Doença de Crohn: sintomas e tratamento

Uma das doenças que geram sintomas gastrointestinais é a de Crohn, que implica em um processo inflamatório em diferentes locais do intestino do paciente, criando uma série de sintomas que podem ir desde um desconforto abdominal, até obstruções e outros de maior gravidade.

Sendo assim, é uma doença que necessita de um acompanhamento médico frequente para que o paciente consiga ter mais qualidade de vida e para que os sintomas possam ser controlados.

Para entender melhor sobre a doença de Crohn, conhecer as causas e os principais sintomas, acompanhe este conteúdo até o fim. Aproveite e veja também como é feito o diagnóstico, o tratamento e quais alimentos evitar para diminuir as chances de uma crise aguda.

Boa leitura!

Doença de Crohn: o que é?

A doença de Crohn é caracterizada por uma inflamação que pode aparecer ao longo do trato gastrointestinal, principalmente na região inferior do íleo (parte final do intestino delgado) e do cólon (parte central do intestino grosso).

Porém, na grande parte dos casos a doença acaba atingindo todas as camadas do intestino, ao longo da sua progressão.

Ainda, trata-se de uma doença autoimune e crônica, que acompanha o paciente ao longo de sua vida. Entretanto, os sintomas podem ser controlados por meio de tratamento.

O nome da patologia foi originado por conta do nome de um dos autores, chamado Burril B. Crohn, que publicou um artigo descrevendo essa doença ainda no começo do século XX, mais precisamente em 1932.

O que causa a doença de Crohn?

A doença de Crohn é considerada autoimune, ou seja, acontece quando o corpo humano ataca o próprio organismo. Até hoje, não há um consenso acerca do que desencadeia a doença, mas sabe-se que há um componente genético de alta influência envolvido.

No mais, ainda que a doença não seja causada diretamente pelo consumo de determinados alimentos e fatores emocionais, esses fatores contribuem para o desencadeamento de sintomas e crises.

Além disso, determinados hábitos, como tabagismo e dietas com excesso de gordura, assim como o uso de determinados medicamentos podem aumentar os riscos de desenvolver esse problema.

Quais os sintomas?

Os sintomas de doença de Crohn podem envolver causar inchaço, vermelhidão e úlceras (feridas) no intestino. Quando a patologia não está sob controle, essas úlceras podem chegar a perfurar a parede do intestino, causando infecções e hemorragias.

Outros sintomas são:

  • Cansaço;
  • Diarreia;
  • Dor ou cólicas abdominais, comumente do lado inferior esquerdo;
  • Dor retal, acompanhada de evacuações;
  • Febre;
  • Muco nas fezes;
  • Perda de peso;
  • Sangramento retal.

Além disso, as cicatrizes causadas pela doença também podem se tornar um problema quando chegam a bloquear a passagem do alimento ao longo do intestino.

Por isso, é extremamente importante manter um acompanhamento com o médico e seguir todas as orientações de medicamentos e alimentação.

Se o quadro for evoluindo e se tornando crônico, mais sintomas podem surgir, como:

  • Desnutrição e anemia;
  • Cansaço generalizado;
  • Cálculo renal;
  • Artrite;
  • Febre inexplicada;
  • Perda de apetite;
  • Náusea;
  • Lesões musculoesqueléticas, oculares e de pele;
  • Obstrução do cólon.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da doença de Crohn pode ser mais complexo em decorrência das similaridades que os sintomas da patologia possuem com outras condições.

Nesse sentido, para realizar o diagnóstico o médico deve avaliar o histórico do paciente, realizar exames clínicos, de imagem e testes laboratoriais.

A realização de exames é essencial para auxiliar o médico a descartar outras condições que poderiam justificar os sintomas. Além disso, eles são necessários para identificar eventuais deficiências de nutrientes que acontecem no quadro da doença de Crohn.

Importante: a interação entre o médico e o paciente é determinante para traçar o diagnóstico correto, por isso, é fundamental que o paciente compartilhe todas as informações que puder.

Os exames mais comumente realizados para identificar a doença de Crohn são:

  • Colonoscopia;
  • Endoscopia digestiva alta;
  • Enteroressonância;
  • Enterotomografia;
  • Histopatológico (biópsia);
  • Hemograma para identificar uma possível anemia;
  • PCR (marcador de inflamação no corpo);
  • Trânsito de intestino delgado (com contraste de bário).

Tratamento para a doença de Crohn

O tratamento da doença de Crohn envolve algumas etapas que devem ser seguidas à risca pelo paciente.

um sistema que auxilia o médico a mensurar a atividade da doença para identificar em que nível ela se encontra.

Esse sistema tem como base informações como:

  • Intensidade da dor abdominal;
  • número de evacuações;
  • ocorrência de fístulas;
  • indisposição geral;
  • manifestações patológicas.

Dessa forma, o médico consegue identificar se a doença está em um nível leve, moderado ou grave, a fim de orientar o tratamento mais adequado.

Em todo o caso, é importante destacar que o tratamento visa combater e prevenir o processo inflamatório. Isso é feito por medicamentos e alimentação controlada.

Os sintomas podem ser controlados com as medicações que existem atualmente, porém a cura para essa doença tem uma incidência baixa.

De forma geral, o paciente convive com a doença e, ao longo da vida, passa por momentos cíclicos de melhora e piora.

Com o acompanhamento adequado o paciente consegue ter uma qualidade de vida melhor, fazendo o controle da evolução da infecção para evitar as complicações de maior gravidade.

Quais alimentos devem ser evitados por quem tem a doença?

Alguns alimentos devem ser evitados para diminuir irritações causadas ao trato gastrointestinal:

  • Aveia;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Biscoitos amanteigados e doces com massa folhada;
  • Café, chá-preto e refrigerantes com cafeína;
  • Carne de porco e outras carnes gordurosas;
  • Chocolate;
  • Creme de leite;
  • Frituras, maionese, refeições industrializadas (congeladas), manteigas;
  • Frutos secos, amendoim, nozes e amêndoas;
  • Mamão, laranja e ameixa;
  • Mel, açúcar, sorbitol ou manitol;
  • Sementes;
  • Verduras cruas e frutas com casca.

Saiba mais sobre doença de Crohn no EndoBlog

É importante compreender a doença de Crohn e ter conhecimento acerca dos exames realizados para o diagnóstico da patologia, como o exame endoscopia. Você pode acessar diversos conteúdos sobre condições do aparelho digestivo pelo EndoBlog.

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Divertículos intestinais: causas, sintomas e tratamentos

Quando se formam, nas fibras musculares das paredes do intestino grosso, pequenas bolsas ou herniações na musoca intestinal, a medicina denomina como divertículos, existindo um quadro de diverticulose.

Porém, a partir daí, pode surgir a diverticulite, caso essas pequenas bolsas venham a ficar inflamadas.

Esse quadro requer atenção e uma série de cuidados para que o paciente seja tratado e a condição seja solucionada a fim de evitar complicações.

Mas, como funciona essa doença e como pode ser feito o tratamento?

Confira, abaixo, as principais informações sobre a diverticulite, sintomas e prevenção, e entenda as possibilidades de tratamento.

Diverticulite e diverticulose: o que são?

A presença de divertículos intestinais, por si só, caracteriza a diverticulose, como visto acima.

Nesse momento, ainda não existe o quadro inflamatório e estima-se que um terço das pessoas com mais de 50 anos e dois terços com mais de 80 têm diverticulose, geralmente assintomáticas.

Porém, caso o paciente apresente dor ou desconforto abdominal, prisão de ventre ou alterações no hábito intestinal, pode ser que haja complicações da doença diverticular.

Por outro lado, a diverticulite é caracterizada não só pela presença de divertículos intestinais, mas também pela inflamação deles.

Sintomas da diverticulite

Muitas vezes a diverticulite é assintomática, isto é, o paciente possui a doença, mas não sente nenhum sintoma.

Porém, em outras ocasiões ela pode causar vários sintomas, como:

  • Cãibras ou dor no lado inferior esquerdo do abdome;
  • Diarreia e constipação;
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Sangue nas fezes;
  • Gases;
  • Sensibilidade abdominal;
  • Fístulas;
  • Ausência de apetite;
  • Dificuldade para urinar.

Porém, esses sintomas só costumam aparecer nos casos de maior gravidade.

O que causa a diverticulite?

Embora não haja consenso médico do que realmente causa a diverticulite, é possível que seu início aconteça quando bactérias ou fezes são retidas nos divertículos, causando um processo inflamatório local.

Acredita-se que a principal causa possa ser a baixa ingestão de fibras, pois favorece o quadro de constipação, forçando mais os músculos para evacuar.

Esse esforço extra faz com que os pontos fracos no cólon inchem e se tornem divertículos.

Outros fatores que podem contribuir para o quadro inflamatório são: 

  • Tabagismo;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Perda da elasticidade dos músculos do intestino, o que acontece naturalmente com o envelhecimento;
  • Elevação da pressão no cólon;
  • Fatores genéticos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de diverticulose pode ser obtido com colonoscopia ou tomografia de abdome.  O tratamento da diverticulose geralmente está ligado ao aumento do consumo de fibras, ou seja, cereais integrais, frutas, legumes e verduras.

Já a diverticulite pode ser diagnosticada por meio de tomografia de abdome e exames de sangue, além de exame clínico e a análise do histórico do paciente.

Tratamento de casos leves

O tratamento depende da gravidade de cada caso. Nos casos considerados leves, o tratamento pode envolver uma dieta leve e líquida, bem como o uso de medicamentos como antibióticos e analgésicos.

Quando essa for a gravidade do quadro, 80% dos pacientes conseguem a cura em cerca de 72 horas.

Dependendo da situação pode ser necessária a hospitalização e a hidratação por via intravenosa.

Tratamento em casos graves

Em crises graves e frequentes, a cirurgia pode ser recomendada. Geralmente realiza-se a remoção da área infectada do cólon, na qual estão os divertículos intestinais, e a costura das extremidades remanescentes do cólon.

Inclusive, quando a diverticulite é aguda e os episódios de reincidência são frequentes, o médico pode programar cirurgias de retirada de acordo com a conveniência e com as condições clínicas de cada paciente.

Além disso, como forma de evitar a cirurgia nos casos que existirem abscessos, pode ser indicada a realização de drenagem dos abscessos maiores e que não tiverem sumido após utilização de antibióticos.

Esse procedimento, atualmente, já pode ser feito por meios menos invasivos, com o uso de uma agulha guiada por ultrassonografia endoscópica ou por tomografia computadorizada. Porém, se esse procedimento não resolver o problema, a cirurgia é a opção.

Ainda, em casos de ruptura intestinal, deve ser feita uma cirurgia de emergência.

Ou seja, o procedimento mais adequado sempre vai depender das condições de gravidade e dos sintomas que o paciente apresentar, bem como da resposta que o organismo tiver às tentativas de tratamentos.

Como prevenir diverticulite e diverticulose?

Para prevenir uma doença relacionada aos divertículos intestinais, seja diverticulite ou diverticulose, alguns pontos são importantes, como:

  • Adotar uma alimentação saudável e rica em fibras;
  • Praticar exercícios físicos para acelerar o metabolismo e o trânsito intestinal;
  • Ingerir muita água;
  • Observar alterações no padrão intestinal;
  • Observar se alguns alimentos estão causando dor abdominal.
  • Não utilizar laxantes sem orientação médica com intenção de solucionar crises de obstipação do intestino;

Diverticulite e diverticulose no EndoBlog

O EndoBlog conta com uma ampla rede de médicos. Por isso, o site apresenta conteúdos informativos e de fácil compreensão, sempre desenvolvidos e revisados por profissionais.

No EndoBlog, você vai encontrar mais informações sobre diverticulite e diverticulose, além de muitas outras, como os cuidados antes e depois do exame endoscopia e de uma colonoscopia.

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O que é hipertensão portal? Causas e sintomas

Se você está buscando informações detalhadas sobre a hipertensão portal ou deseja saber como essa condição afeta a saúde, acompanhe este artigo do EndoBlog.

Hipertensão portal: o que é?

A hipertensão portal é uma síndrome que se caracteriza pelo aumento da pressão sanguínea na região do sistema porta, que é responsável por transportar o sangue do trato gastrointestinal para o fígado.

Essa condição está intimamente ligada a disfunções hepáticas e a alterações nos vasos sanguíneos que compõem o sistema porta.

Podemos entender a hipertensão portal por meio de uma analogia com os princípios da lei de Ohm, relacionando pressão, fluxo sanguíneo e resistência.

Nesse contexto, os principais fatores que determinam a pressão no sistema portal são o fluxo sanguíneo e a resistência encontrada nos vasos que compõem esse sistema.

Causas

A hipertensão portal é uma condição complexa que pode surgir de várias causas, sendo a cirrose hepática a mais comum nos países ocidentais.

A cirrose hepática, por sua vez, pode ter origem nas hepatites virais B e C, consumo crônico de álcool ao longo da vida e esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado). A cirrose cria um aumento na resistência ao fluxo sanguíneo no fígado, contribuindo para a hipertensão portal.

Além da cirrose, existem outras causas para a hipertensão portal, tais como:

  • Doença hepática policística, que envolve o crescimento anormal de cistos no fígado;
  • Esquistossomose;
  • Fibrose hepática congênita, uma condição de formação anormal do fígado desde o nascimento;
  • Insuficiência cardíaca direita;
  • Síndrome de Budd-Chiari, uma doença que envolve a obstrução das veias hepáticas;
  • Trombose nas veias do fígado e baço.

Sintomas

Os sintomas da hipertensão portal podem variar e, em muitos casos, eles podem não ser imediatamente aparentes. No entanto, indivíduos que possuem uma condição hepática que aumenta o risco de cirrose estão mais suscetíveis a desenvolver hipertensão portal.

Quando ela se manifesta com sintomas visíveis, é possível causar:

  • Ascite (acúmulo de fluído no abdômen);
  • Edema nos membros inferiores (inchaço nas pernas e pés);
  • Hematêmese (vômito de sangue);
  • Melena, que são fezes escuras devido ao sangramento gastrointestinal;
  • Varizes esofágicas, que são veias dilatadas no esôfago.

É importante estar ciente desses sintomas e buscar atendimento médico se você ou alguém que você conhece apresentar sinais de hipertensão portal.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da hipertensão portal envolve várias abordagens, começando pela avaliação médica detalhada. O médico vai examinar o histórico do paciente, prestando atenção a qualquer doença hepática pré-existente, e também vai observar sinais físicos, como inchaço abdominal e veias dilatadas.

A endoscopia digestiva alta deve ser sempre realizada para investigação de variz de esôfago ou estômago.

Exames laboratoriais desempenham um papel essencial no diagnóstico, e eles podem incluir um hemograma completo, coagulograma, análise de creatinina, bilirrubinas, eletrólitos, além das enzimas hepáticas AST e ALT.

Para pacientes com cirrose hepática avançada, a elastografia hepática é uma ferramenta útil para identificar a presença de hipertensão portal clinicamente significativa, e os resultados são interpretados juntamente com a contagem de plaquetas no sangue.

Além disso, exames de imagem, como ressonância magnética, ultrassonografia doppler e tomografia computadorizada, podem ser solicitados para examinar a presença de vários indicadores, como aumento do baço (esplenomegalia), circulação colateral, alterações na morfologia do fígado, acúmulo de líquido no abdômen (ascite) e modificações no fluxo sanguíneo no sistema portal.

Possíveis tratamentos

O tratamento da hipertensão portal é focado na prevenção de danos adicionais ao fígado e no manejo de complicações, como sangramentos de vasos sanguíneos rompidos.

O médico pode prescrever medicamentos para prevenir a ruptura dos vasos sanguíneos, embora seja importante notar que eles podem causar vários efeitos colaterais e nem todas as pessoas toleram seu uso.

Quando ocorre o sangramento de vasos, a ligadura elástica das varizes no esôfago através de endoscopia é frequentemente a escolha de tratamento para interromper o sangramento e prevenir futuros episódios. Esse procedimento também é utilizado como medida preventiva para evitar rupturas vasculares e hemorragias.

Em situações em que o sangramento não está relacionado a varizes no esôfago e sim no estômago, o tratamento endoscópico pode envolver a injeção de uma cola biológica diretamente nos vasos afetados no estômago.

Conheça o EndoBlog

Convidamos você a acessar mais informações valiosas sobre aparelho digestivo e exames, como endoscopia digestiva alta, no EndoBlog. Nossa equipe de médicos gastroenterologistas está comprometida a fornecer informações confiáveis e atualizadas sobre uma variedade de tópicos relacionados à saúde.

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O que é retossigmoidoscopia?

Já ouviu falar sobre a retossigmoidoscopia? Se está busca por informações detalhadas sobre esse exame, veio ao lugar certo!

Neste artigo do EndoBlog, entenda todos os aspectos da retossigmoidoscopia: propósito, como é realizada e como se preparar para o procedimento.

A retossigmoidoscopia é um exame médico que desvenda informações valiosas sobre o seu intestino e a saúde do seu cólon. Ao compreender o que esse exame envolve, por que é realizado e os passos na preparação, você se equipará com o conhecimento necessário para enfrentar o procedimento com confiança.

Boa leitura.

O que é a retossigmoidoscopia e para que serve

A retossigmoidoscopia é um procedimento médico que envolve a utilização de um tubo flexível iluminado, conhecido como sigmoidoscópio, para examinar a porção inferior do intestino, também chamado de intestino grosso.

Esse tubo é introduzido pelo reto e avança gradualmente, até atingir a região do cólon sigmoide. Desse modo, o médico visualiza a parte final do cólon.

Para que serve

Esse exame é fundamental na detecção precoce do câncer de cólon ou reto, especialmente útil para rastrear essa condição em indivíduos que não apresentam sintomas, mas que possuem fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Além disso, a retossigmoidoscopia também auxilia no diagnóstico de sintomas como diarreia, sangramento, dor ou inflamação no reto.

Quando o exame é necessário?

O exame de retossigmoidoscopia é recomendado pelo coloproctologista ou gastroenterologista nas seguintes situações:

  • Avaliação de algumas condições pontuais, como hemorroidas, fissuras e fístulas anais;
  • Busca pela causa subjacente de uma colite fulminante, uma inflamação grave do cólon;
  • Identificação de divertículos e pólipos;
  • Investigação de possíveis massas ou tumores na região retal;
  • Localização da fonte de sangramentos intestinais;
  • Monitoramento de doenças inflamatórias que afetam o reto;
  • Rastreamento de câncer colorretal.

O médico também pode recomendar a retossigmoidoscopia para observar possíveis alterações associadas a mudanças nos hábitos intestinais.

Em cada uma dessas circunstâncias, a retossigmoidoscopia serve como uma ferramenta valiosa no diagnóstico, acompanhamento e na tomada de decisões clínicas, no intuito de preservar a saúde digestiva e o bem-estar do paciente.

Como é feito?

Pela inserção de um instrumento (sigmoidoscópio rígido ou flexível) pelo ânus, é possível a visualização detalhada das regiões intestinais: o reto e o cólon sigmoide.

Como se preparar para a retossigmoidoscopia

Antes da retossigmoidoscopia, não é obrigatório um período de jejum ou adotar uma dieta específica. No entanto, é aconselhável fazer refeições leves no dia do procedimento, a fim de minimizar qualquer desconforto estomacal.

Para uma preparação adequada, é recomendável realizar uma limpeza da porção final do intestino grosso, com a introdução de um supositório de glicerina ou por um enema, aproximadamente quatro horas antes do exame. 

É importante repetir esse processo novamente, duas horas antes do horário agendado, para a retossigmoidoscopia, conforme as orientações fornecidas pelo médico.

Essas etapas de preparação são essenciais para a visualização, com clareza, durante o exame e obter resultados precisos.

Conheça o EndoBlog 

Agora que se familiarizou com a retossigmoidoscopia, as aplicações e os passos de preparação, explore mais informações valiosas sobre saúde do aparelho digestivo no site do EndoBlog.

Nosso portal é dedicado a fornecer conhecimento confiável e embasado, com insights diretamente de uma equipe médica especializada em gastroenterologia.




Tire suas dúvidas sobre a retocolite ulcerativa

Descubra tudo o que você precisa saber sobre a retocolite ulcerativa (RCU), uma condição inflamatória crônica, que afeta os intestino grosso e o reto.

Se você está procurando informações detalhadas sobre essa doença, sintomas e opções de tratamento disponíveis, o EndoBlog é o lugar certo!

Neste artigo, entenda os principais aspectos da retocolite ulcerativa. Boa leitura!

O que é retocolite ulcerativa

A retocolite ulcerativa, também conhecida como colite ulcerativa, é uma doença crônica que faz parte do grupo das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), afetando principalmente o intestino grosso, resultando em inflamação e úlceras na mucosa intestinal.

Embora seja mais comum em adolescentes e adultos jovens, manifesta-se em pessoas de diferentes faixas etárias.

A retocolite ulcerativa é distinta da doença de Crohn, outra forma de DII.

Enquanto a RCU afeta especificamente o intestino grosso, poupando o intestino delgado, a doença de Crohn pode acometer qualquer região do trato gastrointestinal, tanto o intestino delgado quanto o grosso, e apresenta áreas intercaladas de inflamação e tecido saudável.

Retocolite ulcerativa: sintomas

A retocolite ulcerativa apresenta sintomas característicos, e um dos principais é a diarreia, com presença de sangue nas fezes.

Esse quadro diarreico ocorre em razão de inflamação da parede intestinal, que interfere na absorção adequada de água pelo organismo. As ulcerações no intestino desencadeiam o sangramento, resultando na liberação de sangue nas fezes.

Além da diarreia com sangue, outros sintomas comuns da retocolite ulcerativa são dor abdominal, cólicas e urgência evacuatória. A dor abdominal é sentida em diferentes intensidades e locais, muitas vezes, acompanhada por cólicas.

O sangramento decorrente da retocolite ulcerativa pode causar anemia, devido à perda de sangue contínua. A anemia, por sua vez, contribui para o desenvolvimento de sintomas adicionais, como fadiga e cansaço.

Retocolite ulcerativa: tratamentos

Embora não exista uma cura definitiva para a retocolite ulcerativa, o tratamento adequado ajuda no controle dos sintomas e numa boa qualidade de vida.

O objetivo do tratamento é reduzir a inflamação e manter a doença em remissão. Com o acompanhamento médico e um plano terapêutico personalizado, de reeducação alimentar e medicamentos, os sintomas são minimizados, e o alcance do bem-estar é inegável.

Por mais que seja possível gerenciar a doença, as crises surgem ao longo da vida do paciente. O tratamento visa controlar os sintomas, reduzir a inflamação e prolongar os períodos de remissão.

Como é feito o diagnóstico

Para diagnosticar a retocolite ulcerativa, o médico considerará a possibilidade de existirem outras doenças com sintomas semelhantes e realizará uma série de exames para descartar essas outras possíveis causas, como infecções.

Os exames frequentemente utilizados no diagnóstico da retocolite ulcerativa são:

  • Exame de fezes: para descartar a infecções e verificar se há sangue nas fezes;
  • Exame de sangue: revelar sinais de inflamação no corpo e identificar anticorpos relacionados à retocolite ulcerativa;
  • Sigmoidoscopia: permite a visualização do reto e da porção inferior do cólon.
  • Colonoscopia: um exame mais abrangente, que permite a visualização de todo o cólon e da extremidade final do intestino delgado.

Saiba mais sobre colonoscopia no EndoBlog

A colonoscopia é um dos principais exames para a confirmação do diagnóstico de retocolite ulcerativa. Com ela, o médico avaliará o grau de inflamação, a extensão da doença e descartar outras condições similares.

Saiba mais sobre a colonoscopia e outros exames para o diagnóstico de condições no aparelho digestivo. Navegue pelos conteúdos do EndoBlog.




O que é papilotomia endoscópica?

Se você procura por informações completas sobre a papilotomia, acompanhe este artigo do EndoBlog.

A papilotomia endoscópica é um procedimento médico realizado no tratamento de diversas condições do sistema biliar e pancreático.

Neste artigo, exploraremos todos os aspectos do exame, definição e os cuidados durante o procedimento. Aproveite a leitura.

O que é papilotomia endoscópica?

A papilotomia endoscópica, procedimento realizado durante a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), consiste na abertura do ducto biliar comum.

Essa intervenção tem em vista ampliar a abertura da papila duodenal, facilitando o escoamento da bile e a remoção de cálculos que porventura estejam obstruindo a saída dessa secreção.

Além disso, trata estreitamentos na via biliar, possibilitando o uso de instrumentos de dilatação, como próteses plásticas ou autoexpansíveis.

Ao conhecer mais sobre a papilotomia endoscópica, você compreenderá os benefícios desse procedimento e suas aplicações clínicas.

Para que serve?

A papilotomia é amplamente empregada para cortar a papila de Vater e remover cálculos na via biliar, no ducto colédoco.

O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, com anestesia geral, por um médico endoscopista experiente e habilidoso. A duração da papilotomia varia conforme a complexidade do caso.

É importante destacar que esse procedimento requer um profissional especializado para segurança e eficácia.

Quando o procedimento é indicado?

A papilotomia endoscópica é indicada principalmente para:

  • Colangite obstrutiva aguda;
  • Colocação de próteses biliares;
  • Detecção de problemas decorrentes de cirurgias de vesícula e da árvore biliar;
  • Estenoses (estreitamentos) malignos e benignos das vias biliares e pancreáticas;
  • Estudo das doenças pancreáticas crônicas;
  • Icterícias com suspeita de obstrução;
  • Litíase pancreática;
  • Pancreatites agudas de causa biliar;
  • Papilites (inflamação da papila de Vater);
  • Remoção de cálculos biliares residuais;
  • Tumores da papila de Vater;
  • Tumores de vias biliares.

Como é realizado o procedimento?

Durante o procedimento, o paciente é anestesiado para o conforto e a segurança. Um instrumento, chamado duodenoscópio, é cuidadosamente inserido pela boca até alcançar a segunda porção do duodeno, na qual a papila de Vater está localizada.

Para auxiliar na intervenção, um cateter específico é passado através da papila, permitindo a realização de radiografias para o planejamento preciso do procedimento. Em seguida, o papilótomo, por meio de sua alça metálica, corta precisamente a papila.

Outros acessórios são introduzidos, dependendo da natureza dos procedimentos necessários. Esses acessórios permitem que o médico proceda às etapas necessárias para tratar a condição específica, seja a remoção de cálculos biliares, dilatação da via biliar ou outros fatores associados à papila de Vater.

Todo o processo é conduzido por um médico especializado em endoscopia e com experiência nessa intervenção. A segurança do paciente e a eficácia do procedimento são prioridades durante a papilotomia.

Papilotomia endoscópica: complicações

Embora a papilotomia por endoscopia seja considerada menos invasiva, em comparação com a cirurgia, é importante estar ciente de que o procedimento apresenta alguns riscos.

Algumas das possíveis complicações são o sangramento e a perfuração do intestino delgado:

  • Em caso de sangramento, durante ou após a papilotomia, o médico endoscopista está preparado para lidar com a situação e pode realizar intervenções adicionais para controlar a hemorragia. No entanto, em situações mais graves, talvez seja necessário recorrer à cirurgia;
  • A perfuração do intestino delgado é uma complicação mais rara, mas possível durante a papilotomia endoscópica. Se ocorrer, o médico pode tentar corrigir a perfuração por meio de técnicas endoscópicas durante o próprio procedimento. No entanto, uma cirurgia para reparar a perfuração e garantir a recuperação adequada será provavelmente indicada.

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O EndoBlog está repleto de informações valiosas sobre exames, doenças e tratamentos relacionados ao aparelho digestivo. Se você está em busca de conhecimento e de atualizações constantes sobre os avanços médicos nessa área, não deixe de conferir todos os nossos conteúdos exclusivos.

No blog, você encontrará artigos detalhados sobre os mais diversos temas, desde exames endoscópicos até doenças comuns e tratamentos inovadores. Queremos ser o seu guia confiável para entender melhor o funcionamento do seu corpo e cuidar da sua saúde conscientemente.




Sofre com hemorroida? Conheça os principais tratamentos

Se você sofre com hemorroida, sabe o quanto essa condição pode ser desconfortável e prejudicar a qualidade de vida.

Nós, do EndoBlog, elaboramos este artigo para quem tem dúvidas sobre como é feito o diagnóstico da hemorroida e as opções de tratamento disponíveis. Acompanhe.

O que é hemorroida e como surge

Hemorroida é uma condição comum, que afeta muitas pessoas em algum momento da vida. Manifesta-se quando as veias ao redor do ânus ou do reto dilatam, causando dor e sangramento.

Existem dois tipos de hemorroidas: internas e externas:

  • Hemorroidas internas são encontradas acima do esfíncter anal e são mais difíceis de identificar;
  • Hemorroidas externas são visíveis na borda do ânus e se assemelham a varizes ou pelota de vaso sanguíneo.

Causas

Algumas das principais causas são:

  • Pré-disposição genética. Nesse caso, é importante salientar que a pessoa pode desenvolver hemorroida mesmo que não haja casos na família;
  • Alimentação insuficiente em fibras e pouca ingestão de água;
  • Na gravidez, quando o feto exerce pressão sobre as veias da parte inferior do abdômen;
  • Obesidade, que assim como na gravidez, causa pressão nas veias abdominais;
  • Prisão de ventre;
  • Sedentarismo, que prejudica a digestão dos alimentos e a irrigação sanguínea do ânus.

Graus da hemorroida

A hemorroida interna é classificada em quatro graus conforme a gravidade do caso:

Hemorroida grau I: não prolapsa para fora do ânus;

Hemorroida grau II: prolapsa para fora do ânus durante a evacuação, mas retorna espontaneamente para dentro;

Hemorroida grau III: prolapsa do ânus e precisa ser realocada para dentro manualmente;

Hemorroida grau IV: permanentemente prolapsada para fora do ânus e não pode ser realocada para dentro.

Sintomas

Sintomas que indicam a presença de hemorroidas:

  • Presença de uma saliência notável no ânus;
  • Sangramento após evacuação, resultado do rompimento de veias anais;
  • Coceira que não cessa, causada pelo aumento da tensão sobre as terminações nervosas;
  • Ardência durante ou após a evacuação.

Como é feito o diagnóstico da hemorroida?

Para diagnosticar hemorroida, o exame físico é geralmente suficiente no caso das hemorroidas externas.

Já para as internas, é necessário realizar o toque retal e a anuscopia, realizada durante o exame proctológico.

É importante ressaltar que, em pacientes idosos com sangramento pelo reto, mesmo que seja identificada hemorroida, eventualmente, é recomendável realizar a colonoscopia para descartar outras possíveis causas.

Hemorroida: todos os possíveis tratamentos

O tratamento para hemorroida começa pela alimentação, mas, em muitos casos, é necessário ingerir medicamentos e/ou aplicar pomadas no local. Entenda.

Comer mais fibras e beber mais água

Uma das principais orientações para tratar hemorroidas é manter uma alimentação rica em fibras e beber bastante água.

Consumir alimentos integrais, vegetais folhosos e frutas com casca em todas as refeições ajuda a amaciar as fezes e facilitar a evacuação, aliviando o desconforto.

Além disso, é importante ingerir, pelo menos, 2 litros de água diariamente, visando a uma melhor absorção das fibras e ao funcionamento intestinal adequado.

Usar pomada para hemorroida

As pomadas para hemorroidas são uma opção de tratamento disponível para aliviar os sintomas de dor e desconforto causados pela inflamação e/ou dilatação das veias ao redor do ânus/reto.

No entanto, é importante destacar que essas pomadas só devem ser usadas sob orientação médica.

Adicionar remédios para dor

Existem diferentes tipos de remédios para tratar hemorroida: analgésicos e medicamentos para reduzir o inchaço e sangramento.

Ligadura para hemorroida

Durante o exame proctológico, pode-se realizar a ligadura com bandas elásticas para as hemorroidas esclerosarem, podendo ser necessárias outras sessões para resolução do problema.

Cirurgia para hemorroida

A cirurgia para hemorroida é um tratamento geralmente reservado para casos mais graves, como quando a hemorroida sofre trombose ou se rompe.

Salientamos que, após a cirurgia, é importante continuar seguindo uma dieta rica em fibras e evitar o esforço durante a evacuação, para prevenir o aparecimento de novas hemorroidas.

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Hemorragia digestiva alta: principais sintomas e tratamentos

Você sabia que a hemorragia digestiva alta no aparelho digestivo pode ser bastante séria?

Essa condição pode apresentar sintomas como vômito com sangue, fezes escuras e dor abdominal intensa, e precisa ser tratada o mais rapidamente possível para evitar complicações.

Neste artigo do EndoBlog, abordaremos os principais sintomas da hemorragia digestiva alta e os tratamentos disponíveis para essa condição.

Acompanhe para entender melhor esse assunto e saber quando procurar um especialista.

Hemorragia digestiva alta (HDA): o que é?

A hemorragia digestiva alta (HDA) se manifesta por sangramentos nas regiões responsáveis pela digestão, como o esôfago, estômago e duodeno.

Considerada emergencial, a HDA pode ser identificada quando há vômito com sangue ou presença de fezes bem escurecidas.

É importante ressaltar que, com o aparecimento dos sintomas, é necessário procurar por atendimento médico imediatamente, e a internação geralmente é necessária.

Atente-se aos sinais do seu corpo e não hesite em procurar ajuda caso note algum sintoma ou sinal.

Principais sintomas

Quando se trata de hemorragia digestiva alta, é importante estar ciente dos principais sintomas que podem indicar a presença dessa condição:

  • Vômitos com sangue;
  • Fezes escurecidas com odor muito fétido;
  • Queimação;
  • Dores abdominais;
  • Síncope;
  • Fraqueza;
  • Cansaço.

Causas de hemorragia digestiva alta

A hemorragia digestiva alta é decorrente de uma ruptura nas mucosas do sistema digestivo, resultando em sangramentos nos órgãos que atuam na digestão.

Essa condição pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo úlcera péptica ou por abuso de medicamentos, como anti-inflamatórios. Além de condições médicas como internação em UTI, cirurgias abdominais e principalmente a cirrose hepática quando existem varizes de esôfago.

Hemorragia digestiva: tratamento e diagnóstico

Diagnóstico

Para diagnosticar a hemorragia digestiva alta, é importante realizar a endoscopia digestiva alta (EDA), de preferência, nas primeiras 24 horas após o início dos sintomas.

Esse exame é considerado o mais importante para a detecção e localização do sangramento, possibilitando o tratamento precoce.

Porém antes do exame, também é importante realizar hemograma completo, coagulograma, função renal, função hepática e eletrólitos. Todos esses procedimentos ajudam a obter um diagnóstico preciso e oportuno para o tratamento adequado ser iniciado o mais breve possível.

Tratamento

A abordagem terapêutica pode variar conforme a causa da hemorragia, a quantidade de sangue perdido e as condições clínicas do paciente.

Inicialmente, o paciente será estabilizado, com cuidados de suporte: hidratação, monitorização cardiorrespiratória e transfusão de sangue, se necessário. Em seguida, é essencial identificar a fonte do sangramento, por meio de exames como a endoscopia digestiva alta e raramente a arteriografia.

O tratamento específico pode exigir o uso de medicamentos para reduzir a acidez estomacal, antibióticos para tratar possíveis infecções, procedimentos endoscópicos, como a cauterização ou ligaduras elásticas, para interromper o sangramento. Em casos graves, pode ser necessário recorrer à cirurgia.

O acompanhamento médico é fundamental para promover a eficácia do tratamento e evitar recidivas. Além disso, é importante adotar hábitos saudáveis, com uma dieta equilibrada e a abstinência de álcool e tabaco, para prevenir o surgimento de novos episódios de hemorragia digestiva alta.

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Março Azul: como prevenir o câncer colorretal

O câncer colorretal é um problema de saúde que afeta muitas pessoas. Manifesta-se quando células anormais se desenvolvem no cólon ou no reto, podendo se espalhar para outras partes do corpo.

Infelizmente, é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, perdendo apenas para o de próstata, e a segunda causa de morte em ambos os sexos, depois do câncer de pulmão.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que mais de 41 mil novos casos de câncer de cólon e reto ocorram a cada ano no Brasil durante o triênio de 2020-2023.

Por isso, foi lançada a campanha Março Azul, que visa conscientizar a população acerca dos sintomas, hábitos preventivos e da importância do diagnóstico precoce.

O que é o Março Azul?

O Março Azul é uma campanha que ocorre durante o mês de março, visando conscientizar a população sobre a importância da prevenção do câncer colorretal.

A campanha de 2023 é organizada pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e outras nove sociedades médicas especializadas.

A iniciativa tem a finalidade de educar e alertar a população acerca dos sintomas do câncer colorretal e a importância do diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento.

Principais sintomas do câncer colorretal

Os sintomas do câncer de intestino podem demorar a aparecer, começando por:

  • Alteração da atividade intestinal sem explicação aparente;
  • Alteração na forma das fezes (muito finas, por exemplo);
  • Dor ou desconforto abdominal;
  • Fraqueza e anemia;
  • Massa abdominal (ponto de enrijecimento na região);
  • Perda de peso repentina;
  • Sangue nas fezes.

Como prevenir o câncer do intestino?

Prática regular de atividades físicas

Uma das maneiras de prevenir o câncer colorretal é pela prática regular de atividades físicas.

Exercícios físicos promovem a proteção do organismo de duas formas: reduzindo a resistência à insulina, que estimula o crescimento de células cancerígenas, e liberando endorfina, um hormônio que fortalece o sistema imunológico.

Consumo de frutas e vegetais

Adotar uma dieta rica em frutas e vegetais é uma das dicas para prevenir o câncer colorretal. Segundo especialistas, uma alimentação saudável, baseada em alimentos naturais, pode reduzir o risco de desenvolver a doença.

Ao incluir mais frutas e vegetais na dieta, o paciente também pode diminuir o consumo de gorduras e carnes processadas, que constituem fatores de risco para o câncer colorretal.

Além disso, seguir uma dieta equilibrada auxilia no controle do peso e na diminuição da resistência à insulina.

Dieta rica em fibras

Além das frutas e vegetais, incluir alimentos ricos em fibras na dieta pode ser uma medida eficaz para prevenir o câncer colorretal.

Cereais, grãos e alguns vegetais, como brócolis, couve e espinafre, são ricos em fibras, ajudando a acelerar o trânsito intestinal e reduzir a agressão às células da mucosa do intestino, diminuindo o risco de desenvolvimento da doença.

Além disso, a ingestão adequada de fibras também pode melhorar a digestão e prevenir a constipação, promovendo a saúde intestinal de maneira geral.

A importância dos exames preventivos para o diagnóstico precoce

Realizar exames preventivos regularmente é fundamental para diagnosticar o câncer colorretal em estágios iniciais e reduzir o risco de metástase, aumentando significativamente as chances de cura.

Recomenda-se que pacientes com mais de 50 anos (ou menos, se houver histórico familiar da doença), façam o acompanhamento regular com médico e a realizem exames, como colonoscopia.

A colonoscopia utiliza um aparelho endoscópico para visualizar o interior do intestino e fazer biópsias de lesões suspeitas.

Além disso, outros exames clínicos, laboratoriais (como o exame de sangue oculto nas fezes) ou radiológicos também podem ser solicitados a pacientes com sintomas sugestivos da doença.

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Sedação ou anestesia para endoscopia: entenda

A endoscopia é um exame bastante comum, simples e rápido, porém incômodo para a maioria das pessoas.

Assim, é necessário fazer uma sedação para realizar o exame.

Conheça, neste artigo do EndoBlog, os tipos de sedação para endoscopia, a medicação administrada, por que é necessária e o que acontece com o paciente após o procedimento.

Sedação para endoscopia: qual o tipo utilizado?

A sedação escolhida para a endoscopia é a de sedação profunda. Isso significa que a substância age diretamente na consciência e no estado de sono do paciente.

Para ser mais eficiente, o medicamento é aplicada na veia e age no organismo imediatamente, de duas formas:

  • Amnésia: o paciente não costuma se lembrar de muitos detalhes do exame.
  • Sono profundo: o paciente adormece profundamente, e o exame pode ser realizado com tranquilidade pelo médico.

Medicação utilizada

A medicação escolhida para a endoscopia varia conforme o local de realização do exame, mas costuma ser Propofol ou Benzodiazepínico (como Midazolam).

Utiliza-se também eventualmente um Opioide (Fentanil ou Meperidina). A medicação precisa ser indicada pelo médico, conforme as peculiaridades do paciente (idade, presença de comorbidades, fatores de risco, etc.).

Ademais, a dosagem da sedação para endoscopia é calculada pelo médico, para durar apenas o tempo que o exame demanda. Assim, o paciente pode retomar a consciência e seguir para casa após o procedimento. Lembrando que não é permitido dirigir após a sedação.

Os medicamentos utilizados para a sedação da endoscopia são controlados e proporcionam uma sensação agradável ao paciente; por isso, não há com o que se preocupar.

Por que a sedação para endoscopia é necessária?

A sedação é muito importante para o exame. A endoscopia envolve a inserção do endoscópio pela garganta, causando náuseas, sensação de vômito e muito desconforto.

Em vista disso, a sedação é extremamente necessária, para que o paciente relaxe, durma e não sinta ânsia e desconforto.

Quem aplica a anestesia para endoscopia?

Em síntese, o próprio médico endoscopista pode realizar uma sedação venosa, porém não é permitido ao profissional realizar o exame e a anestesia em simultâneo, conforme orientação do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Por isso, a sedação que antecede o exame de endoscopia geralmente é feita por um médico anestesista, profissional formado em Medicina e com residência médica na área da anestesia, de modo a manter o paciente sedado adequadamente, segundo todas as especificidades do caso.

O que acontece após o procedimento de sedação?

O procedimento de sedação e realização do exame, no caso da endoscopia diagnóstica, tende a ser rápido, entre 10 e 15 minutos. Já no caso da endoscopia terapêutica, feita com fins de tratamento (como retirada de tumores ou pólipos), a duração dependerá do tipo de lesão.

Em todo caso, a complexidade é considerada pelo anestesista, ao aplicar a medicação, e, após o término do procedimento, recomenda-se que o paciente repouse por até 30 minutos para se recuperar dos principais efeitos da sedação.

Visando auxiliar a recuperação, o paciente pode consumir algum alimento leve, como uma fruta, e é fundamental um acompanhante para levá-lo para casa, já que não é permitido dirigir.

Caso a pessoa sinta algum mal-estar, como dores abdominais, febre ou vômito, é preciso procurar o médico para cuidar do caso.

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