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Câncer de Intestino grosso: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

por Guilherme Sauniti
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O câncer de intestino é uma doença grave que pode ser tratada com sucesso se detectada precocemente. Saiba mais sobre sintomas, diagnóstico e tratamento aqui.

Ele é um dos tipos mais comuns de câncer em todo o mundo, mas quando detectado precocemente, tem uma alta taxa de cura.

Os sintomas iniciais desse tipo de câncer podem passar despercebidos, ressaltando a importância da conscientização e exames regulares.

Para saber mais, siga a leitura!

O que é câncer de intestino?

O câncer de intestino grosso, também conhecido como câncer colorretal, é um tipo de câncer que afeta o cólon e o reto, podendo atingir tanto homens quanto mulheres, especialmente acima dos 50 anos. 

Ele se desenvolve, na maiorua dos casos, a partir de lesoes benignas chamados pólipos, que podem se tornar cancerígenos ao longo do tempo. 

Se não for detectado e tratado precocemente, essa doença pode se espalhar para outras partes do corpo. 

É essencial buscar assistência médica se houver suspeita do câncer, para um diagnóstico adequado e, com isso, aumentar as chances de cura do paciente. 

Os fatores de risco incluem histórico familiar de câncer colorretal, idade avançada, estilo de vida pouco saudável e certas condições médicas. 

A prevenção deve ser priorizada para evitar o surgimento dessa condição e complicações futuras. 

A conscientização e a detecção precoce desempenham um papel crucial na melhoria das taxas de sobrevivência e no tratamento eficaz desta doença.

Sintomas do câncer de intestino

É importante conhecer os sintomas desse tipo de câncer, pois o diagnóstico precoce aumenta as chances de tratamento e cura.

Os sintomas do câncer de intestino podem variar de pessoa para pessoa, mas existem alguns sinais comuns a serem observados. 

Por exemplo, um dos principais sintomas é a mudança nos hábitos intestinais, como diarreia persistente, constipação ou alternância entre os dois. 

A presença de sangue nas fezes ou sangramento retal também pode ocorrer.

Outros sintomas incluem dor abdominal persistente, sensação de inchaço ou desconforto abdominal, perda de peso inexplicada, fadiga, fraqueza e anemia por perda cronica.

Em estágios mais avançados, a condição da doença pode causar obstrução intestinal, resultando em vômitos, náuseas e distensão abdominal.

É importante ressaltar que esses sintomas podem ser causados por diversas condições, não apenas por esse tipo específico de câncer. 

No entanto, se você estiver sentindo ou passando por algum desses sintomas, principalmente se forem persistentes, é essencial procurar um médico para que possa ser realizada uma avaliação adequada.

Diagnóstico do câncer de intestino

O diagnóstico da doença geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, exames de imagem e testes em laboratório.

Os sintomas iniciais, como já vimos, podem variar e incluir alterações nos hábitos intestinais, sangramento retal, dor abdominal, até perda de peso inexplicada e fadiga.

Para confirmar o diagnóstico, é necessário realizar uma colonoscopia, um exame que permite ao médico visualizar a parte interior do cólon e do reto. Durante a colonoscopia, também podem ser realizadas biópsias de tecido suspeito, que serão examinadas por um patologista.

Além desses, alguns exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, podem ser solicitados para determinar a extensão do câncer e se há metástases em outros órgãos.

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz do câncer de intestino grosso. 

Por isso, procure um médico assim que possível caso haja suspeita da doença para que o diagnóstico seja realizado quanto antes.

Tratamento do câncer de intestino

O tratamento depende de vários fatores, como o estágio da doença, a localização do tumor e a saúde geral do paciente. 

Os principais métodos de tratamento incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.

A cirurgia é frequentemente a primeira opção de tratamento para a doença.

O objetivo é remover o tumor e quaisquer tecidos circundantes afetados. 

Dependendo do estágio do câncer, pode ser realizada uma ressecção local, onde apenas o tumor e um pouco de tecido normal são removidos, ou uma ressecção mais extensa, onde uma parte do cólon ou do reto é removida. 

Em alguns casos, pode ser necessária a criação de uma colostomia, ileostomia temporária ou permanente.

A quimioterapia é outra opção comum de tratamento. Ela envolve o uso de medicamentos para destruir as células cancerígenas ou impedir seu crescimento. 

A quimioterapia pode ser administrada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor, depois da cirurgia para eliminar células cancerígenas remanescentes ou como tratamento paliativo em estágios avançados da doença.

A radioterapia é frequentemente combinada com a quimioterapia antes da cirurgia, especialmente em casos de câncer de reto. 

Ela envolve o uso de radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas ou impedir seu crescimento. 

Esse tratamento também pode ser utilizado após a cirurgia para reduzir o risco de recorrência da doença.

A imunoterapia é uma forma relativamente nova de tratamento para o câncer. Ela utiliza medicamentos que estimulam o sistema imunológico do paciente a combater as células cancerígenas. 

Tal tratamento tem mostrado resultados promissores em pacientes com câncer de intestino grosso avançado ou metastático.

Fora os tratamentos citados, os pacientes com essa doença também podem se beneficiar de terapias de suporte, como a terapia nutricional, que visa garantir uma nutrição adequada durante o tratamento, e o suporte psicológico, que pode ajudar os pacientes a lidar com o impacto emocional da situação.

Vale sempre lembrar que o tratamento para esse câncer deve ser individualizado e discutido com uma equipe médica especializada. 

Cada caso é único, e a abordagem terapêutica pode variar de acordo com as características do paciente e do câncer. 

O acesso a um tratamento adequado é fundamental para melhorar a viabilidade de cura e a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com a condição.

Prevenção do câncer de intestino

A prevenção da doença é de extrema importância para a manutenção da saúde e bem-estar. 

O câncer colorretal é um dos tipos mais comuns de câncer em todo o mundo, mas muitos casos poderiam ser evitados através de medidas preventivas adequadas.

Uma das principais estratégias de prevenção é a adoção de um estilo de vida saudável. 

Isso inclui uma alimentação equilibrada e rica em fibras, com o consumo regular de frutas, legumes, grãos integrais e alimentos com baixo teor de gordura. 

Fora isso, é essencial limitar o consumo de carne vermelha e processada, como bacon, salsicha e presunto, que estão associados a um maior risco de desenvolvimento do câncer.

A prática regular de atividade física também desempenha um papel fundamental na prevenção do problema. 

Exercícios aeróbicos, como caminhar, correr, nadar ou andar de bicicleta, ajudam a manter o intestino saudável e a regular o sistema digestivo.

Outro fator importante é a realização de exames de rastreamento, como abordado anteriormente, a exemplo da colonoscopia, que permite identificar lesões pré-cancerígenas ou câncer em estágios iniciais, quando as chances de cura são maiores. 

O início dos exames de rastreamento varia de acordo com o histórico familiar e outras características de cada pessoa, portanto, reforçamos que consultar um médico para determinar a melhor abordagem é muito importante.

Outro ponto a ser ressaltado é evitar o tabagismo e moderar o consumo de álcool para minimizar os riscos de desenvolver o câncer.

Com essas medidas, é possível reduzir significativamente as chances de ocasionar esse tipo de doença e preservar a saúde do intestino.

Portanto, o câncer de intestino grosso é uma doença grave que requer atenção aos sintomas e cuidados médicos adequados. 

É fundamental que pacientes e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais de alerta, promovendo a conscientização e a busca por diagnóstico e tratamento precoces, contribuindo assim para melhores resultados e uma maior sobrevida dos pacientes afetados pela doença.

Imagem de storyset no Freepik

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Doutor em Gastroenterologia pela FM-USP.
Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo (HCFMUSP), Endoscopia Digestiva (SOBED) e Gastroenterologia (FBG).
Professor do curso de Medicina da Fundação Educacional do Município de Assis - FEMA.
Médico da clínica Gastrosaúde de Marília.


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