Gastrectomia: tudo o que você precisa saber

Essa é uma cirurgia importante que envolve a remoção parcial ou total do estômago e é indicada em algumas situações médicas. 

Este procedimento requer um entendimento abrangente tanto dos aspectos técnicos quanto dos cuidados necessários antes e depois da operação. Neste artigo, vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre a gastrectomia. Acompanhe o artigo completo.

O que é a gastrectomia?

Trata-se de uma intervenção cirúrgica que envolve a remoção parcial ou total do estômago.

Este procedimento é frequentemente necessário para tratar uma variedade de condições graves e potencialmente fatais, como o câncer gástrico, úlceras pépticas refratárias ao tratamento convencional, e certas condições benignas como tumores estomacais ou a doença de Ménétrier.

A extensão da remoção do estômago depende da gravidade e localização da condição a ser tratada. Quando realizada por total, o estômago é completamente removido e o esôfago é ligado diretamente ao intestino delgado. 

Já na parcial, apenas uma parte do estômago é retirada, geralmente a porção inferior. 

Existem também procedimentos específicos, onde cerca de 80% do estômago é removido, transformando-o em um tubo fino, e outros que envolvem a remoção de pequenas áreas do estômago.

Indicações para a gastrectomia

Ela é indicada em várias condições médicas que exigem a remoção total ou parcial do estômago para garantir a saúde e o bem-estar do paciente. As principais indicações são:

Câncer de estômago

Esta cirurgia é frequentemente realizada para tratar o câncer gástrico. 

A remoção do estômago, seja parcial ou total, pode ser necessária para eliminar completamente o tumor e prevenir a sua disseminação para outras partes do corpo.

Úlceras gástricas severas

Em casos de úlceras pépticas que não respondem ao tratamento médico convencional, ou ja causaram importante alterações anatômicas, pode ser necessária a remoção de parte do estômago afetada e prevenir complicações graves, como sangramento,  perfuração ou estenoses.

Tumores benignos

Embora não sejam cancerígenos, tumores benignos no estômago podem causar sintomas significativos e potencialmente evoluir para condições mais graves. 

A remoção desses tumores pode ser feita através dessa cirurgia.

Doença de Ménétrier

Esta é uma condição rara que provoca o espessamento das paredes do estômago, levando à produção excessiva de muco e perda de proteínas. 

Em casos graves, este procedimento cirúrgico pode ser indicado para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Polipose adenomatosa familiar

Esta condição genética predispõe os pacientes ao desenvolvimento de múltiplos pólipos no estômago, que podem evoluir para câncer e a cirurgia pode ser realizada como medida preventiva.

Obesidade mórbida

Em casos de obesidade extrema, a gastrectomia em manga (ou sleeve gastrectomy) é uma das opções cirúrgicas para reduzir o tamanho do estômago, limitando a ingestão de alimentos e ajudando na perda de peso significativa e sustentada.

Tipos de gastrectomia

Existem vários tipos e cada um é adaptado às necessidades específicas do paciente e à natureza da condição a ser tratada. 

A escolha do tipo depende da localização e da extensão da doença no estômago. Aqui estão os principais tipos:

Gastrectomia total

Nesta cirurgia, todo o estômago é removido. 

O esôfago é então ligado diretamente ao intestino delgado, permitindo que a comida passe do esôfago para o intestino sem passar pelo estômago. 

Gastrectomia parcial (ou subtotal)

Apenas uma parte do estômago é removida, normalmente a parte inferior. 

O restante do estômago é ligado ao intestino delgado. 

Gastrectomia em Manga (Sleeve Gastrectomy)

Neste procedimento, aproximadamente 80% do estômago é removido, deixando um tubo fino ou “manga”. 

Gastrectomia em cunha

Este procedimento envolve a remoção de pequenas áreas do estômago, geralmente devido à presença de tumores benignos ou úlceras localizadas. 

Gastrectomia distal ou  antrectomia

Envolve a remoção do antro, a parte inferior do estômago, que é responsável pela produção de hormônios que estimulam a produção de ácido gástrico. 

Preparação para a cirurgia de gastrectomia

A preparação para a cirurgia envolve várias etapas essenciais para garantir que o paciente esteja em boas condições para o procedimento e a recuperação subsequente. 

Inicialmente, o paciente passa por uma avaliação médica completa, incluindo exames de sangue, endoscopia e tomografia computadorizada, para determinar a extensão da doença e planejar a cirurgia.

Mudanças no estilo de vida são recomendadas, como cessar o tabagismo e reduzir o consumo de álcool, para melhorar a condição geral do paciente. 

O médico pode aconselhar a perda de peso, se necessário. Nos dias que antecedem a cirurgia, o paciente segue uma dieta específica, geralmente de líquidos claros, e deve jejuar por um período antes do procedimento.

A revisão dos medicamentos é essencial; alguns medicamentos, como anticoagulantes, podem ser interrompidos para reduzir o risco de sangramento. Ajustes em medicamentos para diabetes ou hipertensão podem ser necessários.

Como é realizada a gastrectomia?

Ela é realizada por meio de dois métodos principais: cirurgia aberta ou laparoscópica. 

Na cirurgia aberta, uma incisão  é feita no abdômen para acessar diretamente o estômago, sendo geralmente usada em casos de câncer avançado ou quando é necessário remover uma grande parte do estômago. 

Na cirurgia laparoscópica, pequenas incisões são feitas para inserir instrumentos cirúrgicos e uma câmera, permitindo uma abordagem menos invasiva com menor tempo de recuperação. 

Durante o procedimento, a parte do estômago afetada é removida e as partes remanescentes são reconectadas ao trato digestivo para manter a funcionalidade.

Recuperação após a gastrectomia

A recuperação pós-cirúrgica envolve um período inicial de internação hospitalar, onde o paciente é monitorado de perto para controlar a dor e prevenir complicações.

Nos primeiros dias, a alimentação é feita via sonda, progredindo gradualmente de líquidos claros para alimentos sólidos conforme a tolerância. O paciente é incentivado a se movimentar o mais cedo possível para evitar complicações como trombose venosa profunda. Após a alta hospitalar, é essencial seguir uma dieta específica, com orientação de um nutricionista, e realizar consultas regulares com o médico para monitorar a recuperação. 

A adaptação a um novo regime alimentar e o gerenciamento de possíveis deficiências nutricionais são partes cruciais do processo de recuperação.

Possíveis complicações da gastrectomia

Como qualquer cirurgia, apresenta riscos de complicações. 

Entre as possíveis complicações estão infecções, que pode ocorrer no local da incisão ou internamente, e sangramento, que pode acontecer durante ou após a cirurgia. 

Outra complicação possível é a formação de fístulas, que são conexões anormais entre o estômago e outros órgãos. 

A desnutrição é um risco devido à redução da capacidade de digestão e absorção de nutrientes. 

A síndrome de dumping pode ocorrer, caracterizada por sintomas como náusea, vômito e diarreia após comer, devido à rápida passagem de alimentos para o intestino delgado. 

O estreitamento do estômago por cicatrização excessiva pode causar obstrução, e o refluxo ácido pode aumentar após a cirurgia. 

A monitorização cuidadosa e o acompanhamento pós-operatório são essenciais para identificar e tratar essas complicações rapidamente.

Dieta pós-gastrectomia

Inicialmente, é recomendado seguir uma dieta líquida clara ou pastosa, progredindo gradualmente para alimentos sólidos conforme a tolerância. Refeições menores e mais frequentes ajudam na digestão. 

É fundamental evitar alimentos que possam causar desconforto digestivo, como alimentos gordurosos, muito condimentados ou fibrosos. 

Um acompanhamento nutricional regular é essencial para garantir a ingestão adequada de nutrientes e prevenir deficiências nutricionais.

Compreender os diferentes tipos de gastrectomia, os cuidados pré e pós-operatórios necessários, e as possíveis complicações ajuda a preparar melhor os pacientes e suas famílias para enfrentar os desafios dessa jornada. 

A recuperação bem-sucedida não se resume apenas à cicatrização física, mas também à adaptação a um novo estilo de vida alimentar e ao suporte contínuo de profissionais de saúde especializados.




Conheça alguns procedimentos cirúrgicos mais comuns em aparelho digestivo

O aparelho digestivo é um complexo sistema responsável pela digestão e absorção dos alimentos. Quando surgem problemas de saúde nesta área, muitas vezes, procedimentos cirúrgicos são necessários para tratar as condições de forma eficaz. 

Neste artigo, vamos explorar as principais cirurgias realizadas nessa área e fornecer informações essenciais.

Cirurgia bariátrica: uma opção para tratar a obesidade

A cirurgia bariátrica é uma intervenção médica eficaz para pacientes com obesidade mórbida que não conseguem alcançar resultados satisfatórios com métodos convencionais de perda de peso. 

Existem diferentes tipos de procedimentos bariátricos, sendo hoje os principais o  bypass gástrico e a  gastrectomia vertical, cada um com seus próprios mecanismos para promover a perda de peso significativa e melhorar condições de saúde associadas, como diabetes tipo 2 e hipertensão.

Tipos de cirurgia bariátrica

Bypass gástrico: Reduz o tamanho do estômago e desvia parte do intestino delgado, limitando a ingestão de alimentos e a absorção de calorias.

Gastrectomia vertical: Remove uma grande parte do estômago, reduzindo sua capacidade e alterando os hormônios que controlam a fome.

Muitos pacientes experimentam melhorias em condições como apneia do sono, doença hepática gordurosa não alcoólica e problemas articulares.

Para saber mais sobre quem pode se beneficiar da cirurgia bariátrica, os passos envolvidos no processo pré-operatório e os cuidados pós-operatórios essenciais, explore nosso blog com artigos sobre a cirurgia bariátrica e demais cirurgias do aparelho digestivo que iremos abordar por aqui.

Cirurgia de hérnia: correção de uma protuberância no abdômen

A cirurgia de hérnia é um procedimento realizado para corrigir a protrusão de órgãos ou tecidos através de uma abertura na parede abdominal. 

Hérnias podem ocorrer em várias partes do corpo, sendo as mais comuns na região inguinal (virilha), umbilical (ao redor do umbigo) e incisional (pos cirúrgicas). 

Métodos de reparação da hérnia

Cirurgia aberta: Este método tradicional envolve fazer uma incisão direta sobre a área da hérnia para reposicionar os órgãos e fechar a abertura na parede abdominal com suturas ou uma tela sintética para reforço.

Laparoscopia: Também conhecida como cirurgia minimamente invasiva, a laparoscopia utiliza pequenas incisões através das quais um laparoscópio (uma pequena câmera) e instrumentos cirúrgicos são inseridos. 

Esta técnica permite ao cirurgião realizar a reparação da hérnia com menos trauma nos tecidos circundantes, o que geralmente resulta em uma recuperação mais rápida e menos dor pós-operatória.

Colectomia: remoção cirúrgica do cólon

Mais uma das cirurgias do aparelho digestivo que merece destaque é a colectomia. Um procedimento cirúrgico realizado para remover total ou parcialmente o cólon, também conhecido como intestino grosso. 

Esta intervenção é necessária para tratar uma variedade de condições, incluindo câncer de cólon, doença de Crohn, colite ulcerativa e outras doenças inflamatórias intestinais que não respondem ao tratamento médico convencional.

A colectomia segmentar envolve a remoção de uma parte específica do cólon afetada pela condição médica, preservando o restante do órgão. Este procedimento é frequentemente realizado quando o câncer de cólon está localizado em uma área específica ou quando a doença inflamatória está restrita a uma parte do cólon.

Já a colectomia total consiste na remoção completa do cólon e, às vezes, também do reto. Isso pode ser necessário em casos avançados de câncer de cólon ou na retocolite ulcerativa .

Tradicionalmente, a colectomia era realizada através de uma incisão abdominal maior. Isso permite ao cirurgião uma visão clara e direta do cólon e das estruturas circundantes.

Outra forma de abordagem e a cirurgia por via laparoscopica, menos invasiva, que utiliza pequenas incisões na parede abdominal através das quais um laparoscópio e instrumentos cirúrgicos são inseridos. 

Gastrectomia: tratamento cirúrgico do câncer de estômago

A gastrectomia consiste na remoção parcial ou total do estômago, dependendo da localização e estágio do câncer diagnosticado. 

Quando o tumor está localizado em uma parte específica do estômago, os cirurgiões optam pela gastrectomia parcial para remover apenas a área afetada, preservando o máximo possível da função estomacal. 

Por outro lado, em casos mais avançados ou quando o câncer está difundido por todo o órgão, pode ser necessária a gastrectomia total para garantir a eliminação completa do câncer e prevenir a disseminação para outros órgãos.

Pancreatectomia: cirurgia para tratar doenças do pâncreas

Esta intervenção envolve a remoção parcial ou total do pâncreas, dependendo da natureza e da extensão da condição diagnosticada.

Quando o câncer está localizado em uma parte específica do pâncreas ou quando há um tumor benigno que não pode ser tratado de outra maneira, os cirurgiões optam pela pancreatectomia parcial. 

Neste caso, apenas a parte afetada do pâncreas é removida, permitindo a preservação de parte do órgão e, idealmente, da função pancreática.

Em situações mais graves, como câncer avançado que se espalhou por todo o pâncreas, ou em casos de pancreatite crônica que comprometem todo o órgão, pode ser necessária a pancreatectomia total. 

Neste procedimento, o pâncreas inteiro é removido, impactando significativamente a produção de enzimas digestivas e a regulação dos níveis de açúcar no sangue.

A pancreatectomia é uma cirurgia altamente complexa devido à localização do pâncreas no abdômen e suas conexões íntimas com outros órgãos, como o duodeno, o estômago e a vesícula biliar.

Ressecção hepática: remoção cirúrgica de parte do fígado

A ressecção hepática é um procedimento cirúrgico fundamental utilizado para remover uma parte do fígado, frequentemente indicado no tratamento de câncer de fígado primário ou metástases hepáticas originárias de outros órgãos. 

O fígado é um órgão notável por sua capacidade única de regeneração, o que significa que, mesmo após a remoção de parte dele, o fígado restante pode se expandir e recuperar sua funcionalidade ao longo do tempo.

A decisão de realizar uma ressecção hepática depende de vários fatores, incluindo o tamanho e a localização do tumor, bem como a condição geral do paciente. 

Em muitos casos, especialmente quando o câncer está localizado em uma parte específica do fígado e não se espalhou para outras áreas do corpo, a ressecção hepática parcial pode ser uma opção curativa.

O procedimento pode ser realizado por via aberta ou laparoscópica, dependendo da complexidade do caso e das preferências do cirurgião. 

A ressecção hepática por via aberta envolve uma incisão maior na região abdominal para permitir acesso direto ao fígado, enquanto a abordagem laparoscópica utiliza pequenas incisões através das quais um laparoscópio e instrumentos cirúrgicos são inseridos. 

Conclusão: cuidados e orientações pós-cirúrgicas para um bom resultado

Após qualquer procedimento cirúrgico no aparelho digestivo, é essencial seguir as orientações médicas para garantir uma recuperação adequada. 

A colaboração com uma equipe médica especializada e o acompanhamento regular são fundamentais para alcançar um bom resultado pós-cirúrgico e melhorar a qualidade de vida do paciente. Entenda e tire suas dúvidas sobre essas e outras cirurgias do aparelho digestivo acessando o Gastroblog.

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Retosigmoidoscopia: Entenda tudo sobre esse exame e saiba quando fazê-lo

Os exames específicos se tornaram uma parte importante do cotidiano das pessoas, principalmente depois do novo coronavírus que nos fez redobrar a atenção com a saúde de maneira geral.

A retossigmoidoscopia, por exemplo, um exame imprescindível para avaliação e cuidados com a parte inferior do intestino, frequentemente requerido nas avaliações de check-up, ainda é desconhecida por muitos.

E se você já ouviu falar sobre retossigmoidoscopia, mas não tem certeza do que se trata? Não se preocupe, este artigo vai te fornecer tudo o que você precisa saber sobre esse exame e quando é o momento certo para realizar.

Vamos lá?

O que é retossigmoidoscopia?

Em primeiro lugar, a retossigmoidoscopia nada mais é do que um exame utilizado para analisar especificamente o cólon, a parte inferior do intestino grosso, porém, significativa e essencial para o seu funcionamento.

Nesse tipo de exame, um tubo flexível ou sigmoidoscópio contendo uma câmara na sua parte final é inserido através do reto. Este aparelho auxilia o endoscopista ou proctologista a ver nitidamente o interior do reto e boa parte do cólon sigmoide que corresponde a parte inferior do intestino grosso.

O exame permite a retirada de amostras de tecido que são utilizadas para biópsias, polipectomias ou outros procedimentos, caso seja necessário. No entanto, em complemento a este exame, pode ser solicitado pelo médico responsável pela avaliação, uma colonoscopia para um diagnóstico mais preciso e completo.

Como funciona a retossigmoidoscopia?

Atualmente, assim como em outros procedimentos, o exame pode ser realizado tanto em clínicas como em hospitais. Ele é um pouco parecido com uma ultrassonografia, onde as imagens captadas pelo tubo interno são transmitidas ao monitor.

O exame pode ser feito com o paciente sedado ou não, no entanto, o mais importante é que o paciente tenha seguido à risca as orientações do médico quanto aos preparativos que antecedem o exame, como:

  • Limpeza do intestino através do uso de laxantes;
  • Alimentação preferencialmente líquida;
  • Repouso de atividades físicas.

O exame dura aproximadamente de 30 minutos, podendo se estender um pouco mais caso sejam visualizadas irregularidades mais graves, bem como em função do tempo de observação solicitado pelo profissional após o exame, que pode ser de até duas horas.

Preparação para a retossigmoidoscopia

O exame se parece um pouco com a colonoscopia, não apenas em sua execução como nos preparativos essenciais para o procedimento. A diferença é que na retossigmoidoscopia, o foco é a avaliação detalhada do cólon sigmoide e a estrutura interna do reto.

Confira os principais cuidados antes do exame:

  • Alimentação apenas líquida dois dias antes do exame, com exceção de sucos vermelhos ou roxos;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas antes e depois do exame;
  • Utilizar laxantes para a limpeza do intestino grosso, seguindo-se rigorosamente as prescrições do médico responsável pelo exame;
  • Manter uma rotina de repouso antes e depois do exame;
  • Interromper a alimentação no mínimo oito horas antes da realização do procedimento.

Uma dica muito importante é levar um acompanhante, uma vez que o exame pode exigir a sedação do paciente, impedindo-o de retornar à sua residência mesmo após o repouso.

Indicações para realizar a retossigmoidoscopia

Este tipo de procedimento faz parte da rotina de muitas pessoas, principalmente aquelas que já tiveram algum problema gastrointestinal ao longo da vida. Por esta razão, o exame tem se tornado uma exigência cada vez mais presente para o diagnóstico de outras doenças relacionadas ou não ao intestino grosso, como:

  • Analisar o estado do cólon;
  • Aparecimento de sangue nas fezes;
  • Diagnosticar causas de diarreia crônica;
  • Diagnosticar causa da perda de peso inesperada;
  • Em decorrência de hemorragia retal súbita;
  • Inflamações intestinais  como doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa;
  • Verificar alteração nos exames de rotina;
  • Verificar causa de anemia por deficiência de ferro.

Outro motivo bastante recorrente no pedido do exame é analisar mais precisamente o possível diagnóstico de câncer colorretal que são observados com o aparecimento de tumores que podem aparecer no cólon e no reto ou pólipos.

Benefícios da retossigmoidoscopia

Os benefícios desse procedimento são muito válidos e auxiliam o médico solicitante na melhor tomada de decisão, independentemente da situação.

Os principais benefícios são:

  • Análise detalhada de irregularidades;
  • Diagnóstico precoce de doenças.

Além disso, um exame detalhado como esse contribui significativamente para a prevenção de eventuais irregularidades.

Cuidados e riscos da retossigmoidoscopia

Problemas podem ocorrer em qualquer tipo de exame, desde os mais simples aos mais complexos. Mas, neste caso, é remota a possibilidade de acontecer algo, como perfurações que provocam sangramentos.

O risco mais comum são os inchaços e o aparecimento de cólicas em função dos movimentos do tubo durante o procedimento. Como consequência, o paciente pode evacuar algumas vezes.

Também podem surgir pequenas gotas de sangue nas fezes, caso o médico tenha colhido material para biópsia.

Diferenças entre retossigmoidoscopia e colonoscopia

Como são exames que têm objetivos similares, mesmo assim, a retossigmoidoscopia e a colonoscopia possuem algumas diferenças.

A colonoscopia visa avaliar todo o intestino grosso e o final de intestino delgado, ja retossigmoidoscopia é utilizada para análise da porção inferior do intestino grosso e reto.

Os preparos intestinais necessários nos dois exames também sao diferentes, sendo mais simples e rapidos na retosretossigmoidoscopia.

Quais doenças podem ser detectadas pela retossigmoidoscopia?

Exames sempre detectam alguma coisa, mesmo que involuntariamente. Porém, algumas doenças são verificadas com mais eficácia com o exame.

Dentre elas…

  • Causas de anemia
  • Câncer colorretal;
  • Causas de diarréias  crônicas
  • Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa 
  • Hemorragia retal.

Independente do objetivo, realizar exames regularmente é muito importante.

Onde realizar o exame de retossigmoidoscopia?

Procurar uma clínica especializada e de referência nos cuidados do aparelho digestivo é super importante, não apenas quando falamos de retossigmoidoscopia, mas também para outras doenças relacionadas ao intestino.

Outra dica interessante para quem já teve problemas intestinais ou para aqueles que procuram sempre estar atentos a informações atualizadas sobre a saúde do aparelho gástrico são conteúdos de valor.

E quando se trata de bons conteúdos a Gastroblog é o lugar certo.

Trata-se de um site que sempre lança conteúdos direcionados a pacientes, com informações sobre tratamentos mais atuais e práticos. Ainda conta com o suporte dos melhores profissionais e de referência do trato do aparelho digestivo.

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Manometria anorretal: entendendo o procedimento e o que esperar

Ao menor e mais simples sinal de mudança em nosso corpo, já ficamos completamente preocupados, para não dizer absolutamente desesperados, principalmente após passarmos por uma pandemia de proporções mundiais, como no caso da pandemia do Covid 19.

Quando paramos um pouco para pensar sobre os sintomas mais comuns do nosso organismo, nos lembramos rapidamente das conhecidas alterações digestivas, como a constipação ou a incontinência fecal.

Aliás, sabia que a manometria anorretal ou retal é um procedimento utilizado justamente para avaliar pacientes com casos de constipação e incontinência?

Caso não tenha conhecimento sobre este assunto, estamos aqui para te ajudar com isso.

A partir de agora vamos te apresentar, de maneira atual e bem detalhada, informações muito relevantes sobre este tipo de procedimento tão importante para os cuidados do aparelho digestivo.

Vamos lá?

O que é manometria anorretal?

A manometria anorretal ou retal é basicamente um exame utilizado para analisar pacientes de qualquer idade com quadros  principalmente de constipação ou incontinência fecal.

Trata-se de um estudo mais profundo sobre a motricidade do ânus e o processo de evacuação.

Ele consiste em avaliar minuciosamente e quantificar a pressão do esfíncter anal, o qual é o músculo responsável pelo processo de evacuação, a sensibilidade local, o reflexo de evacuação e os movimentos de evacuação.

O exame é realizado sem a administração das anestesias ou sedação. Isto porque é importante que o paciente esteja plenamente consciente, uma vez que o objetivo do exame é medir as pressões dos músculos do esfíncter e os reflexos neurais, responsáveis pelos movimentos essenciais e normais do intestino.

Veja agora como é feita a manometria anorretal.

Como é feita a manometria anorretal?

Assim como em alguns exames do aparelho digestivo, inicialmente o paciente é orientado a deitar-se sobre o lado esquerdo do corpo para a realização correta do exame.

Depois de deitado, é aplicado no local um lubrificante e é seguidamente inserido no reto uma pequena sonda flexível do calibre de um termômetro, como um pequeno balão em sua extremidade.

Esta sonda é diretamente conectada a um aparelho responsável por obter as medidas precisas e reais das pressões internas, e o pequeno balão da extremidade é inflado na parte interna do reto, justamente para avaliar a normalidade ou não dos reflexos do esfíncter.

O exame dura aproximadamente de 10 a 20 minutos e pode ser que o responsável pela realização do exame solicite ao paciente alguns movimentos específicos para avaliação mais precisa, como os movimentos naturais de evacuar, prender e até de relaxamento do esfíncter.

Um ponto muito positivo sobre o exame é que ele não é um procedimento doloroso, bem como, mesmo sendo um exame em uma área mais sensível e com mais detalhes, não é considerado perigoso.

Importante não desistir do exame, pois isto garantirá a coleta de dados mais sólidos para um melhor diagnóstico.

Quando é necessário fazer a manometria anorretal?

Os exames são uma parte importante não apenas na busca por respostas das mais diversas situações de saúde, bem como para alguns tratamentos a médio e longo prazo.

Neste aspecto, sabemos que existem exames que são realizados periodicamente, no entanto, e na maioria das vezes, o exame pode ser requerido por sintomas atrelados a alterações significativas do aparelho gastrointestinal.

Por ser um local extremamente sensível, o exame de manometria anorretal só é solicitado em situações mais peculiares, como as que destacamos a seguir.

Confira…

  • Anormalidade muscular no final do intestino;
  • Dificuldades de evacuação;
  • Dores na evacuação;
  • Incontinência fecal ou a perda involuntária das fezes.

O exame vai contribuir diretamente para um diagnóstico mais preciso, proporcionando ao paciente começar imediatamente com o tratamento correto. 

Preparos e cuidados pré e pós-exame

Os cuidados mais essenciais antes da realização do exame, além de serem importantes para um bom e preciso diagnóstico, podem interferir diretamente nos resultados e consequentemente para o tratamento assertivo.

Confira algumas dicas valiosas para uma preparação ideal no dia do exame:

  • Não realizar jejuns, a menos que seja solicitado pelo especialista;
  • Optar por alimentos leves e de fácil digestão;
  • Tentar evacuar de maneira espontânea antes do exame;
  • Não utilizar nenhum medicamento laxativo.

Já para o período pós-exame, normalmente segue-se a velha receita prescrita pela maioria dos profissionais e independente da área.

Olha só…

  • Repousar após a realização do exame por pelo menos 24 horas;
  • Ingerir bastante líquido para uma hidratação eficaz;
  • Manter uma alimentação leve;
  • Evitar ao máximo esforço físico e pegar peso excessivo.

São medidas bastante conhecidas e até muito comuns a outros tipos de exames e procedimentos do aparelho gastrointestinal ou não, porém, se seguimos como orientados, são muito benéficos.

Considerar as orientações prescritas pelo especialista que te acompanha é sempre o melhor caminho para manter a saúde em dia.

Onde fazer manometria anorretal?

Buscar por clínicas especializadas e que tenham profissionais qualificados e com boas referências frente à população é um dos primeiros passos antes de realizar qualquer tipo de exame.

Em se tratando de manometria anorretal, visto se tratar de um procedimento relacionado ao aparelho digestivo, o mais sensato é sempre procurar por clínicas que tenham como principal atividade os cuidados dos órgãos do aparelho digestivo, como o gastroenterologista e coloproctologista.

Isso porque, clínicas especializadas no atendimento, realização de exames direcionados e elaboração de tratamentos voltados para as doenças deste órgão, são clínicas projetadas exatamente para proporcionar um suporte completo.

Então, se precisar realizar este ou outro tipo de exame ligado ao aparelho digestivo, opte por clínicas e profissionais renomados e com referências significativas.

Conhecendo um pouco mais sobre a manometria anorretal e sua importância para o diagnóstico preciso das causas do surgimento da constipação e da incontinência fecal, vimos que o acesso a informações úteis é imprescindível.

Isso nos traz à tona a necessidade de ter em mãos as orientações corretas para a melhor tomada de decisão.

E o lugar certo para encontrar estas e outras informações é o Gastroblog.

Seu objetivo é disponibilizar conteúdos direcionados com um padrão técnico/científico de uma maneira descomplicada aos pacientes e atualizá-los sobre doenças, sintomas e tratamentos de uma forma leve e prática.

Não deixe de acessar e conhecer outros conteúdos tão interessantes e orientativos.

Será um prazer te ajudar com isso.

Um abraço.

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Cirurgia para refluxo: Quando é necessária e como funciona?

Os problemas de saúde relacionados ao aparelho gastrointestinal têm ganhado muito espaço no cenário do mundo inteiro, e o refluxo gastroesofágico, uma das doenças mais conhecidas do sistema digestivo, é de longe uma das mais comentadas  da atualidade.

Mesmo sendo umas das doenças mais comuns, o refluxo gastroesofágico, assim como qualquer outra doença, mesmo quando tratada corretamente, pode fazer o paciente manter os sintomas, sendo necessária uma intervenção cirúrgica, como a cirurgia para refluxo.

É exatamente sobre esse assunto que vamos tratar a partir de agora.

Nesse artigo, vamos te contar tudo sobre esse tipo de cirurgia. Como ela é recomendada para tratar o refluxo gastroesofágico e como ela age no alívio dos principais sintomas do refluxo.

Preparado?

Entendendo as causas do refluxo

Só para ficar bem claro, o refluxo ácido ou refluxo gastroesofágico, é simplesmente o retorno do conteúdo do estômago ou suco gástrico para o esôfago, em uma região localizada logo abaixo da garganta.

Normalmente isso é ocasionado pela disfunção da válvula (esfíncter) que se localiza entre o esôfago e o estômago. Popularmente falando, quando a pessoa tem refluxo, sente aquela desagradável sensação de azia ou queimação nesta região, causado pelo retorno do suco gástrico.

Isso tudo acontece devido uma alteração anatômica da pessoa ou pelo mau funcionamento do esfíncter, que é um anel de músculos localizado entre o esôfago e o estômago, que tem a função de liberar os alimentos para o estômago e impedir o retorno do suco gástrico.

Porém, o refluxo pode estar relacionado a outros fatores, como:

  • Consumo excessivo de álcool;
  • Bebidas cafeinadas;
  • Bebidas gasosas;
  • Consumo de alimentos ricos em gorduras;
  • Uso constante de medicamentos;
  • Tabagismo.
  • Obesidade

Outro detalhe muito importante é que além dessas causas, o refluxo pode ocorrer devido a outras doenças do aparelho digestivo como a hérnia de hiato, por exemplo.

Quando é necessário a cirurgia para refluxo?

Como na maioria dos casos de doença que se faz necessário uma intervenção cirúrgica, a cirurgia para refluxo é solicitada quando o tratamento de controle e reparação com uso de medicamentos não apresenta melhoras significativas.

O tratamento clínico inicial e padrão é o uso de medicamentos para o controle dos sintomas do refluxo, porém, quando a redução dos sintomas ou controle não acontece, ou paciente apresenta complicação (abaixo) o ideal é discutir a necessidade de tratamento cirúrgico .

Isso porque o refluxo pode desencadear outras doenças mais graves, por exemplo:

  • Alterações na mucosa;
  • Estenose;
  • Metaplasia intestinal (Esofago de Barret)
  • Sangramentos;
  • Úlceras;
  • Câncer.

Por esse motivo, ao menor sinal de permanência dos sintomas, o paciente deve ser reavaliado, seu tratamento otimizado, e ainda assim, persistindo as alterações, cogitar a intervenção cirúrgica .

Tipos de procedimentos cirúrgicos para refluxo

Existem três tipos de procedimentos cirúrgicos que podem ser utilizados para a correção do refluxo, como:

  • Cirurgia convencional;
  • Videolaparoscopia;
  • Cirurgia robótica.

Cirurgia convencional

Trata-se de uma cirurgia com técnica de corte na parte superior do abdômen, no entanto, técnica pouco utilizada atualmente em função das vantagens que os outros métodos fornecem.

Videolaparoscopia

Nesse procedimento, o cirurgião faz pequenas incisões na região mais alta do abdômen, por onde serão inseridas: pinças, tesouras e uma pequena câmera.

A câmera é justamente para a visualização detalhada do local, permitindo precisão nas etapas da cirurgia.

Um ponto positivo desse procedimento é que ele inibe sangramentos descontrolados e complicações, além é claro, de minimizar consideravelmente o tempo de internação e recuperação do paciente, viabilizando um retorno mais rápido às suas atividades do dia a dia.

Cirurgia robótica

Essa é a técnica mais moderna para a realização de cirurgia do refluxo gastroesofágico.

Também é realizado com incisões na região mais alta do abdômen, porém, conta com o suporte de um robô guiado pelo cirurgião para a realização de movimentos precisos, proporcionando mais segurança ao paciente.

Apesar disso, o procedimento mais utilizado para correção do refluxo, inclusive por ser o menos invasivo que as cirurgias abertas e que proporciona uma recuperação mais rápida, é a fundoplicatura ou cirurgia de Nissen, realizada com a técnica de videolaparoscopia.

Esse tipo de técnica de cirurgia é tão simples que, geralmente, o paciente recebe alta hospitalar, um dia após a realização do procedimento.

Incrível, não é mesmo?

Como funciona a cirurgia para refluxo?

Seja qual for a técnica utilizada na cirurgia para refluxo, o seu funcionamento segue um mesmo padrão.

Confere os passos comigo…

  • É realizada e um ambiente hospitalar devidamente preparado;
  • O paciente sempre recebe anestesia geral;
  • São feitos pequenos cortes ou incisões na parte alta do abdômen para passagem dos instrumentos cirúrgicos.
  • Com a câmera verifica-se toda a estrutura alterada.
  • O estômago do paciente é liberado de suas aderências, e suturado em torno do esôfago, como se fosse uma gravata (Técnica de Nissen).
  • Esta gravata é frouxa em torno do esofago, mas permite reforçar anatomicamente a entrada do estômago , impedindo o retorno ácido ao esôfago.

Essa cirurgia é considerada  segura e rápida, com tempo de duração estimado entre 1 a 1,5 horas. 

Recuperação e riscos potenciais da cirurgia de refluxo

A orientação inicial para qualquer cirurgia é o repouso total nos primeiros dias após o procedimento, manter o local das incisões sempre limpo e seco e administrar rigorosamente os analgésicos prescritos para o período pós-operatório.

No entanto, nesse caso é recomendado a realização de pequenas caminhadas para restabelecimento da força na região das incisões e também evitar permanecer sentado ou deitado por muito tempo.

Os riscos mais comuns são os sangramentos no local do procedimento, o aparecimento de edemas e finalmente as infecções, que são um risco eventual para a maioria dos procedimentos cirúrgicos.

Conclusão

Interessante como para todo o tipo de doença sempre existe um tratamento específico e até mesmo um procedimento cirúrgico, como a cirurgia para refluxo que falamos há pouco.

E como os cuidados com o aparelho digestivo estão na moda, buscar informações seguras pode fazer muita diferença.

Se você busca informações sólidas, confiáveis e de forma descomplicada e prática, a Gastroblog é o que você precisa.

A Gastroblog é um site perfeito para pessoas que querem estar por dentro de todos os assuntos do aparelho digestivo, pois seu objetivo é proporcionar o acesso a informações verdadeiras, concedidas por especialistas no aparelho digestivo.

Não fique na curiosidade, venha e aprenda muito mais conosco.

Aguardamos por você.

Um abraço.

Imagem de Sasin Tipchai por Pixabay




Apendicectomia: tudo o que você precisa saber sobre a cirurgia de apendicite

Cuidar da saúde nunca foi tão importante como nos dias atuais, principalmente quando falamos do aparelho digestivo, um sistema muito afetado por um modo vida sem moderação.

Se você já passou, está prestes a passar por essa cirurgia ou apenas deseja adquirir mais conhecimentos para ficar por dentro do assunto, fique tranquilo porque você está no lugar certo.

Preparamos um conteúdo completo para que você conheça tudo o que precisa saber e as informações mais importantes sobre a cirurgia de apêndice.

Nos acompanhe…

O que é apendicectomia e quando é necessária?

A apendicectomia ou cirurgia de apêndice é um procedimento cirúrgico que consiste na retirada do apêndice que, na maioria das vezes, é causado  por inflamação ou infecção.

Antes de mais nada, é preciso saber que o apêndice é um órgão parecido com uma pequena bolsa localizada do lado direito da parte inferior do intestino grosso (ceco),  não sendo essencial para o organismo.

No entanto, mesmo ele não sendo tão necessário assim, a sua inflamação pode causar sérios problemas de saúde. Por isso que nesses casos de inflamação ou infecção é necessário a apendicectomia, que se trata da remoção do apêndice cecal ou vermicular.

É claro que a cirurgia pode ser feita por outros motivos também ligados a algum problema intestinal. Só que o principal fator ainda são as inflamações ou as infecções, normalmente ocasionadas pelo acúmulo de fezes no interior do órgão.

Conheça alguns dos sintomas mais comuns:

  • apatia;
  • dor abdominal (um dos primeiros sintomas);
  • febre;
  • inchaço abdominal;
  • náusea, seguida de vômito;
  • perda de apetite.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre a cirurgia de apêndice, vamos dar um novo passo nos aprofundando?

Então vamos lá que tem muita coisa bacana para vermos…

Como é feita a cirurgia de apêndice?

A apendicectomia é um processo cirúrgico que, para ser realizado, segue alguns passos, como em outros tipos de cirurgia, mas possui algumas peculiaridades.

Vamos ver um pequeno resumo do processo?

Primeiro passo

Assim como em outras operações, tudo se inicia com a aplicação da anestesia, que pode ser a geral ou a regional (raquidiana).

Para não deixar dúvidas, a anestesia geral é aquela que deixa o paciente totalmente adormecido e sem nenhuma consciência, sendo geralmente utilizada exatamente nas cirurgias do abdômen, cérebro e coração.

Já a anestesia regional ou de bloqueio é mais simples e é aquela em que a anestesia é aplicada apenas no local do corpo que será operado, com o paciente podendo permanecer acordado ou não.

Segundo passo

Depois que o paciente está anestesiado, se faz a incisão ou corte exatamente na direção do órgão, na região da fossa ilíaca, ou seja, a parte mais baixa do abdômen a direita, sendo esta incisão de aproximadamente 12 mm, com abertura da pele e dos músculos do local, acessando a cavidade abdominal, localização do apêndice e sua apreensão, para iniciar então sua remoção.

Esse momento é a preparação para a retirada do apêndice, onde os vasos são seccionados , e o apêndice então retirado.

Terceiro passo

Após realizada a remoção do apêndice usa-se um instrumento parecido com um grampeador para fechar o local da sua retirada no intestino (ceco).  

Por fim é realizada uma limpeza do local do apêndice, para retirada de líquidos e secreções, fechamento dos músculos e da pele, finalizando a cirurgia.

Lembrando que esta cirurgia também pode ser realizada por laparoscopia (com câmeras), com ligeiras mudanças, mas mantendo a mesma sequência descrita.

Existem outras ações que são feitas nesse momento, mas procuramos apenas descrever um resumo básico de como a cirurgia é realizada.

Não fique preocupado. Essa cirurgia é um procedimento simples, seguro e com baixo índices de complicações graves. 

Sem estresse, tudo bem?

Quais são os riscos e as complicações da apendicectomia?

Como em qualquer outro procedimento cirúrgico, na apendicectomia alguns riscos e algumas complicações podem acontecer logo após a sua realização, sendo o tipo mais comum a abertura dos pontos cirúrgicos e as infecções da pele.

Porém, podem aparecer outras irregularidades, como: abscessos, fístula, hemorragia e peritonite.

Saiba um pouco mais sobre elas…

Abscessos

Trata-se do surgimento ou de um pequeno acúmulo de pus que, na maioria das vezes, é resultado natural das infecções bacterianas. No entanto, o aparecimento do pus pode também representar outra doença cutânea ou da pele.

Fístula

A fístula é uma comunicação irregular entre duas partes do corpo que, normalmente, não se comunicam, por exemplo entre o intestino onde foi retirado o apêndice e a pele do abdômen. Trata-se basicamente de uma anomalia proveniente da cirurgia, e normalmente sua correção também exige outra cirurgia

Hemorragia

A hemorragia é uma perda de sangue ocasionada pelo local da abertura para a realização da cirurgia, em geral com pouca gravidade e de resolução mais simples.

Peritonite

A peritonite é uma inflamação do tecido residual do apêndice, que acaba se espalhando pela  cavidade abdominal, que também pode ser corrigida com os medicamentos apropriados.

Como é o pós-operatório da cirurgia de apêndice?

No período pós-operatório da cirurgia de apêndice podem surgir algumas dores e até hematomas no local do corte abdominal imediatamente ou nos primeiros dias depois da operação, podendo ser contidos com o uso de analgésicos prescritos pelo médico especialista.

Uma boa notícia é que o paciente pode ser liberado para deixar o hospital até 24 horas depois da realização da operação, mas mesmo recebendo a tão esperada alta hospitalar, certos cuidados devem ser tomados.

E o principal deles é obedecer ao período de recuperação que, nesses casos, pode ser um pouco mais longo, ainda mais para atividades mais rigorosas e que exigem esforço físico.

Então, atenção redobrada nesse momento, ok?

Quais são as precauções e os cuidados necessários após a apendicectomia?

Os cuidados após qualquer procedimento médico, em sua grande maioria, são os mesmos e dizem respeito à volta ao cotidiano gradativamente.

Isso mesmo que você leu.

Voltar à vida normal depois dessa cirurgia vai depender muito do comportamento consciente do paciente, que deve seguir rigorosamente alguns dos cuidados listados a seguir:

  • repouso moderado nas primeiras semanas;
  • tratar a ferida para rápida cicatrização;
  • beber bastante água e líquidos leves como chás;
  • alimentação saudável e equilibrada;
  • evitar exercícios físicos, salvo por indicação do médico;
  • ficar atento aos sinais de inflamação como a febre repentina.

Sabendo disso e seguindo essas orientações, a recuperação será rápida e sem maiores transtornos.

Conclusão

É incrível aprender mais sobre o nosso organismo e descobrir como um órgão tão pequeno tem tamanha importância para nossa sobrevivência e, às vezes, até precisa de uma cirurgia como a apendicectomia, não é verdade?

E que bom que você chegou até aqui, porque sempre temos novidades no nosso site. Então, continue acompanhando nossos posts que sempre temos uma surpresa para você.

Até breve!




Colectomia: Descubra o que é, quando é necessária e os cuidados?

A colectomia é um procedimento cirúrgico crucial principalmente para tratar o câncer de cólon. Descubra quando essa intervenção é recomendada e como se preparar.

Antes de se submeter a esse procedimento cirúrgico, é essencial que o paciente esteja bem informado e compreenda todos os aspectos do procedimento. Continue a leitura e veja todos os detalhes sobre o assunto.

O que é a colectomia e como é realizada?

Trata-se de um procedimento cirúrgico que consiste na remoção total ou parcial do cólon, também conhecido como intestino grosso

Essa intervenção é indicada em diferentes condições médicas, como câncer colorretal, doença inflamatória intestinal, perfuração intestinal, obstrução, diverticulite grave e pólipos grandes.

Existem diferentes tipos de colectomia, dependendo da porção do cólon que será removida.

A colectomia total envolve a remoção completa do cólon, enquanto a parcial ou segmentar remove apenas uma parte específica do cólon. 

Além disso, pode ser realizada uma ileostomia ou colostomia, que é a criação de uma abertura na parede abdominal para a passagem das fezes, caso seja necessário desviar temporariamente o trânsito intestinal.

Este procedimento pode ser realizado por meio de cirurgia aberta ou laparoscópica. 

Na cirurgia aberta, é feita uma incisão na parede abdominal para acessar o cólon. 

Já na cirurgia laparoscópica, são realizadas pequenas incisões na parede abdominal para inserção de uma câmera e instrumentos cirúrgicos especiais. A laparoscopia é menos invasiva e permite uma recuperação mais rápida.

Durante a cirurgia, o cirurgião remove o segmento do cólon afetado pela doença ou condição médica. 

Em seguida, os extremos saudáveis do cólon são unidos novamente por meio de suturas ou grampos cirúrgicos. 

Se for necessária uma ileostomia ou colostomia temporária, o cirurgião cria uma abertura no abdômen para a saída das fezes, que serão coletadas em uma bolsa externa.

É importante lembrar que este é um procedimento cirúrgico complexo e que cada caso é único. 

Por isso, é fundamental que a decisão e a realização desse procedimento sejam discutidas entre o paciente e a equipe médica, considerando os riscos, benefícios e condições específicas de cada indivíduo.

Quando a colectomia é necessária para tratar o câncer de cólon?

A decisão de realizar uma cirurgia como essa no tratamento do câncer de cólon depende de vários fatores, incluindo o estágio do câncer, a localização do tumor e a saúde geral do paciente.

A cirurgia é geralmente considerada necessária quando o câncer de cólon está em estágios mais avançados, quando o tumor se espalhou para além do revestimento do cólon ou para os linfonodos próximos. 

Nessas situações mencionadas, a remoção cirúrgica do cólon afetado pode ser a melhor opção para interromper a progressão do câncer e prevenir metástases para outras partes do corpo.

Além disso, o procedimento em questão pode ser recomendado em casos de pólipos adenomatosos grandes ou múltiplos, que são crescimentos pré-cancerígenos no cólon. 

Se os pólipos forem grandes ou numerosos, pode ser necessário remover a porção correspondente do cólon para reduzir o risco de desenvolvimento futuro de câncer.

Quais são os riscos e complicações associados à colectomia?

Embora seja um procedimento comum, existem riscos e complicações associados a essa cirurgia, que podem variar dependendo da extensão da cirurgia e da saúde geral do paciente.

Um dos principais riscos é a possibilidade de complicações relacionadas à anestesia, como reações alérgicas, problemas respiratórios ou cardiovasculares. 

Fora isso, como em qualquer procedimento cirúrgico, há o risco de infecção no local da incisão ou infecções mais graves como, por exemplo, a pneumonia.

Outra complicação comum é o sangramento durante ou após a cirurgia. Embora seja esperado algum sangramento durante o procedimento, em alguns casos pode ocorrer hemorragia excessiva, exigindo intervenção adicional, transfusões sanguíneas ou, em casos graves, até mesmo a remoção do cólon inteiro.

A formação de coágulos sanguíneos é outra preocupação durante e após a realização da operação. 

Esses coágulos podem se desenvolver nas pernas (trombose venosa profunda) e, se migrarem para os pulmões (embolia pulmonar), podem representar um risco à vida do paciente.

Complicações intestinais também podem ocorrer após o procedimento.

Adesões, obstruções, vazamento de líquido intestinal ou fístulas são complicações potenciais que podem requerer cirurgia adicional ou intervenção médica para correção.

E também, essa cirurgia pode levar a alterações temporárias ou permanentes no padrão de evacuação intestinal. 

Alguns pacientes podem experimentar diarreia frequente ou incontinência fecal, enquanto outros podem enfrentar constipação crônica

Todas essas mudanças podem ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente.

Vale ressaltar que nem todos os pacientes enfrentarão essas complicações e riscos, e a maioria dos casos de colectomia são bem-sucedidos, levando à resolução dos problemas de saúde subjacentes. 

No entanto, é essencial discutir todos os riscos e complicações em potencial com o cirurgião e seguir todas as instruções pré e pós-operatórias para minimizar essas intercorrências.

Como se preparar para a cirurgia de colectomia?

Esse é um procedimento cirúrgico muito importante que requer uma preparação adequada para garantir o sucesso da intervenção e uma recuperação mais tranquila. 

Aqui estão algumas etapas importantes para se preparar para a cirurgia:

1 – Consulta médica

A primeira etapa é agendar uma consulta com o cirurgião responsável para discutir a necessidade da cirurgia e tirar todas as suas dúvidas. 

O médico irá avaliar sua condição de saúde, solicitar exames e discutir os detalhes da operação.

2- Exames pré-operatórios

Geralmente, serão solicitados exames de sangue, radiografias, tomografias ou ressonâncias magnéticas para avaliar o estado do cólon e garantir que não haja complicações adicionais.

3- Medicações

O médico pode orientar você a suspender certos medicamentos antes da cirurgia, especialmente aqueles que possam aumentar o risco de sangramento ou interferir na anestesia. 

Informe-se com antecedência sobre quais medicamentos você deve manter em suspensão e por quanto tempo.

4- Dieta

Em geral, é necessário seguir uma dieta especial alguns dias antes da cirurgia.

Isso pode incluir evitar alimentos sólidos, mas o médico ou nutricionista fornecerá as orientações específicas para você.

5- Limpeza intestinal

Dependendo do tipo de operação a ser feita, pode ser necessário realizar uma limpeza intestinal completa antes da cirurgia, envolvendo o uso de laxantes e soluções especiais para esvaziar completamente o cólon.

6- Mantenha o médico informado sobre sua saúde

É essencial informar o médico sobre quaisquer condições de saúde preexistentes, alergias a medicamentos, histórico cirúrgico anterior e outros detalhes relevantes. 

Com essa ação, você ajudará a equipe médica a planejar a cirurgia adequadamente e evitar complicações.

O que esperar durante a recuperação após a colectomia?

Após a colectomia, a recuperação gradual é esperada. 

A hospitalização inicial ocorre, seguida por controle da dor com medicamentos.

É dado início a dieta com líquidos intravenosos e progredindo para líquidos, alimentos macios e dieta normal.

Os pontos de incisão devem ser cuidados e o acompanhamento médico regular é muito necessário nesse momento.

As possíveis complicações podem incluir infecções, sangramento, vazamento de anastomose (lical onde o intestino foi unido), formação de aderências ou complicações anestésicas. 

Por isso é fundamental seguir as orientações específicas de recuperação que o médico fornecerá, com base na condição do paciente e na cirurgia realizada.

A colectomia é um procedimento sério que requer cuidados especializados para uma recuperação eficaz e um retorno saudável à qualidade de vida.

Portanto, atentar-se às instruções médicas e adotar um estilo de vida saudável são essenciais para uma recuperação bem-sucedida nesta cirurgia.

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Ileostomia: entenda o que é e quais os cuidados necessários

Você já ouviu falar em ileostomia? 

Trata-se de um procedimento cirúrgico que pode parecer desconhecido para muitos, mas que tem um impacto significativo na vida de diversas pessoas. 

Se você está buscando compreender melhor o que é a ileostomia e quais os cuidados necessários, está no lugar certo!

Neste artigo vamos desvendar os mistérios dessa cirurgia e fornecer informações fundamentais para quem vive ou convive com a ileostomia. 

Abordaremos desde o procedimento em si, até os cuidados essenciais para garantir uma vida saudável e confortável após a cirurgia.

Se você quer entender mais sobre a ileostomia, um procedimento cirúrgico que cria uma abertura no abdômen para a eliminação de fezes, seus benefícios e como cuidar adequadamente dessa condição, continue lendo este artigo! 

Se você tiver que fazer, ou já fez essa cirurgia, descubra tudo o que você precisa saber sobre a ileostomia.

O que é ileostomia?

A ileostomia é um procedimento cirúrgico que envolve a criação de uma abertura artificial chamada de estoma no abdômen, por meio da qual o intestino delgado é conectado à superfície da pele. 

Essa abertura permite a eliminação do conteúdo intestinal diretamente para fora do corpo, em um dispositivo coletor especial.

A necessidade de uma ileostomia pode surgir em situações em que parte do intestino grosso do reto ou intestino delgado precisam ser removidos devido a doenças, como câncer colorretal, doença de Crohn, colite ulcerativa ou lesões traumáticas. 

Nesses casos, a ileostomia é realizada para permitir que os resíduos do sistema digestivo sejam eliminados de forma segura.

Embora a ileostomia possa parecer assustadora ou desconfortável, ela pode trazer uma melhoria significativa na qualidade de vida de pacientes que enfrentam condições intestinais graves. 

Com os avanços da medicina e dos dispositivos médicos, os sistemas de coleta de bolsas para ileostomia tornaram-se mais seguros, discretos e fáceis de gerenciar, permitindo que os pacientes retomem suas atividades diárias com confiança.

Como é feita a cirurgia de ileostomia?

O procedimento cirúrgico começa com a administração de anestesia geral, garantindo que o paciente esteja confortável e sem dor durante todo o processo. 

Em seguida, o cirurgião faz uma incisão no abdômen. Avalia o tipo de cirurgia necessária para o caso (tumores, hérnias ou outras condições) e então, decidindo  ser necessária a realização da ileostomia, acessa o intestino delgado e localiza uma parte mais ao fim deste, chamado de  íleo, responsável pela absorção dos nutrientes.

Nesse ponto, é feita a abertura do íleo sendo trazido à superfície da pele, criando o estoma.

O estoma é fixado na pele e é coberto por uma bolsa coletora, que é especialmente projetada para se encaixar confortavelmente e aderir à pele ao redor do estoma. 

Após a conclusão da ileostomia, o cirurgião verifica cuidadosamente o estoma e a bolsa coletora para garantir que não haja vazamentos e que tudo esteja funcionando corretamente. 

O paciente é então levado para a recuperação, onde a equipe médica fornecerá as instruções necessárias para cuidar do estoma e da bolsa coletora.

Na maioria dos casos, a ileostomia é temporária, e após a melhora do quadro que levou a necessidade de realizá-la, ela pode ser fechada com segurança, levando o paciente a sua vida habitual.

Cuidados necessários com a ileostomia

Para garantir o conforto e a saúde do paciente, é essencial adotar alguns cuidados específicos após a realização da cirurgia de ileostomia.

A higiene adequada do estoma e da pele circundante é fundamental. 

Utilize produtos suaves e não irritantes para limpar a área, e esteja atento a qualquer sinal de alterações, comunicando ao médico imediatamente.

A escolha da bolsa coletora também é crucial para o bem-estar do paciente.

Verifique o encaixe correto da bolsa, esvazie-a regularmente e siga as instruções médicas para a substituição adequada.

É essencial manter acompanhamento médico regular para monitorar a saúde geral e receber orientações específicas sobre a ileostomia. 

O médico poderá responder as perguntas, fornecer informações atualizadas e ajudar a lidar com possíveis complicações.

Lembre-se de que cada paciente é único e as necessidades podem variar. 

Seguir corretamente as orientações médicas e estar atento ao próprio corpo são medidas importantes para uma vida normal e saudável após a ileostomia.

Alimentação adequada para quem fez o procedimento

A alimentação adequada após o procedimento de ileostomia é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar do paciente. 

Com algumas mudanças simples de hábitos, é possível seguir uma dieta equilibrada e fácil de se manter.

É essencial consumir alimentos de fácil digestão, como frutas cozidas, vegetais bem cozidos, carnes magras, peixes e ovos. 

Divida as refeições em porções menores e mastigue bem os alimentos. Isso ajudará na digestão e na absorção dos nutrientes.

Beba bastante líquido para evitar a desidratação. Opte por água, sucos naturais e chás, evitando bebidas gaseificadas e alcoólicas.

Algumas pessoas podem precisar evitar certos alimentos, como alimentos condimentados, picantes e alimentos que produzem gases, como feijão e repolho. 

É necessário seguir uma orientação nutricional adequada para obter um plano alimentar personalizado que irá atender às suas necessidades específicas após a ileostomia.

Como lidar com as mudanças na rotina após a cirurgia?

Após a cirurgia, é natural enfrentar mudanças na rotina, exigindo um período de adaptação para garantir uma recuperação bem-sucedida. 

A chave para lidar com essas mudanças reside na adoção de uma abordagem equilibrada, composta por cuidados físicos e emocionais. 

Inicialmente, é primordial seguir rigorosamente as orientações médicas, respeitando os tempos de repouso, medicamentos prescritos e sessões de fisioterapia. 

Além disso, é essencial promover uma alimentação saudável, com nutrientes adequados para acelerar a cicatrização e fortalecer o sistema imunológico. 

Ao mesmo tempo, é fundamental cuidar do bem-estar emocional, buscando apoio familiar e de amigos, bem como explorar terapias complementares, como meditação e relaxamento, por exemplo. 

É importante ter paciência consigo mesmo durante esse período de transição, mantendo uma atitude positiva e buscando um retorno gradual às atividades cotidianas. 

Essa jornada de recuperação proporcionará uma oportunidade de crescimento pessoal e um renascimento de hábitos saudáveis, levando a uma qualidade de vida aprimorada e a um melhor relacionamento consigo mesmo após a cirurgia.

Conclusão

A ileostomia, uma cirurgia que cria uma abertura no abdômen para a eliminação de fezes, desempenha um papel vital no tratamento de doenças intestinais graves, e na maioria das vezes é temporária.

No entanto, cuidar de uma ileostomia requer atenção e conhecimento específico. 

É essencial adotar medidas de higiene rigorosas, como a limpeza regular da bolsa coletora, a fim de evitar infecções e vazamentos indesejados. 

Além disso, uma alimentação balanceada e um acompanhamento nutricional são fundamentais para evitar complicações e manter um estado geral de saúde adequado.

Também, lembre-se de buscar apoio emocional e educacional para enfrentar as mudanças no estilo de vida e se adaptar à nova realidade. 

Com cuidados adequados, é possível viver uma vida plena e saudável após uma ileostomia.

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Entendendo a colostomia: o que você precisa saber sobre este procedimento?

Saúde é coisa séria e passar por certos procedimentos clínicos ou cirúrgicos em alguma fase, faz parte de nossa vida. Seja por rotina em um check-up ou por alguma eventualidade específica, visando constatar ou reparar alguma irregularidade, a visita ao médico pode acontecer em algum momento ou outro.

Tais procedimentos vão dos mais simples aos mais complexos, da forma mais básica à mais avançada, como, por exemplo, uma colostomia que é um procedimento bem comum apesar do nome.

Após ouvir esse nome, que talvez seja a primeira vez que esteja escutando, você deve se perguntar: mais o que é uma colostomia?

Vamos-te ajudar a descobrir a partir de agora. Vem comigo…

O que é colostomia?

A colostomia é um procedimento cirúrgico utilizado para ligar uma parte do intestino grosso à parede do abdômen, com o intuito de permitir a saída das fezes por meio de uma bolsa externa.

Mais claramente, consiste na exteriorização de um pedaço pequeno do intestino, através da parede do abdômen, para que o intestino funcione normalmente.

Este tipo de procedimento é efetuado quando existe algum problema que impede a evacuação das fezes naturalmente, pelo ânus.

Geralmente, essa técnica é usada como parte do tratamento cirúrgico de  alguns problemas de saúde, como diverticulite, obstruções e até em cânceres do sistema gastrointestinal.

Sendo bem mais direto, é um recurso que serve para desviar o trânsito das fezes que, como dito a pouco, não pode ser eliminado realizando o processo de digestão e evacuação natural.

Apesar de ser frequente em uma situação vista como delicada, a colostomia, é utilizada em casos também de menos complexidade por um período curto de tempo. Ou seja, o paciente apenas utiliza a bolsa no período de recuperação pós-cirurgia na região anal ou intestinal.

No entanto, em uma ocorrência mais grave, como em casos de obstrução de parte do intestino, a bolsa é mantida por um período maior.

Os tipos mais comuns de colostomias

Existem, no entanto, outros tipos de colostomias, entre eles destacando-se os seguintes:

  • Colostomia simples ou terminal: Quando somente o segmento de intestino que leva as fezes e exteriorizado. 
  • Colostomia em duplo cano ou em alça: Os dois segmentos do intestino (o que leva as fezes e o que receberia) são exteriorizados juntos pelo mesmo local, ficando a colostomia com “duas bocas”.

Quando esse procedimento é indicado?

Apesar de estar, na maior parte das vezes, diretamente ligada a problemas intestinais, a colostomia pode ser necessária em outras situações.

Recapitulando, primariamente, é usada em situações que impeçam a pessoa de evacuar naturalmente, mas, anota aí os demais casos:

  • Abertura anal inexistente;
  • Ânus bloqueado;
  • Bloqueio intestinal parcial ou total; 
  • Câncer colorretal;
  • Feridas e fístulas no períneo;
  • Infecção intestinal grave;
  • Inflamação grave do cólon;
  • Polipose adenomatosa familiar;
  • Retocolite ulcerativa.

Quais são os riscos e benefícios da cirurgia de colostomia?

Mesmo se tratando de um procedimento cirúrgico que de certa forma tira um pouco a nossa vida da normalidade, com mais visitas que o normal ao hospital, passar por momentos assim pode salvar nossas vidas.

E toda a mudança traz consigo riscos e benefícios, ainda mais quando estamos nos referindo à saúde que é um tema que não pode passar despercebido, mesmo sendo de menor complexidade.

A colostomia, por exemplo, assim como qualquer outro procedimento cirúrgico, tem o seu grau de risco a ser considerado, no entanto, também existe o seu lado do benefício.

Benefícios

O seu principal benefício é viabilizar a volta à normalidade do dia a dia. Possibilita que o paciente possa realizar todas as atividades que necessita, sejam as pessoais ou mesmo as profissionais. 

Significa, literalmente, voltar a viver como antes. Obviamente, sempre dando uma atenção especial aos cuidados que todo o estado de saúde pós-cirúrgico exige.

Porém, é necessário direcionar certa atenção aos riscos que todo o procedimento cirúrgico traz, não porque estamos falando de colostomia, mas em qualquer tipo de intervenção cirúrgica.

Riscos

Os riscos devem-se a complicações que eventualmente ocorrem após o procedimento, quase sempre no local da abertura ou corte do estômago, sendo as complicações mais recorrentes:

  • Sangramentos;
  • Infecções;
  • Necrose;
  • Retração;
  • Dermatite;
  • Prolapso;
  • Hérnia.

Quais complicações podem ocorrer com a colostomia?

As complicações originadas após o procedimento da colostomia podem ser de duas formas, precoces ou tardias. 

As complicações precoces normalmente ocorrem imediatamente no período pós-cirúrgico, sendo as irritações na pele, bem como a formação dos hematomas que infelizmente surgem no local da abertura, ou ostomia como é conhecida.

Já as complicações tardias geralmente se apresentam em um período um pouco maior após a cirurgia. As mais frequentes são: 

  • Estenose: é o desenvolvimento de um excesso de pele após a cicatrização do estoma;
  • Prolapso da ostomia: quando parte do intestino fica para fora, ocasionada por má fixação do estoma;
  • Hérnia paraestomal: inchaço do intestino sob a pele em função da abertura do tecido muscular;
  • Retração da ostomia: quando o estoma é puxado para dentro do abdômen em função de tensão;
  • Necrose: é a morte de tecidos do local;
  • Hemorragia: perda de sangue em função de rompimento de vasos sanguíneos próximo do local.

Cuidados após as cirurgias

Os cuidados são os mesmos normalmente empregados em outros procedimentos cirúrgicos, isto é, desde o uso de medicamentos e higienização do local visando sua rápida cicatrização à proteção do estoma. Além disso, sempre que possível, exponha a pele ao sol por no máximo 20 minutos ao dia.

Quer saber mais, entre no site da Associação Brasileira de Ostomizados (https://www.ostomizados.com/associacoes/associacoes.html).

Essas medidas contribuem significativamente para o retorno gradativo à normalidade.

Uma dica extra é sempre estar de olho nas orientações disponibilizadas em alguns veículos de informação, principalmente na internet que podem nos dar uma pequena ajuda em qualquer hora, e sobre isso, aproveite para seguir o Gastroblog.

Acompanhe nossos posts e tire as suas dúvidas com as melhores orientações possíveis.

Será um prazer te receber.

Até breve!




O que você deve saber antes de optar pela cirurgia bariátrica?

As cirurgias bariátricas são uma opção cada vez mais comum para aqueles que lutam contra a obesidade crônica. Embora seja eficaz para promover a perda de peso significativa, este procedimento também envolve alguns riscos. Por isso, o interessado no procedimento precisa se munir de informações antes de decidir pela cirurgia.

Neste artigo, vamos mostrar alguns pontos a serem considerados antes de optar pela cirurgia bariátrica, incluindo os possíveis riscos, tipos de cirurgias bariátricas e indicações.

O que é a cirurgia bariátrica e como ela é realizada?

A cirurgia bariátrica é um procedimento cada vez mais realizado, visando a perda de peso. Ela é indicada para pessoas que não conseguem emagrecer por meio dos métodos convencionais, como dietas e exercícios. Nas cirurgias bariátricas, o cirurgião altera a anatomia do estômago e do intestino para induzir a perda de peso, sendo que atualmente, há dois tipos principais de procedimentos.

Gastroplastia vertical ou sleeve

Esse método retira parte do estômago, deixando-o com um formato de tubo, diminuindo seu volume, sem causar alteração no intestino. É um tipo de cirurgia que leva a diminuição do volume de alimento que o paciente consegue ingerir, levando então a perda de peso. Por conta deste mecanismo, este tipo de cirurgia é chamado de restritiva.

Bypass gástrico ou Gastroplastia redutora (Cirurgia de Capella)

Neste método, o estômago é separado por grampos em duas partes, ficando uma pequena parte ligada ao esôfago (reservatório gástrico), e a maior parte separada do restante. É também realizada uma anastomose (junção) entre o intestino delgado e essa pequena parte que ficou do estômago, fazendo com que a comida ingerida acabe “pulando uma parte inicial do intestino, diminuindo sua absorção. Assim a quantidade ingerida de alimento é pequena (cirurgia restritiva), e sua absorção diminuída (cirurgia disabsortiva), sendo por isso o mecanismo de emagrecimento deste tipo de cirurgia chamado de misto.

O que avaliar antes do procedimento cirúrgico?

A cirurgia bariátrica pode ser uma maneira eficaz de tratar a obesidade, mas é importante entender os riscos e as limitações antes de tomar essa importante decisão. Por isso, os pacientes devem conhecer todos os fatos sobre a cirurgia bariátrica, para que eles possam decidir conscientemente se essa é a melhor.

Recomenda-se buscar orientações com o médico para que ele possa explicar os riscos envolvidos. É importante lembrar também que haverá uma mudança de estilo de vida após o procedimento. Ou seja, o paciente precisará seguir uma dieta controlada e também será necessário abandonar o sedentarismo.

A cirurgia bariátrica tem opções diferentes, que devem ser discutidas com o médico para determinar a que se adapta melhor ao paciente e aos seus objetivos. Além disso, o procedimento também requer preparação física e mental, para que o corpo e a mente possam lidar bem com os efeitos da operação.

Avalie seu IMC

A cirurgia bariátrica é uma opção importante para perda de peso, mas antes de qualquer decisão, é importante lembrar que é vital avaliar o IMC (Índice de Massa Corporal) do paciente. Este índice é utilizado para avaliar o peso em relação à altura do paciente, e determinar  o estado nutricional e diagnosticar a obesidade.

O IMC é calculado dividindo o peso corporal pela altura ao quadrado. Se o resultado do IMC for entre 25 e 30 o paciente está com sobrepeso, se entre 30 a 35 é considerado com obesidade grau I, entre 35 e 40 obesidade grau II e acima de 40 obesidade grau III.

As cirurgias bariátricas hoje são indicada aos pacientes com IMC entre 35 e 40 que possuem comorbidades (doenças relacionadas a obesidade) como diabetes e artrose, e para todos acima de IMC 40.

Importante: Para que o paciente seja considerado apto para realizar a cirurgia, o IMC precisa estar estável há pelo menos 2 anos.

Qual cirurgia escolher?

Esta decisão se baseia no IMC, características do paciente e escolha do cirurgião. De forma geral, a Gastrectomia vertical é a escolha para pacientes com necessidade de menor perda de peso, e por não possuir anastomoses, tem menor risco cirúrgico. Já a gastroplastia redutora, é reservada para pacientes que necessitem de maior perda de peso, porém possui riscos de complicações maiores que a gastrectomia vertical.

Antes de optar pelo procedimento cirúrgico você precisa ter acompanhamento de uma equipe multidisciplinar (médicos, nutricionistas profissionais de educação física e outros) constante para garantir que os resultados da cirurgia bariátrica sejam satisfatórios.

Compreenda as limitações decorrentes da cirurgia

A cirurgia bariátrica não deve ser considerada como a cura milagrosa para a obesidade. Ela é apenas o primeiro passo do paciente na caminhada da perda de peso. Será necessário ter determinação e força, já que vai necessitar realizar uma dieta restritiva, exercícios físicos, e avaliações de saúde constantes. Assim, sem a total determinação e apoio do paciente, o resultado de perda de peso não pode ser alcançado.

Considere os riscos da cirurgia bariátrica

Estudos sugerem que o principal fator de risco para complicações são a obesidade extrema, mas fatores como a saúde geral e o tabagismo também devem ser considerados ao avaliar o risco de desenvolver complicações. No entanto, com os avanços tecnológicos e os cuidados dedicados aos pacientes, os riscos da cirurgia bariátrica são reduzidos, permitindo que cada vez mais pessoas se beneficiem da cirurgia.

As complicações podem ser diferentes para cada tipo de cirurgia, mas as mais comuns são

  • Dores no pós-operatório;
  • Sangramentos;
  • Infecções;
  • Fístula;
  • Embolia pulmonar.

Vale lembrar que todas essas complicações têm tratamento, por isso, as cirurgias bariátricas são consideradas procedimentos seguros.

Antes de o paciente aceitar fazer um procedimento cirúrgico, ele precisa entender que o pós-cirúrgico contará com uma realidade bem diferente. Normalmente, o corpo recebe menos nutrientes, e por isso pode ocorrer que o paciente tenha anemia, queda de cabelos e até problemas dentários.

Conclusão

Decidir pela cirurgia bariátrica para perda de peso não é uma escolha simples. Como vimos, existem pré-requisitos que irão avaliar se o paciente está no perfil desse tipo de procedimento, e qual é o melhor para ele. O interessado precisa também avaliar os riscos e cuidados no pós-cirúrgico.

Antes de optar pela cirurgia bariátrica, esteja atento aos nossos conteúdos sobre o tema. Aqui no Gastroblog, trazemos informações completas e detalhadas sobre essa cirurgia, para que você tome a melhor decisão e transforme a sua vida, sem nenhuma dúvida acerca do procedimento.

Além disso, é muito importante que você sempre converse com seu médico se a cirurgia bariátrica é a melhor opção para você.