Estenose do esôfago: causas, sintomas e tratamentos efetivos

Você está constantemente enfrentando dificuldades para engolir alimentos ou líquidos? Pode ser um sintoma de estenose do esôfago. Neste artigo, vamos explorar as causas, sintomas e tratamentos efetivos para essa condição.

A estenose do esôfago é que se caracteriza pelo estreitamento no esôfago, prejudicando a passagem adequada de alimentos e líquidos para o estômago. Continue lendo e aprofunde seu entendimento sobre esse problema e conheça as abordagens médicas que proporcionam alívio e melhor qualidade de vida aos pacientes afetados.

O esôfago e sua função

O esôfago é um tubo muscular que desempenha um papel muito importante no processo de digestão e na condução de alimentos do interior da boca até o estômago. 

Sua função primordial é permitir o transporte eficiente de alimentos mastigados e liquefeitos, juntamente com a saliva, através de contrações rítmicas conhecidas como movimentos peristálticos. 

Essa ação peristáltica é responsável por impulsionar o alimento em direção ao estômago, mesmo quando a pessoa está de cabeça para baixo.

No entanto, este órgão não apenas transporta alimentos, mas também participa da fase inicial da digestão. 

A produção de muco nessa estrutura lubrifica o bolo alimentar, tornando mais fácil seu deslocamento. 

O que causa estenose no esôfago?

Essa condição pode ser provocada por uma série de fatores, com origens diversas e que podem variar em gravidade. Abaixo, veja com mais detalhes algumas das causas mais comuns desse estreitamento do esôfago.

Refluxo Gastroesofágico Crônico (DRGE)

O refluxo ácido crônico é uma das principais causas da estenose esofágica. 

Nesse cenário, o ácido gástrico flui de volta para o esôfago com frequência, levando à irritação do revestimento interno do órgão. 

Ao longo do tempo, essa irritação pode causar inflamação e cicatrizes, levando ao estreitamento do órgão.

Ingestão de substâncias cáusticas

A ingestão acidental ou intencional de produtos químicos cáusticos, como ácidos fortes ou soda cáustica, pode causar sérios danos ao esôfago. 

Essas substâncias corroem o revestimento interno do órgão e podem levar à formação de cicatrizes que resultam em estenose.

Esofagite Eosinofílica

Esta é uma condição inflamatória crônica que envolve um acúmulo de células do sistema imunológico conhecidas como eosinófilos no revestimento esofágico. 

A inflamação crônica pode resultar na formação de cicatrizes e, consequentemente, em um estreitamento do esôfago.

Ingerir corpos estranhos

Engolir objetos estranhos, como ossos de peixe, pequenas partes de brinquedos ou outros objetos sólidos, pode causar lesões, o que pode levar à formação de cicatrizes e à estenose.

Procedimentos médicos ou cirurgias anteriores

Alguns procedimentos médicos, especialmente cirurgias no esôfago ou muito próximas a ele, podem causar cicatrizes e estreitamento do órgão como resultado das intervenções cirúrgicas.

Doenças autoimunes

Condições autoimunes, como o lúpus ou a esclerose sistêmica, podem afetar a saúde do esôfago, causando inflamação crônica que, ao longo do tempo, pode levar à formação de cicatrizes e estenose na região.

Tumores

Tumores também podem causar estenose, à medida que crescem e vão obstruindo a passagem (luz) do órgão. As principais causas de tumores de esôfago são a ingestão de bebidas alcoólicas e tabagismo, e consequente a alterações no revestimento do esôfago, causado pelo refluxo ácido crômico. 

Causas idiopáticas

Em alguns casos, a causa da estenose esofágica pode permanecer desconhecida, sendo classificada como idiopática, o que significa que não há uma causa identificável, o que pode ser um desafio no diagnóstico e tratamento médico.

É importante ressaltar que as causas da estenose esofágica podem variar em gravidade e se alguém suspeitar da condição, é necessária a consulta e o acompanhamento médico. 

Sintomas de estenose do esôfago

Os sintomas da estenose esofágica podem ser variados e impactar significativamente a qualidade de vida do indivíduo afetado. 

Essa condição, caracterizada pelo estreitamento anormal do esôfago, pode manifestar-se de várias maneiras, sendo importante reconhecê-las para um diagnóstico e tratamento adequados.

Um dos sintomas mais comuns é a disfagia, que é a dificuldade em engolir alimentos sólidos e líquidos. A disfagia pode variar de leve a grave, e a sensação de que os alimentos ficam presos no esôfago é frequente.

Além disso, muitas pessoas que sofrem com o problema podem relatar dor ou desconforto ao engolir, especialmente ao ingerir alimentos sólidos. Isso ocorre porque o esôfago estreitado pode causar atrito e irritação durante o movimento de deglutição.

Regurgitação também é um sintoma comum, onde o alimento ingerido pode retornar à boca após a refeição, causando desconforto e, às vezes, tosse ou até mesmo engasgo.

Outros sintomas possíveis incluem azia devido ao refluxo gastroesofágico associado, perda de peso não intencional devido à dificuldade em comer normalmente e, em casos graves, vômitos recorrentes.

É fundamental observar como esses sintomas se apresentam e saber que eles podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da causa subjacente e do grau de estreitamento. 

Independentemente dos sintomas, a estenose esofágica requer avaliação médica para determinar a causa e amenizar os sintomas de forma correta e eficaz.

Diagnóstico e exames médicos para estenose do esôfago

O diagnóstico da estenose esofágica requer uma avaliação médica ampla, que geralmente começa com uma revisão minuciosa dos sintomas do paciente e histórico médico. 

Para confirmar a presença da condição e determinar as suas causas, vários exames médicos podem ser necessários. 

Um dos exames mais comuns é a endoscopia digestiva alta, na qual um tubo flexível com uma câmera na ponta é inserido pela boca do paciente para examinar o interior do esôfago e identificar possíveis estreitamentos, inflamações ou outras anormalidades. 

Além disso, a manometria esofágica pode ser realizada para avaliar a função muscular do esôfago e a pressão em diferentes partes do órgão. 

Exames de imagem, como radiografias contrastadas ou tomografia computadorizada, também são normalmente usados para obter informações adicionais sobre a anatomia do esôfago. 

O diagnóstico preciso é fundamental para determinar o tratamento mais adequado para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Tratamentos para estenose do esôfago

Algumas das opções de tratamento mais comuns incluem:

Dilatação esofágica

Este é um procedimento frequentemente utilizado para tratar a condição e envolve o uso de um balão ou um tubo fino (sonda) para alargar suavemente a área estreitada do esôfago. 

A dilatação é realizada durante uma endoscopia digestiva alta e pode ser repetida, se necessário, para manter o órgão aberto.

Medicamentos

Dependendo da causa da estenose, podem ser prescritos medicamentos para tratar condições subjacentes. 

Por exemplo, medicamentos para reduzir o refluxo ácido, como inibidores de bomba de prótons, podem ser utilizados para controlar o refluxo gastroesofágico crônico.

Tratamento cirúrgico

Em casos graves ou quando outros tratamentos não são eficazes, a cirurgia pode ser necessária. 

Existem diferentes procedimentos cirúrgicos que podem ser realizados, como a remoção de tecido cicatricial ou o alongamento do esôfago.

O tratamento adequado depende da causa específica da estenose e deve ser determinado por um médico após avaliação completa do paciente.

Recomendações dietéticas para estenose do esôfago

As recomendações dietéticas visam facilitar a passagem de alimentos pelo esôfago estreitado, minimizando o desconforto durante a alimentação. 

Veja algumas orientações gerais:

Textura dos alimentos

Opte por alimentos com texturas suaves e consistentes, incluindo alimentos bem cozidos, purês, sopas cremosas, papas e alimentos processados, como iogurte natural.

Se possível, corte os alimentos em pedaços pequenos para facilitar a deglutição. Evite alimentos grandes ou duros que possam ficar presos no esôfago.

Mastigue bem

Mesmo com alimentos mais suaves, mastigue-os cuidadosamente para facilitar o processo de digestão e minimizar o risco de bloqueios.

Alimentos líquidos

Bebidas, como água, sucos e leite, podem ser mais fáceis de engolir do que alimentos sólidos. 

Beba lentamente para evitar engasgos.

Evite alimentos secos

Evite alimentos secos, como biscoitos ou torradas, que podem ser difíceis de engolir sem uma quantidade adequada de líquido.

Refeições menores e mais frequentes

Faça refeições menores e mais frequentes ao longo do dia, em vez de refeições grandes. Isso ajuda a reduzir a pressão no esôfago e facilita a digestão.

Evite comer antes de dormir

Evite comer pelo menos 2-3 horas antes de deitar. Isso ajuda a reduzir o risco de refluxo ácido durante o sono.

Alimentos temperados com moderação

Evite alimentos excessivamente picantes, ácidos ou condimentados, pois podem agravar o desconforto no esôfago.

Complicações e efeitos de longo prazo da estenose do esôfago não tratado

A estenose não tratada pode resultar em complicações e efeitos de longo prazo que impactam adversamente a saúde e o bem-estar da pessoa acometida.

Entre essas consequências, destacam-se a desnutrição e a perda de peso involuntária, decorrentes da dificuldade em ingerir alimentos devido ao estreitamento do esôfago. 

A desidratação é outra preocupação, já que a ingestão inadequada de líquidos pode levar a problemas de saúde mais amplos.

A aspiração pulmonar é um risco significativo, pois alimentos ou líquidos podem inadvertidamente entrar nas vias respiratórias durante a deglutição, aumentando a suscetibilidade a infecções pulmonares, como pneumonia por aspiração. 

Fora isso, pode resultar em danos progressivos ao próprio esôfago, incluindo ulcerações, erosões e inflamação crônica.

Outras complicações graves incluem problemas respiratórios crônicos, como asma ou bronquite, devido à irritação contínua das vias aéreas pelo refluxo gastroesofágico.

A qualidade de vida é significativamente prejudicada devido à constante dificuldade de alimentação e ingestão de líquidos, causando desconforto físico e emocional.

Portanto, é sempre recomendável buscar avaliação médica e tratamento adequado ao primeiro sinal, a fim de evitar essas complicações e melhorar a qualidade de vida.

A estenose do esôfago pode ser desencadeada por diversas causas e os sintomas frequentes incluem diversas dificuldades, gerando um estreitamento no esôfago.

O tratamento eficaz depende da gravidade da causa e pode envolver diversos métodos. Por isso, é sempre essencial buscar orientação médica para o diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

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Entenda a importância do acompanhamento regular com um gastroenterologista para manter a saúde digestiva

Levar uma vida saudável já pensando em um futuro mais estável e tranquilo,  se tornou um objetivo frequente para a maioria das pessoas, principalmente depois da pandemia do coronavírus que nos trouxe a importância de cuidar da saúde de modo geral.

E esse cuidado vai muito além das consultas e daquele velho check-up anual. O cuidado com áreas específicas do nosso corpo, por exemplo, o acompanhamento com um médico gastroenterologista tem ganhado muita atenção nesse contexto.

Isso se deve à importância que o aparelho digestivo tem na busca por qualidade e longevidade, por ser um dos órgãos mais importantes do nosso corpo e responsável direto pelo equilíbrio do nosso organismo. 

Então, se você ficou curioso em saber um pouco mais sobre gastroenterologia, você está no lugar certo.

Vou lhe contar de que forma o gastroenterologista pode te ajudar a alcançar o objetivo de uma vida saudável.

Vem comigo?

O que é um médico gastroenterologista?

Como já falamos um pouco, o médico gastroenterologista é o profissional especialista nos cuidados do aparelho digestivo, o qual é composto por vários órgãos, entre eles: a boca, esôfago, estômago, fígado, pâncreas e intestinos até o ânus.

Trata-se de uma especialidade da medicina que estuda e foca diretamente no funcionamento de todo o sistema digestivo, uma vez que possui a habilidade de diagnosticar e tratar efetivamente todas as alterações dessa região. 

Para você ter uma ideia, quando falamos em cuidados com o aparelho gastrointestinal, nos referimos não apenas a alguns órgãos ou a sintomas mais severos, mas também a situações corriqueiras do dia a dia.

Vamos conhecer as principais funções desse profissional?

Quais são as funções desse profissional?

Como todos os médicos especialistas em determinada região do corpo, o gastroenterologista tem a função principal de cuidar de todas as alterações e problemas que afetam o aparelho digestivo.

Esse cuidado não se resume apenas a uma consulta periódica como muitos pensam, mas vai desde a pesquisa e diagnóstico de alterações, tratamentos mais direcionados e finalmente a intervenção mais específica, como através das cirurgias.

Sabendo um pouco mais da importância de fazer uma consulta com o gastroenterologista, não deixe de contactar o médico de sua confiança, pois além dos cuidados especializados, estar nas mãos de um bom profissional pode maximizar os cuidados.

Quando devo consultar um médico gastroenterologista?

Visitar o médico regularmente deveria ser algo tão comum como ir ao supermercado, mas sabemos que normalmente não é assim, não é verdade?

Tem gente que apenas procura orientação e cuidados médicos quando os sintomas tornam-se mais frequentes e quando passam de leves alterações a algo mais grave, o que deve ser evitado, visto a facilidade de acesso à informação.

Ficar atento aos sinais de seu corpo é o primeiro passo, principalmente quando são sintomas ligados à digestão e até bastante comuns, como os listados a seguir:

  • Azia;
  • Diarreia;
  • Dor abdominal;
  • Enjoo;
  • Gases;
  • Inchaço na região abdominal;
  • Prisão de ventre;
  • Refluxo;
  • Sensação de queimação no estômago;
  • Vômitos;
  • Sangramento;
  • Perda de peso.

Por outro, essas alterações podem ser o início de algo que precisa de mais atenção, como algumas das doenças listadas abaixo:

  • Câncer gástrico;
  • Gastrite;
  • Hemorroidas;
  • Hepatite;
  • Intolerância a lactose;
  • Pancreatite;
  • Pedra na vesícula;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Úlcera.

Importantíssimo saber que algumas dessas alterações podem se tratar de algo crônico em decorrência de alguma patologia preexistente ou histórico hereditário, por isso buscar um bom profissional é essencial.

Se você às vezes percebe a presença de alguns desses sintomas, fique atento e não deixe de fazer uma consulta para avaliação, pois essa pequena ação pode ser o fator decisivo para um tratamento mais eficaz.

Como se preparar para uma consulta com um médico gastroenterologista?

Saber o momento certo para tudo na vida, faz uma grande diferença e saber como se preparar para uma consulta com qualquer médico, especialmente o gastro, é imprescindível para um bom resultado.

Para te auxiliar nessa preparação, listamos alguns passos que se forem seguidos corretamente, facilitará muito a sua consulta e consequentemente o resultado. Olha só…

Anotar as alterações

Anotar todas as alterações que você tenha percebido em seu organismo e na ordem que ocorreram pode ser preponderante para um diagnóstico precoce, ajudando no tratamento.

Apresentar últimos exames

Se você tiver feito exames recentemente, não deixe de levá-los para a consulta com o médico gastroenterologista. O acesso a esses dados contribui para o especialista identificar rapidamente qual a razão das alterações.

Medicações usadas em casa

Outra informação a ser compartilhada durante a consulta é relatar os medicamentos utilizados em casa e independentemente se foram prescritos ou não. Isso também vai auxiliar o médico no diagnóstico.

Por fim, não deixe de fazer perguntas e não saia do consultório sem que todas as suas dúvidas tenham sido esclarecidas, ok?

Onde encontrar um médico gastroenterologista?

Encontrar uma clínica especializada e que conte com um gastro com excelentes referências deve ser muito bem considerada, afinal confiança é a base de tudo, pois estamos falando de saúde.

Você pode buscar referências com o seu clínico geral, aquele que te acompanha regularmente. A indicação de um médico mais próximo é um dos melhores guias na hora de escolher o gastro ideal.

Essa dica não te impede de também buscar outras opções como consultar familiares e amigos mais íntimos e fazer uma busca na internet que sempre disponibiliza informações muito legais.

Manter um acompanhamento contínuo com o médico gastroenterologista passou a fazer parte da vida dos brasileiros, uma vez que cuidar da saúde do aparelho digestivo é um dos pilares de nossa saúde.

E por falar em pilar, ter acesso a informações e orientações relevantes e seguras pode nos auxiliar bastante a cuidar efetivamente de nosso corpo e o lugar ideal para encontrar tudo isso é a Gastroblog.

Especialista em disponibilizar conteúdo técnico /científico de um jeito descomplicado e prático para pacientes, a Gastroblog tem se consolidado no cenário nacional, por ser uma referência quando o assunto é aparelho digestivo.

Isso não se deve apenas ao fato de fornecer dados atualizados a pacientes sobre doenças, sintomas e os melhores tratamentos, mas principalmente, por contar com profissionais altamente capacitados e atualizados.

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Estamos aqui por você.

Até mais.




Diverticulos e Diverticulite: Entendendo as causas, sintomas e opções de tratamento

Algumas pessoas sentem prisão de ventre ou sofrem com diarreia. Muitas não sabem que podem estar apresentando sintomas de diverticulite. Essa doença intestinal pode ser danosa se não for acompanhada de perto. Por isso, preparamos este artigo para que você saiba a origem, causas,  sintomas  e tratamento para ter uma vida mais saudável.

O que é diverticulite?

A diverticulite é uma doença que envolve uma inflamação ou infecção de pequenas bolsas, ou saquinhos, que se formam nas paredes do cólon (intestino grosso), chamados divertículos. 

Há muitas causas que levam a formação dos divertículos do intestino grosso, como constipação e dieta com baixo teor de fibras, sendo mais comuns de aparecer em pacientes acima dos 50 anos.

As fibras estão presentes nos legumes, nas frutas, verduras, grãos integrais e sementes. Esses são os alimentos responsáveis por manter a saúde do cólon, prevenir constipação intestinal, além de outros benefícios.

Causas do divertículos e da diverticulite

Como dito acima, uma importante causa é a dieta pobre em fibras, que leva a constipação. Assim, a medida que mais força é exigida para pressionar o cólon e os intestinos, aparecem falhas na mucosa, propiciando que esta atravesse o músculo do cólon, gerando uma saturação por fora do intestino, sendo que por dentro é visualizado um pequeno orifício. 

Outras causas também podem ser listadas, como fraqueza da musculatura do cólon com a idade, alterações das fibras musculares e outras.

Essa é uma alteração intestinal que mais comumente aparece à medida que a pessoa envelhece. Pelo menos um terço da população acima dos 50 anos, podem ter divertículos no cólon.

Importante entender que os divertículos (diverticulose) é uma alteração, onde pode haver acúmulo de fezes nestes divertículos, levando a inflamação local, gerando então o quadro que chamamos de diverticulite (inflamação do divertículo).

Assim, ter divertículos não é sinônimo de diverticulite. Apenas quando há inflamação é que o quadro de diverticulite se apresenta. 

Infelizmente, ainda é muito pouco compreendido porque a diverticulite ocorre, o que torna sua prevenção difícil.

Sintomas da diverticulose e diverticulite

Na maior parte dos casos, os pacientes com diverticulose (presença  dos divertículos, sem inflamação) não apresentam sintomas, sendo na maioria achados em exames de colonoscopia ou enema.

No entanto, os quadros de diverticulite, por possuírem um carácter inflamatório podem apresentar sinais e sintomas como :

  • Calafrios;
  • Dor abdominal;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia e constipação;
  • Febre.

Se um desses sintomas está presente na sua vida, considere a necessidade de buscar ajuda. No próximo tópico, veremos como a doença pode ser tratada. 

Opções de tratamento para a diverticulose e diverticulite

A diverticulose, ou a simples presença do divertículos não necessita de tratamento. O que é orientado nesses casos é prevenir e tratar a constipação, através da ingestão de fibras e hábitos alimentares.

Entretanto na diverticulite alguns pacientes sentem dores agudas causadas pelo quadro inflamatório. Nestes casos, são utilizados analgésicos e antibióticos, por vezes com necessidade de internação a fim de evitar o quadro de infecção generalizada de maneira mais imediata.

Ainda assim, se o paciente não tiver uma boa resposta ao tratamento, ou o quadro inicial for muito grave, ele poderá receber tratamentos específicos, como drenagem dos abscessos (coleções de pus formadas pela inflamação importante do intestino) por punção cutânea. Essa última é um procedimento médico no qual uma agulha fina é inserida através da pele para acessar estruturas internas do corpo, como tumores, cistos ou coleções de líquido. A técnica é usada para coletar amostras de tecido, drenar fluidos indesejados ou realizar tratamentos específicos.

Por fim, pode haver necessidade de fazer um procedimento mais invasivo: a retirada da porção do intestino afetada pelos divertículos. Nos casos mais graves, quando há perfuração intestinal, é necessário fazer cirurgia de emergência. 

Como lidar eficazmente com a diverticulose?

Quando envelhecemos estamos mais sujeitos a doenças, inclusive doenças no intestino. Além de o organismo funcionar de maneira mais lenta, o sedentarismo é outro fator que pode levar ao aparecimento e aumento da quantidade dos divertículos.

É importante lembrarmos que o exercício físico melhora o trânsito intestinal porque ajuda a estimular os músculos do intestino, promovendo um movimento mais eficiente das fezes através do sistema digestivo. Além disso, o exercício tem o potencial de reduzir a inflamação crônica no corpo, que está associada a várias condições de saúde, incluindo diverticulose.

Mudar alguns hábitos é importante para melhorar o funcionamento do intestino. Afinal, sentir dor depois de um happy hour com os amigos não é nada agradável. Então, a melhor maneira de manter a saúde em dia é fazendo uma atividade física e combinando isso à uma alimentação equilibrada.

Mas não se esqueça de beber água com regularidade. Esse hábito deve  passar a ser uma regra. Além de benefícios para a pele, a ingestão de líquido hidrata o organismo e ajuda na hora de evacuar. É importante lembrar que as fezes endurecidas são sinais de pouca hidratação. Com o tempo, isso vira um problema que, se não for cuidado no início, pode causar consequências drásticas como a retirada de uma parte do intestino.

Se você sente desconforto abdominal e sente dificuldade de evacuar com regularidade, procure um médico para investigar o motivo. Pode ser que o tratamento inicial seja apenas algumas mudanças no seu estilo de vida. Isso já poderá reverter a possibilidade de fazer um tratamento mais invasivo.

São pequenos cuidados que fazem a diferença na saúde intestinal. Na verdade, o intestino acaba revelando como está a saúde integral do seu organismo. Sendo assim, verifique regularmente a frequência da evacuação e a consistência das suas fezes.

A diverticulose, e consequentemente a diverticulite, são doenças que podem acometer qualquer pessoa independentemente se ela tem predisposição genética ou não. 

A melhor maneira de prevenir a diverticulose é adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta rica em fibras, manter-se hidratado, praticar atividade física regular, entre outros hábitos que contribuam para manter seu intestino saudável.

E por fim, se  você suspeitar que está enfrentando sintomas de diverticulite, é importante procurar atendimento médico para um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.

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Médico endoscopista: Saiba o que faz esse profissional e quando consultá-lo

Descubra o papel do médico endoscopista e quando é necessário consultar esse profissional especializado em exames endoscópicos. Nesta explanação, vamos abordar a função central do médico endoscopista e a relevância de seus conhecimentos em exames endoscópicos. 

Ao compreender sua atuação, você estará preparado para reconhecer os momentos apropriados para buscar sua expertise. 

O que é um médico endoscopista?

Um médico endoscopista é um profissional altamente especializado na realização de procedimentos médicos por meio da endoscopia. 

A endoscopia é uma técnica que permite a visualização do interior de órgãos e cavidades do corpo humano através de um instrumento flexível chamado endoscópio. Esse dispositivo possui uma câmera na ponta, que transmite imagens em tempo real para um monitor, permitindo ao médico observar detalhadamente a região em questão.

O papel fundamental desse profissional é diagnosticar e tratar uma variedade de condições médicas de forma minimamente invasiva, o que significa que muitas vezes é possível evitar cirurgias abertas, reduzindo o risco de complicações e acelerando a recuperação do paciente. 

O endoscopista pode atuar em diversas áreas da medicina, entre elas a gastroenterologia. Além da habilidade técnica para manusear o endoscópio, o médico endoscopista também deve ser capaz de interpretar as imagens obtidas, identificando lesões, inflamações, tumores e outras anormalidades. 

Para se tornar um profissional nessa área, são necessários anos de estudo e treinamento especializado, incluindo residência médica e posteriores cursos de aperfeiçoamento.

Sendo assim, ele desempenha um papel importante na medicina moderna, utilizando técnicas avançadas para investigar, diagnosticar e tratar condições médicas, com ênfase na redução do impacto negativo para o paciente e na promoção de uma recuperação mais rápida e eficaz.

Quais são as funções desse profissional?

O médico endoscopista desempenha um conjunto diversificado de funções vitais no campo da medicina. Sua expertise está centrada na execução de procedimentos endoscópicos, que envolvem a inserção de um instrumento flexível, o endoscópio, em diversas cavidades do corpo.

Tais procedimentos permitem uma visualização interna detalhada, auxiliando tanto no diagnóstico quanto no tratamento de uma ampla gama de condições médicas. No diagnóstico, o endoscopista é responsável por identificar patologias, lesões, inflamações e anomalias em órgãos como os do  trato gastrointestinal.

A capacidade de interpretar as imagens obtidas é essencial para oferecer diagnósticos precisos, permitindo a seleção do tratamento terapêutico mais adequado. Fora isso, esse especialista realiza procedimentos terapêuticos, como a remoção de pólipos intestinais, a realização de biópsias direcionadas e a drenagem de abscessos. 

Sua atuação minimamente invasiva é particularmente vantajosa, já que muitas vezes evita a necessidade de cirurgias mais invasivas, resultando em recuperações mais rápidas e menos complicações para os pacientes.

Além de suas habilidades técnicas, o endoscopista também desempenha um papel de comunicador eficaz, fornecendo informações claras aos pacientes sobre os procedimentos, os resultados e os cuidados pós-tratamento. 

Sua constante busca por aprimoramento e atualização nas técnicas endoscópicas reflete seu compromisso com a melhoria contínua da qualidade de cuidados de saúde.

Quando devo consultar um médico endoscopista do aparelho gastrointestinal?

Consultar esse profissional é apropriado quando existem sintomas ou preocupações relacionadas ao trato gastrointestinal, ou outras áreas que possam ser avaliadas por meio de procedimentos endoscópicos. 

Se você experimenta desconforto abdominal crônico, sangramento retal, sintomas de refluxo ácido recorrente ou outros sintomas incomuns, é prudente buscar a avaliação de um médico endoscopista.

A especialidade do médico endoscopista é especialmente relevante quando é necessário um diagnóstico preciso. Os procedimentos endoscópicos permitem uma visualização direta das áreas afetadas, possibilitando a identificação de lesões, inflamações, tumores e outras anomalias que não seriam visíveis em exames de imagem convencionais.

Além disso, se o seu médico suspeitar de uma condição que exija procedimentos terapêuticos, como a remoção de pólipos intestinais, a dilatação de estenoses ou a drenagem de abscessos, ele pode encaminhá-lo a um médico endoscopista para tratamento adequado.

É importante reconhecer que cada caso é único, e a decisão de consultar um médico endoscopista dependerá da avaliação de um profissional de saúde qualificado. 

Se você estiver enfrentando sintomas incomuns, persistentes ou preocupantes, agendar uma consulta com um endoscopista pode oferecer respostas claras, diagnóstico preciso e o tratamento mais apropriado para sua situação específica. 

Para facilitar sua busca por um endoscopista, você pode ter acesso aos nossos especialistas aqui e encontrar o profissional mais perto da sua localidade.

Quais são os exames endoscópicos realizados por esse especialista?

O médico endoscopista realiza uma variedade de exames endoscópicos especializados, com destaque para os procedimentos relacionados à endoscopia digestiva. Esses exames permitem a visualização direta do trato gastrointestinal, auxiliando no diagnóstico e tratamento de várias condições.

Um dos exames comuns é a gastroscopia, também conhecida como endoscopia alta. Nesse procedimento, o médico insere um endoscópio pela boca do paciente para examinar o esôfago, estômago e a primeira parte do intestino delgado, o duodeno.

A gastroscopia é usada para diagnosticar doenças como gastrite, úlceras, esofagite e até mesmo tumores. 

Outro exame é a colonoscopia, que se concentra no cólon e reto. O médico insere o endoscópio pelo ânus, visualizando todo o intestino grosso, para a detecção precoce de pólipos intestinais e câncer colorretal.

Ainda há a enteroscopia que explora mais profundamente o intestino delgado, podendo ajudar a diagnosticar problemas como sangramentos ou doenças inflamatórias intestinais.

A endoscopia digestiva também pode incluir a CPRE (Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica), que investiga as vias biliares e o pâncreas, e a ecoendoscopia, que combina endoscopia com ultrassom para avaliar lesões e estruturas adjacentes.

Como se preparar para uma consulta com um médico endoscopista?

Preparar-se para uma consulta com um endoscopista, especialmente para exames relacionados à endoscopia digestiva, é fundamental para garantir resultados precisos e uma experiência mais tranquila.

Aqui estão algumas etapas a serem consideradas:

Informe-se

Antes da consulta, pesquise sobre os procedimentos endoscópicos, como a gastroscopia ou a colonoscopia

Entenda o que esperar durante o exame e quais são as razões comuns para sua realização.

Siga as instruções

Geralmente, o médico fornecerá instruções específicas sobre a preparação, como jejum por um período determinado, uso de laxativos ou alterações na medicação. 

Cumprir essas instruções é essencial para garantir uma visualização clara durante o exame.

Converse sobre medicamentos

Discuta com o médico sobre os medicamentos que você toma regularmente, inclusive prescritos e de venda livre, já que alguns medicamentos podem interferir no procedimento ou na preparação.

Informe sobre condições médicas

Se você tem condições médicas específicas, como alergias, problemas cardíacos ou histórico de sangramentos, é importante informar o médico, permitindo que ele adapte a abordagem ao seu caso.

Acompanhante

Alguns exames endoscópicos podem requerer sedação, o que pode afetar sua capacidade de dirigir após o procedimento. Considere ter alguém para acompanhá-lo à consulta e levá-lo de volta para casa.

Vista-se adequadamente

Opte por roupas confortáveis e de fácil remoção, pois isso facilitará a preparação para o exame.

Prepare perguntas

Antes da consulta, escreva quaisquer dúvidas que você possa ter sobre o procedimento, resultados esperados, riscos e cuidados pós-exame.

Mantenha-se calmo

A ansiedade é normal, mas confiar na experiência do profissional e seguir as orientações garantirá uma experiência mais tranquila e resultados confiáveis.

Seguindo essas dicas, você contribuirá para um processo mais seguro, eficaz e bem-sucedido.

Em conclusão, o médico endoscopista desempenha um papel vital ao possibilitar a visualização interna do corpo com precisão e mínimos riscos. 

Ao consultar esse especialista, pacientes garantem diagnósticos e orientações de tratamento direcionadas, ressaltando sua relevância na promoção da saúde e no cuidado individualizado.

 




O que é pedra na vesícula e como tratar? Saiba tudo sobre cálculo biliar!

Quer saber mais sobre pedra na vesícula? Neste post, você encontrará tudo o que precisa saber sobre essa condição e as opções de tratamentos disponíveis. 

A pedra na vesícula, também conhecida como cálculo biliar, é uma ocorrência comum que envolve a formação de depósitos sólidos na vesícula biliar, um órgão  relacionado ao processo digestivo. Esses cálculos podem provocar sintomas incômodos e até dolorosos, sendo importante entender suas causas, os sinais a serem observados e as estratégias para tratar e prevenir essa condição.

O que é pedra na vesícula?

Pedra na vesícula, ou colelitíase, é a formação de pequenos depósitos sólidos na vesícula biliar, órgão localizado junto ao fígado. Essas pedras, também chamadas de cálculos biliares, podem variar em tamanho e composição, sendo compostos principalmente por colesterol ou bilirrubina. 

Ainda que muitas  pessoas possam não apresentar sintomas, em certos casos, as pedras podem obstruir o ducto de saída da bile da vesícula, resultando em dor abdominal intensa, conhecida como cólica biliar. A colelitíase é diagnosticada através de exames de imagem, como ultrassonografia abdominal. 

As causas relacionadas à formação dessas pedras levam em conta, fatores como dieta, genética e níveis de colesterol . Acaba havendo um acúmulo de bilirrubina ou colesterol na vesícula, que acaba deixando a bile com excesso dessas substâncias, que acabam cristalizando e formando cálculos.

Remover a vesícula biliar (colecistectomia), embora seja uma opção de resolver a situação, em casos assintomáticos, o acompanhamento médico regular pode ser recomendado. Sendo assim, a condição requer atenção médica para determinar o curso adequado de ação a ser tomada.

Quais são os sintomas de pedra na vesícula?

Os sintomas dessa condição, podem variar em intensidade e manifestação. Geralmente, essa condição é assintomática em muitos indivíduos, o que significa que eles podem ter pedras na vesícula sem sentir qualquer desconforto. 

No entanto, quando os cálculos biliares causam obstrução nos ductos biliares, podem surgir sintomas característicos.

Uma das manifestações mais comuns é a cólica biliar, uma dor abdominal intensa que geralmente ocorre na parte superior direita do abdômen ou logo abaixo das costelas. Essa dor pode irradiar para as costas ou para o ombro. Em geral, esta dor ocorre cerca de 30 minutos após a alimentação, principalmente quando rica em gorduras.

Além da dor, os pacientes podem experimentar náuseas, vômitos, inchaço abdominal e indigestão. Em alguns casos, os cálculos biliares podem levar a complicações mais sérias, como a inflamação da vesícula biliar (colecistite) ou a obstrução do ducto biliar (colangite e icterícia).

Nestas situações, a dor abdominal pode ser mais intensa e acompanhada de febre e icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos). É importante ressaltar que os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, e nem todos os indivíduos com pedras na vesícula apresentarão sintomas evidentes. 

Portanto, a presença de cálculos biliares só pode ser confirmada por um profissional de saúde através de exames de imagem, mesmo na ausência de sintomas perceptíveis.

Quais são as causas da formação de pedra na vesícula?

A formação das pedras na vesícula resulta de uma interação complexa de fatores que podem levar à cristalização dos componentes da bile, um fluido produzido pelo fígado para auxiliar na digestão de gorduras. 

Contudo, vários elementos contribuem para o desenvolvimento dessas pedras. Um fator significativo é a composição da bile. 

Quando a bile contém um excesso de colesterol, bilirrubina ou sais biliares, pode ocorrer a precipitação dessas substâncias, levando à formação de cristais que, com o tempo, podem se aglutinar e formar cálculos biliares.

A dieta também desempenha um papel importante. Consumir alimentos ricos em gorduras saturadas e colesterol pode aumentar a probabilidade de desenvolvimento do cálculo biliar.

A obesidade também é um fator de risco, pois está associada a desequilíbrios nos níveis de colesterol e bile. Questões genéticas e histórico familiar também podem influenciar a predisposição a cálculos biliares. 

Certas condições médicas, como cirrose, doenças hematológicas e diabetes, também podem aumentar o risco.

A perda de peso rápida e drástica também pode desencadear a formação de pedras na vesícula, pois pode levar à liberação excessiva de colesterol na bile, o que torna comum ocorrer pedras na vesícula de pacientes que foram submetidos a cirurgias bariátricas. Compreender todos esses fatores pode auxiliar na prevenção e no manejo dessa condição com mais segurança e tranquilidade.

Quais são os tipos de tratamento disponíveis para pedra na vesícula?

Existem diferentes abordagens de tratamento disponíveis para lidar com pedra na vesícula, dependendo dos sintomas e da gravidade da condição. 

A opção mais comum é a intervenção cirúrgica, conhecida como colecistectomia, na qual a vesícula biliar é removida. Esse procedimento pode ser realizado por via laparoscópica, minimizando o tempo de recuperação e o desconforto pós-operatório.

Fique tranquilo, a vesícula que foi retirada nesta cirurgia não faz falta ou altera o nosso organismo. Ele se adapta após um curto período e os processos de digestão voltam ao normal.

Fora isso, há tratamentos muito pouco utilizados, como dissolver os cálculos ou ondas de choque (litotripsia) para quebrar os cálculos. Porém, o uso é muito restrito e raro.

A escolha do tratamento dependerá da avaliação médica individual, levando em consideração fatores como a presença de sintomas, o tamanho e a composição das pedras, bem como a saúde geral do paciente. 

É importante, em vista disso, consultar um profissional de saúde para determinar a melhor abordagem para cada caso específico de pedra na vesícula.

Como prevenir a formação de pedra na vesícula?

Prevenir a formação do cálculo biliar requer a adoção de medidas que contribuam para a saúde da vesícula biliar e a composição adequada da bile. Uma das estratégias é manter um peso saudável, uma vez que o excesso de peso está associado a um risco maior de desenvolver cálculos biliares.

Dessa forma, manter uma dieta equilibrada, rica em fibras, grãos integrais, frutas e vegetais, é fundamental para prevenir a formação de pedras. Controlar também a ingestão de gorduras saturadas e colesterol é muito importante.

Optar por fontes saudáveis de gordura, como as encontradas em peixes, nozes e azeite de oliva, pode ajudar a manter a composição da bile em equilíbrio. Evite dietas muito restritivas ou perdas de peso extremamente rápidas, uma vez que isso pode desencadear a liberação excessiva de colesterol na bile.

A hidratação adequada é outra atitude que desempenha um papel relevante na prevenção. Beber água regularmente ajuda a manter a bile em um estado mais líquido, minimizando o risco de formação de cristais.

A prática regular de atividade física é um fator benéfico, visto que auxilia na regulação do peso e no funcionamento do sistema digestivo, contribuindo para a saúde da vesícula biliar.

Todas essas medidas citadas não apenas promovem a saúde da vesícula, mas também contribuem para o bem-estar geral do organismo. E, além disso, consultar um profissional de saúde para orientações específicas é sempre recomendado.

Portanto, o cálculo biliar, ou pedra na vesícula, é uma condição que demanda atenção devido à sua capacidade de causar desconforto e complicações. A prevenção por meio de medidas práticas é fundamental para reduzir o risco de formação de pedras. 

Caso sintomas como dores abdominais intensas surjam, é essencial buscar orientação médica para um diagnóstico preciso e avaliação das opções de tratamento, visando garantir o bem-estar e a qualidade de vida do paciente afetado por essa condição.

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O que é a sensação de bolo na garganta e como aliviá-la?

A sensação de bolo na garganta é uma das queixas mais frequentes das pessoas, principalmente no inverno, aquele período onde as doenças respiratórias aparecem com mais frequência por conta das temperaturas baixas.

E se tratando do aparelho respiratório, além de ser fundamental para o bom funcionamento desse sistema, a garganta é uma região que, ao menor sinal de anormalidade, merece certa atenção.

Isso porque as dores na garganta, mesmo sendo algo muito característico desta estação, pode ser um sinal de alerta de um problema um pouco mais sério, e ficar atento a esses sintomas e estar por dentro das melhores medidas é super válido.

Então conheça a partir de agora, tudo o que você precisa saber para tratar ou mesmo evitar esse transtorno.

Me acompanha?

O que é a sensação de bolo na garganta?

Para entendermos tudo corretamente, precisamos conhecer mais sobre esse assunto parte a parte, desde a sua definição, passando pelas causas até chegar aos principais cuidados para prevenção e tratamento.

Veja cada parte…

Antes de mais nada, a sensação de bolo na garganta é basicamente um desconforto muito comum que às vezes acontece conosco. Apesar de inicialmente não representar nada grave, como qualquer outra novidade em nosso corpo, precisamos ter atenção e até alguns cuidados.

Na maioria das vezes esses desconfortos são causados principalmente pelos pigarros que é uma secreção que ocorre na região das pregas vocais e que provocam certa dificuldade de respirar.

No entanto, também podem aparecer outros sintomas pontuais como as inflamações em decorrência de baixa imunidade, entre outros.

Veja só as principais causas…

Causas da sensação de bolo na garganta

Com exceção dos pigarros, que é a causa mais corriqueira, as causas podem ser inúmeras como: amigdalite, faringite, laringite, alergias, infecções gripais e até o uso excessivo da voz. 

No entanto, entre as causas mais frequentes destacam-se:

Ansiedade e estresse

Sabia que a sensação de bolo na garganta também pode ser o resultado do descontrole emocional?

Pode apostar que sim!

As emoções interferem muito em nossa saúde de uma forma geral e um dos sintomas mais comuns é justamente essa sensação de bolo na garganta.

Além do conhecido aperto no peito e as náuseas que caracterizam instabilidade emocional, a tensão muscular na região da garganta é a consequência mais presente do processo de ansiedade e estresse.

Refluxo gastroesofágico

Bastante citado quando falamos de problemas relacionados à garganta e atingindo aproximadamente ¼ da população brasileira, segundo pesquisas recentes, o refluxo gastroesofágico é uma das principais causas da sensação de bolo na garganta.

Trata-se de um retorno involuntário e às vezes repetitivo do conteúdo gasoso, líquido e sólido do estômago para o esôfago que além dessa sensação de bolo, causa ardência e dores.

Mas, isso pode ser revertido a partir de uma mudança na alimentação e na própria rotina diária, além da avaliação de um especialista.

Problemas na tireoide

Outra causa que pode ser a razão da sensação de bolo na garganta são os problemas na tireoide ou, como são mais conhecidos, o hipotireoidismo e o hipertiroidismo.

Isso porque, esses problemas que são originados pela alteração na glândula tireoide que fica localizada na região do pescoço, ocasionam desconforto nessa região em função do seu aumento.

Nos casos de suspeita de alteração da tireoide o ideal é procurar um especialista para tratar com a terapêutica adequada e inibir problemas mais graves que possam surgir no futuro.

Câncer

E por falar em algo mais grave, o câncer é considerado atualmente como um dos males do século presente, e o câncer localizado na região do pescoço ou esôfago pode ser uma das causas da sensação de bolo ao engolir.

De imediato imaginamos uma inflamação comum que é bastante natural em mudanças de temperatura, porém, o aparecimento de dores seguidas de dificuldade de engolir e a presença de rouquidão pode indicar a presença de nódulos na região do pescoço.

Neste caso, por se tratar de suspeita de câncer, o mais indicado é procurar um médico o quanto antes para a realização dos exames necessários e consequentemente prevenir essa doença, pois quanto mais cedo o diagnóstico, mais chance de reverter o quadro.

E por falar em prevenção, vamos ver as melhores maneiras de começar a tratar a sensação de bolo na garganta mesmo em casa?

Sintomas associados à sensação de bolo na garganta

Como falamos há pouco, essa sensação de bolo na garganta pode estar associada a outros sintomas como: faringite, laringite, alergias, infecções gripais e até o uso excessivo da voz.

Por esta razão que se faz necessário a procura do especialista para uma análise mais profunda.

Tratamentos e remédios caseiros para aliviar essa sensação

As formas caseiras de aliviar a sensação de bolo na garganta são bem simples e super conhecidas por todos nós.

Quem nunca ouviu alguém mais velho dizer: toma um chazinho que passa?

Todos nós, certo?

Não é um mito. Muitas das receitas caseiras que existem e que vamos lhe mostrar agora, são passadas de geração em geração e muito utilizadas antes da procura pelo especialista e isso pode contribuir muito para a recuperação.

Dentre essas alternativas caseiras, destacam-se:

  • Ingestão de água regularmente;
  • Compressa de água morna;
  • Gargarejos com água morna e sal;
  • Chá de camomila;
  • Chá de gengibre;
  • Chá de limão.

Se o seu caso for algo atípico, vale a pena experimentar algumas dessas sugestões, pois ações como esta podem ajudar a aliviar a sensação de bolo na garganta.

Quando procurar ajuda médica para a sensação de bolo na garganta?

Após usar alguma das receitas que falamos e a sensação de bolo na garganta não parar ou mesmo diminuir, o ideal é procurar imediatamente o especialista para uma avaliação mais precisa e detalhada.

Ao procurar um médico (gastroenterologista, pneumologista ou cirurgião de cabeça e pescoço), ele vai fazer alguns exames específicos para conhecer a causa real e sendo constatado o motivo, será prescrito o medicamento necessário para a recuperação.

Mas não precisa ficar preocupado. Às vezes as dores só cessam com o uso do medicamento adequado e seguindo o cronograma correto.

Quando sentimos qualquer anormalidade em nosso corpo é claro que sempre tentamos resolver com nossa experiência ou até com conselhos dos mais próximos, porém é necessário sempre procurar orientação médica.

Isso porque, assim como qualquer outro tipo de alteração, esse transtorno pode ser algo simples, mas também pode ser um alerta que não podemos deixar passar despercebido.

Não deixe a curiosidade passar e acesse.

Um abraço,

Até mais.




Preparando-se para uma endoscopia digestiva alta: veja o que você precisa saber

Veja tudo o que você precisa saber sobre a preparação para uma endoscopia digestiva neste guia informativo. Esse procedimento valioso proporciona visão interna para diagnosticar diversas condições gastrointestinais.

Descubra os passos essenciais que antecedem a endoscopia, garantindo resultados precisos e uma experiência tranquila.

O que é uma endoscopia digestiva alta?

A endoscopia digestiva alta é um procedimento médico não invasivo e altamente eficaz que permite a avaliação direta do trato gastrointestinal. 

Esse procedimento é realizado por meio de um endoscópio flexível – um tubo fino e flexível equipado com uma câmera na ponta – que é inserido pela boca do paciente e navegado suavemente através do esôfago, estômago e duodeno, permitindo que o médico visualize imagens em tempo real do interior desses órgãos.

Essa técnica é fundamental para diagnosticar uma variedade de condições gastrointestinais, incluindo úlceras, inflamações, pólipos, tumores e lesões.

Além disso, possibilita a coleta de amostras de tecido por biópsias, auxiliando na determinação da natureza das alterações observadas. 

A precisão do procedimento minimiza a necessidade de outros mais invasivos, reduzindo os riscos e o desconforto para os pacientes.

Graças aos avanços tecnológicos, a endoscopia digestiva também pode ser utilizada para realizar procedimentos terapêuticos, como a remoção de pólipos, hemostasia para controlar sangramentos e a dilatação de estreitamentos do trato digestivo. 

Com essa abordagem direta e detalhada, oferece aos médicos informações essenciais para um diagnóstico objetivo e a elaboração de planos de tratamento personalizados, contribuindo para a saúde gastrointestinal e o bem-estar geral dos pacientes.

Por que a preparação é importante?

A preparação é um componente fundamental na realização desse exame, desempenhando um papel crucial no sucesso e na eficácia do procedimento.

A etapa de preparação visa proporcionar um ambiente ideal para que o médico possa obter imagens claras e precisas do trato gastrointestinal, garantindo uma avaliação minuciosa e confiável.

Durante a preparação, os pacientes são instruídos a seguir uma série de orientações específicas, que podem incluir jejum por um determinado tempo antes do procedimento. 

Isso é importante para garantir que o estômago e os intestinos estejam vazios, permitindo uma visão desobstruída das estruturas internas, além disso, evitam que resíduos do estômago possam refluir para as vias aéreas, prejudicando o paciente.

Fora isso, a preparação muitas vezes envolve a limpeza do trato gastrointestinal, a fim de remover qualquer resíduo alimentar ou fezes que possam interferir na qualidade das imagens capturadas.

A adesão rigorosa às instruções de preparação é fundamental para evitar resultados imprecisos devido a obstruções ou interferências. 

Quando os pacientes seguem as diretrizes de jejum e limpeza, o médico pode explorar o trato gastrointestinal com maior facilidade e eficácia, identificando quaisquer anormalidades com precisão, o que pode resultar em diagnósticos mais precisos e em intervenções terapêuticas direcionadas, se necessário.

Sendo assim, a preparação antes de uma endoscopia digestiva é uma etapa vital que maximiza a qualidade das informações obtidas durante o procedimento. 

Ao seguir rigorosamente as instruções de preparação, os pacientes contribuem para a obtenção de resultados confiáveis e para a segurança e eficácia global do procedimento.

Quais são as etapas da preparação para uma endoscopia digestiva alta?

A preparação para esse procedimento é uma série de etapas estratégicas que visam garantir uma avaliação bem-sucedida e informações confiáveis sobre a saúde gastrointestinal. A colaboração entre pacientes e a equipe médica desempenha um considerável papel para alcançar resultados positivos e proporcionar uma experiência segura e eficaz.

A primeira etapa da preparação geralmente envolve informações detalhadas fornecidas aos pacientes pelo médico ou equipe médica . 

Geralmente, os pacientes são aconselhados a não comer nem beber nada por um período específico de tempo antes da endoscopia. Isso é feito para garantir que o estômago e os intestinos estejam vazios, permitindo uma visualização clara das estruturas internas.

A equipe médica fornecerá instruções detalhadas sobre como realizar essa limpeza de maneira eficaz. Os pacientes também são aconselhados a informar a equipe médica sobre quaisquer medicamentos que estejam tomando, especialmente anticoagulantes ou outros que possam afetar o procedimento ou a sedação durante o exame.

Quais são as restrições alimentares antes do procedimento?

Antes de se submeter a uma endoscopia digestiva, é essencial seguir restrições alimentares específicas para garantir que o procedimento seja realizado com sucesso e que as imagens obtidas sejam seguras. 

As restrições alimentares são projetadas para preparar o trato gastrointestinal, permitindo uma avaliação precisa do sistema digestivo.

Durante o período de preparação, os pacientes são orientados a aderir rigorosamente ao jejum prescrito, o que no geral significa não consumir nenhum alimento sólido ou líquido por um determinado período antes da endoscopia. 

O jejum é determinante para esvaziar o estômago e os intestinos, evitando obstruções que possam prejudicar a visibilidade das estruturas internas. Há ainda restrições relacionadas à ingestão de medicamentos e líquidos coloridos antes do procedimento. 

Isso ocorre para evitar qualquer interferência nas imagens capturadas pelo endoscópio. Pacientes podem ser instruídos a evitar líquidos coloridos ou alimentos que possam manchar o trato gastrointestinal.

Lembrando ainda que o jejum também visa a segurança do paciente durante o exame, evitando que o conteúdo do estômago possa refluir para as vias aéreas, prejudicando a sua respiração.

Quais são os cuidados pós-procedimento?

Após a conclusão de uma endoscopia digestiva, é importante seguir cuidados pós-procedimento para garantir uma recuperação tranquila. Todos esses cuidados visam promover o conforto do paciente e minimizar qualquer desconforto decorrente do procedimento.

Nos momentos imediatamente após a endoscopia, é normal que os pacientes possam sentir um leve desconforto na garganta ou no abdômen, devido ao procedimento realizado. Os sintomas vão diminuindo rapidamente e são temporários. Também ainda podem apresentar sonolência e confusão, normais devido à sedação realizada durante o exame.

Evitar a ingestão de alimentos sólidos ou líquidos muito quentes logo após o procedimento pode ajudar a aliviar a sensação de desconforto na garganta. Os pacientes podem receber instruções específicas sobre quando retomar a alimentação normal, dependendo da natureza do procedimento e das orientações médicas. 

Hidratação adequada é fundamental para uma recuperação saudável, então beber líquidos claros e leves, como água, chá ou caldo, é recomendado. Fora isso, é aconselhável evitar atividades físicas extenuantes no dia do procedimento, permitindo que o corpo descanse e se recupere. 

Se algum desconforto persistir ou se houver sintomas preocupantes, como sangramento excessivo ou dor intensa, é importante entrar em contato imediatamente com a equipe médica.

Os cuidados pós-procedimento também podem requerer o cumprimento das instruções médicas quanto ao uso de medicamentos prescritos e o acompanhamento necessário. 

Em caso de biópsias ou outros procedimentos terapêuticos, os médicos fornecerão informações sobre como proceder com os resultados e as próximas etapas.

Fundamental que o paciente seja acompanhado durante todo o dia após o exame, por um adulto responsável, visando garantir que se alguma intercorrência ocorrer, ele seja rapidamente socorrido. Também é importante salientar que o paciente não deve trabalhar ou realizar atividades que exijam atenção após o exame, devido a sedação realizada.

Diante disso, seguir os cuidados pós-procedimento é essencial para garantir uma recuperação calma e sem complicações após uma endoscopia digestiva. O cumprimento das orientações médicas ajuda a maximizar os benefícios do procedimento e a assegurar a saúde e o bem-estar contínuo do paciente.

Em resumo, a preparação adequada para a endoscopia digestiva é significativa para resultados precisos. O cumprimento das diretrizes médicas de jejum, limpeza intestinal e suspensão de medicamentos é essencial para garantir a eficácia do procedimento.

Portanto, a compreensão dos passos necessários e a colaboração com profissionais de saúde garantem uma experiência mais tranquila e resultados confiáveis na avaliação gastrointestinal.

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Acalásia: causas, sintomas e opções de tratamento

Acalásia é uma situação de saúde que pode afetar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos; por isso, é de fundamental importância ter conhecimento sobre o assunto e saber como lidar com o problema.

Descubra as causas, sintomas e opções de tratamento para a acalásia, um distúrbio do esôfago que causa dificuldade na deglutição. Leia mais aqui! 

O que é acalásia?

A acalásia é uma doença rara do sistema digestivo que afeta a capacidade do esôfago de realizar movimentos peristálticos adequados e relaxar corretamente o esfíncter esofágico inferior (EEI) durante a deglutição. 

Essa condição leva a uma série de problemas no processo de passagem dos alimentos e líquidos do esôfago para o estômago, resultando em sintomas como dificuldade para engolir (disfagia), regurgitação, dor torácica,  azia e perda de peso.

O esôfago é um órgão muscular que transporta o alimento da garganta até o estômago por meio de contrações musculares coordenadas, chamadas peristaltismo. 

No entanto, na acalásia, ocorre uma deterioração das células nervosas que controlam essas contrações, resultando em uma incapacidade do esôfago de empurrar o alimento adequadamente.

O EEI, localizado na extremidade inferior do esôfago, também não relaxa de maneira adequada durante a deglutição, impedindo dessa forma a passagem adequada do alimento para o estômago, que fica acumulado no esôfago, levando a dilatação (aumento) do órgão.

Essa doença é crônica e pode ser progressiva ao longo do tempo. 

Devido a isso, o diagnóstico e tratamento adequados são essenciais para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com a situação.

Causas da acalásia

A acalásia é dividida em primária e secundária. A primária, ou idiopática é aquela em que não se consegue identificar a sua causa. Já na secundária, a acalásia tem uma causa definida, como doenças do colágeno (doenças reumáticas) e no Brasil, principalmente, a doença de Chagas. 

Hoje vamos falar da acalásia primária.

Embora as causas exatas da doença não sejam totalmente compreendidas, os pesquisadores têm feito progressos significativos para identificar os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição.

Uma das principais teorias sobre as causas da acalásia envolve problemas no sistema nervoso. 

Acredita-se que uma desordem autoimune possa estar associada à degeneração dos nervos que controlam os movimentos peristálticos do esôfago e a abertura e fechamento do esfíncter esofágico inferior.

Além disso, estudos sugerem uma possível predisposição genética, o que significa que a doença pode ser herdada de um membro da família afetado.

Outra hipótese é que infecções virais ou bacterianas, como o vírus herpes simplex, possam desencadear uma resposta autoimune que resulte na deterioração dos nervos envolvidos na função esofágica.

Por outro lado, alguns pesquisadores também sugerem que certos fatores ambientais, como exposição a substâncias tóxicas ou poluentes, podem desempenhar um papel na manifestação da doença.

Embora o conhecimento sobre as causas da acalásia tenha avançado, ainda há muito a ser descoberto.

A pesquisa contínua nessa área tem sido fundamental para aprimorar os tratamentos existentes e ajudar a prevenir o desenvolvimento dessa condição debilitante.

Sintomas da acalásia

A acalásia pode causar diversos sintomas desconfortáveis sendo os principais:

Disfagia

A dificuldade em engolir é um dos sintomas mais comuns da doença.

Pacientes podem sentir que os alimentos ou líquidos ficam presos no meio do peito, além da sensação de dificuldade em conduzi-los até o estômago.  

Isso pode levar a engasgos frequentes e uma sensação persistente de obstrução na garganta.

Regurgitação

A regurgitação é uma das características mais comuns de quem lida com a condição, e ocorre quando o conteúdo do esôfago, que está acumulado, retrocede até a boca, gerando um sabor amargo ou ácido. 

Esse refluxo pode ser inconveniente e desagradável, podendo ocorrer especialmente após as refeições.

Dor torácica

Muitos pacientes relatam dor no peito, que pode ser leve ou intensa, e costuma ser sentida logo após as refeições ou durante a ingestão de líquidos.

Perda de peso

Como a dificuldade de engolir pode levar a uma ingestão alimentar reduzida, alguns pacientes experimentam perda de peso significativa e necessitam de atenção nutricional para gerir a situação da perda exagerada.

Sensação de saciedade constante

A sensação de que o alimento fica preso no esôfago pode levar a uma sensação de plenitude constante, mesmo após pequenas refeições, o que pode acarretar a perda de peso do paciente, que deixa de se alimentar adequadamente por causa desse sintoma.

Tosse e pneumonias frequentes

A regurgitação do conteúdo do esôfago pode levar à aspiração de alimentos ou líquidos para os pulmões, resultando em tosse crônica ou pneumonias recorrentes.

Embora não seja um sintoma frequente ou que aparece com exatidão em todos os casos, deve ser levado em consideração já que sua ocorrência não é descartada.

É importante destacar que a acalásia é uma condição que requer atenção médica adequada. 

Os sintomas podem piorar ao longo do tempo, causando impactos significativos na qualidade de vida do paciente. 

Portanto, se alguém apresentar esses sintomas persistentemente, é fundamental buscar orientação de um profissional de saúde para um diagnóstico adequado e tratamento apropriado.

Opções de tratamento para a acalásia

O tratamento da acalásia visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. 

Existem diversas opções terapêuticas disponíveis, cada uma com suas vantagens e limitações, e a escolha do tratamento mais adequado dependerá do perfil e condições individuais do paciente.

Uma das opções é a dilatação esofágica, um procedimento minimamente invasivo realizado através de endoscopia. 

Nesse método, um balão é inflado no esôfago para esticar e alargar a região estreitada, permitindo melhor fluxo de alimentos. 

Outra alternativa é a injeção de toxina botulínica no esfíncter esofágico inferior, que temporariamente relaxa o músculo, facilitando a deglutição.

A miotomia cirúrgica laparoscópica é uma opção mais definitiva, na qual o esfíncter é cortado ou parcialmente removido, melhorando o esvaziamento do esôfago. 

Essa intervenção apresenta bons resultados a longo prazo, mas também envolve riscos cirúrgicos.

Recentemente, surgiu uma abordagem endoscópica inovadora chamada de POEM (Myotomy Endoscópico da Camada Submucosa), em que um túnel é criado na parede esofágica para alcançar o esfíncter e realizar a miotomia, com menor impacto no paciente e recuperação mais rápida.

Em casos de risco cirúrgico elevado, a terapia farmacológica pode ser considerada para reduzir os sintomas e melhorar a passagem de alimentos. 

O uso de bloqueadores de canal de cálcio e nitratos pode ajudar a relaxar o esfíncter esofágico inferior.

Cabe ressaltar que a escolha do tratamento será determinada pela gravidade da doença, condição de saúde geral do paciente e preferências individuais, por isso, é fundamental que o médico avalie cada caso de forma personalizada para garantir o melhor resultado possível. 

É importante, também, que o paciente siga o acompanhamento médico adequado para monitorar a progressão da doença e ajustar a abordagem terapêutica conforme necessário.

Como lidar com a dificuldade na deglutição causada pela acalásia?

Lidar com a dificuldade na deglutição causada pela acalásia pode ser desafiador, mas existem algumas estratégias que podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. 

É importante ressaltar que essas não substituem a orientação e acompanhamento médico adequado. Sempre consulte um profissional de saúde para obter um diagnóstico correto e um plano de tratamento personalizado. 

Aqui estão algumas dicas que podem ser úteis:

Mudanças na alimentação

Comer pequenas porções de alimentos e mastigá-los bem pode ajudar a facilitar a deglutição.

Opte por alimentos macios e fáceis de engolir, evitando aqueles que possam causar obstrução, como alimentos secos ou muito fibrosos.

Beba líquidos

Beber líquidos durante as refeições pode ajudar a empurrar os alimentos para baixo e reduzir a sensação de bloqueio no esôfago.

Postura adequada

Mantenha-se em uma posição vertical durante e após as refeições, pois isso pode facilitar a passagem do alimento pelo esôfago.

Evite comer antes de dormir

Tente fazer suas refeições com um intervalo adequado antes de ir para a cama para evitar que o alimento fique preso no esôfago durante o sono.

Elevação da cabeceira da cama

Se a acalásia causa sintomas noturnos, elevar a cabeceira da cama pode ajudar a reduzir o refluxo ácido e aliviar a sensação de obstrução.

Lembre-se sempre de seguir as recomendações do seu médico e informá-lo sobre quaisquer mudanças nos sintomas ou novos problemas que possam surgir. 

Em suma, embora a acalásia possa ser um desafio tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, a esperança reside nas abordagens terapêuticas atuais e futuras, bem como na conscientização sobre a doença e seu diagnóstico precoce. 

Com esforços contínuos na pesquisa médica e cuidados adequados como estes que você encontrou aqui, podemos proporcionar uma melhor qualidade de vida e um futuro mais tranquilo para aqueles que enfrentam os desafios da doença.

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Apendicectomia: tudo o que você precisa saber sobre a cirurgia de apendicite

Cuidar da saúde nunca foi tão importante como nos dias atuais, principalmente quando falamos do aparelho digestivo, um sistema muito afetado por um modo vida sem moderação.

Se você já passou, está prestes a passar por essa cirurgia ou apenas deseja adquirir mais conhecimentos para ficar por dentro do assunto, fique tranquilo porque você está no lugar certo.

Preparamos um conteúdo completo para que você conheça tudo o que precisa saber e as informações mais importantes sobre a cirurgia de apêndice.

Nos acompanhe…

O que é apendicectomia e quando é necessária?

A apendicectomia ou cirurgia de apêndice é um procedimento cirúrgico que consiste na retirada do apêndice que, na maioria das vezes, é causado  por inflamação ou infecção.

Antes de mais nada, é preciso saber que o apêndice é um órgão parecido com uma pequena bolsa localizada do lado direito da parte inferior do intestino grosso (ceco),  não sendo essencial para o organismo.

No entanto, mesmo ele não sendo tão necessário assim, a sua inflamação pode causar sérios problemas de saúde. Por isso que nesses casos de inflamação ou infecção é necessário a apendicectomia, que se trata da remoção do apêndice cecal ou vermicular.

É claro que a cirurgia pode ser feita por outros motivos também ligados a algum problema intestinal. Só que o principal fator ainda são as inflamações ou as infecções, normalmente ocasionadas pelo acúmulo de fezes no interior do órgão.

Conheça alguns dos sintomas mais comuns:

  • apatia;
  • dor abdominal (um dos primeiros sintomas);
  • febre;
  • inchaço abdominal;
  • náusea, seguida de vômito;
  • perda de apetite.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre a cirurgia de apêndice, vamos dar um novo passo nos aprofundando?

Então vamos lá que tem muita coisa bacana para vermos…

Como é feita a cirurgia de apêndice?

A apendicectomia é um processo cirúrgico que, para ser realizado, segue alguns passos, como em outros tipos de cirurgia, mas possui algumas peculiaridades.

Vamos ver um pequeno resumo do processo?

Primeiro passo

Assim como em outras operações, tudo se inicia com a aplicação da anestesia, que pode ser a geral ou a regional (raquidiana).

Para não deixar dúvidas, a anestesia geral é aquela que deixa o paciente totalmente adormecido e sem nenhuma consciência, sendo geralmente utilizada exatamente nas cirurgias do abdômen, cérebro e coração.

Já a anestesia regional ou de bloqueio é mais simples e é aquela em que a anestesia é aplicada apenas no local do corpo que será operado, com o paciente podendo permanecer acordado ou não.

Segundo passo

Depois que o paciente está anestesiado, se faz a incisão ou corte exatamente na direção do órgão, na região da fossa ilíaca, ou seja, a parte mais baixa do abdômen a direita, sendo esta incisão de aproximadamente 12 mm, com abertura da pele e dos músculos do local, acessando a cavidade abdominal, localização do apêndice e sua apreensão, para iniciar então sua remoção.

Esse momento é a preparação para a retirada do apêndice, onde os vasos são seccionados , e o apêndice então retirado.

Terceiro passo

Após realizada a remoção do apêndice usa-se um instrumento parecido com um grampeador para fechar o local da sua retirada no intestino (ceco).  

Por fim é realizada uma limpeza do local do apêndice, para retirada de líquidos e secreções, fechamento dos músculos e da pele, finalizando a cirurgia.

Lembrando que esta cirurgia também pode ser realizada por laparoscopia (com câmeras), com ligeiras mudanças, mas mantendo a mesma sequência descrita.

Existem outras ações que são feitas nesse momento, mas procuramos apenas descrever um resumo básico de como a cirurgia é realizada.

Não fique preocupado. Essa cirurgia é um procedimento simples, seguro e com baixo índices de complicações graves. 

Sem estresse, tudo bem?

Quais são os riscos e as complicações da apendicectomia?

Como em qualquer outro procedimento cirúrgico, na apendicectomia alguns riscos e algumas complicações podem acontecer logo após a sua realização, sendo o tipo mais comum a abertura dos pontos cirúrgicos e as infecções da pele.

Porém, podem aparecer outras irregularidades, como: abscessos, fístula, hemorragia e peritonite.

Saiba um pouco mais sobre elas…

Abscessos

Trata-se do surgimento ou de um pequeno acúmulo de pus que, na maioria das vezes, é resultado natural das infecções bacterianas. No entanto, o aparecimento do pus pode também representar outra doença cutânea ou da pele.

Fístula

A fístula é uma comunicação irregular entre duas partes do corpo que, normalmente, não se comunicam, por exemplo entre o intestino onde foi retirado o apêndice e a pele do abdômen. Trata-se basicamente de uma anomalia proveniente da cirurgia, e normalmente sua correção também exige outra cirurgia

Hemorragia

A hemorragia é uma perda de sangue ocasionada pelo local da abertura para a realização da cirurgia, em geral com pouca gravidade e de resolução mais simples.

Peritonite

A peritonite é uma inflamação do tecido residual do apêndice, que acaba se espalhando pela  cavidade abdominal, que também pode ser corrigida com os medicamentos apropriados.

Como é o pós-operatório da cirurgia de apêndice?

No período pós-operatório da cirurgia de apêndice podem surgir algumas dores e até hematomas no local do corte abdominal imediatamente ou nos primeiros dias depois da operação, podendo ser contidos com o uso de analgésicos prescritos pelo médico especialista.

Uma boa notícia é que o paciente pode ser liberado para deixar o hospital até 24 horas depois da realização da operação, mas mesmo recebendo a tão esperada alta hospitalar, certos cuidados devem ser tomados.

E o principal deles é obedecer ao período de recuperação que, nesses casos, pode ser um pouco mais longo, ainda mais para atividades mais rigorosas e que exigem esforço físico.

Então, atenção redobrada nesse momento, ok?

Quais são as precauções e os cuidados necessários após a apendicectomia?

Os cuidados após qualquer procedimento médico, em sua grande maioria, são os mesmos e dizem respeito à volta ao cotidiano gradativamente.

Isso mesmo que você leu.

Voltar à vida normal depois dessa cirurgia vai depender muito do comportamento consciente do paciente, que deve seguir rigorosamente alguns dos cuidados listados a seguir:

  • repouso moderado nas primeiras semanas;
  • tratar a ferida para rápida cicatrização;
  • beber bastante água e líquidos leves como chás;
  • alimentação saudável e equilibrada;
  • evitar exercícios físicos, salvo por indicação do médico;
  • ficar atento aos sinais de inflamação como a febre repentina.

Sabendo disso e seguindo essas orientações, a recuperação será rápida e sem maiores transtornos.

Conclusão

É incrível aprender mais sobre o nosso organismo e descobrir como um órgão tão pequeno tem tamanha importância para nossa sobrevivência e, às vezes, até precisa de uma cirurgia como a apendicectomia, não é verdade?

E que bom que você chegou até aqui, porque sempre temos novidades no nosso site. Então, continue acompanhando nossos posts que sempre temos uma surpresa para você.

Até breve!




O que é Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada (CPRE)?

Com os avanços da medicina é possível diagnosticar, prevenir e tratar várias doenças que há décadas não haveria essa possibilidade.

Continue conosco na leitura deste artigo e aprenda sobre a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) e como ela é usada para diagnosticar e tratar doenças do sistema biliar e pancreático.

O que é a CPRE?

A CPRE, sigla que se refere à colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, é um procedimento médico feito para diagnosticar e tratar uma série  de doenças das via biliares, tanto dentro (ductos hepáticos) como fora do fígado (ducto coleddoco) e das vias do pâncreas (ducto de Wirsund e Santorini).

As doenças que atingem os ductos do pâncreas e das vias biliares apresentam sintomas como dores na região do abdômen, pele pálida, febre, olhos com aparência amarelada e alterações nas enzimas pancreáticas e hepáticas.

Esses sintomas podem aparecer por conta de tumores biliares, pancreatite crônica, cistos e tumores pancreáticos, estenose inflamatórias, complicações de cirurgias feitas em vias biliares, enfermidades no fígado e principalmente por impactação de cálculos (pedra) que migraram da vesícula biliar.

Como é realizada a CPRE?

O exame de CPRE é realizado com anestesia venosa ou sedação, sob o acompanhamento de um profissional qualificado, com o objetivo de relaxar e adormecer o paciente. 

É utilizado um aparelho flexível introduzido na boca do indivíduo, levado até chegar na segunda porção duodenal do seu organismo durante o procedimento.

O aparelho possui uma iluminação e câmera lateral, permitindo que seja visualizada a papila duodenal, local onde os ductos biliares e pancreáticos terminam juntos, lançando suas secreções no duodeno.

Um material especial é colocado dentro da papila duodenal,  que fará a avaliação radiológica da anatomia  do ducto de Wirsung e das vias biliares. 

Isso é possível graças a uma injeção de contraste radiopaco juntamente com as radiografias seriadas feitas sobre o abdômen.

As imagens obtidas pelo CPRE são analisadas pelo médico endoscopista que decidirá no mesmo momento pelo melhor  tratamento ao paciente,  que pode incluir procedimentos como papilotomia, drenagem dos estreitamentos inflamatórios ou tumorais, através de uma prótese endoscópica ou por uma sonda, retirada de cálculos que estão obstruindo a via biliar e outros procedimentos  que forem necessários.

Indicações da CPRE

Como já dito, a CPRE é um procedimento endoscópico indicado para avaliar e tratar de diversas condições relacionadas à patologia biliar e pancreática. Algumas das situações em que a CPRE pode ser recomendada incluem:

  • obstrução biliar secundária a coledocolitíase;
  • estenoses benignas e malignas do ducto biliar;
  • fístulas biliares;
  • disfunção do esfíncter de Oddi;
  • pancreatites agudas recorrentes de causa desconhecida;
  • pancreatite crônica com estenoses sintomáticas;
  • litíase sintomática do canal pancreático;
  • tratamento de pseudoquistos pancreáticos sintomáticos;
  • diagnóstico de neoplasias malignas do pâncreas.

Riscos e complicações da CPRE

A CPRE é um procedimento invasivo, assim , há uma pequena possibilidade de riscos ao paciente.

Alguns problemas podem ocorrer durante o procedimento por reações do organismo do indivíduo à sedação ou anestesia, ou pelas reações relacionadas aos procedimentos terapêuticos e pelos exames diagnósticos. 

Os medicamentos usados para sedação podem causar reações no indivíduo, como flebite no local da punção venosa, e sistêmicas, afetando o sistema cardiorrespiratório, incluindo redução da oxigenação do sangue e do ritmo cardíaco, além de alterações na pressão arterial.

Durante o exame, caso haja a ocorrência de efeitos colaterais, eles serão continuamente monitorados por meio do controle da frequência cardíaca e da pressão arterial do paciente e também, com o uso de aparelhos como um monitor de oxigenação sanguínea.

A equipe médica está capacitada para tratar imediatamente qualquer uma dessas complicações.

As possíveis complicações ligadas ao exame CPRE incluem sangramento digestivo, dores abdominais, pancreatite, perfuração duodenal e distensão abdominal.

A complicação mais comum de acontecer é a pancreatite aguda, que aparece entre 1% a 7% dos casos. Perfuração e sangramento são eventos mais raros, com ocorrência de 0,3% a 0,6% e 0,8% a 2% dos casos, respectivamente, principalmente em pacientes submetidos à papilotomia. 

A infecção das vias biliares (colangite) pode aparecer em aproximadamente 1% dos casos, especialmente no indivíduos que possuem estenoses (estreitamentos) benignas ou malignas.

Esses problemas aumentam o tempo da internação do paciente e podem requerer cuidados que envolvem o uso de antibióticos ou até mesmo cirurgia terapêutica, porém, como mostrado, são de baixa incidência, e o médico que realiza a CPRE também é treinado para identificar e tratar estas complicações.

Recuperação após a CPRE

Após realizada a CPRE, o paciente terá que ficar em repouso total por até meia hora, para que os efeitos provocados pelos medicamentos sedativos sumam. É possível que a garganta dele apresente irritações, acompanhada por um discreto desconforto no estômago. 

Em determinadas situações, se o paciente tiver recebido oxigênio suplementar ao realizar o procedimento, ele poderá sentir uma congestão nasal ou ter alguns espirros.

Se requisitado, ele poderá receber medicações analgésicas. 

Depois do procedimento é recomendado ficar em jejum por 8-12 horas. No entanto, se nenhum procedimento terapêutico foi realizado, é possível que uma dieta mais leve ou a base de líquidos seja liberada.

No dia seguinte após realizar a CPRE, ou se não acontecer intercorrências, o médico concederá a alta hospitalar. 

Nesse momento, o paciente poderá voltar a se alimentar normalmente e tomar suas medicações de rotina, a menos que tenha recebido instruções específicas do médico em contrário. 

O profissional que requisitou o exame é o mais indicado para fornecer orientações sobre o que foi visualizado. Informações adicionais sobre o problema diagnosticado e o tratamento serão fornecidas em uma consulta posterior.

Caso tenham sido feitas biópsias durante o procedimento, a análise será realizada por um laboratório especializado em anatomia patológica de sua escolha, e os resultados serão entregues no prazo estabelecido pelo laboratório. 

Se você tiver passado por alguma terapia médica, o profissional endoscopista fornecerá informações adicionais relevantes.

É importante estar acompanhado por uma pessoa adulta que possa prestar auxílio, uma vez que a medicação usada pode alterar momentaneamente a sua capacidade de raciocinar e  tomar decisões.

A CPRE deve ser realizada por uma equipe de profissionais capacitados para atender o paciente com excelência, com o objetivo de evitar possíveis complicações e também para ajudar o indivíduo a se recuperar após o fim do procedimento. Por isso, procure sempre um especialista.

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