas de doenças típicas do aparelho gastrointestinal apresentam as mesmas características, e esta é uma das razões que provocam a demora de um diagnóstico preciso e definitivo.

Entre os sintomas mais comuns aparecem…

  • Fadiga;
  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Perda de peso;
  • Anemia.

Em boa parte dos casos, muitas pessoas sequer apresentam alguns dos sintomas listados, e isso pode acontecer em qualquer parte da vida. 

Na contramão disso, algumas pessoas podem apresentar maiores complicações com o surgimento de sintomas mais graves e crônicos durante toda a vida.

Opções de tratamento para a doença de Crohn

Como falamos há pouco, a doença de Crohn é uma doença que não tem cura, sendo que o habitual é o tratamento contínuo à base de medicamentos utilizados em doenças crônicas, como as medidas descritas a seguir.

  • Antibióticos
  • Corticoide;
  • Imunossupressores;
  • Imunobiológicos 
  • Vitaminas.

Assim como em outras patologias crônicas que requerem o uso de medicamentos permanentes, caso a terapêutica não seja eficaz, uma cirurgia pode ser solicitada pelo profissional gastroenterologista.

Outro dado importante, é que pacientes com essa doença precisam realizar exames regularmente para verificar a possível presença do câncer colorretal, devido à probabilidade de desenvolvê-lo a  longo prazo (ou seja, após muitos anos da doença).

Dicas de dieta e nutrição para o controle da doença de Crohn

Um item fundamental para o controle preciso da doença de Crohn é a área da nutrição, que tem um papel preponderante para a manutenção da qualidade de vida.

Seguir uma dieta bem elaborada e com os alimentos certos, além de ajudar o paciente a manter os sintomas controlados, pode trazer excelentes benefícios em vários aspectos da vida.

Conheça alguns itens para a dieta ideal:

  • Hidratação: Ingestão regular de água é o alicerce de toda boa dieta;
  • Fibras solúveis: Opte por alimentos ricos em fibras, como: abacate, aveia, cenoura e maçã;
  • Proteína magra: proteínas saudáveis, como: Ovos, peito de frango e peixe, devem fazer parte da sua lista;
  • Suplementação: Caso seja necessário, somar à sua dieta a ingestão de suplementos em forma de vitaminas e minerais, pois pode reduzir significativamente os sintomas da doença.

É importantíssimo evitar os alimentos que lhe fazem mal, como alimentos mais pesados, como frituras e gorduras.

Modificações no estilo de vida para melhorar a qualidade de vida com a doença de Crohn

Uma mudança de hábito sempre cai bem, ainda mais quando passamos a agir de maneira mais saudável.

Não basta seguir rigorosamente uma dieta mais balanceada, mas optar também por uma rotina menos estressante e composta de exercícios físicos.

Atividades físicas regulares e relaxantes, somada a uma dieta saudável, além de te pôr nos trilhos do equilíbrio, pode-te presentear momentos agradáveis e revigorantes.

Não deixe de pensar nisso, uma rotina saudável é fundamental para uma vida longa e mais saudável.

Técnicas de controle de estresse para indivíduos com doença de Crohn

Como um dos objetivos é melhorar a qualidade de vida, evitar ou diminuir o estresse deve ser uma meta permanente quando diagnosticado com a doença de Crohn.

Não é fácil manter o bom humor e relevar as circunstâncias dos sintomas, principalmente no local de trabalho e locais públicos, por isso algumas técnicas podem ajudar bastante.

Dentre elas, destacam-se…

  • Procure dormir 8 horas por dia;
  • Fazer atividades físicas diárias;
  • Gerenciamento do tempo;
  • Meditação;
  • Converse sempre com alguém.

São ações que ajudam a absorver os impactos da doença.

Estratégias de enfrentamento para lidar com surtos e contratempos

Como já dito, conversar com alguém é um bom auxílio, uma vez que relacionamentos saudáveis auxiliam no processo de convivência com a doença.

Em tempos de tanta incerteza há momentos de preocupação, por isso ter estratégias de suporte seguras para esses momentos, pode ser um escape para contratempos.

Evitar atitudes nocivas, aquelas relacionadas à ingestão de bebidas alcoólicas e consumo de alimentos condimentados e gaseificados é a principal estratégia para inibir os sintomas.

Optar por alimentos mais leves e uma hidratação regular, vai impedir a permanência dos sintomas.

Grupos de apoio e recursos para pessoas com doença de Crohn

Ter o suporte de grupos de apoio com médicos, nutricionistas e psicólogos é fundamental, pois a troca de experiências gera afinidade entre os portadores da doença.

Essa interação promove o amadurecimento no trato com as reações provocadas pela doença, bem como, esse compartilhamento de ideias, contribui para o enfrentamento de temores que surgem nessa caminhada.

Isso te ajuda a se preparar para a  doença e te dá muito  mais conhecimento.

Com essas informações você pode dar os primeiros passos  de forma segura para minimizar os sintomas da doença de Crohn e ainda conquistar a curto prazo a tão desejada qualidade de vida.

E para você sempre ter por perto informações para te auxiliar a alcançar esse objetivo, a Gastroblog pode-te ajudar.

Especializada em saúde do aparelho digestivo, esse site tem incríveis conteúdos concedidos por profissionais renomados quando se fala em aparelho digestivo e com o que há de mais moderno na comunidade científica.

Aproveito essa dica extra e não deixe de conquistar a qualidade de vida que você tanto deseja.

Até a próxima.

Imagem de Silvia por Pixabay




Apendicite: Como reconhecer os sinais do apêndice inflamado e quando buscar ajuda médica?

Vamos compartilhar neste artigo, em detalhes como reconhecer os sinais de um apêndice inflamado e quando é crucial procurar ajuda médica. O apêndice, uma pequena estrutura em forma de tubo localizada no cólon, pode inflamar-se devido a diversas causas, desencadeando a condição conhecida como apendicite. 

Os sintomas podem variar, mas é essencial estar ciente das manifestações comuns. Neste contexto, entender os indicadores e agir prontamente ao reconhecê-los é crucial para garantir a saúde e bem-estar, destacando a importância de buscar assistência médica imediatamente diante desses sintomas.

O que causa a apendicite?

Esta é uma condição inflamatória do apêndice, geralmente desencadeada por uma obstrução no interior deste pequeno órgão localizado no cólon. 

A obstrução pode ocorrer devido à presença de fezes, material fecal endurecido ou, em alguns casos, infecções virais, como a gastroenterite

Quando o apêndice fica obstruído, as bactérias presentes no interior começam a se multiplicar, levando à inflamação e, eventualmente, à apendicite.

É importante destacar que, embora a obstrução seja frequentemente associada à causa da doença, em alguns casos, a condição também pode ser desencadeada por outros fatores, como tumores ou crescimento excessivo de tecido linfoide no apêndice.

Sintomas de um apêndice inflamado

Os sintomas dessa condição revelam uma combinação de sinais indicativos da inflamação do apêndice. 

A dor abdominal em geral aguda, iniciando próximo ao umbigo, que com o passar do tempo desloca-se para a região inferior direita do abdômen, se tornando mais forte.

Essa dor, acompanhada por perda de apetite, náuseas, vômitos e febre, destaca-se como indicador fundamental. 

Reconhecer prontamente esses sinais, é essencial para buscar ajuda médica imediata. Compreender a natureza aguda desses sintomas é necessário, permitindo uma intervenção médica oportuna e evitando complicações graves. 

A atenção à manifestação desses sinais é, portanto, vital para preservar a saúde diante da possível condição. 

Reconhecendo os sinais de apendicite em adultos

Em adultos, ela se manifesta com dor abdominal ique vai aumentando com o passar do tempo, e localizada, muitas vezes iniciando como um desconforto ao redor do umbigo e posteriormente deslocando-se para o lado inferior direito. 

A dor pode aumentar rapidamente e pode ser exacerbada por movimentos, tosse ou pressão na área afetada.

É importante observar quaisquer outros sintomas, como febre, náuseas e perda de apetite.

A presença desses sinais em conjunto pode fortalecer a suspeita da doença, exigindo atenção médica urgente.

Reconhecendo os sinais de apendicite em crianças

Identificar os sinais dessa condição em crianças apresenta desafios, uma vez que os pequenos podem ter dificuldade em comunicar a localização precisa da dor. 

A irritabilidade, recusa em comer e dor abdominal difusa são manifestações mais comuns nesse grupo. 

Pais devem manter vigilância sobre possíveis mudanças no comportamento dos filhos, sendo muito importante comunicar qualquer preocupação ao médico para uma avaliação adequada.

A prontidão em reconhecer esses sintomas infantis é essencial, visto que a inflamação no apêndice pode evoluir rapidamente, e a detecção precoce pode prevenir complicações. 

Assim, a atenção cuidadosa a esses indícios contribui para a saúde infantil. 

Quando procurar ajuda médica para um apêndice inflamado

Buscar ajuda médica imediatamente ao identificar sinais é de extrema importância. 

O atraso na procura de atendimento pode desencadear complicações sérias, como a perfuração do apêndice, aumentando consideravelmente o risco de peritonite, uma inflamação grave do revestimento abdominal. 

A rapidez na busca por assistência médica é essencial não apenas para um tratamento eficaz, mas também para a prevenção de complicações potencialmente graves. 

Por isso, reconhecer a urgência dessa condição e agir rapidamente ao notar os sintomas é a chave para preservar a saúde e evitar o agravamento do quadro. 

Diagnóstico de apendicite

O diagnóstico é uma etapa fundamental, exigindo uma abordagem abrangente para garantir precisão. 

Os profissionais de saúde realizam uma avaliação detalhada dos sintomas que somado a exames físicos minuciosos, são às bases para um diagnóstico correto. Pode-se em alguns casos, serem necessários exames complementares, como análises laboratoriais e de imagem.

Entre os métodos de imagem mais utilizados, temos a ultrassonografia e tomografia computadorizada. 

A ultrassonografia oferece uma visualização detalhada da área abdominal, permitindo a detecção de sinais inflamatórios. 

Já a tomografia computadorizada proporciona uma análise abrangente, revelando a condição precisa do apêndice. 

Esses procedimentos, aliados à expertise clínica, capacitam os profissionais a realizar diagnósticos precisos.

Ao garantir uma compreensão completa da extensão da inflamação, os médicos podem tomar decisões informadas sobre o tratamento, otimizando a recuperação do paciente. 

Portanto, a combinação de métodos diagnósticos avançados e habilidades clínicas é essencial para abordar eficazmente casos de apendicite. 

Opções de tratamento para um apêndice inflamado

apendicectomia, procedimento cirúrgico que consiste na remoção do apêndice inflamado, destaca-se como a abordagem padrão de tratamento. 

Essa intervenção é frequentemente realizada de maneira urgente, visando prevenir complicações decorrentes da inflamação não tratada. 

Durante a cirurgia, o apêndice inflamado é removido para evitar a ruptura, que poderia levar à disseminação de bactérias no abdômen, resultando em peritonite, uma condição grave. 

Vale ressaltar que a remoção do apêndice não acarreta impactos significativos na saúde global do indivíduo, uma vez que esse órgão não desempenha um papel essencial nas funções corporais cotidianas. 

Dessa forma, a apendicectomia é considerada uma medida eficaz para a resolução da apendicite, proporcionando uma recuperação geralmente rápida e sem repercussões significativas na qualidade de vida do paciente.

Complicações da apendicite não tratada

A omissão de intervenção diante da situação pode desencadear a perfuração do apêndice, propiciando a disseminação de bactérias na cavidade abdominal e instigando a peritonite.

Trata-se de uma complicação grave, caracterizando uma emergência médica que pode resultar em danos substanciais aos órgãos abdominais, podendo, em casos extremos, ser fatal. 

A busca por assistência médica imediata ajuda a interromper a progressão da condição para estágios mais avançados.

Da mesma maneira, o tratamento, quando iniciado em estágio inicial, é fundamental não apenas para aliviar os sintomas, mas também para reduzir o risco de complicações graves associadas à inflamação não tratada. 

Assim, a conscientização sobre a importância da intervenção precoce destaca-se como fator determinante na preservação da saúde e na prevenção de desdobramentos adversos decorrentes da condição não tratada. 

Em conclusão, é imprescindível reconhecer os sinais de um apêndice inflamado e agir imediatamente ao identificá-los. A apendicite é uma condição que pode evoluir muito rápido, exigindo uma busca por assistência médica para evitar complicações graves.

A conscientização sobre os sintomas, tanto em adultos quanto em crianças, é fundamental para preservar a saúde e garantir uma intervenção médica oportuna, não apenas para aliviar os sintomas, mas também para o diagnóstico preciso por parte dos profissionais de saúde. 

Imagem de gpointstudio no Freepik




Medicamentos para tratamento de úlcera no estômago ou duodeno: tudo o que você precisa saber

Procurando por medicamentos para tratamento de úlcera no estômago ou duodeno? Neste artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Este é o seu guia completo sobre o tema. 

Aqui, você vai entender minuciosamente todas as informações essenciais que precisa conhecer sobre os medicamentos destinados ao tratamento das incômodas úlceras gastroduodenais. Descubra as opções disponíveis e compreenda melhor como podem contribuir para o alívio e a recuperação da situação. 

Tipos de medicamentos de úlcera no estômago e duodeno

O tratamento de úlceras abrange uma variedade de medicamentos, cada um desempenhando um papel específico na promoção da cicatrização e alívio dos sintomas. Abaixo, destacamos algumas categorias principais:

Antiácidos

Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio e bicarbonato de sódio neutralizam rapidamente o ácido estomacal, proporcionando alívio temporário. 

Recomendado apenas sob orientação do gastroenterologista, seu uso excessivo pode levar a efeitos colaterais, como acidez rebote. 

Vale ressaltar que o subsalicilato de bismuto, associado a antibióticos e IBPs, é uma opção adicional para casos específicos de úlcera causada pela H. pylori, com propriedades anti-inflamatórias e bactericidas.

Antibióticos

Antibióticos como claritromicina, amoxicilina e metronidazol são prescritos quando a úlcera é causada pela presença da bactéria Helicobacter pylori no estômago. 

Geralmente, são combinados com inibidores da bomba de prótons e/ou anti secretores ácidos durante um período determinado. Importante destacar que o uso de antibióticos pode acarretar efeitos colaterais como diarreia, vômitos e alterações na pele.

Inibidores da Bomba de Prótons (IBP)

Omeprazol, esomeprazol e lansoprazol são exemplos de IBPs que reduzem a produção ácida no estômago, permitindo a cicatrização das úlceras. 

Protetores gástricos

Sucralfato cria uma barreira protetora sobre as úlceras, prevenindo danos causados pelo ácido estomacal.

Riscos e benefícios de medicamentos de úlcera no estômago ou duodeno

Quando se trata do tratamento de úlceras, a escolha dos medicamentos envolve um delicado equilíbrio entre os benefícios terapêuticos e os riscos potenciais. 

Os medicamentos utilizados no tratamento de úlceras apresentam uma série de riscos e benefícios, e é fundamental compreender esses aspectos para garantir uma abordagem eficaz e segura. 

As úlceras são lesões na mucosa do estômago, muitas vezes causadas pela bactéria Helicobacter pylori, uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ou condições como o estresse crônico.

Entre os benefícios dos medicamentos para úlcera, destaca-se a capacidade de reduzir a produção de ácido no estômago. 

Os inibidores da bomba de prótons (IBPs) e antagonistas dos receptores de histamina (H2) são classes comuns de medicamentos usados para esse fim. 

Esses medicamentos ajudam a promover a cicatrização da úlcera, aliviando os sintomas associados, como dor abdominal, azia e refluxo ácido. Além disso, podem prevenir a recorrência das úlceras, especialmente quando a causa subjacente, como a infecção por H. pylori, é tratada adequadamente.

No entanto, o uso desses medicamentos não está isento de riscos. 

O uso prolongado de IBPs, por exemplo, pode estar associado a efeitos colaterais, como deficiência de vitaminas e infecções gastrointestinais.

Portanto, é necessário equilibrar os benefícios terapêuticos com os riscos potenciais, especialmente ao considerar tratamentos de longo prazo.

Além disso, a interação medicamentosa deve ser monitorada, pois alguns medicamentos para úlcera podem influenciar a absorção de outros medicamentos. 

Sendo assim, o medicamento para tratamento de úlcera no estômago oferece benefícios significativos no tratamento e alívio dos sintomas, mas seu uso requer uma abordagem cautelosa. 

Profissionais de saúde devem avaliar individualmente cada caso, levando em consideração fatores como a causa subjacente da úlcera, a presença de outras condições médicas e os potenciais efeitos colaterais associados aos medicamentos.

E quando os medicamentos não são eficazes?

Apesar dos avanços significativos na medicina, há casos em que os medicamentos tradicionais podem não ser eficazes no tratamento de úlceras. 

Esta situação desafiadora muitas vezes exige uma avaliação cuidadosa e a busca por alternativas para proporcionar alívio e promover a cicatrização.

Uma abordagem comum em casos de resistência aos tratamentos convencionais é a revisão do diagnóstico. 

Novos exames, como testes de resistência antibiótica para identificar cepas resistentes da bactéria H. pylori, podem fornecer insights precisos para ajustar o plano de tratamento.

A intervenção cirúrgica é outra opção considerada quando o medicamento para tratamento de úlcera no estômago não produz os resultados desejados. 

Os procedimentos como a vagotomia ou a gastrectomia parcial podem ser recomendados para controlar a produção de ácido estomacal ou remover a parte do estômago afetada pela úlcera.

Fora isso, terapias complementares e alternativas têm ganhado destaque. 

A acupuntura, por exemplo, demonstrou oferecer alívio dos sintomas em alguns casos, enquanto a adoção de uma abordagem mais abrangente de estilo de vida, incluindo mudanças na dieta e redução do estresse, pode complementar o tratamento convencional.

O acompanhamento psicológico também desempenha um papel crucial, especialmente porque o estresse pode desencadear ou agravar as úlceras. 

As técnicas de gerenciamento de estresse, como a meditação e a terapia cognitivo-comportamental, são possibilidades a serem integradas ao plano de tratamento para abordar essa dimensão emocional.

A abordagem multidisciplinar, incorporando novos diagnósticos, opções cirúrgicas quando necessário, terapias complementares e atenção ao bem-estar emocional, é essencial para encontrar soluções personalizadas e eficazes. 

Este processo de adaptação e busca por alternativas, embora tenha suas dificuldades, é essencial para garantir um tratamento abrangente e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Dicas e cuidados para prevenir úlceras gastroduodenais

Adotar hábitos saudáveis e implementar medidas preventivas é fundamental para manter a saúde digestiva e reduzir o risco de desenvolver essas condições desconfortáveis.

Alimentação consciente

Optar por uma dieta equilibrada e evitar alimentos muito condimentados, ácidos ou gordurosos, ajuda a preservar a integridade do revestimento do estômago. 

Inclua fibras, frutas, vegetais e proteínas magras e contribua para um sistema digestivo saudável.

Gerenciamento do estresse

O estresse desempenha um papel significativo no desenvolvimento de úlceras estomacais. 

As práticas de gerenciamento de estresse, como meditação, ioga e exercícios regulares, são eficazes para reduzir a tensão e proteger a saúde do sistema digestivo.

Evite o tabagismo e o consumo excessivo de álcool

Tanto o tabagismo quanto o consumo excessivo de álcool podem aumentar o risco de úlceras estomacais. 

Por isso, parar de fumar e limitar o consumo de álcool são passos essenciais para a prevenção.

Evitar medicamentos que irritam o estômago

Alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), podem irritar a mucosa gástrica, contribuindo para o desenvolvimento de úlceras.

Quando possível, busque alternativas ou utilize esses medicamentos com orientação médica.

Tratamento de infecções

Caso haja uma infecção por H. pylori, realizar o tratamento adequado sob a supervisão médica ajuda a evitar complicações, como as úlceras estomacais.

Consultas médicas regulares

Realizar consultas médicas regulares permite a detecção precoce de fatores de risco e a implementação de estratégias preventivas personalizadas.

Ao incorporar essas dicas simples, você cria um ambiente propício para a saúde digestiva e reduz significativamente o risco de desenvolver úlceras estomacais. 

A prevenção, muitas vezes, reside em escolhas diárias que promovem o equilíbrio e o bem-estar do sistema digestivo.

Em síntese, ao compreender as nuances do medicamento para tratamento de úlcera no estômago e duodeno, você se capacita a fazer escolhas conscientes em colaboração com o médico. 

A diversidade de opções, os benefícios e riscos, juntamente com alternativas quando necessário, devem ser observadas. Lembre-se também da importância da prevenção através de hábitos saudáveis. Este guia visa fornecer o conhecimento essencial para uma abordagem informada e eficaz em relação às úlceras estomacais.

Imagem de Freepik




Doença de Crohn: sintomas e tratamento

Uma das doenças que geram sintomas gastrointestinais é a de Crohn, que implica em um processo inflamatório em diferentes locais do intestino do paciente, criando uma série de sintomas que podem ir desde um desconforto abdominal, até obstruções e outros de maior gravidade.

Sendo assim, é uma doença que necessita de um acompanhamento médico frequente para que o paciente consiga ter mais qualidade de vida e para que os sintomas possam ser controlados.

Para entender melhor sobre a doença de Crohn, conhecer as causas e os principais sintomas, acompanhe este conteúdo até o fim. Aproveite e veja também como é feito o diagnóstico, o tratamento e quais alimentos evitar para diminuir as chances de uma crise aguda.

Boa leitura!

Doença de Crohn: o que é?

A doença de Crohn é caracterizada por uma inflamação que pode aparecer ao longo do trato gastrointestinal, principalmente na região inferior do íleo (parte final do intestino delgado) e do cólon (parte central do intestino grosso).

Porém, na grande parte dos casos a doença acaba atingindo todas as camadas do intestino, ao longo da sua progressão.

Ainda, trata-se de uma doença autoimune e crônica, que acompanha o paciente ao longo de sua vida. Entretanto, os sintomas podem ser controlados por meio de tratamento.

O nome da patologia foi originado por conta do nome de um dos autores, chamado Burril B. Crohn, que publicou um artigo descrevendo essa doença ainda no começo do século XX, mais precisamente em 1932.

O que causa a doença de Crohn?

A doença de Crohn é considerada autoimune, ou seja, acontece quando o corpo humano ataca o próprio organismo. Até hoje, não há um consenso acerca do que desencadeia a doença, mas sabe-se que há um componente genético de alta influência envolvido.

No mais, ainda que a doença não seja causada diretamente pelo consumo de determinados alimentos e fatores emocionais, esses fatores contribuem para o desencadeamento de sintomas e crises.

Além disso, determinados hábitos, como tabagismo e dietas com excesso de gordura, assim como o uso de determinados medicamentos podem aumentar os riscos de desenvolver esse problema.

Quais os sintomas?

Os sintomas de doença de Crohn podem envolver causar inchaço, vermelhidão e úlceras (feridas) no intestino. Quando a patologia não está sob controle, essas úlceras podem chegar a perfurar a parede do intestino, causando infecções e hemorragias.

Outros sintomas são:

  • Cansaço;
  • Diarreia;
  • Dor ou cólicas abdominais, comumente do lado inferior esquerdo;
  • Dor retal, acompanhada de evacuações;
  • Febre;
  • Muco nas fezes;
  • Perda de peso;
  • Sangramento retal.

Além disso, as cicatrizes causadas pela doença também podem se tornar um problema quando chegam a bloquear a passagem do alimento ao longo do intestino.

Por isso, é extremamente importante manter um acompanhamento com o médico e seguir todas as orientações de medicamentos e alimentação.

Se o quadro for evoluindo e se tornando crônico, mais sintomas podem surgir, como:

  • Desnutrição e anemia;
  • Cansaço generalizado;
  • Cálculo renal;
  • Artrite;
  • Febre inexplicada;
  • Perda de apetite;
  • Náusea;
  • Lesões musculoesqueléticas, oculares e de pele;
  • Obstrução do cólon.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da doença de Crohn pode ser mais complexo em decorrência das similaridades que os sintomas da patologia possuem com outras condições.

Nesse sentido, para realizar o diagnóstico o médico deve avaliar o histórico do paciente, realizar exames clínicos, de imagem e testes laboratoriais.

A realização de exames é essencial para auxiliar o médico a descartar outras condições que poderiam justificar os sintomas. Além disso, eles são necessários para identificar eventuais deficiências de nutrientes que acontecem no quadro da doença de Crohn.

Importante: a interação entre o médico e o paciente é determinante para traçar o diagnóstico correto, por isso, é fundamental que o paciente compartilhe todas as informações que puder.

Os exames mais comumente realizados para identificar a doença de Crohn são:

  • Colonoscopia;
  • Endoscopia digestiva alta;
  • Enteroressonância;
  • Enterotomografia;
  • Histopatológico (biópsia);
  • Hemograma para identificar uma possível anemia;
  • PCR (marcador de inflamação no corpo);
  • Trânsito de intestino delgado (com contraste de bário).

Tratamento para a doença de Crohn

O tratamento da doença de Crohn envolve algumas etapas que devem ser seguidas à risca pelo paciente.

um sistema que auxilia o médico a mensurar a atividade da doença para identificar em que nível ela se encontra.

Esse sistema tem como base informações como:

  • Intensidade da dor abdominal;
  • número de evacuações;
  • ocorrência de fístulas;
  • indisposição geral;
  • manifestações patológicas.

Dessa forma, o médico consegue identificar se a doença está em um nível leve, moderado ou grave, a fim de orientar o tratamento mais adequado.

Em todo o caso, é importante destacar que o tratamento visa combater e prevenir o processo inflamatório. Isso é feito por medicamentos e alimentação controlada.

Os sintomas podem ser controlados com as medicações que existem atualmente, porém a cura para essa doença tem uma incidência baixa.

De forma geral, o paciente convive com a doença e, ao longo da vida, passa por momentos cíclicos de melhora e piora.

Com o acompanhamento adequado o paciente consegue ter uma qualidade de vida melhor, fazendo o controle da evolução da infecção para evitar as complicações de maior gravidade.

Quais alimentos devem ser evitados por quem tem a doença?

Alguns alimentos devem ser evitados para diminuir irritações causadas ao trato gastrointestinal:

  • Aveia;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Biscoitos amanteigados e doces com massa folhada;
  • Café, chá-preto e refrigerantes com cafeína;
  • Carne de porco e outras carnes gordurosas;
  • Chocolate;
  • Creme de leite;
  • Frituras, maionese, refeições industrializadas (congeladas), manteigas;
  • Frutos secos, amendoim, nozes e amêndoas;
  • Mamão, laranja e ameixa;
  • Mel, açúcar, sorbitol ou manitol;
  • Sementes;
  • Verduras cruas e frutas com casca.

Saiba mais sobre doença de Crohn no EndoBlog

É importante compreender a doença de Crohn e ter conhecimento acerca dos exames realizados para o diagnóstico da patologia, como o exame endoscopia. Você pode acessar diversos conteúdos sobre condições do aparelho digestivo pelo EndoBlog.

Pelo EndoBlog, você encontra vários artigos para se informar sobre doenças e exames, todos elaborados e revisados pela equipe de médicos do portal Endoscopia Terapêutica.